O eduardismo já é o maior de todos.

Quando Miguel Arraes foi governador de Pernambuco, criaram o termo arraesismo para nomear a era do socialista no estado bem como os seus seguidores que eram chamados de arraesistas. Jarbas Vasconcelos foi prefeito do Recife e governador de Pernambuco ostentando elevados índices de aprovação, criaram o jarbismo para identificar sua época e os jarbistas eram seus seguidores, até hoje são relembrados como jarbistas: Terezinha Nunes, Raul Henry, Cadoca, José Arlindo e muitos outros que foram ou ainda são aliados do senador peemedebista. A vitória de Geraldo Julio com 51,1% dos votos válidos liquidando a fatura no primeiro turno colocou Eduardo Campos no rol das maiores lideranças políticas da história de Pernambuco, podendo ser considerado o maior político da história de Pernambuco, onde acumulou três vitórias pessoais, duas para o governo de Pernambuco e uma para a prefeitura do Recife. Isso sem contar com a vitória de João da Costa em 2008 e Dilma Rousseff em 2010 que ele teve papel fundamental. O PSB do governador elegeu simplesmente 57 prefeitos no estado inteiro, cerca de 31% das prefeituras em disputa. Como se não bastasse, Eduardo saiu vitorioso em 90% dos municípios pernambucanos tendo algum aliado seu vencendo a disputa municipal. Não há caso parecido em Pernambuco desde a vitória de Arraes em 1986 contra José Múcio, passando pela vitória de Joaquim Francisco contra Jarbas Vasconcelos em 1990, seguindo pela vitória de Miguel Arraes em 1994 contra Gustavo Krause, de Jarbas em 1998 sobre Arraes, de Jarbas em 2002 contra Dilton da Conti e por aí vai. Com este resultado, Pernambuco tem a grande chance de colocar na presidência da República um político de fato e de direito da terra, com carreira política no estado. O eduardismo chegou e veio pra ficar.

DEM – As urnas apresentaram um resultado pra lá de desagradável. O partido ficou em quarto lugar no Recife, em segundo em Caruaru e em terceiro em Belo Jardim. Elegeu apenas um prefeito e apenas 63 vereadores no estado inteiro.

Mendonça Filho – Com apenas 19 mil votos para prefeito do Recife, Mendonça definitivamente saiu muito menor do que entrou. Corre sérios riscos de não renovar o mandato em Brasília.

João Paulo – Derrotado nas eleições municipais, o ex-prefeito viu seu capital eleitoral ruir na cidade em que governou por oito anos e elegeu o sucessor. É um dos maiores derrotados do pleito, junto com Humberto Costa.

Daniel Coelho – Mesmo não tendo ido ao segundo turno, o deputado Daniel Coelho saiu muito maior do que entrou na disputa. Chegou aos 245.120 votos no Recife, cem mil a mais que a dupla petista, e é o grande fato novo da política pernambucana. Será candidato a  deputado federal.

Derrotados – A eleição também apresentou outros derrotados, foram eles: o senador Jarbas Vasconcelos e o deputado federal Cadoca que não conseguiram eleger Jarbas Filho e Berenice Pereira, filho e esposa dos respectivos políticos.