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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 14 de maio de 2016

Coluna do blog deste sábado

A volta da União por Pernambuco 

A União por Pernambuco foi uma aliança entre PMDB e PFL que lançou em 1994 Gustavo Krause para enfrentar Miguel Arraes, e posteriormente venceu a prefeitura do Recife com Roberto Magalhães em 1996 e o governo de Pernambuco com Jarbas Vasconcelos em 1998. Essa aliança começou a ruir quando em 2000, Roberto tentando a reeleição perdeu para João Paulo. Mesmo com a reeleição de Jarbas em 2002, a vitória de Lula para a presidência colocou em xeque a existência da aliança, que viria a perder novamente a prefeitura do Recife em 2004 com Cadoca e o governo de Pernambuco em 2006 com Mendonça Filho.

A ascensão de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco possibilitou um esvaziamento ainda maior da União por Pernambuco, que era composta por PFL, PMDB, PSDB e PPS. As derrotas continuaram, em 2008 pulverizada, tanto Mendonça Filho quanto Raul Henry foram derrotados ainda no primeiro turno contra João da Costa no Recife. Nas eleições de 2010 nova derrota para Eduardo Campos, dessa vez com Jarbas liderando a coligação que foi rebatizada de Pernambuco pode mais, e com José Serra perdendo para Dilma Rousseff.

A aproximação de Jarbas Vasconcelos com Eduardo Campos possibilitou uma sobrevida a alguns quadros, como Raul Henry, que abdicou de ser candidato a prefeito para apoiar Geraldo Julio, que foi o vitorioso em 2012, derrotando o PT e quebrando um ciclo de 12 anos do partido na capital pernambucana. Em 2014, a antiga União por Pernambuco foi absolutamente absorvida pela Frente Popular, com o apoio de PSDB, DEM, PPS e PMDB a Paulo Câmara, com este último indicando Raul Henry para o posto de vice-governador. Mesmo com a morte de Eduardo Campos em agosto de 2014, a tropa se manteve unida, o que permitiu a vitória de Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho.

Como Eduardo Campos saiu de cena, mesmo dentro do governo Paulo Câmara, ninguém conseguia se entender muito bem. Veio a crise política nacional que culminou na saída de Dilma Rousseff do Planalto, dando lugar a Michel Temer, e o que estava restrito aos bastidores, ganhou força após a negativa do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Julio de indicar nomes do PSB para compor o governo. Como se não bastasse, o governador Paulo Câmara decidiu cobrar do PSDB e do DEM os cargos no governo, pelo fato dos partidos lançarem Daniel Coelho e Priscila Krause como pré-candidatos a prefeito contra Geraldo Julio.

Comandando Cidades, Educação e Defesa, a finada União por Pernambuco voltou a ter protagonismo na política nacional, relegando ao PSB o papel de mero coadjuvante na interlocução com o governo federal. Esse movimento do PSB poderá trazer novos desdobramentos já para a eleição no Recife. Jarbas Vasconcelos, do PMDB, nunca foi muito adepto da tese de apoiar a reeleição do prefeito Geraldo Julio e não gostou nem um pouco da decisão de Paulo Câmara de defenestrar o DEM e o PSDB do governo do estado.

André de Paula, secretário das Cidades, que enfrentou uma verdadeira escassez de recursos na pasta, não estaria muito animado para continuar no cargo. Muito menos de seguir junto com Geraldo Julio na busca pela reeleição. Ele poderia levar o PSD a integrar uma reedição da União por Pernambuco, que teria como expoentes os quatro ministros de Michel Temer, o deputado Jarbas Vasconcelos e o senador Fernando Bezerra Coelho, que ficou muito chateado com a tentativa do Palácio de rifar a indicação de Fernando Filho para Minas e Energia.

Como o prefeito que for eleito não buscará a reeleição em 2020 por mudança na legislação, já há quem defenda uma coligação entre PSDB, DEM, PPS, PMDB, PSD, Solidariedade, PSL e PP em torno de Daniel Coelho, que teria Priscila Krause como sua vice. Em caso de uma vitória contra Geraldo Julio, a União por Pernambuco se unificaria em torno de Fernando Bezerra Coelho, por um desses partidos, para a disputa pelo governo em 2018.

André Ferreira – Presidente estadual do PSC, o deputado estadual André Ferreira poderá herdar o comando do Lafepe que foi tomado pelo governador Paulo Câmara do agora ministro Mendonça Filho. André deverá garantir o apoio do PSC à reeleição do prefeito Geraldo Julio junto com o PR do deputado federal e seu irmão gêmeo Anderson Ferreira.

Desenvolvimento – A engenheira química Berenice Andrade Lima, esposa do deputado em  exercício Cadoca (PDT), foi nomeada pelo prefeito Geraldo Julio para a secretaria de Desenvolvimento Econômico, que foi criada exclusivamente para abrigar o DEM. Com a saída de Roseana Amorim, o secretário de Turismo e Lazer Camilo Simões estava acumulando o cargo.

Armando Monteiro – O senador Armando Monteiro não descarta a hipótese de levar o PTB a apoiar um candidato de consenso da oposição a prefeito do Recife, que poderia ser Daniel Coelho (PSDB), porém por enquanto o PTB fica na coligação liderada por Silvio Costa Filho (PRB), que também conta com o apoio do PTdoB.

Orçamento – Juntando os ministérios das Cidades, da Educação e Cultura, da Defesa e de Minas e Energia, comandados por Bruno Araújo, Mendonça Filho, Raul Jungmann e Fernando Filho, respectivamente, o orçamento dessas pastas suplantam com significativa margem o orçamento comandado pelo governador Paulo Câmara.

RÁPIDAS

Itamaraty – O ministro das Relações Exteriores José Serra respondeu duramente a Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua e Equador, que estavam atacando o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Numa nota oficial, Serra afirmou que rejeita enfaticamente a posição dos países citados e que o processo de impedimento se deu no absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição Federal.

Fundaj – Comandada por Fernando Lyra durante os governos de Lula e Dilma e por Paulo Rubem Santiago até recentemente, a Fundação Joaquim Nabuco, que fica subordinada ao ministério da Educação poderá ser comandada por um dos mais brilhantes quadros públicos brasileiros: o ex-governador Gustavo Krause.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara se arrependeu de pedir os cargos do PSDB e do DEM de volta?

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Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política, Recife

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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