A equação da mesa diretora da Alepe
A Casa Joaquim Nabuco possui uma importância muito grande para a política pernambucana, não apenas por ser a sede do legislativo estadual mas sobretudo por ser uma das melhores escolas políticas do Brasil. Passaram por ela Jarbas Vasconcelos, Mendonça Filho, Eduardo Campos, Bruno Araújo, Sérgio Guerra, Severino Cavalcanti, dentre outros políticos de alta patente que fizeram e fazem história na política estadual e nacional.
O comando daquela Casa não é algo fácil, afinal o detendo desta tarefa dialogará com prefeitos, com secretários de estado, com o governador, com o tribunal de Contas, etc. Para isso é preciso alguém que tenha peso político e muito trânsito na sociedade.
A Alepe foi presidida recentemente por Romário Dias e nos últimos oito anos por Guilherme Uchoa, dois políticos de envergadura que souberam administrar bem o bônus e o ônus do exercício do cargo. Na atual composição da Casa não existe, além dos dois, nenhum nome com tamanha envergadura para o posto.
Por isso a alternativa do quinto mandato para Guilherme Uchoa se torna cada vez algo mais plausível. O governador Paulo Câmara já se deu conta de que 2015 não será um ano fácil e o chefe do poder legislativo precisará de autoridade e jogo de cintura para isso, já que o sucesso do executivo passa também pela boa relação com o legislativo. Portanto, é mais do que natural que Guilherme Uchoa continue no cargo. Os deputados já sinalizaram isso e o governador não vai comprar essa briga.
Com o processo de escolha pela presidência da Alepe praticamente definido sobra a primeira-secretaria para ser feita a melhor composição. Dentro do PSB, partido natural para ocupar o posto, existem três nomes que surgem como detentores de envergadura para substituir João Fernando Coutinho. Dentre os pares os deputados Diogo Moraes e Ângelo Ferreira surgem como favoritos, já dentro do núcleo duro do governador eleito surge Waldemar Borges para o posto, porém ele não é bem quisto pelos pares e isso pode dificultar. Já fora do PSB, hipótese pouco provável, mas não completamente descartável, Eriberto Medeiros.
O presidente do PTC tem um excelente trânsito dentro da Casa e poderia ser um candidato competitivo para ocupar a primeira-secretaria, porém, pesa contra Eriberto o fato dele não ser do PSB. O partido do governador já caminha para abrir mão da presidência contribuindo para a escolha de Guilherme, abdicar também da primeira-secretaria seria querer demais.
Isaltino Nascimento – O deputado não reeleito Isaltino Nascimento assumirá uma secretaria no governo Paulo Câmara. Como não se saiu bem nos transportes, Isaltino poderá assumir uma pasta voltada para a área política, que é o que ele de fato sabe fazer.
Federais – Com Felipe Carreras ocupando a secretaria das Cidades e Fernando Filho ocupando a Agricultura, Danilo Cabral só terá dois caminhos: voltar para Educação ou assumir alguma pasta voltada para a articulação política.
Alberto Feitosa – O deputado Alberto Feitosa (PR) voltará a ocupar a secretaria de Turismo. No cargo no segundo governo Eduardo Campos, Feitosa fez um bom trabalho na área e conseguiu o respeito e a aprovação do trade turístico.
Gilberto Kassab – O presidente do PSD Gilberto Kassab será ministro de Dilma Rousseff. Em Brasília corre a informação de que ele assumirá o ministério das Cidades. Com isso ele volta a ganhar força depois de ter perdido a disputa pelo Senado em São Paulo.
RÁPIDAS
Confraternização – O governador João Lyra Neto reunirá a imprensa para a tradicional confraternização no Palácio do Campo das Princesas no próximo dia 10 a partir das 19 horas.
João Campos – O filho mais velho de Eduardo Campos voltou a ter seu nome ventilado para ser candidato a vice-prefeito na chapa de Geraldo Julio que tentará a reeleição.
Inocente quer saber – O prefeito Geraldo Julio estaria com dificuldades na condução política da gestão?
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