Os ciclos da política brasileira
Analisando o contexto histórico da transição democrática iniciada em 1985 com a eleição de Tancredo Neves pelo colégio eleitoral, que culminou no governo José Sarney, passando pela eleição de Fernando Collor, o impeachment, o governo Itamar Franco, o plano real, o governo FHC, a reeleição, o governo Lula e a vitória de Dilma Rousseff tivemos diversos ciclos políticos, sociais e econômicos ao longo deste período.
Em 2015 estaremos completando trinta anos da transição democrática e nas eleições deste ano poderemos modificar um ciclo. Dentre os oito governos que ocorreram de lá pra cá tivemos o ciclo da redemocratização com José Sarney, o ciclo da abertura econômica com Fernando Collor, o ciclo da estabilização da moeda iniciado por Itamar Franco e concretizado por Fernando Henrique, o ciclo dos programas sociais iniciado por Fernando Henrique e consolidado por Lula e por fim o ciclo do governo Dilma Rousseff, a primeira mulher a ser presidente do Brasil.
Já são doze anos do governo do PT, com destaque para os oito anos de Lula que soube surfar nas ondas do aquecimento da economia mundial e também soube se sobressair quando houve momentos de crise, como a de 2008, que o país saiu intacto dela.
Já o governo Dilma que está completando quatro anos, não conseguimos enxergar muitos avanços na condução econômica do país. O crescimento do PIB tem sido aquém da média mundial, a inflação muito longe do centro da meta e os escândalos de corrupção permeando o governo e colocando em xeque a credibilidade do país no mercado internacional.
Falta de oportunidade para dar certo não foi. O governo Dilma Rousseff contou com a maior base de sustentação que um presidente pôde contar ao longo dos anos. Porém, Dilma foi incapaz de colocar em prática as reformas que o Brasil precisa, como a política, a tributária e a previdenciária.
Pela primeira vez um presidente entrega ao sucessor, que pode ser a própria Dilma, um país pior do que recebeu. Definitivamente este governo fracassou. Ao longo dos quatro anos Dilma não apresentou nada de novo na gestão do país, não conseguindo sequer manter o ritmo de acerto que Lula obteve na condução dos rumos do Brasil.
Caso Aécio Neves se eleja presidente no próximo dia 26, o Brasil tem a chance de experimentar um novo ciclo. Mas desde já tanto ele quanto Dilma devem estar cientes que o próximo governo terá mais dificuldades do que este teve porque a herança definitivamente não é bendita.
Wolney Queiroz – O deputado Wolney Queiroz já havia indicado que apoiaria a reeleição de Dilma Rousseff. Porém, com a decisão do prefeito José Queiroz de apoiar Aécio Neves, ele poderá ser obrigado a mudar de ideia e seguir com o PSDB.
Denúncia – O MPF está apurando indícios de corrupção operados em Pernambuco no ano de 2007. A denúncia envolve diversos nomes da política pernambucana e até mesmo gente graúda da imprensa local.
Marília Arraes – Depois de romper com Eduardo, a vereadora Marília Arraes vive um inferno astral. Não conseguiu emplacar nenhum candidato que apoiou nas eleições deste ano e corre risco de Dilma Rousseff, sua candidata, perder no segundo turno.
Felipe Carreras – O deputado federal Felipe Carreras (PSB) deve integrar o secretariado do governador Paulo Câmara. Com isso Augusto Coutinho (SDD) assumirá o mandato na Câmara dos Deputados.
RÁPIDAS
Golpe – A presidente Dilma Rousseff atribuiu o vazamento dos áudios de Paulo Roberto Costa a imprensa e a oposição que segundo ela querem dar um golpe no Brasil.
Marina Silva – Mais uma vez em terceiro lugar nas eleições presidenciais, Marina Silva demora a tomar uma posição, como em 2010. Ela acaba perdendo o bonde da história porque seus eleitores em sua maioria migraram para Aécio Neves.
Inocente quer saber – A denúncia envolvendo políticos pernambucanos é eleitoreira?



