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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 25 de março de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

Impeachment ganhou o Congresso Nacional

Quando o presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha decidiu acatar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff solicitado pelos juristas Helio Bicudo, Miguel Reale Jr. e Janaína Paschoal, ainda no início de dezembro, a presidente Dilma Rousseff detinha certo controle no Congresso para tentar sepultar o impeachment. Porém, o mui amigo PCdoB decidiu fazer com que a presidente “ganhasse tempo” questionando o rito do impeachment no Supremo Tribunal Federal.

Naquele momento os fatos não eram tão robustos para fazer com que o impedimento de Dilma ganhasse total aderência na sociedade. O caso das “pedaladas fiscais” poderia ser facilmente criticado pelo governo e justificado com a tese de que não houve crime – apesar de ter havido – pois grande parte do eleitorado estava alheia ao que acontecia no âmbito do impeachment.

As investigações da Lava-Jato ganharam mais robustez após aquele processo do início de dezembro, que colocou a idoneidade da campanha de Dilma em xeque. O mesmo se diz ao caso de Lula, que sempre se colocou como um inimputável. Com o passar do tempo os fatos encurralaram a dupla que governou o país nos últimos treze anos.

Quando o Planalto deu o sinal verde para o PCdoB questionar o rito do impeachment no STF, Dilma acreditava que poderia contar com Renan Calheiros no Senado para barrar o processo na Casa. No questionamento do PCdoB e no entendimento do STF, diferentemente do impeachment de Collor, quando uma vez aprovado pela Câmara dos Deputados o presidente seria afastado imediatamente, no novo rito o afastamento só se daria após o recebimento de Renan pelo Senado e caso ele quisesse dar prosseguimento. Se ele negasse, tudo o que a Câmara tivesse votado iria para o ralo. O governo comemorou muito. Ledo engano.

Com o agravamento da crise, o impeachment passar na Câmara é certeza absoluta, quando já existem 252 deputados favoráveis, sendo necessarios 342, portanto, faltando apenas 90 deputados para ele ser aprovado e encaminhado ao Senado. Há quem aposte que ele será aprovado com mais de 400 votos a favor da saída de Dilma, pois a pressão popular obrigará os deputados a não tomar outra decisão que não seja a degola da petista.

No Senado, diferentemente do que o Planalto avaliou, o presidente Renan Calheiros já sinalizou que dará prosseguimento ao processo, e a partir da tramitação na Casa Dilma é afastada por 180 dias para dar lugar ao vice Michel Temer, do PMDB, que está quase uma unanimidade em torno de romper com Dilma e consequentemente apoiar o seu afastamento. Definitivamente o governo quis ganhar tempo mas o tempo que passou foi perdido. Agora é tarde e a Inês é morta.

Apoio – O Palácio do Campo das Princesas está bastante inclinado a apoiar a candidatura indicada pelo prefeito Elias Gomes, que deverá ser a secretária Conceição Nascimento (PSDB). Na avaliação de um figurão ligado ao governador Paulo Câmara, a prioridade do PSB é a reeleição do prefeito Geraldo Julio no Recife, e por isso nas outras cidades, como Jaboatão, deve prevalecer o espírito aliancista, respeitando os espaços de cada partido da Frente Popular.

Dinheiro – Uma das campanhas beneficiadas pela Odebrecht, de acordo com a planilha divulgada, foi a do prefeito Vado da Farmácia no Cabo, que em 2012 era aliado unha e carne com o seu padrinho Lula Cabral. A questão é que na prestação de contas de Vado nem há doação direta da Odebrecht nem através do PSB, necessitando de maiores explicações tanto do prefeito quanto do seu antecessor Lula Cabral.

Retaliação – Insatisfeita com as movimentações de bastidor do vice-presidente Michel Temer, Dilma Rousseff decidiu retaliá-lo demitindo o diretor da Funasa Antonio Henrique de Carvalho Pires, indicado por Temer para o posto. Com tal decisão, Dilma afasta qualquer hipótese do vice-presidente recuar das suas articulações.

Mergulhado – O ministro da Educação Aloizio Mercadante foi flagrado oferecendo regalias para que o senador Delcídio do Amaral silenciasse sobre os esquemas do governo Dilma Rousseff. Tal situação seria motivo para demissão no mesmo dia, porém no governo Dilma ele não só continua no cargo como também foi “esquecido” pela mídia. O mergulho de Mercadante até agora surtiu efeito.

RÁPIDAS

Posse – O Palácio do Planalto avalia que foi uma verdadeira lambança a nomeação de Lula para o ministério da Casa Civil. Primeiro porque levou a Lava-Jato para dentro do Planalto, segundo que a posse de Lula dificilmente irá ocorrer, fato que fragiliza ainda mais o governo Dilma e fortalece o impeachment.

Feliz Páscoa – Amigo leitor, desejo a você e a sua família uma excelente Páscoa, aproveite esse momento para reflexão não só sobre o verdadeiro significado da data como também para estar ao lado daqueles que fazem parte da sua vida. Voltamos na próxima segunda-feira.

Inocente quer saber – Lula estava mesmo planejando fugir para a Itália?

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Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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