Articulação política do governo é um fracasso
O estelionato eleitoral causado pela presidente Dilma Rousseff é um dos motivos para que o Brasil esteja em polvorosa. Mas além da economia ir muito mal e o governo estar atolado em corrupção, há um ingrediente a mais que inviabiliza o governo Dilma Rousseff.
O ministro da Casa Civil, pasta responsável pela articulação política envolvendo o governo federal e o Congresso Nacional, Aloizio Mercadante, vem de mal a pior. Isso já foi evidenciado na eleição da mesa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
As vitórias de Eduardo Cunha e Renan Calheiros foram grandes derrotas do governo. No caso específico de Eduardo Cunha, o PT lançou Arlindo Chinaglia e acabou humilhado na disputa. Já no Senado, Renan teve o apoio do PT, que foi decisivo para sua vitória, vale ressaltar, mas também pesou a capacidade política de Renan para lograr êxito na disputa. Portanto, nem Cunha nem Renan se consideram devedores do governo federal. Eles entendem que são autosuficentes e podem ajudar ou atrapalhar o governo ao seu bel-prazer.
Por mais que o governo Dilma Rousseff seja um fracasso nos mais variados temas, a articulação política comandada por Mercadante é o carro-chefe do fracasso do atual governo. O primeiro passo para um ministro da Casa Civil ter sucesso no cargo é saber atender bem as demandas do Congresso Nacional.
É preciso ter uma relação cordial com os principais líderes das duas Casas. Não é o caso do ministro Mercadante. Dilma nunca foi uma maravilha como ministra da Casa Civil, haja vista a sua antipatia peculiar, mas no momento em que ela ocupou o posto, o governo Lula era extremamente bem-avaliado, mesmo depois do Mensalão, porque a economia era uma maravilha.
Hoje com o cenário cada vez mais caótico para o governo, os congressistas não estão nem aí para o Palácio do Planalto, sobretudo com Mercadante no comando. A sua queda é uma questão de tempo e de sobrevivência para que o governo Dilma Rousseff possa tentar retomar o diálogo com o Congresso Nacional.
Veto – O governo conseguiu ontem manter o veto da presidente Dilma Rousseff pela prorrogação do acordo entre a Chesf e indústrias de energia do Norte e Nordeste. O acordo faria com que a energia chegasse mais barata a essas indústrias. A Câmara dos Deputados derrubou o veto, mas o Senado não conseguiu os 41 votos necessários para isso. Como precisava da derrubada das duas Casas, o veto foi mantido e as empresas vão ter que pagar mais caro pela energia elétrica.
Michel Temer – Muitos governistas têm defendido que a presidente Dilma Rousseff entregue parte da articulação política do governo ao vice-presidente Michel Temer, porém Dilma acha que o vice-presidente não conseguiria ter autoridade junto ao presidente do Senado Renan Calheiros, por exemplo, e segue relutando.
Carlos Wilson – O ex-governador Carlos Wilson, se estivesse vivo, teria completado ontem 65 anos de idade. Cali morreu muito jovem, mesmo assim foi deputado federal, vice-governador, governador e senador. Além disso foi presidente da Infraero no governo Lula. Cali era filho do ex-senador Wilson Campos e irmão do secretário das relações institucionais do estado André Campos.
Priscila Krause – A deputada Priscila Krause (DEM) disse que o governo tem cortado investimentos e Pernambuco tem o menor índice de investimentos em obras e instalações no primeiro bimestre desde 2009. Priscila defende que o governo deve cortar custeio com a máquina pública e não investimentos necessários ao estado.
RÁPIDAS
Elias Gomes – O prefeito de Jaboatão Elias Gomes (PSDB) enviou carta ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendendo que seja realizado um pacto entre o partido e o PT no intuito de encontrar saídas para a crise que assola o Brasil.
Aniversário – Hoje as cidades-irmãs Recife e Olinda comemoram, 478 e 480 anos, respectivamente. Fica os nossos parabéns às duas cidades que são importantíssimas para Pernambuco e também para o Brasil.
Inocente quer saber – Se Pedro Barusco surrupiou US$ 100 milhões da Petrobras, quanto foi que o chefe-mor do esquema levou?
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