Datafolha mostra leve recuperação de Dilma
A presidente Dilma Rousseff ganhou uma boa notícia visando as eleições de outubro. Trata-se da pesquisa Datafolha que apontou a petista com 38% das intenções de voto, enquanto Aécio Neves ficou com 20%, Eduardo Campos 9% e Pastor Everaldo com 4%. Se as eleições fossem hoje, Dilma teria um leve favoritismo para vencer no primeiro turno, já que suas intenções de voto suplantam o somatório de todos os seus adversários. A ausência de protestos e um possível sucesso da Copa do Mundo deixaram Dilma numa posição relativamente confortável, porém, ainda incerta, haja vista que seus adversários ainda são desconhecidos da população, tendendo a crescer com o início da propaganda eleitoral gratuita do rádio e da TV. Mesmo assim, foi um alento para o PT e para o comando de campanha de reeleição de Dilma, que deve encerrar a Copa do Mundo com uma vantagem, ainda que muito pequena. A eleição começa no dia 6, e ganhar um presente desse é um fato a se comemorar bastante.
Salada – As alianças esdrúxulas nos estados viabilizadas por Eduardo Campos colocaram o PSB numa posição de possível substituto do PMDB. Os socialistas se aliaram com Deus e o Diabo visando aumentar suas bancadas no Senado e na Câmara dos Deputados.
O erro – Um dos maiores erros de campanha de Eduardo Campos até aqui foi lançar a candidatura do ex-deputado Tarcísio Delgado ao governo de Minas. Vai gastar energia com uma disputa inglória e sem chances de vitória. Poderia ter ficado com Pimenta da Veiga, do PSDB.
São Paulo e Rio – Já no Rio de Janeiro e em São Paulo, as alianças foram consideradas competitivas. Na eleição paulista pode emplacar Márcio França vice-governador e na carioca pode eleger Romário senador.
Desespero – O comando de campanha de Geraldo Alckmin está na base do ansiolítico. A candidatura de Paulo Skaf ganhou uma dimensão considerável nas convenções e pela primeira vez começa a ameaçar de fato a reeleição do tucano.
RÁPIDAS
Ana Amélia – Senadora pelo PP do Rio Grande do Sul, Ana Amélia lidera todas as pesquisas para o governo daquele estado. Ela negociou para ser a candidata de Eduardo Campos lá, mas Marina Silva acabou vetando e ela vai com Aécio.
Gilberto Kassab – Esperava-se que o ex-prefeito de São Paulo fosse candidato a deputado federal, já que teria destaque por ser presidente do PSD. Sua entrada na disputa pelo Senado coloca em xeque a sua ascensão política, pois tende a perder. Se vencer vira um fenômeno eleitoral.
Inocente quer saber – Aécio e Eduardo continuarão com o pacto de não-agressão?



