Chapão da Frente Popular para estadual foi prejuízo
A Frente Popular de Pernambuco que elegeu Paulo Câmara para governador e Fernando Bezerra Coelho para senador conseguiu um resultado excelente também para deputado federal, elegendo dezoito federais no chapão e um na chapinha, totalizando 19 federais das 25 vagas.
O mesmo não se pode dizer da chapa para deputado estadual. A Frente Popular disputou as eleições com quatro chapinhas além do chapão. As chapinhas emplacaram dez deputados estaduais, enquanto o chapão ficou com apenas 26.
Num comparativo com 2010, o chapão da Frente Popular elegeu sete parlamentares a menos em 2014. Isso se deu graças a formação destas chapinhas dentro da própria frente. Consequentemente muita gente que teve expressivas votações acabou ficando de fora da Casa Joaquim Nabuco.
Se por acaso o PSB tivesse incluído todos os partidos da coligação majoritária num chapão como fez o PTB, teríamos a seguinte configuração: a chapa liderada pelo PSB emplacaria 36 deputados estaduais, a do PTB 12 e a do PSOL 1. Na prática não mudaria a quantidade que cada coligação elegeria, mas dentro da Frente Popular a situação seria outra.
O chapão elegeria Cleiton Collins, Socorro Pimentel, Antônio Morais, Marcantonio Dourado, Maviael Cavalcanti, Roberta Arraes, Isaltino Nascimento, Laura Gomes, Anchieta Patriota e Terezinha Nunes. Em vez de 41.140 votos que deu a Ricardo Costa a última vaga do chapão, a trigésima sexta vaga seria de Terezinha Nunes com 30.565 votos.
Sairiam de cena nomes como Zé Maurício, Eduino, João Eudes, Beto Aciolly, Professor Lupercio, Dr. Valdi, Everaldo Cabral e Joel da Harpa, que se elegeram com menos de 30.200 votos. Definitivamente o chapão da Frente Popular de 2014 para deputado estadual foi um tremendo prejuízo.
Alepe – Com a eleição de Guilherme Uchoa praticamente fato consumado, as atenções se voltam para a primeira-secretaria que tende a ficar com o PSB. Dentro do partido despontam Diogo Moraes, Ângelo Ferreira e Aluisio Lessa.
Primeira-secretaria – Em caso do PSB não conseguir o consenso para o nome que ocupará o posto, os deputados Alberto Feitosa e Eriberto Medeiros estão salivando para “comer o cartão” do PSB e ficar com a vaga.
Traquejo – Pegou mal a postura do governador Paulo Câmara de responder diretamente ao líder da oposição deputado Silvio Costa Filho. Governador não pode se trocar com deputado, muito menos da oposição. Deveria ter incumbido o líder do governo deputado Waldemar Borges para a tarefa.
Sileno Guedes – É voz comum entre os políticos a forma como o secretário de governo Sileno Guedes trata as pessoas. Além de não resolver as demandas dos aliados fica desmerecendo as pessoas por estarem sem mandato eletivo.
RÁPIDAS
Honestidade – O senador Pedro Simon (PMDB/RS) deu uma demonstração de zelo com o dinheiro público. Como não usou a verba em passagens, devolveu ao erário R$ 1,4 milhão a que tinha direito para viajar. Simon deixa de ser senador no dia 1 de fevereiro.
Daniel Coelho – Eleito deputado federal, Daniel Coelho pode se filiar a um partido da base de Dilma Rousseff para disputar a prefeitura do Recife no próximo ano. Ele pode ser o candidato de Lula em 2016.
Inocente quer saber – O PSB aceitará ficar sem os dois principais cargos da mesa diretora da Alepe?
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