
A aprovação de Evilásio e seu papel no Araripe em 2026
A pesquisa divulgada pelo DataTrends confirmou o que já se percebia com nitidez no cotidiano político de Araripina: o prefeito Evilásio Mateus tornou-se, em menos de um ano de gestão, a principal referência política do município. Com 67% de aprovação, Evilásio alcança um patamar raro para gestores em início de mandato e consolida uma imagem de liderança sólida, associada a obras em ritmo acelerado, melhorias visíveis e presença constante nas comunidades. A desaprovação é de apenas 26%, indicando ampla consonância entre governo e população.
O contraste com outras figuras de grande projeção amplia ainda mais o significado do resultado. O presidente Lula registra 59% de aprovação no município, enquanto a governadora Raquel Lyra aparece com 43%, ambos abaixo do desempenho de Evilásio. A leitura política é clara: o eleitorado de Araripina tem valorizado mais intensamente as entregas locais do que as agendas estadual e federal. O prefeito conseguiu vincular sua imagem a intervenções práticas e resultados imediatos, que impactam diretamente a vida das pessoas — elemento decisivo para sustentar índices tão expressivos.
Esse desempenho não é fruto de um cenário herdado. Pelo contrário, Evilásio Mateus precisou se afirmar politicamente mesmo após um rompimento com o então prefeito Raimundo Pimentel, de quem era vice. Eleito em 2024 com 58% dos votos válidos, apesar de não contar com o apoio do gestor anterior — que deixou o cargo bem avaliado — Evilásio iniciou seu governo sob o desafio de provar que tinha capacidade própria de condução administrativa. Em menos de um ano, transformou esse desafio em ativo político: construiu uma gestão com marca própria, firmou identidade e estabilizou uma base de apoio sólida.
Aproximando-se da marca simbólica de 70% de aprovação, o prefeito chega ao ano eleitoral de 2026 como peça central na disputa política do Sertão. Araripina, que reúne o maior colégio eleitoral do Araripe, tende a exercer papel determinante nas composições estaduais e federais. Nesse contexto, o peso político de Evilásio deve impulsionar nomes aliados: Roberta Arraes rumo à Assembleia Legislativa, Fernando Filho para a Câmara dos Deputados, além dos candidatos a senador e do seu escolhido para governador, o prefeito do Recife, João Campos. A influência do prefeito pode redefinir correlações de força no Araripe e ampliar o protagonismo da região no tabuleiro estadual.
O avanço político de Evilásio também traz um recado para Pernambuco: gestores com forte aprovação podem remodelar alianças, desafiar estruturas tradicionais e abrir novos caminhos para a disputa majoritária. Caso mantenha o ritmo de obras e a sintonia com as demandas populares, o prefeito de Araripina tende a exercer papel ainda mais decisivo na formação do cenário político de 2026.
Os números do DataTrends, portanto, representam mais do que uma fotografia momentânea. Eles apontam para o início de um ciclo no qual Evilásio Mateus emerge como liderança incontornável no Araripe e peça estratégica na configuração do futuro político do estado.
Crise institucional – A segunda-feira foi marcada por forte tensão entre o Planalto e o Congresso, após declarações que expuseram atritos entre governo e líderes das duas Casas: no Senado, Jaques Wagner (PT-BA) admitiu que a indicação de Jorge Messias ao STF dificilmente será votada ainda este ano, em meio ao incômodo de Davi Alcolumbre por não ter sido avisado da escolha; e, na Câmara, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) rompeu politicamente com o líder do PT, Lindbergh Farias (PT-RJ), acendendo um alerta no governo Lula sobre a fragilidade da articulação em plena reta final do ano legislativo.
Sem pressa – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), respondeu à carta enviada por Jorge Messias, indicado por Lula para o STF, afirmando que a Casa cumprirá “no momento oportuno” o rito constitucional de sabatina e votação. Embora aliados avaliem que Alcolumbre recebeu bem a mensagem, não há previsão para análise da indicação, que alguns senadores acreditam poder ficar só para 2026. Messias, escolhido para a vaga aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso, ainda depende de sabatina na CCJ e aprovação em plenário após a formalização da indicação pelo presidente da República.
Filiação – Nesta terça-feira, o deputado federal Fernando Monteiro oficializará sua filiação ao PSD em Brasília, tornando-se o primeiro parlamentar da bancada federal pernambucana a ingressar na sigla; o ato contará com a presença da governadora Raquel Lyra e do presidente nacional do partido, Gilberto Kassab, e marca um passo importante no fortalecimento da legenda no estado.
Judicialização – O presidente da Alepe, Álvaro Porto (PSDB), afirmou nesta segunda-feira, em entrevista à Rádio Folha, que irá à Justiça para garantir o pagamento das emendas de seu mandato, em meio ao impasse com o governo Raquel Lyra sobre o aumento do percentual da RCL destinado às emendas parlamentares; o deputado, que promete judicializar caso não haja pagamento até 31 de dezembro, também retirou de pauta o empréstimo de R$ 1,7 bilhão solicitado pelo Executivo — agora previsto para ser votado apenas em fevereiro de 2026 — e declarou que a relação entre Alepe e o governo “não é saudável”, embora negue conflito pessoal com a governadora.
Inocente quer saber – Além de Fernando Monteiro, quantos deputados federais irão para o PSD?



