
As razões da crise política no governo Raquel Lyra
A governadora Raquel Lyra vive um dos momentos mais difíceis que um governante em Pernambuco já enfrentou na história recente. Não por ser um governo ruim de ações e de entregas, mas por ter dificuldade na relação. Os poderes constituídos, legislativo, judiciário e órgãos de controle, como TCE, Ministério Público, Defensoria, precisam de uma interlocução com o executivo, que é mais do que o cumprimento do repasse de seus respectivos duodécimos. Política é a arte de ternurar, se o governador não tem tempo ou não se dispõe a isso, precisa que seus auxiliares o façam.
A crise política escalou substancialmente entre o final de 2024 e início de 2025, em que pese a relação de idas e vindas com o presidente Álvaro Porto, seu aliado, que chegou ao cargo sobretudo pela eleição de Raquel, se fosse outro governador, dificilmente ele seria o presidente da Alepe, é indiscutível que o fator do não pagamento das emendas escalou a crise e fez com que a governadora sofresse reveses na Casa de Joaquim Nabuco, como as comissões que poderiam garantir uma tranquilidade ao governo, mas tornou-se o calcanhar de Aquiles. Uma vez que os empréstimos, indicações da governadora e outras questões ficaram prejudicadas por adversários dela ocuparem o comando das comissões.
Evidentemente que há interesses de deputados de oposição em inviabilizar o governo, mas o cerne da questão é o de que o não pagamento das emendas prejudicou oposicionistas e governistas, fortalecendo o sentimento de corpo dentro da Casa.
A essa altura do campeonato não se discute quem está certo ou quem está errado, não adianta mais, o efeito prático seria um pacto de governabilidade mínima a partir do cumprimento das emendas por parte do governo, uma vez que o sentimento geral é que o impasse tende a se arrastar para 2026, pois os problemas que travaram os pagamentos das emendas permanecem.
As emendas são o instrumento que os deputados possuem para se fazerem presentes em suas bases. Pagá-las independente de o deputado ser governo ou oposição, é de fundamental importância. Evidentemente que os casos em que seja impossível pagar por questões formais, não tem o que resolver, mas os outros casos podem ter uma força tarefa para que na volta dos trabalhos legislativos o clima na Casa seja de menor impasse.
Ninguém está confortável com isso, é algo que tem causado preocupações para todos os envolvidos, uma vez que a queda de braço entre o presidente e a governadora não beneficia nenhum dos dois. Raquel, que já foi deputada e já foi prefeita, precisa encontrar uma solução definitiva, para poder voltar a uma mínima paz institucional e com isso os empréstimos saiam do papel e fatores externos não comprometam o funcionamento do governo, como estamos observando nos últimos dias.
Bola fora – Lideranças do Centrão ligadas a Jair Bolsonaro avaliam que a taxação de 50% imposta por Donald Trump a produtos brasileiros enfraquece a pré-candidatura de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) à Presidência em 2026. A crítica é que Eduardo errou ao agradecer o presidente americano nas redes sociais, em tom de celebração, por uma medida que prejudica diretamente o Brasil. Deputado licenciado e atualmente nos Estados Unidos, Eduardo tenta se projetar como nome da direita para enfrentar Lula, mas, segundo aliados, a postura diante do tarifaço foi um erro estratégico que desgasta sua imagem.
Consequência – O episódio envolvendo a taxação em 50% dos produtos brasileiros pelos Estados Unidos mostra que essa crise política patrocinada por Lula e Jair Bolsonaro precisa ter fim. A polarização política no Brasil vem desde o governo Dilma Rousseff e sua reeleição em 2014. A crise escalou durante mais de uma década e o Brasil não encontra o mínimo caminho de paz, ter Lula ou algum Bolsonaro na presidência por mais quatro anos será sinônimo de mais crise e mais instabilidade.
Sucesso – A pesquisa DataTrends para presidente da República foi um sucesso absoluto com mais de 100 mil visualizações no Instagram. Nesta sexta-feira, divulgaremos o pensamento do eleitor sobre temas sensíveis como avaliação do governo Lula, do STF, do Congresso Nacional e especificamente do ministro Alexandre de Moraes. Vale a pena acompanhar os detalhes que ajudam a compreender o momento político que o Brasil vive.
Inocente quer saber – Se Raquel Lyra resolver as emendas, o clima tende a apaziguar ou já não tem mais jeito?
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