
A irreversibilidade da pré-candidatura de João Campos
As movimentações recentes do prefeito do Recife, João Campos (PSB), confirmam o que seus aliados já tratam como fato consumado: sua pré-candidatura a governador de Pernambuco em 2026 é irreversível. Embora o próprio gestor ainda não tenha feito um anúncio oficial, cada gesto político, cada aliança costurada e cada passo no interior do estado apontam para o mesmo destino. O jogo sucessório já começou, e Campos se posiciona como principal adversário da governadora Raquel Lyra (PSD), que buscará a reeleição.
O prefeito do Recife ampliou significativamente sua base de apoio com a adesão de prefeitos estratégicos do litoral sul, como os de Tamandaré, Carrapicho e Xexéu, este último comandado por Thiago de Miel. Essas movimentações indicam que João não está restrito à capital, mas investe em construir musculatura política nos municípios, onde os prefeitos desempenham papel determinante na formação de palanques e na transferência de votos. A lógica é clara: quem quiser vencer em Pernambuco precisa falar a língua do interior, e Campos começa a cumprir essa cartilha.
Outro sinal importante veio da sua circulação no agreste ao lado do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto. Figura de peso no PSDB, Porto tem feito críticas públicas à governadora Raquel Lyra e sinalizado que os tucanos podem migrar para o campo do PSB. A presença de João ao lado de Porto não é um simples ato protocolar, mas sim um recado direto: sua pré-candidatura avança sobre territórios antes considerados fechados para a oposição.
As pesquisas de opinião reforçam o clima de confiança no entorno do prefeito. Diversos levantamentos apontam João Campos liderando com ampla vantagem sobre Raquel Lyra, chegando a abrir margens superiores a 30 pontos percentuais em alguns cenários. Esse favoritismo precoce ajuda a consolidar a narrativa da inevitabilidade de sua pré-candidatura, ao mesmo tempo em que pressiona adversários a se reposicionarem para tentar reduzir a diferença. Campos tem explorado esse momento com habilidade, cultivando a imagem de gestor moderno, próximo da população e capaz de projetar Pernambuco para o futuro.
Contudo, a irreversibilidade de sua pré-candidatura não significa ausência de riscos. João precisará equilibrar o desafio de continuar governando o Recife com eficiência, evitando desgastes que possam ser explorados pelos adversários. Além disso, Raquel Lyra não deve ser subestimada: mesmo enfrentando turbulências políticas, ela ocupa a cadeira de governadora e terá a máquina estadual à disposição para se recompor até o pleito. O embate entre ambos promete ser duro, pois se trata de dois políticos jovens, com trajetória própria e ambições claras.
A pré-candidatura de João Campos, portanto, já está posta, ainda que não tenha sido oficialmente anunciada. Seus aliados a tratam como certa, os prefeitos do interior já se alinham, lideranças expressivas como Álvaro Porto demonstram afinidade e as pesquisas dão fôlego extra. O cenário de 2026 começa a se desenhar com nitidez: Pernambuco se prepara para assistir a um confronto direto entre João Campos e Raquel Lyra, um duelo que promete marcar a história política recente do estado.
Presidenciável – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vem ganhando protagonismo entre setores mais radicais da direita e ensaia um voo solo fora da sombra do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, articulando internacionalmente e no Brasil uma base de 20 a 30 parlamentares afinados com seu projeto. Desde fevereiro nos EUA, enquanto enfrenta risco de ter seu mandato cassado, Eduardo avalia disputar a Presidência em 2026 para manter vivo o bolsonarismo, criticando o centrão, o ex-ministro Tarcísio de Freitas e defendendo medidas polêmicas como uma anistia ampla para os condenados do 8 de janeiro, ao mesmo tempo em que negocia com legendas menores, aliados e empresários para estruturar sua pré-candidatura.
Após retiro – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, afirmou neste domingo (28) que ainda não decidiu se permanecerá na Corte após deixar a presidência do tribunal, destacando que a escolha será feita em outubro, durante um retiro espiritual. Em entrevista, Barroso explicou que já havia planejado se afastar após a gestão, mas que, com a morte da esposa, perdeu a motivação pessoal para concretizar esse projeto, acrescentando que, caso siga na vida pública, sua preferência será permanecer no Supremo, apesar do desgaste da exposição política que atinge familiares.
Conserto – O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, afirmou que países como Brasil, Suíça e Índia precisam “consertar” suas políticas para agir corretamente com os EUA, abrir seus mercados e deixar de adotar medidas que prejudiquem os norte-americanos, explicando que essas nações estão atualmente em “impedimento” até se alinharem às exigências de Washington.
Agradecimento – Gostaria de agradecer todas as mensagens recebidas pela chegada da minha filha Sara. Ela era esperada pra hoje, porém decidiu antecipar seu nascimento na madrugada da última quinta-feira, dia 25. Ela já está em casa!
Inocente quer saber – Quando João Campos declarará publicamente que disputará o governo de Pernambuco em 2026?


