
Raquel Lyra, faixas salariais e a coragem de fazer diferente
Pernambuco está diferente. A máquina pública, a gestão do Estado está diferente. E claro que depois de 16 anos de um mesmo partido no centro do poder, a passagem de comando para um outro grupo traria mudanças. E pouco mais de um ano após a transição, essas mudanças ficam cada vez mais escancaradas.
O projeto de lei que acabou de derrubar as faixas salariais para policiais militares e bombeiros de Pernambuco, alvo de uma disputa ferrenha entre base e oposição na Alepe, é o mais recente exemplo das mudanças que têm ocorrido de dentro para fora no governo. Se fosse como alguns que já passaram pelo Palácio do Campo das Princesas, há muito tempo a governadora Raquel Lyra poderia, abrindo mão da responsabilidade fiscal e política, ter voltado atrás na ideia que elaborou para a reestruturação dos salários da categoria e deixado para correr atrás do prejuízo apenas em 2025. Isso a teria poupado de boa parte do desgaste que sofreu desde que apresentou a iniciativa à Casa Legislativa.
Na campanha, porém, a tucana avisou que era diferente. Ela escolheu uma chapa diferente. Montou um time diferente. Decidiu se relacionar com a Alepe de um jeito diferente. Construir alianças diferentes. Administrar diferente. E é inegável que a escolha de Raquel traz duras consequências para ela, pois muitos não têm a menor disposição para a mudança. A vitória de ontem, no entanto, mostrou para a governadora que a mudança proposta por ela vale a pena, pois, apesar dos desgastes, lutar pelo que é correto nunca será uma batalha perdida.
Solidariedade – A Assembleia Legislativa de Pernambuco entregou 1 tonelada de alimentos à União de Mães de Anjos, ajudando famílias de crianças com microcefalia. Além disso, anunciaram doações para o Rio Grande do Sul, visando ajudar as vítimas dos temporais. A iniciativa foi liderada pelo presidente Álvaro Porto e contou com a participação de diversos deputados.
Projeto – A Câmara dos Deputados aprovou o projeto do deputado André Ferreira (PL) que inclui a equoterapia no SUS, seguindo para o Senado. Inspirado pela história de Renato Marinho, a proposta visa garantir acesso a essa terapia terapêutica complementar. Uma vez aprovado, o SUS oferecerá a terapia com base em indicações médicas, psicológicas e fisioterápicas.
Calamidade – O deputado Augusto Coutinho (Republicanos) propôs um projeto de lei na Câmara dos Deputados para facilitar empréstimos a microempreendedores individuais, pequenas e médias empresas afetadas por calamidades públicas em todo o país. O objetivo é permitir condições favoráveis ou empréstimos a fundo perdido para beneficiários nessas situações.
Inocente quer saber – Raquel Lyra virou a chave do governo após a vitória na Alepe?



