
O Brasil tem sido palco de juízes poderosos, responsáveis por casos de grande repercussão e que tomam decisões controversas com base em interpretações inovadoras da lei. Sergio Moro, ex-juiz da Operação Lava Jato, e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), são dois exemplos citados. No entanto, juristas têm opiniões divergentes sobre se ambos podem ser igualmente enquadrados nessa descrição.
Em entrevistas concedidas à BBC News Brasil, juristas apontam semelhanças entre Moro e Moraes, como a concentração de casos importantes em um único magistrado, o que parece violar o princípio do juiz natural. Porém, também ressaltam diferenças significativas, como a parceria indevida entre Moro e o Ministério Público Federal, ausente nas investigações sob a relatoria de Moraes. Além disso, a prática de acordos de delação premiada após longas prisões preventivas, comum na Lava Jato, ainda não foi aplicada nas investigações envolvendo Bolsonaro e seus aliados sob o comando de Moraes.
Entre decisões consideradas questionáveis, destaca-se a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por Moro em 2016, sem uma convocação prévia para depoimento, o que especialistas consideram contrário à lei. No caso de Moraes, sua decisão de afastar o governador do Distrito Federal, Ibanês Rocha, por 90 dias após a invasão das sedes dos Três Poderes gerou controvérsia por ter sido tomada sem o pedido da Procuradoria-Geral da República e durante a intervenção federal na área de segurança do DF. [Ler mais …]


















