Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 4:41 am do dia 11 de junho de 2013 Deixe um comentário

Armando sinaliza dissidência contra Eduardo.

Hoje aliados, Armando e Eduardo podem estar em palanques opostos no ano que vem.

O senador Armando Monteiro é candidato a governador de Pernambuco desde 2003 quando criou o Grupo Independente para romper com o então governador Jarbas Vasconcelos, que veio a lançar a candidatura de Joaquim Francisco na disputa pela prefeitura do Recife em 2004. A candidatura de Joaquim acabou em terceiro lugar naquele pleito.

Como presidente da CNI, Armando começou a ganhar notoriedade como deputado federal e ensaiou uma candidatura a governador de Pernambuco em 2006, quando aos quarenta e cinco do segundo tempo acabou desistindo do projeto para apoiar Humberto Costa indicando o hoje deputado Augusto César para o posto de vice-governador. Naquele ano Armando foi o deputado federal mais votado e anunciou o apoio a Eduardo Campos no segundo turno após ensaiar optar por Mendonça Filho.

No pleito de 2010 era tido como azarão em relação aos medalhões Humberto Costa e Marco Maciel na disputa pelo Senado. Acabou ficando em primeiro lugar com quase 4 milhões de votos e demonstrou força política e eleitoral.

No ano de 2011 foi o primeiro a abrir dissidência contra a candidatura do prefeito João da Costa. Ensaiou uma candidatura a prefeito, depois ensaiou um apoio a Humberto Costa mas acabou ficando com Geraldo Julio (PSB) que foi vitorioso no pleito do ano passado. Na mesma eleição o PTB emplacou 25 prefeituras e centenas de vereadores em todo o estado de Pernambuco, com destaques para Arcoverde, Tabira, Gravatá, Garanhuns e Igarassu.

Agora Armando Monteiro é figura carimbada na disputa pelo Palácio do Campo das Princesas e terá papel fundamental para definir o vencedor da disputa do ano que vem. Ciente de que o PT pode embarcar no projeto de Fernando Bezerra Coelho, Armando tenta abrir um diálogo com o partido que governa o Brasil no intuito de ser um plano B na disputa de 2014.

Armando Monteiro seria candidato pelo PTB e Fernando Bezerra Coelho pelo PT, quem fosse ao segundo turno receberia o apoio do terceiro colocado, sendo beneficiado pelo mesmo motivo que beneficiou Eduardo Campos em 2006.

O intuito é isolar Eduardo Campos e aquele que venha a ser o seu candidato. É a política!

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Postado por Edmar Lyra às 3:30 am do dia 11 de junho de 2013 Deixe um comentário

Betinho cobra redução no preço das tarifas de ônibus no Estado.

Com a entrada em vigor da Medida Provisória 617, que zera as alíquotas do PIS e da Cofins pagas por empresas de transporte coletivo urbano, o deputado Betinho Gomes defendeu, em plenário, nesta tarde, que o Governo do Estado adote a medida para reduzir o preço das tarifas de ônibus praticadas no Estado, assim como o fez o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB). O pronunciamento do parlamentar questiona as declarações do governador Eduardo Campos, o qual afirmou que não vai rever as tarifas praticadas em Pernambuco e que a redução dos impostos só será colocada em pauta na próxima discussão em torno do reajuste das passagens, fato que só acontece uma vez por ano.

“Entendo essa decisão como um equívoco. Se esse benefício da redução do PIS e Cofins não for repassado agora  para o cidadão, certamente, no final do ano, quando for discutido o reajuste, já não haja nenhum benefício a cidadão esse corte dos impostos diante desse descontrole da a inflação. Além disso, as empresas já estão sendo beneficiadas com essa redução do imposto e, portanto, estão aumentando os seus lucros”, argumentou o deputado.

Betinho também pontuou que a redução do imposto como forma de baratear a passagem dos ônibus “foi uma bandeira defendida pelo governador durante o programa nacional do PSB, partido do qual Campos é presidente nacional”. “Queremos trazer essa bandeira que foi levantada pelo PSB, permitindo que o cidadão possa usufruir da redução dos impostos, pagando uma passagem mais barata”, ressaltou o tucano.

O crescente esquema de falsificação das carteiras de livre acesso, destinadas aos deficientes físicos, devido à falta de fiscalização do poder público estadual também foi questionado pelo deputado. “Segundo o sindicato dos empresários, o Urbana-PE, o prejuízo estimado é de R$ 840 mil por dia em passagens que deixam de ser pagas”, frisou Betinho, apelando, mais uma vez que o governo estadual tome providências diante de mais essa “conta” que está se impondo ao cidadão pernambucano pagar.

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Postado por Edmar Lyra às 3:26 am do dia 11 de junho de 2013 Deixe um comentário

Tablets e wi-fi chegam às escolas do Recife em agosto.

A partir do segundo semestre letivo de 2013, cada um dos 16 mil alunos do 6º ao 9º ano do ensino fundamental da rede municipal do Recife terá um tablet com conteúdo pedagógico e acesso à internet wi-fi. O contrato de fornecimento do equipamento foi assinado pelo prefeito Geraldo Julio na tarde desta segunda-feira (10), o que representa investimento de R$ 11,6 milhões. Cada aparelho custa R$ 725. A chegada dessa tecnologia às 35 escolas que oferecem os anos finais do ensino fundamental vem acompanhada de instalação de antenas de internet wi-fi nas unidades de ensino.

Todos os estudantes do ensino fundamental II receberão seu tablet de uso individual até 30 de agosto deste ano, logo no início do segundo semestre letivo. Ao final do semestre, os alunos não terão que devolver o equipamento. Fabricado pela empresa Positivo e com dimensões de 26,6 cm x 19 cm, o aparelho tem tela de 10,1 polegadas, 2 GB de memória e disco rígido com 320 GB, além de caneta digital e teclado integrado. Já as antenas wi-fi estão em teste desde o último mês de maio. Até agosto próximo, estarão em funcionamento nas 35 unidades de ensino.

“É uma alegria poder realizar esta iniciativa, que representa um marco para a educação. Temos um dever de casa grande a ser feito, mas já começamos a fazer investimentos na área de infraestrutura das escolas, com reformas e construções; teremos 100% dos royalties do pré-sal para a educação e fomos a primeira capital a pagar o reajuste de 7,97% aos professores com o retroativo a janeiro. São várias ações que estão acontecendo dentro do programa de governo e das metas que estabelecemos”, ressaltou o prefeito Geraldo Julio.

O secretário de Educação do Recife, Valmar Corrêa de Andrade, destacou que a chegada dos tablets representa um passo fundamental para a melhoria da qualidade do ensino da rede municipal do Recife. “Haverá um ganho extremamente importante no aprendizado, pois além do tablet os estudantes terão internet. Isso facilitará o acesso aos conteúdos além dos vistos em sala de aula. É mais uma meta que pactuamos e estamos cumprindo”, afirmou.

Esta semana, os docentes começam a passar pela formação para utilizar os tablets em sala de aula. Na próxima quinta-feira (13), os gestores e coordenadores das escolas receberão a capacitação. Da próxima segunda-feira (17) até o dia 21, será a vez dos professores.

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Postado por Edmar Lyra às 3:23 am do dia 11 de junho de 2013 Deixe um comentário

Armando: “A boa política trouxe desenvolvimento para Pernambuco”

Sempre apontado como nome forte para disputar a sucessão do governador Eduardo Campos no próximo ano, o senador Armando Monteiro (PTB) é enfático ao expressar o que, na opinião dele, será fundamental no ano eleitoral de 2014: as lideranças políticas de Pernambuco, independente de seus projetos pessoais, precisam assumir o compromisso de consolidar o crescimento do Estado, com novas obras, com a atração de indústrias e a interiorização do desenvolvimento para todas as regiões.

Armando concedeu entrevista ao programa de Geraldo Freire nesta segunda-feira (10) e defendeu o seguinte: “Nos últimos anos, Pernambuco pôde avançar pela política, a boa política ajudou Pernambuco extraordinariamente. Veja quantos projetos importantes tiveram na sua origem uma decisão política e o quanto isso foi valorizado por uma parceria produtiva e bem feita. Então, o que é que eu costumo dizer? Se a boa política conduziu Pernambuco a esse novo patamar de desenvolvimento, nós temos que ter muita responsabilidade para que a política ainda possa nos levar a novos patamares, à consolidação desse projeto de desenvolvimento que está em curso”.

Armando Monteiro falou ainda sobre inflação e os índices de aprovação do governo Dilma Rousseff. Veja abaixo a íntegra da entrevista:

Sobre a inflação

Armando Monteiro – “A inflação realmente sempre preocupa, porque diminui a renda real do trabalhador. Quando os preços se aceleram é como se você estivesse reduzindo o salário médio das pessoas. Veja que o dado preocupante deste recrudescimento da inflação é que ela é muito maior em alguns segmentos. Por exemplo, na área de alimentos. Nós falamos que o Brasil tem uma inflação projetada de 6% mas, no entanto, na área de alimentos a inflação é muito maior, chegando a 13%, 14%. E há um indicador preocupante nos últimos meses: a venda nos supermercados caiu. É sinal de que, como a inflação é mais alta na área de alimentos, isto está refletindo-se na perda de renda real, de salário real do trabalhador.

O Brasil tem uma longa memória inflacionária. O Brasil domou a inflação, mas não venceu a inflação. Ainda existe na estrutura da economia brasileira uma série de mecanismos que realimentam a inflação. Ainda há muita indexação de preços. Por exemplo, o salário mínimo, os aluguéis, as mensalidades escolares, estão atrelados a mecanismos de indexação.

Então, se nós não tivermos cuidado, qualquer movimento que seja feito de forma não adequada, a inflação pode mudar de patamar. E aí isto tem um poder extraordinário de erodir a popularidade dos governos. Ou seja, com inflação não se brinca. Com inflação temos de ter uma atitude de muito rigor. A taxa de juros é um instrumento. Às vezes é um remédio amargo. Mas muito pior do que o remédio é a inflação.

Então, se eu pudesse aqui dizer o que está refletindo esta pequena perda de popularidade do governo, eu diria; é, numa certa medida, a inflação, e a combinação de algumas notícias e de um farto noticiário no Brasil de alguns aspectos negativos da agenda econômica. Então, se somarmos tudo, terminou se produzindo este resultado”.

Na economia valem as expectativas

Armando Monteiro – “Na economia, valem mais as expectativas do que o dado presente. Se os agentes econômicos, um pequeno empresário, ou o consumidor, por exemplo, olha para o futuro e acha que vai ter mais inflação, já começa tomando medidas defensivas, antecipadamente, que só servem para sancionar esta expectativa, e fazer com que tudo isto aconteça mesmo. Portanto, é por assim dizer a crônica da morte anunciada”.

A área de serviços tem pressionado os preços

Armando Monteiro – “Os bens industriais cresceram muito menos de preço do que os outros segmentos. Porque eles estão sujeitos à concorrência do produto importado. A indústria brasileira está perdendo espaço no mercado doméstico para a importação. E não há melhor forma de combater aumento de preço se não com a importação. É como dizer: “Olha, você vai praticar seu preço, mas se elevar muito eu importo e deixo de comprar a você”. Isto acontece com a indústria. Agora, porque isto não acontece na área de serviços, por exemplo? Porque você não pode importar serviços. Você vai ao cabeleireiro, não pode importar cabeleireiro. Então, a área de serviços é que tem pressionado mais os preços.

E tem outro dado também. O Brasil está vivendo em uma situação, e olhe o paradoxo, muito positiva, que é quase de pleno emprego.  Mas quando você tem uma economia funcionando a pleno emprego isto gera também pressões inflacionárias. Porque nos acordos e negociações coletivas, as categorias se fortalecem a tal ponto… Porque você não tem praticamente um estoque de desempregados, você não tem gente qualificada para substituir aquele trabalhador. Então, nas negociações coletivas, as categorias vêm conseguindo impor ganhos, aumentos reais de salários significativos. E aí, na área de serviços, você passa isto para os preços”.

Medidas necessárias

Armando Monteiro – “A solução é atuar sobre as expectativas primeiro. É dar um sinal aos agentes econômicos que quem ficar apostando na inflação vai perder.  Qual é a melhor maneira de sinalizar isto para os agentes econômicos? É aumentar, circunstancialmente, a taxa de juros. É dizer: “Olha, a autoridade monetária não vai brincar. Se é para aumentar a taxa de juros nós vamos aumentar”. E a outra é aumentando a produção. Nós precisamos de mais produtividade na economia. O Brasil vive um processo de perda de produtividade, relativamente. Nós precisamos aumentar a produção, ampliar a oferta, e aumentar o investimento”.

Investimento em inovação

Armando Monteiro – “A empresa brasileira está confrontada com a sua própria sobrevivência. É o empresário que está cuidando do capital de giro, de pagar a folha, de poder concorrer no curto prazo. O investimento em tecnologia e inovação é de médio e longo prazo. Então, você para gerar inovação precisa ter um ambiente econômico mais estável, mais equilibrado. Mas, apesar disto, as linhas de financiamento para a área de inovação têm sido ampliadas no Brasil. A Finep (Agência Brasileira de Inovação) tem três vezes o orçamento que tinha há cinco anos”.

A recuperação da economia americana

Armando Monteiro – “O dólar está se valorizando no mundo. É uma tendência em relação a esta cesta de moedas, seja em relação ao Real, seja em relação ao euro, às moedas asiáticas. O dólar está se valorizando porque os Estados Unidos estão ganhando novamente fôlego econômico. A economia americana voltou a andar. E, o que é mais importante, há um sentimento de que a economia americana virá com mais força, porque ela está se tornando mais competitiva. Ela já tinha o conhecimento, já faz inovação em muitas áreas, porque tem um capital humano muito qualificado. E, além disto, ela está reduzindo custos de produção. O gás no Brasil custa US$ 15 por milhão de BTU. O gás lá fora custa US$  4 o milhão de BTU. E mais, agora tem o gás do xisto, que o americano descobriu, que é mais barato ainda. Então, a economia americana está se relançando na indústria com custos baixos”.

Desmonte da indústria brasileira é inaceitável

Armando Monteiro – “Porque a situação da indústria no Brasil é difícil? Porque ela tem custos mais altos do que os asiáticos, e ela não incorpora o conhecimento, como as economias mais avançadas. Nós estamos no meio do caminho. Ou nós cuidamos de reduzir custos sistêmicos, reduzir custos logísticos, tributários, de energia, fazer com que não haja um grande descompasso entre salário e produtividade, e investir em inovação crescentemente, ou a indústria brasileira tenderá a regredir. E eu tenho dito que admitir o desmonte da indústria brasileira é algo inaceitável. Este foi um trabalho de gerações. O Brasil construiu uma indústria expressiva. E se nós não enfrentarmos esta agenda da competitividade, nós corremos o risco de ter menos indústrias. E quando se tem menos indústria o crescimento é pior”.

A redução na tarifa de energia teve efeito?

Armando Monteiro – “Acho que sim. Foi um passo importante, um sinal importante. Agora, a diminuição das reservas, dos nossos reservatórios de águas, das hidrelétricas, fez com que o governo tivesse de acionar as termelétricas e utilizar gás, o que aumenta os custos. E isto aconteceu na mesma hora que a presidente Dilma reduziu as tarifas. Então nós não estamos sentindo ainda o efeito de forma expressiva.  Mas, voltando ao quadro normal, nós tivemos uma redução do custo da energia.

Vamos lembrar também, e este é um mérito do governo da presidente Dilma, que mais de 50 setores da economia tiveram redução na folha de pagamento, não pela redução de salários, como a Europa está fazendo e teve que fazer, mas pela redução dos encargos na folha. A folha está sendo desonerada, quando você tira aquela contribuição patronal do ISS, da folha para o faturamento. Então, é atuar sobre os custos, diminuir os custos, isto é o que nós precisamos fazer para termos uma indústria competitiva”.

O Brasil desaprendeu a investir em infraestrutura e logística

Armando Monteiro – “Este é um ponto seríssimo. O Brasil é competitivo até a porta da fazenda. Ninguém produz soja com custos tão baixos do que o do Brasil. Mas para levar soja da fazenda para o porto, aí a gente começa a perder. Perde porque as estradas são ruins, porque não tem condição adequada de armazenagem, perde porque a operação portuária é onerosa e pouco produtiva. Então, na fazenda o Brasil tem custos imbatíveis, mas até chegar no porto estas vantagens desaparecem, por conta da infraestrutura e da logística.

E porque a infraestrutura se deteriorou tanto no Brasil? Porque o Estado brasileiro, além de investir pouco, desaprendeu a investir em logística. Eu lembro da estrutura do DNIT (Departamento Nacional de Infraestutura de Transportes), o que foi o GEIPOT (Grupo Executivo de Integração da Política de Transportes), no passado. Tinham capacidade técnica, capacidade financeira, fazia-se bons projetos, você tinha uma qualidade técnica nesta área. Depois, vieram aqueles anos difíceis e tudo isto foi sendo desmontado. E o Estado brasileiro só sabe fazer o gasto de má qualidade. Qual é? É contratar gente, é inchar a máquina, é fazer despesa de custeio. Agora, o gasto bom, que é o gasto em infraestrutura, que é o gasto que melhora a vida das pessoas, que aumenta a produtividade da economia, este o Estado brasileiro desaprendeu a fazer. Então as obras se arrastam, anos e anos, têm problemas técnicos, se faz obras sem o projeto executivo ficar pronto.

O que é que nós estamos sofrendo na transposição (do rio São Francisco)? Iniciamos a obra sem os projetos executivos prontos. Quando os projetos ficam prontos a obra tem que mudar. Porque tem coisas que não estavam previstas, tem custos adicionais”.

Parcerias com o setor privado

Armando Monteiro – “Então algo fundamental é investir em infraestrutura. Já que o Estado brasileiro perdeu esta capacidade, é preciso fazer parceria com o setor privado. E em boa hora a presidente Dilma, mesmo com atraso, está lançando os editais para fazer concessões na área de ferrovia, de rodovia. Para estes editais serem bem sucedidos é preciso deixar o mercado funcionar, leilões. E aí, a taxa de retorno, a lucratividade de quem vai entrar no negócio, o mercado define.

Esta coisa intervencionista de querer determinar lucro, margens, é por assim dizer agredir a própria lógica do mercado. Porque é preciso ter taxa de retorno atrativa? Porque são investimentos de prazo longo. Num país que tem tantas incertezas do ponto de vista regulatório, o empresário para entrar tem que ter segurança. Sem a parceria com o setor privado, estas obras não vão acontecer.

Então, o Brasil precisa de mais parceria e precisa reforçar a capacidade técnica do Estado. E veja que ela (Dilma) recriou uma Empresa de Planejamento e Logística, EPL, que nada mais é do que o GEIPOT do passado. O Brasil está voltando, décadas depois, a fazer aquilo que infelizmente deveríamos ter feito muito antes”.

O debate econômico vai substituir a agenda social nas Eleições 2014?

Armando Monteiro – “Eu acho que não há como tratar o social sem cuidar do econômico. Como é que o Estado pode ter políticas sociais sustentáveis, e até ampliá-las, se não tiver um bom desempenho na economia? Quando a base econômica cresce você amplia a arrecadação dos entes públicos de forma saudável. Porque você amplia a arrecadação pela via do crescimento.

E é a arrecadação, em última instância, que garante os programas sociais. Como é que nós podemos fazer mais programas sociais se tivermos um quadro de estagnação na economia? Então este debate está absolutamente interrelacionado.

Não há quem não se eleja presidente da República sem ter uma visão do processo econômico, de como pode destravar, de como o país pode crescer, de como pode crescer melhor. Porque nós não podemos crescer para alguns só. Houve um tempo, o do milagre econômico, em que o país crescia 10%, mas o povo não se apropriava destes ganhos”.

Contribuições de Lula e Fernando Henrique

Armando Monteiro – “Então a pergunta é a seguinte: crescer para quem? E hoje, veja o paradoxo, a gente cresce menos, mas o povo está melhor, porque houve uma melhor distribuição de renda no Brasil nos últimos anos. E aí credite-se, em certa medida ,ao início dos programas sociais – que Fernando Henrique teve um peso -,  ao fim da inflação, porque a inflação era um flagelo que tirava a renda do mais pobre, a estabilidade também ajudou.  E, em grande medida, ao presidente Lula, que pôde com os programas sociais e com a política do salário mínimo, promover uma grande distribuição de renda neste país. O melhor candidato a presidente da República é aquele que tem uma visão da economia, que sabe como o país pode crescer pode crescer mais e melhor, sem evidentemente descurar da realidade, de um olhar sobre a realidade social. E, para mim, a realidade social hoje nos impõe um desafio fundamental, que é melhorar o desempenho do sistema educacional do Brasil”.

Pernambuco avançou pela boa política

Armando Monteiro – “Queria começar fazendo uma colocação olhando Pernambuco, porque a gente tem que ter um olhar sobre o Estado sempre: como Pernambuco pôde avançar ao longo desses últimos anos pela política? Ou seja, a boa política ajudou Pernambuco extraordinariamente. Veja quantos projetos importantes tiveram, na sua origem, uma decisão política. E o quanto isso foi valorizado por uma parceria produtiva e bem feita. Então, o que é que eu costumo dizer? Se a boa política conduziu Pernambuco a esse novo patamar de desenvolvimento, nós temos que ter muita responsabilidade para que a política ainda possa nos levar a novos patamares e até à consolidação deste projeto de desenvolvimento que está em curso. Ou seja, nós atores políticos precisamos ter a responsabilidade de não fazer com que as justas ambições, até legítimas, possam ao final traduzir-se em um prejuízo para o Estado de Pernambuco. Então, se a boa política nos trouxe até agora, vamos fazer com que ainda pela política, e pela boa política, nós possamos ser conduzidos em direção ao futuro”.

A presença do PTB no Governo Dilma

Armando Monteiro – “O PTB Nacional tem um alinhamento forte com o Governo Federal. Já tinha porque as bancadas na Câmara e no Senado são governistas, estão na base do governo e se alinham com o governo. E agora, houve um convite para que o presidente interino do partido pudesse exercer uma diretoria do Banco do Brasil. Então, esse enlace do PTB com o Governo Federal ao que parece está se fortalecendo. Agora, isto define a posição do partido até a próxima eleição? Não necessariamente. O que é que nós assistimos hoje? Existem partidos que estão na base da presidente Dilma, que tem até ministérios, e que tem dito o seguinte: 2014 nós vamos tratar em 2014”.

Apoio do PTB à reeleição de Dilma não está selado

Armando Monteiro – “Eu lembro que o presidente do PDT, por exemplo, Carlos Lupi disse que a ida do partido para o ministério diz respeito à aliança feita na eleição passada e que 2014 é outro momento. E têm partidos, feito o PSB, que estão no governo da presidente Dilma, e que aspiram um projeto próprio, o que eu acho até legítimo. Ora, se isso tudo está acontecendo, admitir que o PTB amanhã possa, necessariamente, não formalizar a aliança com a presidente Dilma, é algo que pode acontecer. Em suma, não está definido, não está selado”.

Eduardo também conversa com o PTB

Armando Monteiro – “Especula-se sobre muita coisa. O governador tem canais. O governador tem dialogado até com o PTB, independentemente de mim. Ele tem seus canais próprios. Eu acho que tem uma questão em Pernambuco que vai ser, esta sim, definidora: o governador é candidato? Porque até agora nós falamos sobre hipóteses de alianças. Mas qual é a realidade atual? A realidade é que o PSB está no governo de Dilma, o PT está no governo de Eduardo e o PTB está no governo de Eduardo e no governo de Dilma”.

Decisão de Eduardo será fundamental para formação de alianças

Armando Monteiro – “Eu não sinto nenhum desconforto. Eu fui eleito em 2010 num palanque onde estavam o PT e o PSB. Eu me elegi ao lado de Eduardo e de Humberto. Eu estou inserido neste campo. Houve aquele episódio da eleição municipal, onde nós acompanhamos o PSB, em que houve esta posição de falta de convergência na aliança. Mas o fato é que nós estamos inseridos nesse campo. Agora a questão é a seguinte: o governador vai ser candidato, o PSB terá um projeto próprio ou não? Isso vai ser fundamental para a definição e encaminhamento do processo aqui”.

Cenário pode ser definido ainda este ano

Armando Monteiro – “Às vezes, você pode até desejar um calendário, mas a dinâmica do processo político não ajuda. Porque as alianças que vão se formando, as especulações, os movimentos dos pré-candidatos… Tudo isso faz com que o projeto tenha uma dinâmica própria. Meu sentimento é que esse processo terá que ser definido, ou pelo menos, terá que se desenhar este ano. Não vai dar para imaginar que isso só vai ser discutido em 2014. Porque é evidente que o Governo Federal, diante deste processo, vai em algum momento colocar a questão da solidariedade dos seus parceiros. Acredito que no segundo semestre este processo tem que estar claramente desenhado, na minha avaliação”.

Não faço movimentação fora de nosso campo político

Armando Monteiro – “Me sinto confortável. Esse processo nosso aqui é tranquilo. Eu estou no mesmo campo onde estive em 2010. Não estou fazendo nenhuma movimentação fora do nosso campo. Eu dialogo com o PSB. Considero que o governador Eduardo Campos é o condutor natural deste processo, e dialogo com o PT. Agora, neste momento, todos estão juntos ainda. Vai haver o momento em que, se houver o projeto próprio do PSB, essa questão então vai ser definida”.

Sobre Fernando Bezerra Coelho

Armando Monteiro – “Fernando Bezerra Coelho tem se desempenhado muito bem no Ministério (da Integração Nacional). Um ministério difícil, um ministério cheio de problemas. Ele encontrou lá um imenso passivo, representado por obras que estavam interrompidas. Processos que tiveram que ser reiniciados e retomados. E o ministro, de forma operosa e competente, tem enfrentado essa agenda negativa do ministério e tem vencido. E tem sido um grande parceiro de Pernambuco. Quem anda por aí afora e vê estas obras hídricas que estão sendo feitas como a Adutora do Pajeú, a ampliação da Adutora do Oeste, a Adutora do Agreste, pequenas adutoras como essa que vai servir a Arcoverde. Tudo isso tem muito dinheiro do Governo Federal”.

Pernambuco descuidou de sua infraestrutura hídrica

Armando Monteiro – “Há estados no Nordeste que tinham melhor infraestrutura no setor hídrico do que Pernambuco. Pernambuco descuidou disso ao longo do tempo. Veja, por exemplo, o Rio Grande do Norte tem uma malha de adutoras, Sergipe, a Paraíba tem, o Ceará. Então, Fernando tem sido um bom parceiro e está lá servindo a Pernambuco. Ao Brasil, porque é ministro do país, e a Pernambuco”.

O candidato à presidência tem que tratar da agenda do semiarido

Armando Monteiro – “Nós descuidamos de uma agenda permanente de enfrentamento da questão do semiárido. Nós, lideranças do Nordeste. Tanto que agora eu tenho dito o seguinte: candidato a Presidente da República tem que tratar essa agenda do semiárido como uma agenda fundamental. Aliás, essa é uma agenda de Estado. Nós temos que cobrar o compromisso com essa agenda. A continuidade das obras de segurança hídrica e infraestrutura, um amplo programa de segurança alimentar para os rebanhos, silagem, relançamento da palma em condições fitossanitárias que protejam da cochonilha. Temos muito o que fazer. Tem uma agenda extensa aí para fazer. Agora, voltando àquele ponto, Fernando tem sido um bom ministro de Pernambuco, tem sido parceiro, e essas questões políticas que são identificadas, encontros, desencontros, ficam muito na crônica política. O importante é trabalhar por Pernambuco”.

Armando é candidato ao Governo de Pernambuco?

Armando Monteiro – “Nunca escondi, até porque não é do meu temperamento, que aspiro ser”.

Governo Federal e Estadual têm atuado no combate à seca

Armando Monteiro – “Ambos têm atuado nos últimos anos de forma proativa. Veja o trabalho do Ranilson Ramos, por exemplo, um secretário onipresente. As pequenas obras, as cisternas, a assistência na emergência, a presença. Agora tem um programa de pequenas barragens exatamente para capilarizar essa questão da acumulação de água, porque tem lugares remotos, que ficam longe das adutoras. É preciso fazer um programa de pequenas barragens. Tem um programa novo agora do Ministério”.

Pernambuco ainda tem muitos desafios

Armando Monteiro – “Nós temos em Pernambuco ainda muitos problemas e muitas carências estruturais. O pernambucano, graças a Deus, readquiriu a confiança, acredita no seu Estado, mas nós temos que ter a compreensão de que este ciclo precisa ser mantido e que Pernambuco tem muitos desafios pela frente. Estou expressando uma visão de um político que tem responsabilidades com o Estado. Quando a gente fala da economia, com tanta coisa acontecendo em Pernambuco. Mas quanto a economia de Pernambuco representa em relação a economia do país? Nós somos menos de dois por cento da economia do Brasil. Nós somos meio por cento das exportações brasileiras”.

É preciso avançar na educação

Armando Monteiro – “Nós temos na área de educação um desempenho que melhorou muito nos últimos anos, graças ao esforço do Governo do Estado, mas nós ainda não estamos muito bem situados no ranking da educação no Brasil. Então, há muito o que fazer. E por isso, eu digo: a boa política que nos ajudou nos últimos anos, a gente precisa ter cuidado para que esses movimentos todos, que são justos, que traduzem justas aspirações, onde eu me incluo, que isto ao final não expresse uma posição personalista. Nós precisamos ter a seguinte compreensão: os nossos projetos têm que ter sempre como limite o interesse mais amplo de Estado”.

O fraco desempenho do Nordeste na agricultura

Armando Monteiro – “Veja como nós somos pouco relevantes. Em que pese essa foi a pior seca, que dizimou rebanhos, você vê que o Brasil está batendo recordes (na produção de grãos). Neste PIB de 0,6, a agricultura respondeu por 9,5%. Então, foi graças à agricultura que nós crescemos 0,6, senão teríamos crescido 0,2. Então, o que acontece? Temos carências estruturais imensas. Veja o desafio dessa infraestrutura de Pernambuco. Como a gente tem obras fundamentais que precisam ser concluídas. A Transnordestina, que é uma definidora das condições logísticas. Acredito que nós vamos terminar a Transnordestina, porque acho que a obra é irreversível. Chegou a um ponto que não dá para retroceder. Agora evidentemente, houve uma extensão do cronograma. A obra encareceu muito. Nós tivemos algumas coisas que foram administradas por governos estaduais, como as desapropriações, que atrasaram. Nós tivemos alguns problemas de natureza técnica. Mas é irreversível. E para o Nordeste é fundamental”.

O desafio da qualificação e a interiorização do desenvolvimento

Armando Monteiro – “Temos um desafio imenso que é a questão do capital humano, que passa pelo sistema educacional, pelo treinamento, pela capacitação, pela qualificação. Veja que em Pernambuco o desenvolvimento é muito concentrado ainda. Houve um esforço extraordinário do governo Eduardo Campos e, ao meu ver, uma das mais importantes decisões do governador foi essa de induzir a localização da FIAT em Goiana. Você está criando um novo polo de desenvolvimento que vai além de Goiana. É um novo eixo de desenvolvimento. Foi uma decisão fundamental, do ponto de vista estratégico. Mas quando a gente olha outras regiões do Estado, você vê que o tecido econômico é rarefeito. Não tem quase nada em algumas áreas. Então, há muita coisa que nós temos que fazer e, para isso, volto a dizer, a boa política que nos trouxe até agora tem que nos conduzir e garantir esse futuro que vem pela frente”.

Excesso de Ministérios no Governo Federal

Armando Monteiro – “Tem ministérios que são na realidade secretarias, às quais deram status de ministério. Há ministros que não despacham com a Presidente da República, meses e meses. O ideal é que você tivesse uma estrutura enxuta com 12 ou 15 ministérios e que, dentro destes ministérios, as áreas afins pudessem estar incorporadas num nível de secretarias. Por exemplo, esta questão da pesca. Tem ministérios também na área social, de direitos civis, de políticas públicas. Em suma, nós precisamos ver. Eu quero dizer que endosso esta crítica, porque acho que a presidente não consegue despachar com 40 ministros. Acho que há uma fragmentação, dispersão, sobreposição, e isto é muito ruim”.

Eduardo é candidato a presidente em 2014?

Armando Monteiro – “A definição do governador Eduardo é fundamental no processo. Porque ele é um ator importante. Se ele for candidato a presidente da República, isto vai produzir uma situação de um novo palanque nacional e isto terá reflexos sensíveis em Pernambuco. Então esta posição do governador poderá em grande medida definir estes outros movimentos. Sobre chances, ou percentuais (de se confirmar a candidatura) eu não me arriscaria a dizer. Eu tenho indicações que me apontam que o governador é candidato, mas evidentemente ele próprio tem dito que esta decisão ainda vai passar por uma discussão no próprio partido, uma avaliação das condições, que este ano ainda deve ser consagrado à gestão, à administração. Acho que esta posição vai ser definida, naturalmente, nos próximos meses”.

Diálogos políticos e o projeto de candidatura ao Governo

Armando Monteiro – “A primeira questão é a seguinte. Como é que se faz a política? A política se faz no diálogo, na conversa. Qual é o ator político que possa se furtar de conversar, de dialogar? Conversei longamente com João Lyra (vice-governador). Fizemos uma avaliação do quadro local. Ou seja, a política se faz através do diálogo. E eu não vou me destituir da condição de ser um ator político. Eu não posso negar a essência do que é o processo político. Eu também converso com Fernando Bezerra Coelho frequentemente”.

Opções de palanques em 2014

Armando Monteiro – “Eu dialogo com todos muito bem e não me sentiria desconfortável se tivéssemos juntos amanhã, em qualquer circunstância. Ou todos juntos no palanque de Eduardo aqui, o que pode acontecer, ou eventualmente juntos numa oposição que seja coerente com a nossa trajetória e com o campo onde nós estamos inseridos. Eu não teria dificuldade”.

A escolha do candidato da Frente Popular

Armando Monteiro – “Eu tenho dito e reconheço que o natural condutor do processo é o governador, que tem dado demonstrações de competência política, de competência administrativa. A chapa de 2010 foi construída com uma visão pluripartidária. Eu confio que o governador vai encaminhar isto da melhor forma possível. Porque acho que o governador tem a consciência de que a boa política é que nos trouxe até aqui. Portanto, vamos apostar na boa política e vamos dialogar sempre, sobretudo no interesse de Pernambuco”.

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Postado por Edmar Lyra às 3:19 am do dia 11 de junho de 2013 Deixe um comentário

Encontro discute Turismo no Recife no Parque Dona Lindu.

Representantes da Prefeitura do Recife participam, nesta terça-feira (11), do 1º Encontro de Turismo de Base Comunitária de Pernambuco do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Pernambuco (IFPE). O evento acontece no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, das 8h às 20h. O encontro é organizado por um grupo do 3ºperíodo do curso de Gestão de Turismo do IFPE e tem como principal objetivo aproximar profissionais da área e compartilhar as experiências a fim de fomentar discussões acerca do desenvolvimento local. Além disso, a ideia é proporcionar a sensibilização entre os participantes para o fortalecimento de novas rotas turísticas.

Vão compor a mesa de abertura o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, que irá abordar o tema “A importância das políticas públicas para o desenvolvimento do turismo de base comunitária”; o secretário de Turismo e Lazer do Recife, Felipe Carreras, com o tema “A renovação dos mercados públicos e a fomentação para o turismo de base comunitária”; e o Chefe de Divisão de Turismo de Base da Secretaria de Turismo e Lazer do Recife, Bráulio Moura, que vai abordar a temática “Projetos e planejamento da Secretaria de Turismo e Lazer para o desenvolvimento do turismo de base comunitária”.

O debate sobre a importância do Turismo de Base Comunitária é importante porque essa ramificação do setor é que caracteriza a vivência do cotidiano e da cultura local, pela troca de experiências, práticas e tradições. É uma espécie de desafio para que o visitante conheça melhor as características de cada local. Atualmente, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Turismo e Lazer, desenvolve o turismo de base comunitária na Bomba do Hemetério.

No mês passado, o secretário Felipe Carreras esteve na comunidade e anunciou aos moradores a construção do Centro Cultural Seu Hemetério, a implantação de um Centro de Atendimento ao Turista (CAT) e a qualificação de idiomas (inglês e espanhol). Até o fim desse ano, serão iniciados os trabalhos para a ação também na comunidade do Alto José do Pinho, e também em Brasília Teimosa.

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Postado por Edmar Lyra às 3:13 am do dia 11 de junho de 2013 Deixe um comentário

Daniel Coelho cobra promessa do governo em Lajedo.

O líder da oposição na Assembleia Legislativa, Daniel Coelho, subiu na tribuna da Casa nesta segunda-feira para cobrar do governo uma posição a respeito de uma promessa feita no final de 2011: a instalação, no município de Lajedo (Agreste), de uma fábrica de lâmpadas LED e turbinas eólicas verticais, num investimento que girava entre R$ 40 e R$ 50 milhões. O anúncio foi feito pela Secretaria de Meio Ambiente, que destacava, na ocasião, investimentos na área da economia verde no Estado.

“Na coletiva realizada em 6 de dezembro de 2011, ficou prometida a instalação dessa fábrica em Lajedo e as operações da empresa que ficaria à frente iriam começar em março de 2012. Eu recebi cobranças de pessoas daquele município, já que a população de Lajedo ficou extremamente feliz, ansiosa pelos empregos que seriam gerados”, afirmou Daniel Coelho. “De lá para cá, após ter feito alarde, nenhum tipo de movimentação tem sido observada, seja por parte do governo, seja por parte da empresa”.

Durante o discurso, Daniel avisou está dando entrada em um pedido de informação para que o governo do Estado se pronuncie sobre as razões do investimento não estar sendo realizado conforme prometido. “Parece ser comum ver anúncios do governo do Estado dando boas notícias que depois não se concretizam. Enviarei um pedido de informação ao secretário de Meio Ambiente, que fez o anúncio em 2011, para prestar esclarecimentos não só a esta Casa, mas, principalmente, à população de Lajedo, se esse investimento é de fato real ou não. E, se não é, porque o governo anunciou numa coletiva”, finalizou.

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Postado por Edmar Lyra às 3:10 am do dia 10 de junho de 2013 1 comentário

Datafolha mostra possibilidade de disputa em 2014.

Dilma cai, Marina se estabiliza, Aécio cresce e Eduardo fica estagnado.Esses foram os números do último Datafolha.

Desde que foi eleita em 2010 a presidente Dilma Rousseff ostentou elevados índices de aprovação, o que levou a crer que teria uma reeleição absolutamente tranquila em 2014, não havendo disputa e sim nomeação.

Com os números da economia em baixa, que foram os que viabilizaram FHC por causa do Plano Real em 1994, Lula em 2002 por conta da crise econômica mundial e o medo da inflação, aliados a vontade de mudança, e consequentemente a sua vitóra em 2010, Dilma Rousseff terá certa dificuldade para garantir um segundo mandato. Isso já pôde ser observado na pesquisa Datafolha divulgada neste fim de semana.

O brasileiro em sua maioria não está nem aí com a corrupção, com o trânsito, com a violência, etc. Na prática ele se preocupa com a sua condição financeira, que é quem vai lhe dar possibilidades de viajar, de passear, de investir, de morar, de comer, enfim, de comprar. Quando isso é afetado, consequentemente o seu humor fica desgastado e naturalmente ele começa a perceber melhor os problemas e refletir sobre eles.

É nisso que está sintetizando os novos números do Datafolha. Na sondagem anterior a presidente tinha 65% de ótimo ou bom (superando os seus antecessores Lula e FHC com folga), agora esse contingente é de 57%. Sobre a inflação 51% dos entrevistados disseram que ela iria aumentar, no levantamento anterior esse número era de apenas 43%, enquanto o desemprego que aumentaria para 31% na sondagem anterior, agora esse contingente é de 36%. Ou seja, a percepção do eleitor sobre emprego e renda está começando a mudar para pior.

Por fim, o dado interessante sobre os números da corrida presidencial de 2014. Dilma tinha 58% das intenções de voto e caiu para 51% na nova sondagem, enquanto Aécio Neves tinha 10% e foi para 14%. Já Marina Silva e Eduardo Campos seguem estagnados com 16% e 6%, respectivamente.

Se as eleições fossem hoje, Dilma Rousseff estaria reeleita com 58% dos votos válidos (51% das inteções de voto/88% que é o somatório de todos os candidatos + 1% dos nanicos que não aparecem). No levantamento anterior Dilma teria 64% dos votos válidos (58% das intenções de voto/91% que era o somatório de todos os candidatos + os nanicos que não aparecem).

Mantidas as condições de candidaturas com Marina e Eduardo estagnados, Aécio crescendo mais quatro pontos e Dilma perdendo mais sete, teríamos um cenário daqui a três meses de maior dificuldade para a presidenta, pois os números iriam para Dilma 44%, Aécio 18%, Marina 16%, Eduardo 6% e nanicos 1%. A disputa ficaria Dilma 44% x Adversários 41%, em votos válidos Dilma ficaria com 52% e os adversários 48%, o que já colocaria o segundo turno dentro da margem de erro.

Resta saber se Dilma irá reverter a curva de queda e seus adversários estagnarão ou se ela continuará caindo e os adversários crescerão. O fato é que Aécio Neves já se mostrou relativamente competitivo, porém, ele depende das candidaturas de Marina e Eduardo para viabilizar um segundo turno. Por isso que o governo federal tem agido fortemente para inviabilizar o partido de Marina e a candidatura de Eduardo.

O cenário Dilma x Aécio é o melhor dos mundos para o PT. Enquanto Dilma x Aécio + Eduardo + Marina é o maior pesadelo do partido da estrela.

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Postado por Edmar Lyra às 1:06 am do dia 8 de junho de 2013 Deixe um comentário

Não dá pra mudar o panorama do Recife em seis meses.

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O prefeito Geraldo Julio precisa dar um freio de arrumação em sua gestão.

O prefeito Geraldo Julio (PSB) assumiu em janeiro a prefeitura do Recife após doze anos de gestão do Partido dos Trabalhadores. Apesar de alguns acertos pontuais, tanto João da Costa quanto João Paulo não podem ser considerados bons prefeitos, sobretudo após nomes como Jarbas Vasconcelos, Joaquim Francisco, Gustavo Krause, Roberto Magalhães, etc.

O legado da gestão petista para o Recife não foi bom. Isso pode ser observado no caótico trânsito, na baixa qualidade do transporte público, na escassez de áreas de lazer para a cidade, dentre outros problemas enfrentados diariamente pelos recifenses.

Seis meses é um curto período para se observar marcas de uma gestão. Sobretudo quando o que antecedeu é algo considerado ruim. Se formos comparar a gestão Geraldo Julio com o governo Eduardo Campos, ambos do PSB, haverá uma infinita vantagem para o governador pelo simples fato de ter recebido de Jarbas Vasconcelos a casa arrumada. Por melhor gestor que seja Eduardo, o sucesso do seu governo só foi possível graças ao que foi feito antes pelo agora aliado Jarbas. Isso é um fato incontestável.

A gente percebe isso quando compra uma casa extremamente danificada com instalações trocadas, parte hidráulica danificada, teto caindo, chão esburacado, etc. Para deixar a casa arrumada requer tempo, planejamento e dinheiro. O mesmo acontece com uma prefeitura.

Talvez o grande equívoco de Geraldo Julio seja não preparar um núcleo político forte tal como fez Eduardo Campos em seu primeiro governo. Nos primeiros problemas enfrentados por Eduardo, ele poderia contar com gente tarimbada como Fernando Bezerra Coelho (Desenvolvimento Econômico), Tadeu Alencar (Procuradoria), Sileno Guedes (Porto do Recife), Evaldo Costa (Imprensa), Geraldo Julio (Planejamento), Paulo Câmara (Administração/Educação e por fim Turismo quando houve aquele problema com Silvio Costa Filho). Na Assembleia Legislativa, Eduardo pôde contar com Isaltino Nascimento, Guilherme Uchôa, João Fernando Coutinho, e alguns outros da tropa de choque do governador.

Geraldo Julio em seus primeiros meses enfrenta dificuldade porque sua bancada é extremamente despreparada e os auxiliares dele na área política ainda não disseram a quê vieram. Começando pelo líder do governo na Câmara Gilberto Alves, que já deu imensas demonstrações que não tem o menor traquejo para o posto. O presidente da Câmara Vicente André Gomes já se envolveu em alguns desgastes que terminaram respingando no governo.

Pra completar, a maioria do secretariado do prefeito ainda é ‘verde’ para enfrentar problemas. Por isso é necessário que Geraldo Julio dê um freio de arrumação antes que sua gestão envelheça antes do tempo.

Imaginar que irá voar em céu de brigadeiro feito Eduardo parece loucura, porque o contexto que beneficiou o governador dificilmente beneficiará outro político. Sobretudo diante da herança negativa que o prefeito recebeu. Então é fundamental que o prefeito tome as rédeas da sua gestão para fazer com que ela ande de vez.

Os resultados práticos só serão observados em 2014 ou 2015 porque dependem do cronograma da execução de obras de mobilidade, construção de hospital, Upinhas, etc. Então a condução política precisa ser feita com maestria até que as obras sejam entregues ao povo.

Ciente de que não dá para mudar drasticamente o panorama de caos e de abandono da cidade em apenas seis meses, o prefeito Geraldo Julio merece um crédito do povo recifense, desde que realize mudanças efetivas na condução da sua gestão.

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: geraldo julio, pcr, Recife

Postado por Edmar Lyra às 2:41 am do dia 7 de junho de 2013 4 Comentários

A picaretagem das pirâmides financeiras.

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Trabalhar na roça passando a enxada no mato ninguém quer.

No Brasil tem se alastrado a criação de sucessivas pirâmides de Ponzi, que batizaram de marketing multinível. Você já deve ter sido chamado para integrar o grupo de investidores de sucesso na Polishop, na TelexFree, no BBOM ou na mais recente Priples. O que eles fazem? Na verdade pouco importa, se é venda de produtos, se é venda de serviço de VoIP, venda de rastreadores ou por fim a venda de anúncios na internet. O que importa é ganhar dinheiro rápido com baixo investimento.

Esse Priples o cidadão investe R$ 1.000,00 e ganha R$ 600,00 durante 12 meses. Um total de R$ 7.200,00 e consequentemente um retorno de R$ 6.200,00. Isso significa uma taxa de retorno de 59,78% ao mês. Em um ano  717,36%. Os maiores retornos de investimento são Fundo de Renda Fixa, Títulos Públicos, Ações na Bolsa de Valores, etc. Nenhum desses chega a 5% do retorno prometido pelas pirâmides financeiras.

Muita gente tem acreditado piamente nesta situação achando que irá enriquecer sem trabalhar. Esses esquemas conhecidos como Pirâmide de Ponzi nada mais são do que sistemas fraudulentos de lavagem de dinheiro e de recrutamento de idiotas.

Como acreditar num negócio cujo produto ou serviço é algo secundário? Muitos estão imaginando que isso poderá torná-los ricos. E daqui a seis meses no máximo saberão que foram feitos de imbecis. O problema é que inocentes acabam ingressando nisso investindo o pouco que têm e acabam sem nada.

Haverá alguém que dirá que a pessoa sairá a qualquer momento que quiser, mas como a droga e o jogo, quanto mais se usa/ganha mais se quer usar/ganhar. É nesse ciclo vicioso que os picaretas se amparam. Vai chegar o momento em que você terá prejuízo e dificilmente conseguirá salvar sequer o valor inicial investido.

Não bastasse isso, o integrante de uma dessas pirâmides de Ponzi se torna um sujeito absurdamente incoveniente porque fica a todo custo querendo colocar pessoas do seu círculo social no esquema. Além de ser danoso ao seu bolso é ao seu círculo social. Quantos vocês conhecem que não podem lhe encontrar na rua ou nas redes sociais que já vão logo lhe chamando pra ficar rico?

O que mais nos deixa em situação de perplexidade é a quantidade de pessoas querendo dinheiro fácil que entram nesses esquemas. E depois ainda falam dos políticos corruptos.

Ganhar R$ 45 para passar a enxada num terreno de 300 m2 ninguém quer. Ou quer?

Arquivado em: Sem categoria Marcados com as tags: bbom, pirâmides financeiras, ponzi, priples, telexfree

Postado por Edmar Lyra às 1:41 am do dia 7 de junho de 2013 Deixe um comentário

Criação de novos municípios é institucionalizar a sacanagem.

A Câmara dos Deputados aprovou na última terça-feira  o Projeto de Lei Complementar 416 de autoria do senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) que trata da criação de novos municípios por parte das Assembleias Legislativas. A aprovação desse projeto pode gerar um grande problema para o Brasil.

Atualmente o nosso país possui 5.568 municípios, onde pelo menos metade não tem condições financeiras para sobreviver, dependendo exclusivamente dos repasses federais como o FPM e as transferências constitucionais para saúde e educação.

A criação de um novo município irá gerar mais vereadores, mais vice-prefeitos, mais prefeitos e uma série de problemas. Atualmente são 68.544 vereadores espalhados por todo o Brasil. Cada município com até 15 mil habitantes tem direito a 9 vereadores, podendo chegar a 55 edis para municípios com 8 milhões de habitantes.

Existem mais de 800 municípios com propostas de emancipações e desses pelo menos 400 serão criados com essa nova prerrogativa para as Assembleias Legislativas. É temeroso que a criação de novos municípios seja utilizada como moeda de troca para garantir dividendos políticos para pilantras de gravata. Muitos dos atuais municípios não têm a menor condição de existência, imaginem futuros?

Agora imagine o que um deputado estadual tentando a reeleição, querendo virar deputado federal ou sabendo das dificuldades de se reeleger, o que irá fazer tendo a prerrogativa de criar um município? E o governador querendo fazer o sucessor ou se reeleger o que irá fazer? Pressão na Assembleia Legislativa pra emplacar a criação de um município ao seu bel prazer.

Isso vai de encontro à atual situação tributária do país, onde a União fica com 70% da arrecadação financeira, os estados com 20% e os municípios com apenas 10%. Se hoje é complicado manter a farra com o dinheiro público, imagina com os novos municípios?

Essa história de emancipação é conversa pra boi dormir. Tem um bocado de abutres querendo mamar nas tetas públicas. E o Congresso Nacional e o governo federal institucionalizando a sacanagem.

Por isso que o Brasil não vai pra frente.

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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