Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 18:00 pm do dia 2 de novembro de 2014

Aécio Neves quer disputar o Planalto em 2018

Da Folha de S.Paulo – Daniela Lima

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) termina o ano em que disputou a Presidência da República com um patrimônio de 51 milhões de votos e o desafio de se manter como principal opção de seu partido para a próxima corrida ao Planalto, em 2018.

Não será tarefa fácil, especialmente num cenário em que, desde já, outros tucanos despontam como potenciais “presidenciáveis” na sigla.

A votação que o mineiro obteve –o melhor desempenho da oposição ao PT desde 2002 — não impediu que, já no dia de sua derrota, colegas de partido e analistas políticos listassem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como potencial adversário interno de Aécio e forte candidato a representar o PSDB em 2018.

Alckmin foi reeleito em São Paulo no primeiro turno, com 57% dos votos, garantindo aos tucanos o poder no Estado por 24 anos consecutivos. A expressiva votação e o peso que integrantes da ala paulista têm no partido fizeram do governador um concorrente óbvio à Presidência. Ele trata o assunto com cautela.

Alckmin concorreu ao Planalto em 2006, contra o ex-presidente Lula. Desde então, dedicou-se a remontar suas forças em São Paulo. Tentou se eleger prefeito da capital em 2008 e perdeu. Voltou em 2010 elegendo-se governador no primeiro turno.

Seus aliados dizem que tudo o que o governador não precisa neste momento é colocar “todos os holofotes em São Paulo”, o que ampliaria acertos, mas também possíveis erros da administração.

O cuidado do paulista abre, portanto, espaço para que Aécio tenha, ao menos pelos próximos dois anos, condições de se manter competitivo dentro da sigla. Ainda assim, o mineiro terá que vencer muitos obstáculos, admitem seus principais estrategistas e aliados.

O primeiro deles será permanecer com o comando nacional do PSDB — a nova diretoria será escolhida no ano que vem. Aécio preside a sigla desde 2013 e não deverá enfrentar oposição de São Paulo para ficar no posto. “Poderia parecer retaliação pela derrota da eleição”, observa um aliado de Alckmin.

ESTRATÉGIA

A permanência na chefia da legenda é vital para o senador dar outros passos. O primeiro: manter uma agenda intensa de viagens pelo país, especialmente no Nordeste, onde o PSDB teve seu pior desempenho na eleição.

A ideia é que Aécio possa manter viva a militância que o apoiou nesses locais e tenha tempo para divulgar suas propostas e se tornar mais conhecido na região.

Em outro lance vital, a presidência da sigla também dará ao mineiro a possibilidade de intervir diretamente na escolha das alianças e candidaturas para as próximas eleições municipais, em 2016.

A prioridade, neste caso, é retomar o controle de regiões importantes de Minas Gerais, o berço eleitoral de Aécio. Governador por duas vezes e senador eleito pelo Estado, ele perdeu a preferência dos mineiros para a presidente Dilma Rousseff nos dois turnos.Aliados defendem que Aécio lance mão de “pesos-pesados” do partido para conquistar cidades importantes.

Eleito senador este ano, Antonio Anastasia, braço direito do tucano em Minas, é apontado como melhor opção para a Prefeitura de Belo Horizonte. O deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) seria o nome para Juiz de Fora.

Por fim, os tucanos dizem que Aécio terá ainda que atuar com maior protagonismo no Congresso. Seus primeiros anos no Senado foram marcados por uma atuação “tímida” nos ataques ao governo, só intensificados com a proximidade da eleição.

O desafio de atuar de maneira incisiva ocorrerá no momento em que a bancada do PSDB no Senado ganha nomes de peso. José Serra (SP), que travou por anos disputa interna com Aécio, assumirá sua cadeira no ano que vem.

Há ainda Álvaro Dias (PR), que se reelegeu com a maior votação que um senador teve no país. “O PSDB precisa parar de analisar seus quadros apenas entre São Paulo e Minas”, disse Dias. Soou como um recado claro para Aécio.

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Postado por Edmar Lyra às 17:56 pm do dia 2 de novembro de 2014

Meirelles pode assumir Fazenda

Na última sexta-feira, o Valor Pro, serviço de informações para investidores do jornal Valor Econômico, informou que a presidente Dilma Rousseff já vê com menos resistência o nome de Henrique Meirelles, que foi sugerido pelo ex-presidente Lula, para o Ministério da Fazenda.

Neste domingo, no artigo Crescimento e inclusão social, Meirelles dá sua receita de como crescer e, ao mesmo tempo, distribuir renda. Começa a assoprar o ego da presidente.

‘O Brasil tem experiência bem sucedida em crescer e reduzir a desigualdade no processo. No período que conheço melhor por ter participado diretamente, foram adotadas políticas de austeridade monetária e fiscal e reformas para o desenvolvimento dos mercados que geraram queda da dívida em relação ao PIB e estabilização da inflação na meta com crescimento econômico e criação de empregos’, diz ele.

‘Isso possibilitou a inclusão de 50 milhões de pessoas à classe média e a ascensão social em todas as camadas. O crescimento médio de 4% permitiu aumento da arrecadação que viabilizou mais investimentos sociais no Bolsa Família, na educação, na saúde. Para melhor exercer a opção escolhida, portanto, devemos fazer os investimentos necessários em produtividade e consolidar a estabilidade. O crescimento viabilizará o continuado aumento do investimento social, como mostra nossa história recente.’

Brasil 247

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Postado por Edmar Lyra às 17:55 pm do dia 2 de novembro de 2014

‘Preconceito tucano prejudicou Aécio’, diz ex-ministro

Em entrevista à jornalista Érica Fraga, na Folha de S.Paulo deste domingo, o economista Delfim Netto diz que um dos fatores que causaram a derrota de Aécio Neves foi o preconceito entre os eleitores tucanos. ‘Na minha opinião, um problema sério prejudicou Aécio. Ele foi apoiado por um grande número de pessoas com preconceito gigantesco. É o sujeito que diz: ‘Eu me fiz por conta própria, eu trabalhei, eu estudei. Não fui como esses vagabundos’. O que é um equívoco monumental. As pessoas entendem. O sujeito que está hoje recebendo o Bolsa Família ou com o programa Minha Casa Minha Vida ou sendo beneficiado pelo ProUni pensa o seguinte: ‘Isso é contra mim”, disse ele.

Delfim sugere ainda que a presidente Dilma deixe de ser a ministra da Fazenda. ‘A presidente é a ministra da Fazenda e do Planejamento e do Transporte e da Segurança Nacional e de tudo. Ela é absolutamente honesta e extremamente atenta. De forma que, de fato, o Brasil voltou a trabalhar das 7h às 23h. Agora, ela é centralizadora. Houve alguns equívocos. Mas está na mão dela consertar isso.’

Ele afirmou ainda que o ano de 2015 exige ajustes, mas não tão duros. ‘Vamos ter de ajustar. A situação do Brasil é desconfortável, mas não é apocalíptica. Na parte fiscal, inclusive em resposta à recessão que estamos vivendo, você ampliou o deficit nominal. Você praticamente eliminou o superavit primário e está assistindo pela primeira vez a um pequeno aumento da relação entre dívida e PIB’, afirma.

Brasil 247

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Postado por Edmar Lyra às 23:08 pm do dia 1 de novembro de 2014

De olho: quem fica no lugar dele?

Servidores do Tribunal de Contas da União (TCU) fazem apostas sobre quem será o indicado para o lugar do ministro José Jorge, que completa 70 anos em 18 de novembro, e deixa o tribunal este mês. Na lista, eles citam três ministros de Dilma: Miriam Belchior (Planejamento), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Ideli Salvatti (Direitos Humanos).

Só tem um probleminha: os senadores consideram que a vaga é deles. Portanto, há quem aposte em compensação para quem está no fim do mandato ou no ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que abriria a vaga no Senado para o filho. Ele é visto como um nome certo para tentar ajudar o governo nos constantes problemas apontados na Petrobras pelos ministros da Corte. (Denise Rothenburg – Correio Braziliense)

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Postado por Edmar Lyra às 23:07 pm do dia 1 de novembro de 2014

Wagner: agora o ‘queridinho’ do PT para 2018

Na bolsa de apostas do PT sobre quem poderia disputar a Presidência da República em 2018, caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fique fora do páreo, um nome parece despontar como favorito. Mais de um líder petista diz que, hoje, quem está melhor posicionado para isso é o governador da Bahia, Jaques Wagner.

Primeiro, por causa do balanço de sua gestão na Bahia e do resultado da estratégia que lhe permitiu eleger seu sucessor, contrariando todas as previsões. Segundo, por se tratar de um nome que agrada tanto a Lula quanto à presidente Dilma. Terceiro, por ter apoio interno no PT. A lista de potenciais candidatos inclui ainda nomes como Aloizio Mercadante e Fernando Haddad.(Clarissa Oliveira – Blog Poder Online)

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 1 de novembro de 2014

Coluna do blog deste sábado

Não cabe um quinto mandato para Guilherme Uchoa

O atual presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco deputado Guilherme Uchoa tem se movimentado no intuito de presidir por mais um biênio a Casa Joaquim Nabuco. Tarefeiro de Eduardo Campos, Guilherme virou uma espécie de general da Alepe.

A questão é que depois que Eduardo deixou o governo, Guilherme viu seu poderio perder força com o governador João Lyra Neto, e isso se agravou com a morte do ex-governador em agosto.

Tudo na vida e principalmente na política é feito de ciclos, e o ciclo Guilherme Uchoa já se encerrou. Não há justificativa plausível para uma nova mudança na constituição estadual para permitir tal acontecimento. Uma vez isso se concretizando ficaria evidente que os outros quarenta e oito deputados são incapazes de presidir a Casa Joaquim Nabuco.

Outro fator que pesa contra Guilherme é a decisão do PSB local de querer encampar a tese da nova política. Como justificar uma nova política se o PSB compactua com velhas práticas de perpetuação no poder legislativo?

Diante da situação, fica evidente que o deputado Guilherme Uchoa não tem mais qualquer condição política de continuar comandando a Casa Joaquim Nabuco. Os nomes para substituí-lo a partir de janeiro são Aluísio Lessa e Waldemar Borges, com a deputada Raquel Lyra correndo por fora.

Suplentes – Devem assumir o mandato Augusto Coutinho e Fernando Monteiro no âmbito federal e Antônio Moraes e Maviael Cavalcanti no âmbito estadual. Todos devem substituir titulares que integrarão a equipe do governador Paulo Câmara.

PSB – O apoio a Aécio Neves no segundo turno foi o caminho natural que tomou o processo eleitoral após a morte de Eduardo Campos. Isso não significa que o PSB esteja obrigado a ficar na oposição ao governo Dilma Rousseff.

Tony Gel – O deputado Tony Gel deverá ter uma atenção especial no governo Paulo Câmara. Além de ganhar mais respaldo político a partir de 2015, o deputado pode receber estímulos para disputar a prefeitura de Caruaru em 2016.

Isaltino Nascimento – Com a morte de Eduardo Campos, Isaltino Nascimento perdeu o prumo, tanto que não conseguiu se reeleger para a Alepe. Há quem diga que ele está querendo voltar para o PT.

RÁPIDAS

André de Paula – O deputado André de Paula integrará a base do governo Dilma Rousseff. Ele já confirmou presença no encontro da presidente reeleita com o presidente do PSD Gilberto Kassab na próxima terça-feira.

Ministério – A derrota sofrida no primeiro turno para a Frente Popular prejudicou o senador Armando Monteiro. Ele chegou a ser ventilado para ocupar um ministério, porém perdeu espaço para Jaques Wagner e Cid Gomes, que devem representar o Nordeste na equipe de Dilma.

Inocente quer saber – O que fará João Paulo sem mandato e sem prestígio a partir de 2015?

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Postado por Edmar Lyra às 1:19 am do dia 1 de novembro de 2014

Mendonça diz que Dilma feriu democracia com conselhos populares

O líder do Democratas na Câmara dos Deputados, deputado Mendonça Filho, rebateu nesta sexta-feira (31) o posicionamento da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) sobre a criação dos conselhos populares na administração pública federal.

Na nota, a Fetape questiona o fato de o político ser contrário à criação de mecanismos que estabeleçam a escuta dos cidadãos e cidadãs, por parte de ministérios e outros órgãos.

Mendonça rebate afirmando que ao assinar o decreto Dilma deu “uma canetada” que feriu o princípio democrático da autonomia entre os poderes. “Conselhos sociais podem e devem ser criados, desde que passem pelo Congresso, poder ao qual cabe constitucionalmente discutir e aprovar a matéria”, afirma o parlamentar.

O decreto é polêmico. Partidos de oposição e alguns integrantes da base governista alegam que o ato fere prerrogativas do Legislativo. Além disso, dizem que a intenção do governo é aparelhar o processo de decisão governamental, a exemplo do que ocorre na Venezuela.

O texto determina que os órgãos da administração pública federal “deverão considerar” as novas regras, entre elas o desenvolvimento de mecanismos de participação dos “grupos sociais historicamente excluídos” e a consolidação “da participação popular como método de governo”.

Leia a íntegra da nota emitida por Mendonça Filho:

Com relação à nota da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), o líder do Democratas, deputado Mendonça Filho esclarece:

1 – Os conselhos sociais existente no País foram criados por projeto de Lei, seja no âmbito municipal, estadual ou federal. O que significa que foram discutidos no Parlamento e com segmentos da sociedade. A primeira vez que se tentou criar e definir regras de funcionamento para os conselhos sociais de forma autoritária e antidemocrática foi agora com a presidente Dilma. Com uma canetada, assinando um decreto presidencial, a presidente feriu o princípio democrático da autonomia entre os poderes. Conselhos sociais podem e devem ser criados, desde que passem pelo Congresso, poder ao qual cabe constitucionalmente discutir e aprovar a matéria.

2 – É nítido que no País existem segmentos da chamada esquerda que querem e defendem que o Governo do PT governe sem Congresso. O que significa governar sem os representantes do povo. Essa posição, sim, é flertar com o autoritarismo reinante na América Latina, a exemplo da Bolívia e Venezuela;

3 – O PT e a presidente Dilma querem criar os ditos conselhos populares bolivarianos para reforçar o aparelhamento partidário existente na máquina pública, a exemplo das agências reguladoras. O País sabe que o resultado desse aparelhamento é incompetência na gestão pública e denúncias de corrupção como o caso lamentável da Petrobrás;

4 – Como foi editado, o decreto da presidente Dilma estava formatado para a forma e o critério de escolha dos integrantes desses conselhos obedecesse à lógica do alinhamento político, ideológico e partidário com o PT e com o Governo da presidente;

5 – Tenho 28 anos de vida pública, com ficha limpa, e uma trajetória reconhecida em defesa dos princípios democráticos. Reconhecimento de entidades sérias como a OAB nacional pela qual fui homenageado pelas minha posições em defesa da democracia; Na minha vida pública criei, formei e integrei conselhos sociais.

Dois desses conselhos – o de Estadual de Gestão da Seca e o de Reforma Agrária – tive o prazer de formar e integrar com entidades como a Fetape, na época presidida por José Rodrigues;

6 – Sempre tive posições claras. Nunca me submeti e nem irei me submeter a patrulhamento da Fetape ou de quem quer que seja. Qualquer explicação sobre minhas posições farei ao eleitor, que confiou a mim a sua representação na Câmara dos Deputados. Não vou me intimidar com histerismo petista, nem da esquerdopatia, que querem impor ao Brasil um modelo venezuelano;

7 – O Projeto de Decreto Legislativo (PDC 1.491/20140) que revogou o decreto presidencial 8243/2014, ao contrário do que tenta fazer crer a Fetape, não é uma posição antidemocrática, nem foi decisão monocrática. O projeto foi discutido com juristas, tramitou na Câmara e contou desde o primeiro momento com o apoio de 19 dos 22 partidos representados na Casa, entre os quais o PDT, o PPS, o PV e o PSB, este último partido com o qual a Fetape tem afinidade política histórica. Isso significa que o projeto de minha autoria foi aprovado com o apoio de 410 dos 513 deputados. Ou seja, maioria esmagadora da Câmara dos Deputados.

8 – Para finalizar, está claro que a Câmara dos Deputados votou contra o decreto presidencial bolivariano por interesses institucionais e não ideológicos. O fato de a presidente estar no poder e ser reeleita agora não significa que a sociedade tenha dado a ela poderes para ser dona da República, passar por cima dos outros poderes, muito menos ser dona da verdade absoluta. Aproveito para reafirmar que recebi de parcela expressiva dos pernambucanos a confiança para continuar desempenhando o meu papel de oposição cobrando, fiscalizando, denunciando e, acima de tudo, defendendo os princípios democráticos e os interesses do nosso Estado.

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Postado por Edmar Lyra às 1:15 am do dia 1 de novembro de 2014

Deu a louca no PSDB

Ricardo Noblat

O PSDB perdeu a eleição presidencial por pouco, mas não precisava perder a cabeça. Parece ter perdido.

O partido pediu oficialmente ao Tribunal Superior Eleitoral uma auditoria especial nos resultados das eleições deste ano. Por que?

Embora faça questão de dizer que confia na Justiça, o PSDB alega que manifestações em redes sociais questionam o processo eleitoral.

Sim, foi isso mesmo o que você leu: manifestações em redes sociais questionam o processo eleitoral. Questionam também se o homem pisou na lua. E se Bin Laden de fato está morto.

A proposta do partido é para que se crie uma comissão de especialistas indicados por todos os partidos. A tal comissão teria acesso a cópias dos boletins de urnas e aos demais documentos que tenham a ver com a eleição.

É absurda a justificativa do PSDB para o que pede. Afinal, se tudo o que as redes sociais questionam dessem ensejo a investigações, a Justiça não faria outra coisa. E não só a Justiça.

A iniciativa do PSDB é falta do que fazer. Ou choro de perdedor.

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Postado por Edmar Lyra às 1:14 am do dia 1 de novembro de 2014

A vida curta da mentira eleitoral

Há mais mistérios entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia.

Bom esse Shakespeare. Sabia das coisas. Não votava nem no PT nem no PSDB mas era antenado na tal da alma humana.

Durante a campanha eleitoral, o PT, pai e protetor dos pobres, mostrou, sem nenhuma clemência, que Marina Silva, a seringueira fajuta, na verdade era instrumento dos banqueiros para instalar-se no poder e sugar os pobres. A Sra. Neca Setúbal, com esse sobrenome, era a prova viva da conspiração banqueiro-seringueira.

Os anúncios de João Bendengó Santana mostravam uma mesa onde crianças comiam a sua ração diária, que ia sendo apagada e reduzida à medida em que os banqueiros avançavam sobre a taxa de juros. Cada meio ponto a mais na taxa de juros, as proteínas e os carboidratos iam sendo apagados dos pratos das crianças pobres.

Um anúncio sórdido como esse chegou a ser classificado como muito talentoso por profissionais da publicidade. E por profissionais da militância.

Tudo isso para que 72 horas depois da apertadíssima reeleição de Dilma Rousseff, o Banco Central anunciasse uma elevação de 0,25% na taxa básica de juros. Por que os bancos centrais aumentam a taxa de juros? Para controlar a inflação. Mas a inflação, não repetiu exaustivamente a soberana nos debates eleitorais, já não estava sob controle?

Os mistérios não terminam aí. Dois dias depois da eleição, o decreto bolivariano dos “conselhos populares” foi derrubado pela Câmara, uma derrota esmagadora para o governo. Onde está a grande base aliada? Está onde sempre esteve: quanto menor a margem de manobra do governo, quanto mais desconfortável a sua zona de conforto, mais disposta a faturar pelo seu apoio.

A escolha do ministro da Fazenda que substituirá o zumbi Guido Mantega, é outro mistério. O primeiro nome que circulou foi o do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco. Quer dizer: quem votou em Dilma para evitar que Marina ou Aécio entregassem o país para os banqueiros só trocaria a bandeira do banco: do Itaú de dona Neca para o Bradesco de Trabuco.

Seria uma maneira de tranquilizar o mercado. Embora Lula, em uma de suas inúmeras bravatas, tenha dito que ele (e o PT, por supuesto) nunca governaram para o mercado, até os paralelepípedos da rua sabem que a famosa Carta ao Povo Brasileiro de 2001, que Antônio Palocci submeteu à aprovação de Joao Roberto Marinho (“o povo não é bobo/abaixo a rede Globo”), era mais do que um aceno ao mercado. Era um juramento de que o programa do PT seria arquivado e que a política econômica (neoliberal?) de FHC seria seguida religiosamente.

Foi nessa eleição e com esse documento que o PT iniciou a sua trajetória pragmática no mundo do poder. Um figurino que lhe caiu tão bem que ele não pretende largá-lo mais. E aprendeu um truque que continua funcionando bem até hoje: prometa uma coisa e faça o contrário.

O próximo passo é o inevitável ajuste fiscal. Que feito pelos adversários, se eles tivessem sido eleitos, seria chamado de arrocho e apedrejado e cuspido durante as 24 horas do dia.

Sandro Vaia

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Postado por Edmar Lyra às 20:38 pm do dia 31 de outubro de 2014

Contas do governo ficam negativas pela 1ª vez no ano

O governo da presidente Dilma Rousseff (PT) passou a registrar um rombo nas suas contas em 2014. Em setembro, houve um déficit de R$ 20,399 bilhões nas contas do governo central, maior rombo mensal desde o início da série, em 1997. Com isso, o resultado acumulado no ano passou de um superávit para um déficit primário de R$ 15,705 bilhões (ou 0,42% do PIB). É a primeira vez que isso ocorre.

Os dados confirmam a rápida deterioração das contas públicas em 2014. A piora nas contas do governo central deve levar a equipe econômica a revisar a meta fiscal do ano. O resultado reflete, sobretudo, o aumento dos gastos do governo nas eleições, as concessões com desonerações de tributos e baixo crescimento que derrubou a arrecadação.

O déficit de setembro é o quinto resultado negativo consecutivo registrado nas contas do Governo Central em 2014. Apenas em três meses (janeiro, março e abril), as contas do governo ficaram no azul em 2014.

O resultado torna praticamente impossível o cumprimento da meta de superávit primário para 2014 para o Governo Central, de R$ 80,774 bilhões, e da meta de R$ 99 bilhões para todo o setor público. Como resposta à deterioração das contas públicas, a equipe da presidente Dilma prepara o anúncio em breve de um reforço da política fiscal em 2015.

O resultado de setembro ficou abaixo da mediana dos analistas de mercado que era de um valor negativo de R$ 12,9 bilhões e fora do intervalo das previsões coletadas pelo AE Projeções, que iam de um resultado negativo de R$ 9,100 bilhões a R$ 15,200 bilhões.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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