
A força de João Campos no termômetro nacional
Os números mais recentes da AtlasIntel recolocam o prefeito do Recife, João Campos (PSB), no centro do tabuleiro político nacional. Com 64% de aprovação popular, o gestor figura entre os cinco prefeitos de capitais mais bem avaliados do Brasil e consolida sua posição no Top 3 do Nordeste, atrás apenas de Eduardo Braide, em São Luís, e JHC, em Maceió. Não se trata de um dado trivial. Em tempos de polarização aguda e de crescente impaciência do eleitor com promessas vazias, manter índices elevados de aprovação em uma capital complexa como o Recife é, por si só, um ativo político relevante.
O levantamento, que ouviu mais de 82 mil pessoas em todo o país, aponta João Campos tecnicamente empatado com prefeitos de capitais de perfis e realidades distintas, como Curitiba, Boa Vista e Rio de Janeiro. Esse empate revela algo além do número seco: indica que o prefeito do Recife conseguiu furar bolhas regionais e ideológicas, situando sua gestão em um patamar nacional de avaliação positiva. Em outras palavras, não é apenas bem avaliado “em casa”, mas competitivo no ranking dos grandes centros urbanos do país.
No recorte nordestino, o desempenho chama ainda mais atenção. O Nordeste historicamente impõe desafios adicionais aos gestores, seja pela pressão social, seja pela dependência maior de políticas públicas eficientes. Estar entre os três prefeitos mais bem avaliados da região reforça a leitura de que João Campos conseguiu combinar comunicação política eficaz com entregas concretas, ao menos na percepção majoritária da população. Não é pouca coisa em uma região onde a cobrança por resultados é intensa e permanente.
Outro dado que merece destaque é o equilíbrio entre aprovação e rejeição. Enquanto 64% aprovam a gestão, 31% desaprovam e apenas 4% se dizem indecisos. Isso indica um eleitorado com opinião formada, sinal de que a administração tem identidade clara. Em política, a indefinição costuma ser mais perigosa do que a crítica aberta. A baixa taxa de indecisos sugere que João Campos conseguiu se apresentar de forma nítida ao eleitor: quem aprova, aprova com convicção; quem desaprova, o faz por divergência real, não por desconhecimento.
O contexto nacional torna esses números ainda mais expressivos. Prefeitos de capitais enfrentam um ambiente de cobrança permanente, agravado por redes sociais, crises fiscais e expectativas elevadas. Além disso, muitos gestores sofrem desgaste rápido, sobretudo no segundo mandato ou em administrações marcadas por conflitos políticos. João Campos, ao contrário, aparece como um ponto fora da curva, conseguindo manter aprovação robusta mesmo sob os holofotes constantes da política nacional.
Naturalmente, rankings não elegem ninguém sozinhos. Mas eles ajudam a construir narrativas, fortalecer projetos e ampliar capital político. Para João Campos, a pesquisa da AtlasIntel funciona como um selo de validação externa, que extrapola os limites do Recife e projeta seu nome em debates mais amplos. Seja qual for o próximo passo do prefeito, uma coisa é certa: com esses números, ele deixa de ser apenas um gestor local bem avaliado e passa a ser, definitivamente, um personagem relevante do cenário político brasileiro.
Favoritismo – O levantamento do DataTrends reforça o favoritismo de Allysson Bezerra (União Brasil) na largada da disputa pelo Governo do Rio Grande do Norte, com o prefeito de Mossoró liderando todos os cenários testados e abrindo vantagem consistente sobre os principais adversários. Os números também indicam fragmentação da oposição e um contingente ainda elevado de eleitores indecisos ou inclinados ao voto branco e nulo, o que sugere espaço para mudanças ao longo do processo eleitoral.
Números – O DataTrends aponta o prefeito de Mossoró liderando todos os cenários estimulados. No primeiro, ele soma 36% das intenções de voto, contra 26% de Rogério Marinho e 10% de Cadu Xavier; no segundo, amplia a vantagem e chega a 39%, seguido por Álvaro Dias, com 15%, e novamente Cadu Xavier, com 10%; já no terceiro cenário, Alysson marca 34%, à frente de Rogério Marinho, com 20%, Cadu Xavier, com 9%, e Álvaro Dias, com 5%, além de percentuais relevantes de brancos, nulos e indecisos.
Fragilidade — A pesquisa traz ainda um dado sensível para o campo governista: a gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) registra reprovação de 65%, contra 29% de aprovação, cenário que pode influenciar diretamente o desempenho de candidatos associados ao atual governo. O levantamento ouviu 1.200 eleitores entre os dias 13 e 16 de dezembro e tem margem de erro de 2,83 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Ensaio – O presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto, reunirá muitos políticos em sua tradicional confraternização em Canhotinho neste sábado. Além do prefeito João Campos, pré-candidato a governador, muitos nomes da Frente Popular devem se fazer presentes. O evento servirá como ensaio para 2026.
Inocente quer saber – Álvaro Porto demonstrará força e prestígio em sua confraternização em Canhotinho?
















