
O duelo dos filhos de 2006
Em 2026, Pernambuco completará 20 anos de uma das eleições mais simbólicas de sua história recente: a vitória de Eduardo Campos ao governo do Estado, tendo João Lyra Neto como vice. Aquele pleito não representou apenas uma alternância de poder, mas inaugurou um ciclo político que moldaria o Estado por quase duas décadas, consolidando o PSB como força hegemônica e projetando lideranças que extrapolaram as fronteiras pernambucanas. Duas décadas depois, o calendário eleitoral parece conspirar para um novo capítulo igualmente histórico — agora protagonizado pelos filhos da chapa vitoriosa de 2006: João Campos e Raquel Lyra.
Desde a ascensão de Eduardo, o PSB venceu quatro disputas consecutivas pelo Palácio do Campo das Princesas, estabelecendo uma hegemonia rara na política brasileira contemporânea. Esse ciclo, no entanto, foi interrompido em 2022, quando Raquel Lyra, ex-filiada ao PSB e ex-secretária do próprio Eduardo Campos, rompeu o domínio socialista ao se eleger governadora pelo PSDB. Não foi apenas uma vitória eleitoral, mas um gesto simbólico de ruptura com um modelo de poder que parecia imbatível. [Ler mais …]













