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Postado por Edmar Lyra às 11:50 am do dia 3 de abril de 2022

Podemos estima ter gasto R$ 2 milhões com pré-candidatura de Moro

Foto: Reprodução

Com a saída de Sergio Moro do Podemos, o partido busca calcular, exatamente, a quantia gasta com o ex-ministro em sua pré-campanha para a candidatura à Presidência da República. Entre pesquisas eleitorais, eventos, salários e viagens de Moro, sua mulher, Rosângela, e sua equipe, a liderança da sigla estima cerca de R$ 2 milhões.

Em nota ao jornal O Estado de S. Paulo, Sergio Moro justificou seus gastos, apontando que essa é a função do Fundo Partidário, que, em suas palavras, “serve para o financiamento de atividades da legenda e seus filiados, seguindo a legislação em vigor, o que foi feito em relação às despesas de pré-campanha”.

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O antigo partido do ex-juiz ainda está buscando encontrar o número exato de gastos, no entanto, de acordo com apuração do Estadão, o Podemos já havia investido pelo menos R$660 mil.

A quantia acima foi encontrada com base em dados sobre os gastos somente com Moro, seja com seu salário, de R$ 22 mil, o evento de filiação, que custou R$ 210 mil, e até R$ 110 mil com passagens aéreas.

Essa notícia vem após a decisão da esposa de Moro, Rosangela Moro, de sair do partido também, o que evita mais gastos do Podemos, que iria investir um salário de R$ 20 mil à candidata para a Câmara Federal.

UOL

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Postado por Edmar Lyra às 9:20 am do dia 3 de abril de 2022

Rodolfo Landim abre mão de presidir conselho da Petrobras

Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Rodolfo Landim, atual presidente do Flamengo, anunciou neste domingo (3) que abriu mão de assumir a presidência do conselho da Petrobras.

Em nota publicada no site do clube carioca, que perdeu o título estadual para o Fluminense no sábado (2), Landim explicou as razões para abrir mão do cargo.

“Apesar do tamanho e da importância da Petrobras para o nosso país, e da enorme honra para mim em exercer este cargo, gostaria de informá-lo que resolvi abrir mão desta indicação, concentrando todo meu tempo e dedicação para o ainda maior fortalecimento do nosso Flamengo”.

Landim informou que encaminhou para o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, um documento em que informa a decisão e agradece o convite.

Ele também afirmou que “minha preocupação em não conseguir, dada a dedicação que as duas instituições demandariam nesse momento, exercer ambas as funções com a excelência por mim desejada e à altura que a Petrobras e o Flamengo merecem”.

“Em relação ao Flamengo, os últimos acontecimentos me demonstraram a necessidade de termos todos nós o compromisso de um grau ainda maior de dedicação e foco ao Clube”, afirmou, citando também que foi reeleito para um mandato de três anos e que “exercer bem o cargo de presidente do Flamengo é minha total prioridade”.

O atual presidente do Flamengo havia sido indicado para o cargo pelo governo federal em 28 de março, junto com a indicação do economista Adriano Pirespara a presidência da estatal.

Landim é mais conhecido por comandar o Clube Regatas do Flamengo, porém, tem ampla experiência no setor de óleo e gás. Ocupou cargos de gestão na Petrobras por 26 anos, incluindo a presidência da Gaspetro e da Vibra, antiga BR Distribuidora.

Deixou a estatal para trabalhar com o empresário Eike Batista na mineradora MMX e na petroleira OGX, mas se desentendeu com ele antes de o conglomerado quebrar.

Fundou então sua própria petroleira, a Ouro Preto Óleo e Gás que acabou vendendo para um grupo de investidores em fevereiro de 2020. Chegou a ser cotado para a presidência executiva da Petrobras em diversas ocasiões.

Já Pires é formado em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com mestrado na mesma instituição na área de Tecnologia em Petróleo e Gás. Fez doutorado em Economia Industrial na Université Paris 13.

O economista já foi superintendente geral e assessor de diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), professor na UFRJ e é fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), em que atua desde 2000 como diretor.

Os nomes seriam avaliados em uma assembleia de acionistas, marcada para o dia 13 de abril, e as trocas ocorreram em meio à pressão política sobre a Petrobras por causa do aumento dos preços dos combustíveis.

O conselho de administração da Petrobras é composto por no mínimo sete e no máximo onze membros, todos eleitos Assembleias Gerais de acionistas com mandato de até dois anos e direito a três reeleições consecutivas.

O órgão é responsável por definir e aprovar o plano estratégico de negócios da estatal.

CNN Brasil

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Postado por Edmar Lyra às 9:17 am do dia 3 de abril de 2022

Mais 2 governadores deixam cargo na data limite; veja quem sai para disputar eleições

Fotos: Felipe Brasil/Governo de Alagoas e José Wagner/Governo do Ceará/Divulgação

Os governadores Renan Filho (MDB), de Alagoas, e Camilo Santana (PT), do Ceará, formalizaram no sábado (2) suas renúncias para poderem disputar as eleições de 2022. As iniciativas ocorreram na data limite prevista pela legislação eleitoral para o afastamento dos cargos, a seis meses do pleito, em outubro.

Outros quatro governadores já haviam deixado as funções durante a semana: Eduardo Leite (PSDB), do Rio Grande do Sul, João Doria (PSDB), de São Paulo,Flávio Dino (PSB), do Maranhão, e Wellington Dias (PT), do Piauí.

O governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que está no final de seu segundo mandato, desistiu de concorrer a outro cargo. Ele vinha sendo incentivado, inclusive pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a tentar uma vaga no Senado, mas decidiu permanecer no governo até o final do ano.

Quem pode concorrer à Presidência

Dos seis governadores que renunciaram, dois podem vir a ser candidatos ao Planalto.

Doria deixou o comando de São Paulo como pré-candidato à Presidência pelo PSDB. Ele venceu as prévias do partido em novembro de 2021, mas vem sendo pressionado a desistir por não ter decolado nas pesquisas de intenção de voto, e sofre resistências dentro do próprio partido devido à sua alta rejeição.

O vice Rodrigo Garcia (PSDB) assumiu o governo paulista e deve ser candidato à reeleição.

Derrotado nas prévias do PSDB, Leitedeixou a função de governador do Rio Grande do Sul ainda sem definir a que cargo irá concorrer. Ele reconheceu a legitimidade do processo de escolha do partido, mas tem dito que as prévias não são definitivas. O PSDB deve definir um candidato após negociações com o Cidadania, o MDB e o União Brasil.

Quem assume o comando do governo gaúcho é o vice Ranolfo Vieira Júnior (PSDB).

Quem pode concorrer ao Senado

Os outros quatro governadores que estavam no fim do segundo mandato e, por isso, não poderiam tentar a reeleição, devem entrar na disputa por uma vaga no Senado em 2022.

No Ceará, Camilo Santana passou o cargo a Izolda Cela (PDT), vice-governadora e agora a primeira mulher a comandar o estado. Ele irá concorrer ao Senado, enquanto a vice tentará a reeleição.

Em Alagoas, Renan Filho também renunciou para tentar uma vaga como senador ― caso eleito, ele atuará ao lado do pai em Brasília. O cargo, porém, não foi assumido pelo vice, porque Luciano Barbosa, que exercia a função, renunciou em 2020 para disputar a Prefeitura de Arapiraca.

Com a renúncia, o governo provisório seria assumido pelo presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas, Marcelo Victor, que deveria convocar uma eleição indireta em 30 dias para a escolha de um governador tampão.

Mas como Victor deixou o Solidariedade e se filiou ao MDB para tentar a reeleição como deputado estadual, o cargo de governador ficará com o presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, o desembargador Klever Loureiro, a quem caberá conduzir a escolha indireta.

Há uma articulação de Renan Filho para que o deputado estadual Paulo Dantas (MDB) seja eleito indiretamente na assembleia e dispute a reeleição em outubro.

No Maranhão, Flávio Dino oficializou na quinta-feira (31) sua saída do governo e confirmou sua pré-candidatura ao Senado. O vice-governador Carlos Brandão (PSB) assumiu a vaga e irá tentar uma reeleição.

No Piauí, Wellington Dias também renunciou na quinta-feira para disputar uma cadeira no Senado. Em seu lugar, assumiu a vice-governadora Regina Sousa (PT). Ela também é a primeira mulher a governar o estado e não deve tentar a reeleição.

CNN Brasil

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Postado por Edmar Lyra às 8:48 am do dia 3 de abril de 2022

União Brasil: Bivar confirma que projeto de Moro é restrito a SP

Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil, emitiu nota neste sábado (2/4), na qual reitera que a atuação de Sergio Moro no partido será restrita ao estado de São Paulo e põe uma pá de cal nas suas pretensões de se candidatar à Presidência da República. Isso um dia após o ex-juiz destacar, em discurso, que “não desistiu de nada”, além de descartar uma candidatura a deputado federal.

Também assinam o comunicado o secretário geral da sigla, ACM Neto, e o primeiro vice-presidente Antônio Eduardo de Rueda. Os dirigentes definem Moro como “um homem íntegro, capaz de enriquecer, junto às demais lideranças partidárias, a discussão sobre o futuro que almejamos para o país”, mas cujo projeto “político-partidário” é em São Paulo.

Leia a nota na íntegra:

O grupo de ACM Neto afirmou, na noite dessa sexta (1°/4), após o discurso do ex-ministro da Justiça, que pediria a impugnação da filiação de Moro do partido.

No entanto, com a concordância de Bivar de limitar o projeto político de Moro ao estado de São Paulo, a ala do União Brasil descontente com o ex-ministro decidiu não levar adiante a ideia de pedir a impugnação de sua filiação.

Na quinta-feira (31/3), Moro divulgou a filiação ao União Brasil e afirmou que abriria mão, “neste momento”, da pré-candidatura à Presidência da República. Porém, no dia seguinte o ex-juiz federal disse que ambiciona “um Brasil melhor”, analisou que se filiou ao União Brasil “com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático”, garantiu que não havia “desistido de nada”.

Moro criticou os governos de Jair Bolsonaro(PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e explicou que, “para livrar o país destes extremos”, colocou seu nome pelo país. Ao mesmo tempo, garantiu não ter ambição por cargo. Foi categórico em apenas um ponto: disse que não disputará a Câmara dos Deputados, como integrantes do União Brasil desejam.

Logo depois, a ala do partido capitaneada por ACM Neto ressaltou que não ratifica uma candidatura de Moro que não seja a deputado estadual, federal ou senador por São Paulo. E ameaçou expulsá-lo do partido. Resta saber, agora, qual será o futuro político do ex-juiz da Lava Jato.

Metrópoles

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Postado por Edmar Lyra às 8:36 am do dia 3 de abril de 2022

“Bolsonaro vencerá se Lula não for mais plural”, alerta Randolfe

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Randolfe Rodrigues está preocupado. O principal líder da oposição ao governo Bolsonaro no Congresso e integrante da coordenação da campanha de Lula avalia que, a seis meses da eleição presidencial, as forças democráticas e o PT devem avançar para um outro patamar de enfrentamento a Bolsonaro. O senador da Rede do Amapá advoga que esta deve ser uma eleição de um único turno, sob pena de o PT ser novamente derrotado pelo atual presidente. Randolfe avalia que Bolsonaro hoje está muito mais forte do que em 2018, porque agora, além do apoio dos militares, trouxe para o núcleo do governo o que de mais profissional existe na política brasileira, no mau sentido, o Centrão. Em entrevista à coluna, faz um alerta: se os democratas não se unirem e se Lula não conversar com setores mais amplos da sociedade, para além da esquerda, Bolsonaro sairá vitorioso.

O senador compara o momento atual ao das Diretas Já, e propõe que Lula faça gestos em direção a todo o campo democrático, inclusive outras pré-candidaturas, como as da senadora Simone Tebet e dos ex-governadores João Doria e Eduardo Leite. Além, claro, de ex-aliados, que foram ou são pré-candidatos. Randolfe tenta há meses reaproximar Lula e Marina Silva, rompidos há mais de uma década, primeiro por divergências políticas e depois pela campanha fratricida feita pelo PT contra a senadora em 2014, na campanha de reeleição de Dilma Rousseff. O petista já deu sinais de que gostaria de se reconciliar com Marina, mas o PT resiste em qualquer pedido de desculpas. Randolfe acha que todos esses atores devem ter uma “tomada de consciência” sobre o momento histórico que o país atravessa.

“Já conversei com a Marina, mas a tomada de consciência deve ser não só dela, deve ser de Ciro, de setores democratas do MDB, que são muitos, dos setores democráticos do PSD não existe uma terceira opção. Existe a democracia e o pacto civilizatório ou o fim disso. (…) O PT também precisa ter essa consciência”.

Sobre a necessidade de Lula ter conversas mais abrangentes do que vem tendo, Randolfe sugere que o ex-presidente se apresente como o Lula de 2002 e não como o de 1989.

“A campanha de Lula, e faço uma autocrítica porque eu estou nela, tem que ir para a rua, chamar toda a sociedade para conversar. Conversar com os sem-terra e com o agronegócio. Com o bancário, e com banqueiros. Conversar com os rincões da Amazônia e com a Zona Sul do Rio de Janeiro. Tem que caminhar pelo Nordeste, mas também pelo Sul. Conversar com o chão de fábrica e com a Faria Lima. Tem que conversar com a mídia alternativa, mas também com a Globo e a Record. Não deve ser uma candidatura da esquerda, mas sim uma candidatura da união nacional”, defendeu.

Leia abaixo a íntegra da entrevista.

A que o senhor atribuiu a recente melhora da popularidade do presidente Bolsonaro?

A ascensão do Bolsonaro foi em parte acidental, mas o movimento de reação que o coloca no patamar em que está não é acidental. Ele organizou um bloco de poder militar e parlamentar, que é para durar. O bolsonarismo e Bolsonaro vieram para a esculhambação completa das instituições, mas a base é o que tem de mais profissional na política brasileira. O velho Centrão era sócio, agora está no centro da constituição desse governo. Se a esquerda, os progressistas, os democratas, os republicanos e os liberais não se esquecerem dos rancores que os dividiram no passado e não compreenderem que têm um papel imediato em combater essa estratégia, Bolsonaro vai ser reeleito. Ele trabalha com três pilares: a mentira; a intimidação de políticos, jornalistas, ministros do STF, sociedade civil; e o suborno, para aprovar auxílios de última hora, reajustes salariais perto da eleição e tudo mais que for necessário para ganhar.

O que fazer diante deste cenário?

Os democratas devem esquecer os rancores do passado. 2018 foi a eleição da antipolítica. Chegou a hora de fazer a boa política na melhor expressão do termo. Se prevalecerem rancores ou purismos nesses momentos, terminaremos no ostracismo ou na prisão, nunca na conquista do poder político. Se democratas, liberais e setores da esquerda não compreenderam isso e não construírem alianças, eu temo que será muito difícil derrotar o Bolsonaro, porque ele não existe por si só, ele é o representante de um movimento, do bolsonarismo.

Como assim?
Compreendi no ano passado que a eleição caminhava inexoravelmente para a polarização. Não estamos diante do esquema golpista mambembe do 7 de setembro que o Bolsonaro tentou para se apossar do poder. Estamos em outro momento político e histórico. O bolsonarismo se profissionalizou com o Centrão e trouxe o Centrão para o núcleo de decisão política. É um bloco de poder de bandidos, cínicos, autoritários de toda a espécie, gente que está no poder há muitos governos, agora aliado aos militares. Assusto-me porque parece que a sociedade passou a perceber isso como o novo normal. Se não derrotarmos Bolsonaro este ano, temo não termos um retorno ao pacto civilizatório que fundou a Nova República. Entendo que a Nova República acabou com a eleição do Bolsonaro. Precisamos voltar a ela, voltar ao que foi construído após a Constituição de 1988, com MP independente, PF autônoma, instituições funcionando, liberdade de imprensa, estrutura de transparência de combate a corrupção, federalismo, instituições democráticas… Se não derrotarmos agora, tudo isso será uma lembrança tão distante como o Golpe de 1964 tinha passado a ser durante a Nova República. E isso será trágico para o Brasil.

Como está processo de reconciliação de Marina Silva com o PT?

Já fiz tudo possível. Qualquer observador da política tem que ter responsabilidade neste momento. Sou fruto da redemocratização, não é possível que os atores que surgiram com a democracia e lutaram pela democracia não tenham essa responsabilidade e esse entendimento. Já conversei com a Marina, mas a tomada de consciência deve ser não só dela, deve ser de Ciro, de setores democratas do MDB, que são muitos, dos setores democráticos do PSD. Essa reflexão foi a base para eu dizer já no ano passado que não existe uma terceira opção, uma terceira via. Existe a democracia e o pacto civilizatório ou o fim disso, que significa o triunfo de uma experiência fascista no Brasil no século 21. Falo isso com muito conforto, porque divergi em muitos momentos dos governos do PT. Fui de oposição ao governo Dilma, embora tenha sido contra o impeachment.

Como o senhor tem avaliado o desempenho da campanha de Lula, da qual o senhor é parte?

Tem que passar para a fase seguinte, advogo por isso. Estive com o presidente Lula em dezembro no jantar do Grupo Prerrogativas, e em janeiro quando ele me chamou pra ajudar na coordenação da campanha. Foi o presidente Lula que me convenceu a não ser governador do Amapá. Quem não gostaria de não ser governador da sua terra? Fui conversar com ele e ele me convenceu de que precisava da minha ajuda para o projeto nacional, e eu vi que não seria lógico eu costurar apoios para ele, como venho fazendo, e não ajudá-lo na campanha. Por isso renunciei à candidatura do governo. Vou ajudar na campanha e advogo que também faça isso mesmo quem não gosta do Lula, mas gosta da democracia, do pacto civilizatório, da Constituição de 1988, do MP atuante, independente, da PF autônoma, das instituições funcionando e transparentes. Pessoas que reconheceram o risco que é termos mais dois ministros do STF indicados por Jair Bolsonaro, termos um governo novamente comandando pelo Centrão. Todos que compreendem a importância disso devem estar conosco para a campanha sair vitoriosa em primeiro turno.

O que seria essa nova fase a que o senhor se refere?

Acho que já está concluída a fase de formação de palanques, de aliança com os partidos que devem apoiar. Agora, vejo que são necessários dois movimentos. O primeiro é ter diálogo direto com o povo, estar presente na rua, dialogar com a sociedade civil. O segundo é que, para ganhar essa eleição, Lula tem que se apresentar como o Lula de 2022. Precisamos menos do Lula de 1989 e mais do de 2022. O Lula de 2022 é o candidato da reconciliação do Brasil, da união nacional, do governo da transição e do restabelecimento da ordem democrática. Quem é de direita, quem é democrata, quem é social democrata, renuncie as diferenças para daqui a quatro anos. Nós vamos fazer a transição. Alguns argumentam que o PT errou em 1985, quando não apoiou a chapa de Tancredo Neves. Essa é uma crítica verdadeira e acertada. É o mesmo que não apoiar a chapa Lula e Alckmin neste ano. Não apoiar a chapa agora, por alguma eventual divergência, pode estar colocando a perder o que nós temos de democracia. E acho que a própria campanha de Lula, faço uma autocrítica porque eu estou nela, tem que ir para a rua, chamar a sociedade para conversar, chamar os atores nacionais, conversar com todo mundo. Conversar com os sem-terra, mas conversar com o agronegócio. Conversar com bancário, mas tem que conversar com banqueiros. Conversar com os rincões da Amazônia e com a Zona Sul do Rio de Janeiro. Tem que caminhar pelo Nordeste, mas também pelo Sul. Conversar com o chão de fábrica e com a Faria Lima. Tem que conversar com a mídia alternativa, mas também com a Globo e a Record. Não deve ser uma candidatura da esquerda, mas sim uma candidatura da união nacional.

O senhor já disse isso para o presidente Lula?

Disse isso a ele e ele me pareceu muito consciente disso. Tanto é que ele estava muito convencido de que ter o Alckmin como vice seria uma representação disso. Mas quem sou eu pra falar isso pro Lula? Ele nos ensinou isso. Quando Lula foi eleito, eu era da esquerda do PT, e ele me mostrou como é fazer um governo desta natureza, conversando com todos os setores, fazendo as composições necessárias. Ele sabe, ele está consciente disso. Ele tem que dizer que o governo dele vai ser o governo que o jornalista vai poder trabalhar tranquilo dentro do Palácio do Alvorada e que jornalista não vai correr o risco de agressão ao acompanhar o presidente em exercício do seu fazer, do seu ministério. O Brasil nunca precisou tanto do Lula de 2002 como precisa agora. A gente precisa dele para lançar o Brasil no século 21. O Brasil iniciou bem o século 21 e teve um intervalo medieval, que foi o governo Bolsonaro. O Lula tem que ser a transição e ele tem que ter essa consciência de que tem que ser um governo de união nacional para devolver o Brasil ao século 21.

O que tem impedido na sua visão que ele faça isso?

O PT precisa ter essa consciência. Ele já disse que não pode ser o candidato do PT, tem que ser o candidato de um movimento. As pessoas que estiveram com ele nos momentos mais difíceis têm que compreender que o Lula não é patrimônio partidário, não pertence ao PT. O Brasil está precisando do Lula pra fazer essa transição. Trata-se do Brasil agora. A campanha tem que ser ampla e tem que ter presente um comando de campanha amplo, que represente a diversidade do momento. No palanque das Diretas Já, em 1984, em que o próprio Lula participou, estava Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Brizola, Mário Covas, mas estava lá também a dissidência do PDS. É esse o palanque que precisamos agora e precisamos de um comando que represente essa pluralidade. Se o comando não for para o campo com essa pluralidade, ninguém está entendendo o que estamos vivendo. É chegado o momento de ser chamada a responsabilidade de todos, de todos. O PT tem que ter consciência do que está se passando e as lideranças políticas, inclusive mais experientes que eu, devem entender que não tem espaço para segundo turno nesta eleição. O segundo turno é no primeiro. O Moro entendeu isso claramente, e já fez o movimento de retorno para onde ele veio. Ele é produto do bolsonarismo, nunca esteve comprometido com o campo democrático, e voltou para o lugar dele.

O senhor acha que nomes do campo democrático deveriam rever suas candidaturas?

Eu acho que tem que ter. Eu acho que a candidatura do Lula tem que ter diálogo… A candidatura do Ciro Gomes não é uma candidatura antagônica e inimiga e o gesto de diálogo e generosidade tem que partir da campanha do Lula, que está na frente. A campanha da Simone Tebet, do MDB, não é uma campanha inimiga e também deve partir da campanha do Lula o gesto de generosidade para dialogar com ela. Eu diria até que nem a candidatura de Doria e Eduardo Leite são inimigas e antagônicas. A de Janone também. São candidaturas da democracia, do campo democrático, duelaram, polarizaram na política dos últimos anos, mas diante das ameaças fascistas, não podem ser inimigas.

O senhor fala em tomada de consciência. O que seria isso exatamente?

Vou contar um episódio que ocorreu comigo no último fim de semana e que ilustra isso. Eu estive em Caruaru, em Pernambuco, e fui acompanhar a filiação de Túlio Gadelha à Rede. Terminado o ato, eu e o ex-deputado Maurício Rands fomos jantar. Estávamos com nossos companheiros. Túlio ia buscar Fátima Bernardes e ia encontrar com a gente. Eu, Rand e nossas companheiras chegamos antes e, ao sentar no restaurante, um cidadão se levanta, vem na nossa direção e começa a nos agredir, a nos chamar de comunistas, a dizer que comunista é isso e aquilo. Numa agressividade feroz. Tivemos a solidariedade de todas as mesas ao redor, e o homem saiu do restaurante. Mas preferimos mudar de restaurante porque pensamos que ele poderia estar com uma arma ou poderia ter saído para pegar uma arma. Era uma possibilidade concreta. Qual seria o tamanho da tragédia? Quantas cenas como essa não vão acontecer a partir de agosto? Quantos agressores não vão estar com uma arma? No passado, a agressão a um jornalista que fosse cobrir uma campanha era possível, mas não provável. Agora, não só é possível, mas provável. O risco de um jornalista cobrir a eleição de Jair Bolsonaro ser agredido é muito grande. A agressividade deve ser ainda pior depois da publicação do resultado de uma eventual derrota. A tomada de consciência de que devemos nos unir contra tudo isso tem que ser minha, da campanha de Lula, tem que ser dos democratas, tem que ser de todo mundo.

Metrópoles

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Postado por Edmar Lyra às 8:31 am do dia 3 de abril de 2022

Com fim da janela partidária, saiba caminho dos candidatos até outubro

Foto: José Cruz/Agência Brasil

A chamada janela partidária, um prazo dado aos parlamentares para que possam mudar de partido sem perder o mandato, acabou nessa sexta-feira (1/4). A data para desincompatibilização se encerra neste sábado (2/4). Com o tabuleiro partidário e as possíveis alianças se desenhando, agora os candidatos que vão às urnas em outubro precisam seguir alguns ritos necessários para chegar até lá e não ter a candidatura impugnada.

Com as mudanças feitas, começa agora a corrida para as uniões em federações partidárias. A legislação exige afinidade entre os partidos que formarão a aliança e um programa em comum. E isso deve se manter durante os mandatos dos eleitos, por no mínimo quatro anos, com a previsão de sanções aos partidos que se desvincularem, como a vedação de ingressar em outras federações nas duas eleições seguintes e de usar o fundo partidário até completar o tempo remanescente.

A corrida agora é para concluir relacionamento, aliança, noivado e casamento até o dia 31 de maio, conforme fixado pelo Supremo Tribunal Federal, em 9 de fevereiro.

Arrecadação

Em 15 de maio, antes mesmo de anunciar a formação das federações, os pré-candidatos podem começar a arrecadação prévia de recursos na modalidade de financiamento coletivo. A liberação de recursos por parte das entidades arrecadadoras fica condicionada ao cumprimento, pelo candidato, do registro de candidatura, da obtenção do CNPJ e da abertura de conta bancária.

Primeiro de junho é a data-limite para que os partidos políticos comuniquem ao TSE eventual renúncia ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha.

Vedação

Em 30 de junho, quatro meses antes das eleições, fica vedado às emissoras de rádio e de televisão transmitir programa apresentado ou comentado por pré-candidato.

Em 2 de julho, são iniciadas as principais vedações. Agentes públicos, servidores ou não, ficam impedidos de nomear, contratar ou, de qualquer forma, admitir, demitir sem justa causa, suprimir ou readaptar vantagens, ou, por outros meios, dificultar ou impedir o exercício funcional de servidora ou servidor público.

Ficam proibidos ainda os candidatos de realizar transferência voluntária de recursos da União aos estados e municípios e dos estados aos municípios, sob pena de nulidade de pleno direito.

Os candidatos não podem ainda comparecer a inaugurações de obras públicas, além de não poderem contratar shows artísticos pagos com recursos públicos em inaugurações.

5 de julho

Faltando três meses para o pleito, o candidato pode realizar propaganda intrapartidária com vista à indicação de seu nome, vedado o uso de rádio, televisão e outdoor, devendo a propaganda ser removida imediatamente após a convenção.

20 de julho

A partir desta data, é assegurado o exercício do direito de resposta ao candidato, ao partido político, à federação de partidos ou à coligação atingidos, ainda que de forma indireta, por conceito, imagem ou afirmação caluniosa, difamatória, injuriosa ou sabidamente inverídica, difundidos por qualquer veículo de comunicação social.

Será ainda definida em 20 de julho a divisão do tempo destinado à propaganda no rádio e na televisão por meio do horário eleitoral gratuito, para o cálculo da representatividade na Câmara dos Deputados, decorrente de eventuais novas totalizações do resultado das eleições gerais .

A partir deste dia, observada a publicação dos editais de pedido de registro de candidaturas, os nomes de todas os candidatos registrados deverão constar da lista apresentada aos entrevistados durante a realização das pesquisas eleitorais.

Participação feminina

O dia 30 de julho é o ultimo dia para o TSE promover, em até cinco minutos diários, contínuos ou não, requisitados às emissoras de rádio e de televisão, propaganda institucional destinada a incentivar a participação feminina, dos jovens e da comunidade negra na política, bem como a esclarecer aos cidadãos sobre as regras e o funcionamento do sistema eleitoral brasileiro

16 de agosto

Data a partir da qual será permitida a propaganda eleitoral, inclusive na internet.

26 de agosto

Data a partir da qual, até 29 de setembro de 2022, será veiculada a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão relativa ao primeiro turno.

Prestação de contas

A partir de 9 de setembro, os partidos políticos, os candidatos deverão enviar à Justiça Eleitoral, por meio do Sistema de Prestação de Contas Eleitorais (SPCE), a prestação de contas parcial, constando o registro da movimentação financeira e/ou estimável em dinheiro ocorrida desde o início da campanha até 8 de setembro.

12 de setembro

Data em que todos os pedidos de registro aos cargos de governador, vice-governador, senador, suplentes, deputados federais, estaduais e distritais, inclusive os impugnados e os respectivos recursos, devem estar julgados pelos tribunais regionais eleitorais, e publicadas as respectivas decisões.

17 de setembro

Data a partir da qual nenhum candidato poderá ser detido ou preso, salvo em flagrante delito.

1º de outubro

Último dia para a propaganda eleitoral mediante alto-falantes ou amplificadores de som, entre as 8h e as 22h. Último dia também para a distribuição de material gráfico, caminhada, carreata ou passeata, acompanhados ou não por carro de som.

2 de outubro
Votação no primeiro turno.

30 de outubro
Votação em segundo turno, onde necessário.

Metrópoles

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Postado por Edmar Lyra às 23:42 pm do dia 2 de abril de 2022

Alagoas gera primeira confusão da federação entre PV e PT

Foto: Divulgação

A entrada do deputado federal Sergio Toledo, eleito pelo PL em 2018, no PV, causou um grande desconforto para a federação entre os dois partidos. Isso porque o parlamentar de Alagoas obteve 98.201 votos e tentará a reeleição.

Como o PV pretende federar com o PT, a situação do deputado federal Paulão, eleito com 60.900 votos ficou extremamente delicada na busca pela reeleição. Isso tem se repetido em diversos estados da federação, inclusive Pernambuco.

O deputado estadual Clodoaldo Magalhães, pré-candidato a deputado federal, tem potencial para 120 mil votos. Com a saída de Marília Arraes do PT, a chapa da federação que poderia eleger até cinco parlamentares teria segurança de apenas dois, podendo eleger o terceiro, mas com muita dificuldade.

Como Teresa Leitão deve ser indicada para a majoritária, Carlos Veras, do PT, que obteve 72 mil votos, e Renildo Calheiros, do PCdoB, que obteve quase 58 mil votos, estariam preocupados com a entrada de Clodoaldo Magalhães.

Repetindo a votação de ambos, e projetando Clodoaldo com 120 mil, a chapa teria 250 mil votos, considerando 50 mil votos de legenda, iria para 300 mil, e com pré-candidatos de cauda, talvez chegasse a 380 mil, número insuficiente para garantir três cadeiras.

Os problemas de Alagoas e Pernambuco, somados a outros estados podem fazer a federação entre PT, PV e PCdoB subir no telhado, uma vez que o PV poderia inviabilizar candidatos dos outros dois partidos, especialmente nomes históricos. Não se descarta uma revisão da posição dos partidos quanto a federação, o que modificaria significativamente o jogo em diversos estados, inclusive Alagoas e Pernambuco.

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Postado por Edmar Lyra às 20:06 pm do dia 2 de abril de 2022

Sileno Guedes realiza ato de pré-campanha no Engenho do Meio

Foto: Wesley D’Almeida

O pré-candidato a deputado estadual Sileno Guedes (PSB) realizou, neste sábado (2), seu primeiro ato de pré-campanha após se desincompatibilizar do cargo de secretário estadual. O político esteve no Engenho do Meio, na Zona Oeste do Recife, conversando com lideranças do bairro e de várias outras localidades da capital.

Estiveram no ato o pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Danilo Cabral (PSB), o pré-candidato a deputado federal Guilherme Uchoa Jr. (PSB) e o vereador Eduardo Marques (PSB), que disponibilizou o canal de diálogo com as lideranças que apoiam seu mandato na Câmara Municipal do Recife.
Em sua fala ao público presente, Sileno reforçou a importância do gesto de abrir essa fase da sua pré-campanha rumo à Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) naquela localidade.
“Saímos ontem da secretaria e fizemos questão que nosso primeiro ato de pré-campanha fosse aqui, pelo que representa seu tamanho político na cidade do Recife”, disse, agradecendo a disposição do vereador Eduardo Marques e de sua base de apoio.
Sileno ainda ressaltou que sua pré-candidatura tem o objetivo de levar esperança para as pessoas. “Vim aqui colocar minha gratidão e também minha disposição pra que a gente possa percorrer essas ruas de mãos dadas. Queria pedir pra que vocês pegassem na minha mão nessas ruas daqui, pra que a gente conheça as pessoas olho no olho e que a gente tenha, sobretudo, a capacidade de trazer as pessoas para um momento de esperança e fé no futuro”, discursou Sileno, sob aplausos.

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Postado por Edmar Lyra às 19:40 pm do dia 2 de abril de 2022

Edson e Alessandra Vieira se filiam no União Brasil e fortalecem palanque de Miguel Coelho

Foto: Divulgação

A dupla Edson e Alessandra Vieira bateu o martelo na tarde deste sábado (02), com o pré-candidato ao governo, Miguel Coelho, e confirmaram sua entrada para integrar o União Brasil 44.

Edson Vieira foi deputado estadual por duas legislaturas e prefeito reeleito de Santa Cruz do Capibaribe e pretende uma cadeira na Câmara dos Deputados. Alessandra, que é deputada estadual e busca sua reeleição, ocupa a mesa diretora da Casa de Joaquim Nabuco.

“A política é dinâmica e temos que acompanhar esse movimento acelerado, fomos convocados e prontamente aceitamos este desafio”, disse Edson Vieira.

Para Alessandra Vieira sua entrada no União Brasil tem o propósito de fortalecer o palanque de Miguel Coelho e sua recondução à Alepe. “Esse conjunto de forças vai colocar Pernambuco no rumo do progresso e retomar o desenvolvimento que foi deixado de lado ao longo dos anos”, disse a parlamentar.

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Postado por Edmar Lyra às 19:36 pm do dia 2 de abril de 2022

Lula Cabral diz que deixa caminho livre para Keko apoiar Danilo Cabral

Foto: Divulgação

O ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho e pré-candidato a deputado estadual Lula Cabral confirmou sua filiação ao Solidariedade para disputar as eleições deste ano junto com Fabíola Cabral, pré-candidata a deputada federal.

Ele disse que não vê nenhum problema na aliança de Keko do Armazém com Danilo Cabral, e que irá pedir votos para Marília Arraes, enquanto seu adversário pedirá votos para o candidato do PSB.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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