Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 19 de dezembro de 2015

Coluna do blog deste sábado

Marina e Eduardo estavam certos 

Durante a campanha eleitoral os candidatos do PSB à presidência da República, primeiro Eduardo Campos e depois Marina Silva, defenderam uma proposta que aos olhos dos leigos em economia parecia uma aberração, que era a autonomia do Banco Central, rechaçada pela campanha de Dilma Rousseff, que durante o processo quando a candidatura de Marina chegou a ameaçar seu favoritismo, afirmou que Marina iria tirar comida da mesa do trabalhador caso fosse eleita por defender a autonomia do Banco Central.

Passaram 14 meses do processo eleitoral de 2014 e ontem ficou comprovado que a tese defendida por Eduardo e Marina na campanha presidencial poderia não ser a melhor alternativa, mas dava indicativos que a economia do país precisaria de algum rumo para resolver o problema econômico que estaria por vir. A indicação de Joaquim Levy para o ministério da Fazenda inicialmente agradou o mercado, mas no decorrer dos meses a sua atuação no cargo se mostrou inócua porque o ajuste fiscal proposto por ele não foi cumprido na sua totalidade por falta de força política da presidente Dilma Rousseff.

Fritado pelo próprio governo, Joaquim Levy se viu sem condições políticas de continuar no cargo. Nada do que ele viesse a fazer surtiria efeito porque o governo como um todo carece de norte e sobretudo de credibilidade perante a sociedade e principalmente perante o mercado nacional e internacional, e ontem Levy pediu as contas e foi embora pra casa. O Planalto agiu rápido e fez uma dança das cadeiras, mandando Nelson Barbosa do Planejamento para a Fazenda, logo ele que foi o responsável pelo duplo rebaixamento do país pelas agências de risco internacionais.

Num período de instabilidade econômica, como o atual, e o que precedeu o Plano Real durante o governo Itamar Franco, ministros da Fazenda costumam ser trocados como os técnicos de futebol quando o time vai mal. Na economia não é diferente, se existe inflação e estagnação econômica, dificilmente o ministro da Fazenda será mantido por muito tempo. No governo Itamar, que em menos de três anos, foram nada menos que seis ministros (Gustavo Krause, Paulo Haddad, Eliseu Resende, Fernando Henrique Cardoso, Rubens Ricúpero e Ciro Gomes), enquanto no governo FHC Pedro Malan ficou durante todo o período do tucano (oito anos) e Lula/Dilma conseguiram ter Guido Mantega por mais de oito anos no cargo.

O que Pedro Malan e Guido Mantega tinham em comum? Uma estabilidade econômica consolidada com a inflação controlada e crescimento significativo. Diferentemente do segundo governo Dilma Rouseff que vivencia uma estagnação e uma inflação consistentes. A troca de Levy por Barbosa só evidencia que o governo perdeu as rédeas da economia e não sabe mais o que fazer para controlar novamente.

Nelson Barbosa já assume o ministério da Fazenda com o prazo de validade estipulado – deve durar menos tempo que Joaquim Levy – e mais uma vez fica comprovado que Eduardo Campos e Marina Silva, quando afirmaram que a economia caminhava para um colapso, não estavam sendo profetas do apocalipse, apenas estavam falando a verdade, que Dilma Rousseff custou a admitir e o país hoje paga caro a fatura dos erros do governo.

José Agripino – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal a abertura de mais um inquérito para investigar o presidente nacional do DEM, senador Agripino Maia (RN), por peculato qualificado e lavagem de dinheiro. Esse é o terceiro pedido de abertura de investigação da Procuradoria-Geral da República contra o parlamentar. A relatora do caso no STF será a ministra Rosa Weber.

Avaliação – Os bastidores políticos de Brasília avaliaram que a queda de Joaquim Levy da Fazenda foi vitória do ex-presidente Lula, que por muitos meses tentou convencer a presidente Dilma Rousseff a retirar Levy pra colocar Henrique Meirelles. Mesmo não emplacando o seu preferido, Lula conseguiu parte significativa do seu objetivo, que era afastar Levy do cargo.

João Fernando – Em sua tradicional confraternização com a imprensa, o deputado federal João Fernando Coutinho (PSB) considerou um equívoco a decisão do STF em tirar da Câmara dos Deputados a prerrogativa exclusiva de abrir o processo de impeachment. Para o socialista o Senado terá poder demais em todos os processos de impedimento de presidentes que vierem a ocorrer daqui por diante, porque além de decidir se abre ou não o impeachment, a Casa também fará o julgamento final do presidente. Em suma decidirá duas vezes contra apenas uma da Câmara.

Gravatá – O interventor do município coronel Mário Cavalcanti, fez ontem um balanço sobre o primeiro mês da sua gestão em Gravatá, dentre as medidas tomadas o interventor indicado pelo governador Paulo Câmara considerou significativas a redução de secretarias, a retomada da coleta de lixo e o pagamento dos salários de novembro. O coronel planeja reduzir em 20% o seu salário e o número de cargos comissionados.

RÁPIDAS

Aline Mariano – A secretária de combate ao crack e outras drogas do Recife Aline Mariano comemora a liberação de todos os recursos destinados para a sua pasta em 2015. Com isso Aline conseguiu colocar em prática uma série de projetos que visam melhorar a situação dos dependentes químicos da cidade.

Ricardo Teobaldo – O deputado federal Ricardo Teobaldo (PTB), relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016, colocou em seu parecer R$ 10 bilhões de receita com a CPMF e afirmou que a contribuição é extremamente necessária para ajudar o governo a equilibrar as contas públicas.

Inocente quer saber – Quanto tempo Nelson Barbosa ficará no comando do ministério da Fazenda?

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Postado por Edmar Lyra às 23:48 pm do dia 18 de dezembro de 2015

Fernando Monteiro participa de solenidade de entrega de tratores

O deputado Fernando Monteiro (PP) participou, nesta sexta-feira, em Petrolina, da solenidade de entrega de tratores e equipamentos agrícolas a associações de produtores locais. O evento teve a presença do ministro da Integração, Gilberto Occhi, do presidente da Codevasf, Felipe Mendes e do superintendente regional, Luciano Albuquerque. Foram beneficiadas 22 entidades.

Além dos tratores, foram entregues implementos agrícolas, como grade aradora, grade niveladora, carreta agrícola, arado reversível, sulcador de três linhas e distribuidor de calcário e/ou adubo orgânico. O valor de cada trator com seus implementos é de R$ 165 mil.

Na solenidade, foi destacado o empenho do deputado Fernando Monteiro para a aquisição desses equipamentos. O deputado, ao agradecer a presença dos produtores rurais disse que estava feliz em poder anunciar mais uma melhoria para a população do sertão. “Luto para cumprir os meus compromissos e, nisso, sou um trator para trabalhar”, disse o deputado. Ele lembrou, ainda, uma citação do ex-governador Eduardo Campos: a maior vantagem de um homem é poder inaugurar vida na vida das pessoas.

Segundo o representante da associação dos Moradores e Agricultores do Povoado da Feira Nova e dos Sítios Circunvizinhos, em Araripina, Francisco de Lima Silva, com a aquisição dos novos equipamentos, não faltará trabalho para os agricultores. “Nós usaremos esses tratores para melhorar a propriedade de cada associado”. A associação serão beneficiadas cerca de 70 famílias.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 18 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta sexta-feira

O novo dono da bola 

Contrariando o enredo apresentado pelo relator da ADPF 378 ministro Luiz Edson Fachin, o Supremo Tribunal Federal na sessão de ontem mudou completamente o rito de um processo de impeachment, fato ocorrido com Fernando Collor em 1992. Em vez da prerrogativa de autorizar a abertura do processo de impeachment ser da Câmara, como diz a constituição no artigo 51, o STF interpretou que o Senado pode também admitir ou não esse processo. Fazendo com que o Senado prevaleça sobre a Câmara, realizando a admissibilidade e posteriormente o julgamento final do presidente da República.

A decisão foi uma afronta à Câmara dos Deputados, que mesmo votando por maioria absoluta a abertura do impeachment – são necessários 342 votos – correrá riscos da sua posição ser jogada no lixo pelo Senado Federal, que precisaria de uma maioria simples para derrubar a decisão da Câmara. Um claro desrespeito com os 513 deputados federais democraticamente eleitos pelo povo brasileiro. A medida casuística dilacerou a nossa constituição para poder salvaguardar o mandato de Dilma Rousseff ontem.

Além disso, o Supremo Tribunal Federal interferiu diretamente num processo de escolha que era pra ser privativo da Câmara dos Deputados, mais uma vez ferindo a Lei 1079/1950 que trata do impeachment, haja vista que no artigo 19 do capítulo II que trata da acusação num processo de impeachment diz textualmente: “Recebida a denúncia, será lida no expediente da sessão seguinte e despachada a uma comissão especial eleita, da qual participem, observada a respectiva proporção, representantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma.” Como podemos observar, a comissão é eleita, e a Lei 1079/1950 não diz se o processo de votação tem que ser aberto ou fechado, bem como que a indicação dos nomes para compor essa comissão tem que partir dos líderes partidários, como entendeu o Supremo Tribunal Federal ontem.

Numa eleição se considera a possibilidade de candidaturas avulsas. Na Câmara dos Deputados tivemos vários casos em que deputados se lançaram candidatos a um determinado cargo na condição de avulsos e acabaram vencendo a disputa. O que legitima a possibilidade de candidatura avulsa. Partindo do pressuposto de que os líderes partidários, como decidiu o STF, teriam a prerrogativa de indicar os membros da comissão, impossibilitando que parlamentares pudessem disputar avulsamente o cargo, não teria motivo dos deputados votarem em qualquer matéria que coubesse a apreciação da Câmara dos Deputados, bastava que os líderes partidários se reunissem e definissem pelo conjunto dos 513 deputados.

Com isso foram anulados todos os atos ocorridos até o momento e o impeachment voltou à estaca zero. E no final das contas, apesar de parecer uma importante vitória do Palácio do Planalto no seu objetivo de sepultar o impeachment, na prática a presidente Dilma Rousseff passou a ser refém de um Renan Calheiros, o dono da bola a partir de agora, que tanto pode salvar Dilma a um preço muito alto para o governo e consequentemente para a sociedade, como também pode empurrar a presidente para um precipício se assim julgar necessário, basta que o Planalto deixe de ser útil aos seus prazeres ou pelo menos não atenda uma única das suas muitas exigências. Dilma não tem muito o que comemorar, e o Brasil muito menos!

Investigação – Atendendo a um requerimento do senador Álvaro Dias (PSDB/PR), o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB/AL), colocou em votação um pedido de investigação no Tribunal de Contas da União contra o vice-presidente Michel Temer pelos decretos presidenciais que abrem crédito suplementar na ordem de R$ 10,8 bilhões, eles são semelhantes aos assinados por Dilma Rousseff e embasam o pedido de impeachment da petista.

Relator – O senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO) foi escolhido nesta quinta-feira, por sorteio, para relatar no Conselho de Ética o processo que pede a cassação do mandato do senador afastado Delcídio Amaral (PT/MS) por quebra do decoro parlamentar, que está preso desde o dia 25 de novembro. A escolha de Ataídes se deu após os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP) e Otto Alencar (PSD/BA) terem se negado a relatar o caso.

CPMF – O Congresso Nacional aprovou ontem o Orçamento Geral da União de 2016 incluindo a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira, a CPMF, que  foi derrubada pelo Senado em 2007. A CPMF precisari ser recriada, porém ela tem várias resistências tanto na sociedade quanto no próprio Congresso Nacional. O OGU prevê uma receita de R$ 2,5 trilhões, dos quais R$ 654 bilhões estão previstos para pagamento de juros.

Financiamentos – Uma das maiores demandas dos governos e prefeituras era a liberação do ministério da Fazenda para que os entes federados pudessem contrarir financiamentos internacionais, que estava paralisada na gaveta do ministro Joaquim Levy. Mas os governadores e prefeitos estão sorrindo a toda porque em 2016 voltarão a contrair empréstimos internacionais para obras de infraestrutura. As prefeituras de Recife e Jaboatão dos Guararapes terão, juntas, quase US$ 300 milhões para investir em obras para a população.

RÁPIDAS

Cortes – O deputado Kaio Maniçoba (PHS) lamentou o corte de energia da Estação de Bombeamento (EB-1), que abastece o Projeto Fulgêncio, em Santa Maria da Boa Vista, no Sertão pernambucano, na última segunda-feira (14). De acordo com ele, agricultores da área voltam a sofrer com a falta de água para irrigação por ingerência do Ministério da Integração Nacional.

Condenado – O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) foi novamente condenado a indenizar a deputada Maria do Rosário (PT-RS) por ter dito que não a estupraria porque ela “não merecia”. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios informou que a 3ª Câmara Cível manteve a decisão de primeira instância, anunciada em setembro deste ano.

Inocente quer saber – Como pode, como definiu o STF, haver ao mesmo tempo votação aberta e indicação dos líderes para a comissão que julgará o impeachment?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 17 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta quinta-feira

STF não cai no golpe e mantém impeachment de Dilma Rousseff 

Golpe virou a palavra do momento sobretudo no vocabulário dos petistas e dos defensores da presidente Dilma Rousseff. Apesar deles intitularem um processo de impeachment de golpe, o PT e seus aliados tentaram, exceto com Lula, retirar todos os presidentes da República através de impeachment desde José Sarney. Fazendo valer aquela máxima de que pimenta nos olhos dos outros é refresco mas no nosso arde.

Após a Câmara dos Deputados eleger a comissão que analisará o pedido de impeachment, o PCdoB, que é um cão de guarda da presidente Dilma Rousseff, tentou através de uma ADPF, que é uma arguição de descumprimento de preceito fundamental, contra o processo de votação comandado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha na semana passada. Naquele momento todo o processo de impeachment ficou paralisado até o plenário do Supremo Tribunal Federal se reunir ontem para apreciar a ADPF 378.

O Palácio do Planalto comemorou quando a ADPF ficou nas mãos do ministro Luiz Edson Fachin, recentemente indicado para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, e certamente acreditou que Fachin poderia ser solidário ao Planalto e colocando de lado o que manda a Lei. Mas para o bem do STF e do país como um todo, Fachin rejeitou todos os pontos significativos questionados pela ADPF do PCdoB.

A decisão de Fachin ainda será apreciada pelos seus colegas ministros, mas é provável que o STF siga o relator, possibilitando assim que o processo de impeachment tenha prosseguimento na Câmara dos Deputados. A decisão de Fachin foi um soco no estômago do Planalto, que agora precisará de muito jogo de cintura para derrotar a tese do impeachment na comissão formada por 65 deputados e posteriormente, caso o processo siga, no plenário da casa quando são necessários 171 votos para Dilma escapar da degola.

O dia de ontem foi um petardo mortal nas pretensões de Dilma Rousseff em continuar no cargo. Ficou comprovado que não houve nenhuma irregularidade na condução do processo do impeachment por parte do presidente Eduardo Cunha, que apesar de estar com os dias contados no cargo, ainda tem poder de fogo significativo para impor derrotas e humilhações contundentes contra a presidente Dilma Rousseff, o PT e o Planalto. O golpe que o governo quis dar no impeachment acabou não prosperando e muito provavelmente não prosperará. O cenário é sombrio pra Dilma e sua trupe.

Fernando Monteiro – A Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Governo Federal aprovou limite de negociações para financiamentos estrangeiros no próximo ano. Os estados e municípios poderão contratar até US$ 2,3 bilhões em 2016. São projetos nas áreas de infraestrutura viária, saneamento, educação, desenvolvimento social e desenvolvimento urbano. A aprovação do Cofiex é a primeira etapa para obtenção dos financiamentos. O deputado Fernando Monteiro (PP) acompanhou ontem o prefeito Geraldo Julio na reunião com o ministro Joaquim Levy para tratar do tema.

Aluisio Lessa – O deputado Aluísio Lessa (PSB) comentou, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta quarta-feira (16), as consequências da crise econômica nacional para os trabalhadores pernambucanos dos setores petroleiro e naval. O parlamentar lamentou que na data em que o início das obras da Refinaria Abreu e Lima completa dez anos, o Estado vive um momento marcado pelo cancelamento de serviços, dispensa de funcionários e frustração de investimentos.

Elias Gomes – A Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex), do Ministério do Planejamento e Gestão, aprovou a solicitação da Prefeitura do Jaboatão dos Guararapes para negociar um empréstimo junto à Coorporação Andina de Fomento (CAF), visando aplicação no Programa de Mobilidade Urbana e Reurbanização da Orla do município, com importantes melhorias na área de infraestrutura, mobilidade e de lazer. O pleito que será negociado pela gestão é de US$ 57 milhões (mais de R$ 200 milhões) e as intervenções urbanas, previstas com as obras, beneficiarão 644 mil habitantes. O prefeito Elias Gomes comemorou a decisão como uma “importante vitória” do município, ainda mais num momento de escassez de recursos em todo o País.

Gravatá – O interventor do município, Mário Cavalcanti, ao lado da secretária estadual da Mulher, Silvia Cordeiro, participou, na noite de ontem, da abertura da IV Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres, realizada nas dependências do Hotel Canáriu’s, em Gravatá. Com o tema: “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”, a conferência é uma realização da Secretaria Estadual da Mulher. O evento segue até amanhã.

RÁPIDAS

Questionamento – A deputada estadual Priscila Krause (DEM) questionou um repasse de mais de R$ 8 milhões do governo de Pernambuco para a prefeitura do Recife concluir a obra de reforma do Geraldão. Priscila questiona a ação que foi de autoria do secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer Felipe Carreras, haja vista que a obra é fruto de um convênio com o ministério dos Esportes firmado pela prefeitura em 2012.

Propina – O ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró disse em seu acordo de delação premiada que pagou US$ 6 milhões em propina ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao senador Jader Barbalho (PMDB-PA). O senador petista Delcídio Amaral (MS), preso desde 25 de novembro, também teria sido destinatário de outros US$ 2 milhões, conforme Cerveró. Os pagamentos não viriam de uma única obra, mas de um emaranhado de propina arrecadada em vários contratos da diretoria internacional, de acordo com o ex-diretor da estatal.

Inocente quer saber – Por quê somente o ex-presidente Lula pode prestar depoimentos secretos?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 16 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta quarta-feira

Dilma e Cunha têm algo em comum: perderam as condições políticas 

A política brasileira é protagonizada pela presidente da República Dilma Rousseff e pelo presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. A primeira parece ser uma pessoa séria, mas é um zero à esquerda no quesito articulação política, e isso levou o país a uma crise política sem precedentes, que interefere diretamente nos rumos do país, sobretudo o rumo econômico.

Já o presidente da Câmara Eduardo Cunha, parece ser um expert na articulação política mas tem uma postura absoltamente questionável no tocante à questão moral e ética. E isso acaba colocando a Câmara dos Deputados numa situação constrangedora perante a sociedade. Pesam contra Cunha várias acusações que imobilizam a atuação dos deputados federais e prejudicam a imagem da Casa, que nunca teve muito apelo popular, mas ultimamente tem ficado em maus lençóis diante da opinião pública.

Eduardo Cunha e Dilma Rousseff possuem várias coisas em comum. Ambos foram eleitos em 2014 pela sociedade. Ele para mais um mandato de deputado federal pelo Rio de Janeiro, ela para o segundo mandato na presidência da República. No caso de Cunha ainda tem um agravante, além de ter sido eleito pelo povo fluminense para o cargo de deputado federal em outubro do ano passado, foi eleito em fevereiro deste ano presidente da Câmara dos Deputados pelos seus pares e com uma significativa folga para comandar os rumos da Casa e ter papel fundamental, assim como Dilma, nos rumos do país.

Outro ponto em comum, além de um não nutrir a menor simpatia pelo outro, é que ambos perderam as condições políticas de se manterem no cargo. Dilma Rousseff não tem mais condições de ser presidente da República e Eduardo Cunha não tem a menor condição de continuar presidindo a Câmara dos Deputados. O Fla-Flu que virou o país onde petistas defendem a saída de Cunha mas a permanência de Dilma ou os adversários do PT que defendem a saída de Dilma e a permanência de Cunha não pode mais continuar.

Eles estão fazendo mal ao país e o melhor a se fazer é que Dilma deixe o cargo por ter cometido crime de responsabilidade e Cunha também deixe a presidência e perca o mandato de deputado por ter quebrado o decoro parlamentar quando mentiu à CPI da Petrobras afirmando que não tinha contas no exterior. Está mais do que na hora de ambos darem um fora da política brasileira para que o país possa de uma vez por todas virar essa nefasta página que vem se arrastando por longos meses.

Investigação – Em mais uma fase da Operação Lava Jato, a Polícia Federal ontem efetuou mandados de busca e apreensão em Pernambuco. Os alvos desta vez foram o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB), o deputado federal Eduardo da Fonte (PP) e o ex-presidente da Copergas e braço-direito do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto do ano passado, Aldo Guedes.

Novo Recife – Por unanimidade, a quarta turma do Tribunal Regional Federal da 5ª Região acatou na noite de ontem o pedido de medida cautelar do consórcio Novo Recife e suspendeu a sentença que anulava o leilão do imóvel do Cais José Estelita e proibia a análise do projeto Novo Recife pelo Conselho de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura (CDU). A sentença inicial havia sido proferida pelo juiz Roberto Wanderley Nogueira, da 1ª Vara da Justiça Federal em Pernambuco, em exercício da 12ª Vara, no último dia 28 de novembro.

Retração – Apesar dos governos do PT propagarem que melhoraram a vida dos pobres no país, a prática contesta frontalmente essa afirmação. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil é de 0,755, ocupando a 75ª posição. Em 2002, ainda no governo Fernando Henrique Cardoso, esse índice era de 0,757 e o país ocupava a 73ª posição. O que leva a crer que mesmo dizendo que mudou a vida dos pobres, o PT na prática piorou a situação do país neste quesito após 13 anos.

Rejeição – O Ibope divulgou ontem mais uma pesquisa sobre a avaliação do governo da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o instituto 70% dos entrevistados rejeitam o governo da presidente, enquanto apenas 9% aprovam. No que diz respeito a confiança dos eleitores na presidente, 78% dizem não confiar em Dilma Rousseff, enquanto apenas 18% confiam. No levantamento anterior os que confiavam eram 20%.

RÁPIDAS

Denúncia – O juiz federal Sérgio Moro aceitou ontem denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o empresário e pecuarista José Carlos Bumlai e mais dez investigados na Operação Passe Livre, a 21ª fase da Lava Jato, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Com a decisão de Moro, os onze investigados passaram à condição de réus.

PEN – No último sábado o PEN/PE realizou o seu 1º Simpósio Estadual para discutir as ações e estratégias para o pleito de 2016. Representantes de todas as regiões do estado, com os cerca de 80 municípios onde há comissão provisória, se fizeram presente. Ressalta-se ainda a presença dos deputados estaduais Rodrigo Novaes e Ricardo Costa e dos federais Anderson Ferreira e Daniel Coelho, este efusivamente aclamado como candidato a prefeito do Recife pela militância presente no ato.

Inocente quer saber – O STF tomará alguma decisão que atrapalhe o impeachment de Dilma Rousseff hoje em sua sessão?

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Postado por Edmar Lyra às 22:39 pm do dia 15 de dezembro de 2015

Primeiro ano da gestão Paulo Câmara é tema de discurso na Assembleia Legislativa

Faltando uma semana para o encerramento do semestre na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Diogo Moraes subiu à tribuna da Casa, nesta terça-feira (15), para destacar a atuação do governador Paulo Câmara (PSB) no seu primeiro ano de mandato. Reforçando a contribuição do Legislativo estadual para o desenvolvimento do Estado, o socialista elencou uma série de ações realizadas mesmo diante da grave crise econômica vivenciada no País. Avanços da área de Educação, Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura foram destacados.

Diogo Moraes lembrou que, mesmo com todas as dificuldades, 2015 foi um ano positivo para a área de desenvolvimento econômico. Este ano, duas novas fábricas do setor automotivo foram inauguradas – a Fiat Chrysler Brasil e a Shineray, além do Centro de distribuição da Toyota. Além disso, houve a reativação de três usinas (Pumaty, Cruangi e Pedroza), o que gerou mais empregos no setor sucroalcooleiro, a inauguração da GRI Flanges do Brasil, da Frompet, Jump Brasil e do Paulista Way Shopping. O parlamentar ainda mencionou a assinatura do protocolo com a Unilever para uma nova fábrica de alimentos em Escada.

Os índices positivos na área de Educação e a instalação de 11 novas unidades de ensino também foram destacados no discurso do parlamentar. “Pernambuco é o estado onde há o menor índice de abandono escolar, segundo o Inep, e o Estado que mais avançou no Ranking da Educação nacional (IDEB), saindo do vigésimo primeiro para o quarto lugar”, destacou. Diogo recebeu aparte do deputado estadual Lucas Ramos, que citou os benefícios do programa Ganhe o Mundo para os alunos da rede pública.

Representante do Agreste, Diogo Moraes também destacou o empenho do Governo do Estado para a viabilização da duplicação da PE-160. Mesmo em tempos de crise financeira, as obras da rodovia seguem em ritmo acelerado. A intervenção vai beneficiar o escoamento da produção no Polo de Confecções. A restauração completa da PE- 95, estrada do Agreste Setentrional, também foi citada pelo primeiro-secretário.

As ações na área de infraestrutura hídrica foram abordadas no plenário da Alepe. Diogo Moraes citou a construção da Adutora de São Bento do Una, a implantação de 52 novos microssistemas de abastecimento – que vão levar as águas do primeiro trecho da Transposição do São Francisco para diversos municípios – e a assinatura da autorização para o projeto que interligará os sistemas de abastecimento de Palmeirinha e Jucazinho, além do esforço do governo estadual para viabilizar a conclusão da Adutora do Agreste.

“Por decisão política e programática do governador, parte da renda da venda da folha de pagamento do Estado (ao Bradesco) será investida em infraestrutura hídrica para reduzir os impactos da seca para o sofrido povo pernambucano. Isto se chama determinação”, disse.

Os deputados Rogério Leão (PR), Aluísio Lessa (PSB), Ângelo Ferreira (PSB), Zé Maurício (PP), Tony Gel (PMDB) e Dr. Valdi (PP) também fizeram apartes sobre o primeiro ano da gestão do governador Paulo Câmara.

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Postado por Edmar Lyra às 12:28 pm do dia 15 de dezembro de 2015

Operação da PF evolve Eduardo Cunha e os pernambucanos Fernando Bezerra Coelho e Aldo Guedes

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (15) mandado de busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em Brasília. A PF também cumpriu mandados na casa e no escritório do peemdebista no Rio de Janeiro e na Diretoria Geral da Câmara dos Deputados. A ação, batizada de Catilinárias, faz parte das investigações da Operação Lava Jato.

Ao menos 12 policiais e três viaturas foram deslocados para a casa de Cunha em Brasília, que fica na Península dos Ministros. Entre os itens que foram apreendidos pela PF está o celular de Eduardo Cunha.

Também foram alvos de mandados a chefe de gabinete de Cunha, Denise Santos, e o ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Fábio Ferreira Cleto, indicado por Cunha (PMDB-RJ) para o cargo. Cleto foi exonerado na última semana pela presidente Dilma Rousseff.
A polícia também cumpriu mandado de busca e apreensão em endereços relacionados aos deputados federais Aníbal Gomes (PMDB-CE), Eduardo da Fonte (PP-PE) e Aureo (SD-RJ); e dos ministros, Celso Pansera (PMDB-RJ), de Ciência e Tecnologia, e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), do Turismo. O prefeito de Nova Iguaçu e ex-deputado Nelson Bornier (PMDB), aliado de Cunha, também é alvo da ação.

Outro mandado foi cumprido na sede do PMDB em Alagoas, relacionado ao inquérito do senador Fernando Collor (PTB-AL).

Os senadores Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, e Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE) também são alvos da operação desta terça.

Pansera foi nomeado ministro na última reforma ministerial promovida pela presidente Dilma Rousseff. Antes de ser deslocado para a pasta, o peemedebista cumpria mandato de deputado federal e era um dos principais aliados de Eduardo Cunha na Câmara.

Durante as investigações da Lava Jato, Pansera chegou a ser acusado pelo doleiro Alberto Yousseff de ser “pau mandado” do presidente da Câmara.

O ministro Henrique Eduardo Alves, ex-presidente da Câmara, também integra a ala mais próxima de Cunha no PMDB.

A Polícia Federal também confirmou que cumpriu mandados no Ceará e no Rio de Janeiro em endereços relacionados ao ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Em depoimento à Justiça do Paraná, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa citou Machado como responsável pelo pagamento de R$ 500 mil em propina oriunda de contratos da estatal supostamente superfaturados, entre 2009 e 2010. Machado nega os pagamentos.

Defesas
A assessoria do presidente da Câmara informou que ele está na residência oficial e que um de seus advogados acompanha o trabalho da PF. O advogado Marcelo Nobre informou, durante reunião do Conselho de Ética da Câmara, que as buscas nos endereços de Cunha “só reforçam” a defesa do peemdebista, já que, segundo o advogado, não existem provas contra ele.

A assessoria do Ministério da Ciência e Tecnologia se limitou a dizer que não vai comentar o assunto e que ainda não havia conseguido contato com Celso Pansera.

O G1 entrou em contato com o Ministério do Turismo, mas, até a última atualização desta reportagem, a pasta não havia se manifestado sobre as buscas na residência do ministro Henrique Alves.
O advogado do senador Edison Lobão, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse ter “tranquilidade” com a operação na casa de seu cliente. Segundo ele, o senador está de mudança e não estava em casa no momento da apreensão, mas os itens que estão sendo procurados estão na atual residência.

“Essa operação, a essa altura, é desnecessária. O senador estava contribuindo completamente com a investigação. Agora, é um direito do procurador pedir [o mandado de buscar e apreensão]. Vamos cumprir e obedecer, não temos nenhuma preocupação”, disse Kakay.

A operação
De acordo com a Polícia Federal, foram expedidos 53 mandados de busca e apreensão, referentes a sete processos da Lava Jato, todos relacionados a políticos com foro privilegiado no STF. O principal objetivo da PF é evitar que investigados destruam provas e apreender bens que, segundo as investigações, podem ter sido adquiridos pela prática criminosa.

A PF também informou que, além das residências de investigados, são realizadas em sedes de empresas, escritórios de advocacia e órgãos públicos.

Os mandados foram cumpridos no Distrito Federal (9), em São Paulo (15), Rio de Janeiro (14), Pará (6), Pernambuco (4), Alagoas (2), Ceará (2) e Rio Grande do Norte (1).
Veja abaixo o nome de quem foi alvo da operação desta terça:

Aníbal Gomes (PMDB-CE), deputado federal
Áureo Lídio (SD-RJ), deputado federal
Celso Pansera (PMDB-RJ), ministro de Ciência e Tecnologia
Denise Santos, chefe de gabinete do presidente da Câmara
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados
Eduardo da Fonte (PP-PE), deputado federral
Edison Lobão (PMDB-MA), senador e ex-ministro de Minas e Energia
Fábio Ferreira Cleto, ex-vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa, indicado por Eduardo Cunha para o cargo
Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), senador
Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ministro do Turismo
Nelson Bornier (PMDB-RJ), prefeito de Nova Iguaçu e ex-deputado
Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro indicado pelo PMDB para o cargo

Cunha
A busca na residência de Cunha foi autorizada pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

O objetivo da operação é coletar provas nos inquéritos que apuram se o presidente da Câmara cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Cunha já foi denunciado pela Procuradoria Geral da República ao STF por corrupção e lavagem de dinheiro, devido à suspeita de ter recebido pelo menos US$ 5 milhões por contratos de aluguel de navios-sonda pela Petrobras. O Supremo ainda não decidiu se aceita ou não a denúncia.

Cunha também é alvo de inquérito que apura suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro em razão de quatro contas na Suíça atribuídas ao parlamentar. A existência das contas é apontada em documentação enviada à Procuradoria Geral da República pelo Ministério Público suíço.

Desde que surgiram as primeiras suspeitas contra Cunha, o parlamentar sempre negou participação no esquema de corrupção investigado pela Lava Jato. Sobre as contas no exterior, ele afirma não ser o titular, e sim “usufrutuário”, delas.

Catilinárias
A Polícia Federal batizou a operação de Catilinárias, que são discursos célebres do cônsul romano Cícero contra o senador Catilina, que planejava tomar o poder e derrubar o governo republicano. Veja abaixo um dos trechos mais famosos do discurso:

Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?

Arquivado em: Brasil, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 15 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta terça-feira

Jarbas Vasconcelos ganha força para suceder Eduardo Cunha 

Prefeito do Recife por duas vezes, governador de Pernambuco por mais duas vezes e senador da República, Jarbas Vasconcelos ocupa hoje o mandato de deputado federal. Eleito em 2014 com 227.470 votos para a Câmara dos Deputados, Jarbas é uma reserva moral da política brasileira. Aos 73 anos, o pernambucano está cotado pela mídia nacional como o nome que unificaria a Câmara dos Deputados e poderia dar prosseguimento ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff sem qualquer mácula, como acontece com Eduardo Cunha.

O atual presidente da Câmara dos Deputados está sendo “convidado” a renunciar ao posto de presidente pelos colegas deputados com a contrapartida de salvar o seu mandato. Após ser um importante líder do PMDB e ocupar o cargo máximo da Casa, Cunha teria que se contentar com a ausência dos holofotes para não perder o foro privilegiado. A equação não é fácil, mas pode ser um caminho para melhorar a imagem da Câmara dos Deputados nesse processo tortuoso de impeachment que toma conta do Brasil.

Do mesmo jeito que a credibilidade e a seriedade de Jarbas Vasconcelos são pontos favoráveis para que ele venha a ocupar o posto de presidente da Câmara, vale salientar que o pernambucano tem pontos negativos que podem prejudicar essa construção. Isso se dá no que diz respeito ao deputado não ser muito afeito às grandes articulações e conversas de pé de ouvido tão apreciadas pelos políticos em geral. Essa é uma das características que, por exemplo, colocam a presidente Dilma Rousseff numa situação de dificuldade perante os parlamentares.

Além disso fica latente que o PT, o PCdoB, o PDT e o PR, aliados de Dilma de primeira hora, não aceitariam em hipótese alguma que Jarbas assumisse o posto. Assumidamente favorável ao impeachment, Jarbas teria a credibilidade que falta a Eduardo Cunha para conduzir o processo. E naturalmente os aliados de Dilma não querem que isso ande, a não ser que tenham certeza que ele será rejeitado, hipótese cada vez mais distante de acontecer.

O nome do ex-governador de Pernambuco está na pauta da Câmara e até mesmo de parte da sociedade, mas até que ele venha a se tornar um nome efetivamente capaz de presidir a Casa, será preciso vencer uma série de obstáculos, dentre eles o mais importante de todos: convencer Eduardo Cunha a largar o osso.

Fernando Monteiro – O deputado federal Fernando Monteiro (PP) reuniu a imprensa pernambucana ontem no restaurante Leite, no centro do Recife, para a sua confraternização de final de ano. Fernando, que exerce o primeiro mandato na Câmara dos Deputados, fez um balanço do seu primeiro ano representando Pernambuco em Brasília e falou sua opinião sobre o conturbado cenário político nacional.

Aline Mariano – A vereadora licenciada que ocupa a secretaria de enfrentamento ao crack e outras drogas Aline Mariano tem se movimentado no intuito de levar o PSDB a apoiar a reeleição do prefeito Geraldo Julio. Aline espera que com sua movimentação seja contemplada com o cargo de vice-prefeita no lugar de Luciano Siqueira.

Simplicidade – Tem chamado a atenção do meio político pernambucano a simplicidade do governador Paulo Câmara, que viaja em avião de carreira como qualquer cidadão comum e dispensa algumas formalidades peculiares do cargo. Com apenas um ano de governo e enfrentando uma série de dificuldades para conduzir os rumos de Pernambuco, não ter a característica da ostentação, peculiar em muitos políticos, é um grande diferencial para o governador.

Exemplo – Assim como o prefeito do Recife Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes (PSDB) decidiu não fazer a tradicional confraternização de final de ano com a imprensa. A prioridade do gestor é honrar a folha salarial do município que custa R$ 30 milhões, e qualquer economia, por menor que seja, contribui para que o prefeito consiga cumprir o compromisso com os servidores.

RÁPIDAS

Equívoco – Circulam nas redes sociais que em caso de impeachment de Dilma Rousseff e impossibilidade do vice-presidente Michel Temer, do presidente da Câmara Eduardo Cunha e do presidente do Senado Renan Calheiros assumirem o mandato de presidente, o deputado Tiririca (PR/SP) herdaria o cargo, o que é um equívoco. Depois de Renan quem assume é o presidente do STF Ricardo Lewandowski.

Impugnação – O vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara Eduardo Cunha, ambos filiados ao PMDB, que por sinal é presidido por Temer, decidiram impugnar qualquer filiação de deputados federais que venha a acontecer no intuito de recolocar Leonardo Picciani no posto de líder do partido. A movimentação arquitetada pelo Planalto não foi bem recebida pelos peemedebistas.

Inocente quer saber – Se emitir decretos para liberar gastos não previstos no orçamento aprovado pelo congresso nacional não é crime de responsabilidade, o que mais seria para fundamentar um pedido de impeachment?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 14 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta segunda-feira

Os maiores adversários de Dilma e do PT 

Os acontecimentos da semana passada mostraram ao Palácio do Planalto que os maiores adversários de Dilma Rousseff e consequentemente seus algozes num eventual impeachment não são a oposição capitaneada por Aécio Neves e composta por DEM, PPS, PSDB e Solidariedade, mas sim o PMDB de Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros e principalmente a nata do PIB nacional que vê os tempos áureos de crescimento econômico se esvaírem por causa da presidente.

A economia tem papel fundamental num processo político, e ganha mais relevância num momento de impeachment porque a economia e a política andam juntas, se a economia vai mal dificilmente a política consegue se sustentar. Hoje o país vive numa retração econômica que pode ser considerada uma estagflação, quando a economia está estagnada e a inflação segue alta. A inflação atingiu dois dígitos, algo que não acontecia desde 2003, o desemprego está em alta como nunca esteve nos doze anos dos governos do PT e isso tem mexido com a mentalidade do povo brasileiro, do mais pobre ao mais rico.

Até meados de 1994 o brasileiro estava acostumado com inflação elevada, moeda desvalorizada, quebradeira geral de empresas, etc. Com o Plano Real tudo isso era coisa do passado, foram vinte anos de um ciclo virtuoso, com pequenas alterações de ordem econômica que não implicaram numa crise no país. Até mesmo na crise global de 2008 o Brasil saiu praticamente ileso. Isso só foi possível porque na cadeira de presidente havia alguém que se comunicava bem com a população e tinha jogo de cintura para lidar com as intempéries como poucos que era o então presidente Lula.

Hoje temos na figura da presidente Dilma Rousseff uma pessoa incapaz de construir um raciocínio, de formular uma frase sem gaguejar, de apontar um caminho e até mesmo liderar o país para a saída da crise. Quanto mais tempo Dilma continuar, mais prejudicada estará a economia brasileira e naturalmente o país. O PIB nacional, Michel Temer e o PMDB já se deram conta disso e têm se movimentado em torno da “saída Temer”, que seria o impeachment ou a renúncia de Dilma, e o vice assumiria o governo por quase três anos com o objetivo de garantir a credibilidade do governo perdida no período de Dilma Rousseff.

Michel Temer hoje é um adversário muito mais perigoso pra Dilma Rousseff e para o PT do que Aécio Neves e a oposição, isso porque Temer é político profissional na essência, e o PMDB é ávido por poder. Em muitos anos o partido não teve tanta chance de chegar ao Planalto quanto agora. Por mais que Dilma ofereça ministérios e cargos para se manter na presidência, o PMDB profissional não vai querer mais porque esse cenário de deterioração da economia e do governo não interessa a ninguém, muito menos aos caciques do “partido do Brasil”. O PMDB não vai querer continuar sendo sócio minoritário de um empreendimento falido que é o governo Dilma podendo ser proprietário de um governo de união nacional liderado por Michel Temer.

Esvaziado – Talvez por erro de cálculo da organização, que poderia ter esperado um pouco mais para fazer uma manifestação, os movimentos realizados ontem foram um fiasco de público de norte a sul do país. Quando comparados aos de março, abril e julho, os movimentos deste domingo pareceram uma reunião de amigos em determinados locais de tão pouca gente nas ruas.

Jarbas Vasconcelos – Os bastidores de Brasília fervilham com a possível renúncia do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha do cargo e uma aclamação do pernambucano Jarbas Vasconcelos para o posto. Jarbas é um político pautado pela ética e pela probidade administrativa. Teria melhores condições políticas para conduzir o impeachment de Dilma Rousseff nos próximos meses.

Renan Calheiros – Um parlamentar pernambucano acredita que o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB/AL) está jogando com a hipótese de não acolher o impeachment caso a Câmara dos Deputados aprove. É que uma vez colocando obstáculos ao impeachment, em caso dele acontecer Renan será fiador do governo Temer, caso ele não ocorra o alagoano será um fiador ainda mais representativo do governo Dilma.

Paulo Skaf – Aliado do vice-presidente Michel Temer, o presidente da FIESP Paulo Skaf defendeu abertamente o impeachment de Dilma Rousseff. Além disso, Skaf deixou claro que não concorda com a política econômica patrocinada pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, quando deixou nas entrelinhas que num governo Temer, Levy não seria aproveitado no cargo.

RÁPIDAS

Vereador – O ex-prefeito do Recife João da Costa, que já foi deputado estadual, está cotado para disputar um mandato de vereador nas eleições do ano que vem pelo PT. Em 2014 João da Costa tentou, sem sucesso, um mandato na Câmara dos Deputados.

Incoerência – Durante os governos Sarney, Collor, Itamar e FHC o PT pediu o impeachment de todos os presidentes, e era um mecanismo democrático. Agora que o governo é de Dilma Rousseff é vidraça e corre risco de ser impichada, o PT chama o mecanismo de golpe. Haja incoerência.

Inocente quer saber – Mozart Sales, envolvido na operação da Polícia Federal sobre a Hemobras, ainda será candidato do PT a prefeito do Recife?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de dezembro de 2015

Coluna do blog deste sábado

Manifestações deste domingo ditarão o ritmo do impeachment 

Desde as manifestações de junho de 2013, quando naquele momento a popularidade da presidente Dilma Rousseff e de quase todos os governadores despencou, que a periodicidade de manifestações foi se tornando cada vez mais latente. Só em 2015 foram três grandes manifestações em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto, que juntas levaram, segundo os organizadores, mais de seis milhões de pessoas às ruas contra Dilma Rousseff.

Apesar de representativas, as três grandes manifestações realizadas em 2015, ainda não tinham muita consistência por conta do processo de impeachment ser apenas uma tese defendida por algumas pessoas, mas que no momento em que aconteceram as manifestações, ele era uma realidade muito distante. Tanto que os protestos levaram 3 milhões de pessoas em março, 1,5 milhão em abril e 2 milhões em agosto, ou seja, em vez de haver um crescimento, houve uma oscilação negativa em torno da quantidade de pessoas nas ruas.

Para amanhã são esperadas em todo o Brasil manifestações contra Dilma Rousseff, sendo que elas trazem um fato novo e um contexto diferenciado em relação aos meses anteriores. Primeiro que o impeachment saiu da fantasia de alguns para se tornar uma realidade latente, depois a crise política e econômica não foi estancada por Dilma, pelo contrário, tem se agravado com o decorrer dos meses com novos escândalos de corrupção, aumento do desemprego, da inflação, dos juros, etc.

A confluência de fatores, que ganhou força com a abertura do impeachment na Câmara dos Deputados, pode ser fulminante para o projeto de Dilma Rousseff e do PT em continuarem no Palácio do Planalto. A votação da comissão que analisará o impeachment na Câmara dos Deputados mostrou que a presidente não tem sequer 200 votos para barrar o impeachment.

Apesar de serem necessários apenas 171 votos para que o impeachment seja sepultado, a margem de 199 votos recebidos pela chapa indicada pelo Planalto para comandar o impeachment é muito pequena, sobretudo quando consideramos que na sessão que apreciará o impeachment os votos serão nominais e abertos, ou seja, cada deputado terá que declarar em rede nacional, um por um, se vota a favor ou contra o impeachment.

As pesquisas apontam que 70% da população brasileira apoia o impeachment, e apenas 9% dos entrevistados consideram o governo Dilma Rousseff bom/ótimo, vale frisar que é o mesmo percentual obtido por Fernando Collor na época em que o ex-presidente sofreu o processo de impeachment. Então as manifestações deste domingo terão um componente fundamental para implodir qualquer tentativa do governo de barrar o impeachment, até porque o político só é fiel ao governo quando o dele não está na reta, muitos deputados que almejam continuar na política sabem que votar contra o impeachment e contra a vontade da maioria da opinião pública é assinar o atestado de óbito da sua carreira política, então como se diz aqui no Nordeste, os deputados partirão para a máxima de que, quando a farinha é pouca primeiro vem o pirão deles, e naturalmente eles devem abandonar Dilma no meio do caminho. Tudo depende de amanhã.

Pressa – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse ontem que a decisão sobre a tramitação do pedido de impeachment no Congresso Nacional deve ser rápida. “Acho que o tribunal está consciente do momento delicado pelo qual estamos passando. Não acredito que haverá pedido de vistas. Porque todos percebem que há uma necessidade que esse tema seja encaminhado em um ou outro sentido”.

Muro – O PSB pode adiar mais uma vez a reunião da executiva nacional marcada para o próximo dia 17 que vai deliberar sobre a posição do partido sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Enquanto a bancada de deputados e senadores é majoritariamente a favor do impeachment da presidente, os três governadores do partido – Paulo Câmara (PE), Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF) – são contrários. A posição dos governadores podem colocar a sigla socialista em cima do muro.

Briga – Filiados ao PSB e pré-candidatos a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o deputado federal João Fernando Coutinho e o vice-prefeito Heraldo Selva não conseguem se entender no que diz respeito a agenda 40. O deputado divulgou nota dizendo que acha inoportuna a realização das agendas do partido organizadas pelo vice-prefeito no município diante da grave crise que assola o país, tanto na economia e na política quanto na necessidade de combater o Aedes aegypt.

Cortes – O relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), confirmou nesta sexta-feira que está mantendo no parecer final um corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família, ou seja, corte de 35% no programa. Além disso, Barros anunciou cortes de R$ 320 milhões no auxílio-reclusão (50%), de R$ 80 milhões no auxílio-moradia (20%) e de R$ 1,84 bilhões (10%) de compensação no RGPS (Repasse a Previdência por Desoneração da Folha). De acordo com o relator, essas medidas são necessárias para cumprir a meta do governo de superávit (receitas menos despesas) de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2016.

RÁPIDAS

União – Em visita ontem a Pernambuco onde proferiu palestra no Palácio do Campo das Princesas sobre democracia, o senador José Serra (PSDB/SP) defendeu o apoio do seu partido ao governo de união nacional capitaneado por Michel Temer em caso de saída de Dilma Rousseff. O tucano pode assumir o ministério da Fazenda num eventual governo Temer.

Comentários – Assim como fizemos nas eleições de 2014, a partir de amanhã realizaremos comentários periódicos sobre o cenário político nacional. Os vídeos, que terão duração média de 3 a 5 minutos, serão publicados no blog e no Facebook. Conto com a audiência de vocês na estréia quando estaremos repercutindo as manifestações deste domingo.

Inocente quer saber – Quantas pessoas irão às manifestações pelo impeachment no Marco Zero amanhã?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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