Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de abril de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Impeachment, eu já escuto os teus sinais 

A semana começou com um viés de crescimento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, e se agravou após a confirmação dos votos da comissão que analisava a admissibilidade do impedimento da presidente. Após debates acalorados, o resultado final confirmou o que o próprio Planalto já considerava: a derrota. Foram 38 votos a favor do relatório do deputado Jovair Arantes e 27 contra.

No meio da discussão da admissibilidade do impeachment surgiu um áudio do vice-presidente Michel Temer falando como se o impedimento já tivesse sido aprovado no plenário da Câmara. Em que pese o timing da fala do vice, que poderia ser divulgada apenas na segunda-feira caso o impeachment fosse aprovado, o seu conteúdo pareceu uma sinalização para o mercado, para o congresso e principalmente para a sociedade.

A questão é estratégica. De acordo com o Datafolha, o vice é rejeitado por 58% dos entrevistados, que dizem ser favoráveis a sua saída, apenas 3% a menos que os que querem a saída de Dilma. Portanto, o vice, e eventual futuro presidente, precisa estabelecer um canal de diálogo com os mais variados setores da sociedade. Quando Temer afirma que manterá os programas sociais, fala para os beneficiários do Bolsa-Familia que temem a saída do PT. O mesmo se diz para o Congresso quando Temer considera a importância do diálogo com o Poder Legislativo, bem como para o empresariado, quando diz que precisa fazer a retomada da economia.

Apesar das falas um pouco genéricas, Temer tem ao seu favor o benefício da dúvida e uma trégua que Dilma é incapaz de conseguir caso reverta o impeachment no Congresso. A sua fala é uma sinalização sintética do que seria o seu governo. O momento agora para Temer é descolar sua imagem de Dilma e apontar as suas diferenças em relação a atual presidente com o objetivo de diminuir a rejeição que existe ao seu eventual governo. O Planalto avaliou como tiro no pé do vice, mas fazendo um exercício de raciocínio, ficou evidente que a fala de Temer sendo divulgada acabou sendo benéfica para o próprio vice, uma vez que naturalmente, de forma legítima, ele está se preparando para assumir o cargo, e cada vez mais está em vias disto ocorrer. Qualquer um no lugar dele já estaria esboçando como seria a estratégia do seu governo.

No âmbito do plenário da Câmara dos Deputados, fontes fidedignas apontam que nem a oposição tem os 342 votos necessários para aprovar, nem o governo tem para rejeitar. Porém a conta que circula em Brasília é que temos 334 deputados favoráveis ao impedimento de Dilma e 140 contrários. 39 estão indecisos a essa altura do campeonato. O efeito manada fará com que esses indecisos sejam fundamentais para o desfecho. É provável que esses indecisos nem estejam mais na expectativa de ganhar emendas do Planalto, mas sim seguir a tendência e acompanhar o lado vitorioso.

Como faltariam nessas contas apenas oito votos num universo de 39, após a aprovação do relatório na comissão por uma folga de 11 votos, é muito provável que o impedimento de Dilma seja aprovado com mais votos que os 342 necessários. O impeachment está chegando, já podemos escutar os seus sinais.

Rogério Rosso – Presidente da Comissão do Impeachment, o deputado Rogério Rosso (PSD/DF) conseguiu agradar a gregos e troianos. Com uma semelhança física incrivel com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, Rosso também aparentou saber exercer o cargo com maestria. Se já  tem um vitorioso neste processo, esse alguém é o deputado Rosso.

Eduardo Cunha – Não entrando no mérito dos seus problemas com a justiça, que são muitos, o presidente da Câmara deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) mais uma vez mostrou ser um profundo conhecedor da Câmara dos Deputados, quando cravou o placar da Comissão do Impeachment. Se não fosse a sua conduta moral que é absolutamente questionável, Cunha seria o presidente ideal para a Câmara dos Deputados, pois conhece a Casa como a palma da sua mão.

Ney Maranhão – A política pernambucana perdeu ontem aos 88 anos de idade o ex-senador Ney Maranhão, que foi prefeito de Moreno e deputado federal por quatro mandatos. Ney foi um dos membros da tropa de choque do presidente Fernando Collor de Mello, ao lado de Renan Calheiros e Roberto Jefferson. Ney desceu a rampa do Planalto ao lado de Collor após o seu impeachment.

Homenagem – O prefeito Geraldo Julio anunciou ontem duas homenagens que serão prestadas pela Prefeitura do Recife ao ex-vereador Liberato Costa Júnior. O “Velho Liba”, como era carinhosamente conhecido o parlamentar, completaria 98 anos ontem. O Conjunto Habitacional H08, que está em fase final de conclusão no bairro de Campo Grande receberá o nome do vereador. A Praça do Hipódromo, bairro em que residiu por parte de sua vida, receberá um busto do ex-vereador.

RÁPIDAS

Arena – Antes defensor do rompimento do contrato da Arena Pernambuco, o líder da oposição deputado Sílvio Costa Filho (PRB), após o governo do estado optar pelo rompimento, afirma que a recisão unilateral do contrato trará prejuízos aos cofres públicos estaduais.

Palestra – Realizei ontem na Faculdade Joaquim Nabuco uma palestra sobre o impeachment de Dilma Rousseff. A conversa durou duas horas e pudemos discutir o contexto histórico da política brasileira, as semelhanças e diferenças entre o impeachment de Dilma e o de Collor, o pós-impeachment em qualquer que seja o seu desfecho e a expectativa para o cenário eleitoral de 2018. Foi uma ótima oportunidade de discutir política.

Inocente quer saber – O PT sobreviverá ao impeachment de Dilma Rousseff?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 11 de abril de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

PT prova do próprio veneno

Desde que foi fundado que o PT sempre se declarou mais honesto do que os demais partidos e que Lula era a solução que o país necessitava. Foi contra Tancredo Neves, a favor do impeachment de Collor mas contra o governo Itamar Franco, contra o Plano Real, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra a reeleição, contra o PROER, contra os programas sociais do governo FHC, etc.

Todos os partidos eram corruptos e apenas o PT tinha o direito de ser o legítimo representante do povo na ótica de Lula e se seus seguidores. Mas bastou ganhar o poder em 2002 e assumir em 2003 que não durou muito tempo para estourar o primeiro escândalo do seu governo. Começou com o flagra de um funcionário dos Correios pedindo propina, que chegou em Roberto Jefferson e que posteriormente expôs as vísceras do até então maior escândalo de corrupção da história do Brasil.

Lula escapou de sofrer imprachment por causa de um erro de cálculo da oposição, que apostou naquela época que o então presidente sangraria. Lula afirmou que nada sabia e era vítima dos seus próprios companheiros. Aquela conversa fiada de vitimização permitiu a Lula mais quatro anos na presidência da República, mas ocorreu num momento muito bom da economia brasileira. O governo Lula passou praticamente incólume das crises econômicas, inclusive a de 2008 que Lula disse que seria uma marolinha e que não atingiria o Brasil.

A retórica de Lula permitiu que o Brasil continuasse com o PT, dessa vez com Dilma Rousseff, a candidata que restou após os nomes mais fortes do PT como José Dirceu e Antônio Palocci, então presidenciáveis da vontade de Lula, se envolverem em escândalos de corrupção. Dilma era a última alternativa de Lula, pois quase toda a cúpula do Planalto estava mais suja que pau de galinheiro.

Uma vez candidata, a mãe do PAC foi vendida como uma gestora capaz de comandar os rumos do país. O povo mais uma vez caiu na lorota de Lula, e escolheu uma presidente que sequer tinha sido vereadora. Dilma no início de 2011 já deu mostras que seu governo seria um desastre, quando vários de seus ministros foram se envolvendo em escândalos de corrupção. Era mais do mesmo, mas Dilma passou praticamente ilesa em 2011 e 2012, quando o povo brasileiro achava que o país estava às mil maravilhas.

Bastaram manifestações na Copa das Confederações em 2013 para a popularidade de Dilma despencar. Naquele momento o governo ficou completamente exposto, com sérias dificuldades de recuperação. Na prática Dilma nunca mais se recuperou, e conseguiu se manter exclusivamente por força da máquina do governo federal e dos tentáculos que o PT conseguiu construir ao longo dos anos na sociedade. A sua reeleição foi uma das coisas mais bizarras que ocorreram no país, pois já havia um sinal claro de esgotamento do PT, mas graças a uma das campanhas mais agressivas da história, Dilma conseguiu, por uma margem pequena vencer a disputa.

Em vez de declarar a paz, apontando um caminho para os 51 milhões que votaram em Aécio Neves e aos demais que optaram por não comparecer a votação ou anularam o voto ou votaram em branco, que juntos foram maioria, o Planalto sempre quis pregar para convertido. Ou seja, para quem era beneficiário do PT. O desastre era anunciado. A crise tomou forma, com a inflação galopante, o desemprego em viés de alta, desvalorização do Real, e uma quebradeira geral de empresas, fizeram com que seu sexto ano de mandato começasse da pior maneira possível. Hoje Dilma é uma presidente que não governa, que não tem a menor estatura para exercer o cargo que ocupa. A petista ficou isolada no Planalto e nos atos do governo, que precisam de forte esquema de segurança e plateia comprada com dinheiro público para ovacionar a presidente.

Não havia outro caminho, senão o impeachment, que além de previsto na Constituição, e ser um instrumento político para tirar governos corruptos e incompetentes, foi o mesmo mecanismo que tirou Collor em 1992, cujo apoio do PT foi irrestrito. Dilma está em vias de ser impichada por vários motivos, dentre eles a corrupção, o estelionato eleitoral, o desarranjo econômico e sobretudo pela sua falta de capacidade de ser presidente, fato que já era visto desde a sua primeira eleição, quando se elegeu única e exclusivamente graças ao prestígio de Lula.

O PT prova do próprio veneno. Se domingo o impeachment for aprovado pela Câmara dos Deputados, este governo estará pagando não só pelos crimes que cometeu, mas também por todos os pecados do PT, que posava de salvador da pátria e fez pior do que qualquer outro partido, institucionalizando a corrupção, fazendo dela um meio de vida e de manutenção do poder.

Desembarque – O Partido Progressista, que tem 49 deputados federais, dentre eles Eduardo da Fonte e Fernando Monteiro, está realizando o desembarque do governo Dilma Rousseff. Apesar do senador Ciro Nogueira ter orientado o partido a votar contra o impeachment, vários diretórios estaduais estão preferindo apoiar o impeachment, dentre eles o Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná.

Indecisos – Da bancada pernambucana ainda seguem indecisos quanto ao impeachment os senadores Fernando Bezerra Coelho e Douglas Cintra e os deputados Adalberto Cavalcanti, Cadoca, Fernando Monteiro, Jorge Côrte Real, Kaio Maniçoba e Zeca Cavalcanti. Os políticos em todo o Brasil estão sendo questionados pela população para dar um posicionamento em relação ao impedimento de Dilma.

Recursos – De acordo com a deputada Mariana Carvalho (PSDB/RR) os recursos que seriam destinados às vacinas contra o Zikavírus e a Gripe H1N1 estão sendo desviados para subornar parlamentares contra o impeachment. Os valores estão variando entre R$ 400 mil e R$ 1 milhão para cada deputado que se ausentar ou votar contra o impeachment, respectivamente.

Movimento – O Movimento Vem Pra Rua Recife, liderado por Gustavo Gesteira, colocará um telão no segundo jardim da Av. Boa Viagem no próximo domingo para acompanhar a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O ato começará a partir das 14 horas e deve contar com um grande público.

RÁPIDAS

Daniel Coelho – Pré-candidato a prefeito do Recife pelo PSDB, o deputado federal Daniel Coelho acredita que seu partido poderá atingir 15 mil votos de legenda em outubro e eleger uma expressiva bancada na Casa José Mariano. Em 2012 o PSDB obteve apenas oito mil votos de legenda, o que impossibilitou a chapa encabeçada pelo partido eleger quatro vereadores.

Posicionamento – Com três deputados federais e um senador indecisos, o PTB do ministro Armando Monteiro precisará descer do muro no próximo domingo. O deputado Adalberto Cavalcanti chegou a cogitar não estar presente na votação do impeachment. A bancada petebista está entre a cruz e a espada. Se vota pelo impeachment, fica com a população, se vota contra, fica com Armando, que deve o ministério a Dilma.

Inocente quer saber – Com quantos votos o impeachment será aprovado na Câmara dos Deputados?

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Postado por Edmar Lyra às 15:36 pm do dia 10 de abril de 2016

Armando: “País vai retomar o crescimento sob o comando da presidente Dilma”

O ministro Armando Monteiro Neto concluiu, neste sábado, uma série de visitas a oito municípios do Agreste Pernambucano. Em todos, o ministro levou palavras de otimismo aos pernambucanos, reforçou o compromisso do Governo Federal de fazer o País retomar o crescimento e criticou o oportunismo de algumas lideranças que hoje se voltam contra a presidente Dilma Rousseff.

“Apesar das dificuldades que vivemos, é sempre importante destacar que a política é um exercício de esperança. Aqueles que militam na vida pública sabem que o povo brasileiro já deu, em diferentes momentos, demonstrações da sua capacidade de superação. E não tenho nenhuma dúvida de que o Brasil, mais uma vez, vai ultrapassar esse momento difícil e que poderemos a partir daí construir na sociedade brasileira um mínimo de entendimento em torno de uma agenda que nos permita conduzir o nosso país à realização desse destino, e eu não tenho nenhuma dúvida de que será sempre um destino de grandeza”, afirmou Armando.

“O que acontece hoje é que a oposição não aceitou a derrota na eleição de 2014, e desde então tem feito uma ação permanente para desestabilizar o Governo Dilma. Agora instalaram o processo de impeachment, que nasceu de uma vingança do presidente da Câmara dos Deputados, que não teve os votos do PT na comissão que vai processá-lo e afastá-lo do cargo. Vamos enfrentar essa questão, e se tudo correr bem, afastaremos essa nuvem negra do impeachment, respeitando o mandato que legitimamente a presidente Dilma conquistou, e vamos recompor o governo para podermos espantar os problemas que hoje estão afligindo a população brasileira, recuperar a economia, os empregos, para que o Brasil possa seguir na sua verdadeira trilha, do desenvolvimento, do crescimento econômico e do bem estar social”, complementou o ministro.

Armando aproveitou para convocar os pernambucanos para a luta contra o impeachment. “Os pernambucanos têm muitas razões de gratidão ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma. Nos últimos 15 anos, tudo que aconteceu em Pernambuco, os grandes projetos, as grandes obras, os grandes empreendimentos, todos tiveram e têm a marca do compromisso do ex-presidente Lula e da presidente Dilma. E o pernambucano sabe ser grato. É claro que ainda temos que fazer muita coisa. Quando afastarmos a nuvem do impeachment, vamos trabalhar para superar essa crise. O Brasil é muito maior do que a crise”, colocou.

“Mas não podemos aceitar a ingratidão e a deslealdade. Esses que estão hoje no governo de Pernambuco devem tudo o que fizeram ao presidente Lula e à presidente Dilma, e agora dão as costas para a presidente. Vamos mostrar que não se pode fazer política desleal e oportunista”, ressaltou o petebista.

A agenda de Armando incluiu diversos encontros com aliados em Brejão, Saloá, Paranatama, Garanhuns, Sairé, Bonito, Camocim de São Félix e Agrestina. Acompanharam o ministro pelo interior o senador Douglas Cintra, o deputado federal Jorge Corte Real, os deputados estaduais Sílvio Costa Filho e José Humberto Cavalcanti, além de prefeitos, ex-prefeitos, vereadores e demais lideranças locais.

2018 – Indagado por lideranças e populares seu futuro político, reforçou a confiança na continuidade do Governo Dilma e a importância de eleger uma ampla frente em 2016 antes de pensar nos rumos de 2018. “Temos o compromisso de estar presentes nessas eleições municipais, apoiando todas aquelas pessoas que confiaram no nosso projeto em 2014. Não sabemos o que vem depois de 2016, mas sabemos que só vamos poder construir um projeto para além de 2016 se conseguirmos eleger uma grande frente vitoriosa nessas eleições municipais. Isso vale não apenas para o PTB, mas para todos os partidos que estão no nosso campo, que é o campo das oposições em Pernambuco”, colocou.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 9 de abril de 2016

Coluna do blog deste sábado

Os atores de 2018 que precisam “ganhar” 2016 

O ex-governador Eduardo Campos vez por outra quando era questionado sobre sua pré-candidatura à presidência da República afirmava que era preciso “ganhar 2013” pra “ganhar 2014”, isso significava que para sua candidatura ser competitiva, Eduardo precisava fazer o dever de casa tanto no governo de Pernambuco quanto no comando do PSB. A tese de Eduardo tinha sentido e se aplica para muitos atores políticos que almejam postos importantes em 2018, e antes precisam sair vitoriosos de 2016.

O maior deles é o prefeito do Recife Geraldo Julio, que uma vez se reelegendo prefeito será um importante ator de 2018, ainda que não dispute nenhum mandato. Já se o prefeito perder a reeleição, terá extremas dificuldades para ser um ator importante em Pernambuco, tendo que se contentar com um mero mandato de deputado federal, além disso uma eventual derrota de Geraldo pode trazer desdobramentos na reeleição do governador Paulo Câmara com o enfraquecimento da Frente Popular. Portanto, Paulo e Geraldo estão umbilicalmente ligados, necessitando que na capital pernambucana o PSB saia vitorioso.

Outro ator importante é o senador Fernando Bezerra Coelho, que nutre o desejo de ser governador de Pernambuco e suas chances só existirão se seu grupo político retomar a prefeitura de Petrolina após duas derrotas eleitorais seguidas. Se Fernando conseguir eleger Miguel Coelho prefeito de Petrolina, além de enfraquecer seu adversário Julio Lóssio, estará pavimentando a sua candidatura ao Palácio do Campo das Princesas caso o PSB perca a prefeitura do Recife com Geraldo Julio.

Já o prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes sonha acordado com um mandato de senador, seja na chapa de reeleição de Paulo Câmara, seja numa composição com Fernando Bezerra Coelho, com quem nutre uma relação muito próxima. Além disso não se pode descartar a hipótese de Elias Gomes ser candidato a governador. Pra chegar vivo em 2018 Elias precisa fazer o sucessor em Jaboatão, emplacar Betinho Gomes no Cabo e outros aliados em prefeituras como Vavá Rufino em Moreno. Se lograr êxito em boa parte das suas empreitadas, sobretudo fazendo o sucessor, Elias falará grosso em 2018 podendo requisitar uma vaga de senador na chapa de Paulo Câmara, que é o caminho melhor idealizado pelo tucano.

O deputado federal Daniel Coelho também é outro que precisa ganhar 2016, isso porque foi candidato a prefeito do Recife atingindo um resultado bastante positivo em 2012. Tentará a prefeitura novamente em 2016 e qualquer resultado que não seja a sua vitória, sobretudo se obter menos votos que em 2012, poderá estar sepultando a sua carreira majoritária. Vencer a PCR este ano é mais do que uma questão eleitoral, na verdade é uma questão de sobrevivência política.

Um nome que não pode ser descartado é o ministro Armando Monteiro, que apesar de ter sido derrotado na disputa pelo governo, ainda tem relevância em Pernambuco, sendo necessário que o seu PTB consiga manter o espaço que possui no âmbito das prefeituras ou até consiga ampliar. Se Armando conseguir manter a tropa unida, será um nome importante nas discussões de 2018, ainda que não venha a disputar novamente o Palácio do Campo das Princesas.

Por fim o deputado Jarbas Vasconcelos, que vez por outra é inflado a disputar a prefeitura do Recife. Ainda que não seja candidato em 2016, Jarbas é a maior liderança política de Pernambuco. Fazer o seu PMDB crescer será vital para 2018, quando Jarbas poderá ser novamente candidato a senador. Portanto, será fundamental que o partido não apenas dispute prefeituras como também consiga vencê-las para reestruturar o grupo do ex-governador que foi praticamente dizimado no período em que Eduardo Campos foi governador. Se não surgir outros nomes, esses serão os principais atores de 2018, mas para chegarem vivos até lá, é fundamental fazer o dever de casa em 2016.

Por fora – Outros nomes também precisam vencer 2016 para brigarem por postos importantes na política estadual em 2018, são eles: Mendonça Filho (DEM), Anderson Ferreira (PR), Eduardo da Fonte (PP) e André de Paula (PSD). Todos deputados federais e presidentes estaduais de suas respectivas siglas, eles sabem que precisam de um bom resultado nas eleições municipais para alcançar boas votações em 2018 e consequentemente espaços de poder no estado e no país.

Petrolina – Os vereadores que formam a bancada de oposição de Petrolina se reuniram na tarde de ontem com o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB). O encontro, ocorrido no escritório político do senador, também contou com a presença do deputado estadual e pré-candidato do PSB a prefeito Miguel Coelho. Os parlamentares mostraram disposição em participar de uma grande coalizão de forças sob o comando do PSB municipal, para a disputa das eleições deste ano. Na reunião de ontem estiveram presentes vereadores do PV, PDT, PRTB e PSD.

Vice – O ex-vereador Sérgio Magalhães (PMN) negocia com a deputada estadual Priscila Krause (DEM) e com o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) para ser candidato a vice-prefeito numa chapa encabeçada pelo tucano ou pela democrata. Sérgio se deu conta que sua pré-candidatura a prefeito não iria muito longe e começa a bater em retirada.

Cleiton Collins – Satisfeito com o mandato de deputado estadual e planejando virar deputado federal, Cleiton Collins teria afirmado a interlocutores que não pretende ser novamente candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes. Cleiton estuda fazer uma composição com o nome apresentado por Elias Gomes, que pode ser Conceição Nascimento ou Evandro Avelar.

RÁPIDAS

Linha auxiliar – O deputado estadual Edilson Silva, presidente estadual do PSOL, se insurgiu contra o impeachment de Dilma Rousseff de tal maneira que não dá mais para esconder que o seu partido foi criado pura e simplesmente para ser uma linha auxiliar do PT. Edilson tem perdido a simpatia de muitos eleitores que condenam a corrupção do PT e esperavam um posicionamento diferente do deputado sobre Dilma Rousseff.

Desistência – O prefeito de Moreno Adilson Gomes Filho, o Dilsinho (PSB), anunciou que não será candidato à reeleição em outubro. Dilsinho foi eleito graças ao esforço de Eduardo Campos em 2012, mas não conseguiu implementar uma gestão que ganhasse a simpatia da população. O socialista ostenta um dos maiores índices de rejeição do estado e se fosse candidato suas chances de vitória eram praticamente nulas.

Inocente quer saber – O que fez o deputado Joel da Harpa (PTN) se desanimar da disputa pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 8 de abril de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

Situação de Geraldo Julio começa a complicar

Não é de hoje que está se construindo um consenso sobre a candidatura do prefeito Geraldo Julio. O consenso trata-se da dificuldade descomunal que Geraldo terá para garantir a reeleição, isso porque a agenda negativa do prefeito tem sido maior que a agenda positiva. Além disso muita gente está pretendendo se lançar candidato. Já são nomes cativos na disputa Priscila Krause (DEM), Daniel Coelho (PSDB) e Silvio Costa Filho (PRB), todos muito competitivos, mas outros nomes podem surgir, como Jarbas Vasconcelos (PMDB) e João Paulo (PT), que já foram prefeitos e saíram bem-avaliados do cargo.

A estratégia da prefeitura de filiar quase duas dezenas de pesos pesados ao PSB tem afugentado siglas para coligar na proporcional, o que evidencia um risco eminente de nomes com mais de nove mil votos acabarem morrendo na praia. Num cenário de crise, a margem de manobra do prefeito para angariar apoios é mínima e os problemas enfrentados servem de vidraça.

Todos os caminhos apontam para um segundo turno, onde o prefeito terá dificuldades imensas para sair vitorioso. Caso Jarbas Vasconcelos seja mesmo candidato, há quem defenda que Priscila Krause e Daniel Coelho retirem as candidaturas para apoiar o peemedebista, e um deles seria candidato a vice-prefeito na expectativa de assumirem secretarias importantes numa eventual gestão, garantindo experiência no executivo e vitrine para pleitos majoritários futuros. O que dificulta bastante a vida de Geraldo.

No âmbito do PSB está todo mundo batendo cabeça, o partido sem Eduardo Campos virou um trem desgovernado, pois a fogueira de vaidades tem prevalecido. Há socialista salivando pela derrota de Geraldo, pois com a derrocada do prefeito, uma liderança política seria sepultada para dar lugar a outros nomes da fila socialista.

O cenário de reeleição de Geraldo Julio está se complicando bastante. Se não for dado um freio de arrumação por parte do próprio gestor, Geraldo já pode ir se acostumando com a alcunha de ex-prefeito.

Debandada – A família do ex-vereador Romildo Gomes Filho não se sentiu prestigiada pelo prefeito Geraldo Julio. O acordo que fez o vereador Romildo Neto se filiar ao PSB não foi cumprido pela prefeitura e a família estuda lançar outro nome para um mandato de vereador e apoiar a candidatura do deputado Silvio Costa Filho a prefeito do Recife.

Evandro Avelar – Há uma forte pressão na base do prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes para que o candidato a sua sucessão seja o secretário de Qualificação Profissional Evandro Avelar. O Palácio do Campo das Princesas tem agido fortemente para que haja uma unidade da Frente Popular em torno de Evandro, que já foi secretário em Jaboatão de 2009 a 2014 e foi extremamente bem-sucedido.

Maioria – Após o deputado Paulo Maluf (PP/SP) se declarar favorável ao impedimento de Dilma Rousseff na Comissão Especial que avalia o impeachment, a oposição já tem 33 votos e consequentemente a maioria suficiente para aprovar o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB/GO) que recomenda o acolhimento do afastamento da petista. A comissão é composta por 65 deputados.

TSE – O ministro Gilmar Mendes foi eleito ontem o próximo presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele vai substituir o atual presidente, Dias Toffoli, a partir de maio. O ministro Luiz Fux é o novo vice-presidente. O presidente eleito agradeceu a confiança dos colegas e lembrou o trabalho realizado por Toffoli no TSE. Gilmar Mendes, que também é ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), se disse tranquilo por ter Fux como vice e sobre os desafios que irá enfrentar.

RÁPIDAS

Anulação – O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recomendou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a Casa Civil. Em parecer, o procurador disse ver elementos de “desvio de finalidade” da presidente Dilma Rousseff na escolha do petista para assumir o ministério, que teria a intenção de tumultuar as investigações da Operação Lava Jato.

Réus – A presidente Dilma Rousseff e o Ministro da Justiça, Eugênio Aragão, agora são réus na Ação Popular que o deputado Fernando Francischini (SD/PR) protocolou na Justiça do Paraná no último mês de março. O juiz federal Augusto César Pansini Gonçalves acolheu e manda tramitar em regime de urgência, ontem, a denúncia de Francischini que susta qualquer requisição de troca de membros da Operação Lava-Jato.

Inocente quer saber – Os ladrões que furtaram o sítio sem dono em Atibaia terão cem anos de perdão?

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Postado por Edmar Lyra às 18:55 pm do dia 7 de abril de 2016

Waldemar Borges rebate declarações de Edilson Silva

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges, rebateu, nesta quinta-feira (07.04), na tribuna da Casa, as declarações feitas pelo deputado Edilson Silva a respeito da morte de um jovem que fazia parte do Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PCAAM). O parlamentar governista disse que o rapaz não morreu como indigente e que Edilson passou a impressão que ele estava abandonado pelo Estado, o que não é verdade.

Borges leu uma nota da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, que esclarece que o adolescente R.G.L não foi sepultado como indigente na última terça-feira, 05. “O sepultamento foi realizado com a certidão provisória, expedida pelo IML, com o nome do adolescente, identificação dos pais e registro de identidade, além de endereço residencial. A Certidão de Óbito definitiva já foi expedida, ele não foi enterrado como indigente nem estava desamparado pelo Programa, como a fala de Edilson leva a crer”, rebateu.

“A verdade é que o jovem foi assassinado e que programas como esse, por mais importantes que sejam, não conseguem ser totalmente blindados. O advogado Manoel Mattos, por exemplo, também estava sob proteção de um programa desse tipo e foi assassinado. Temos que ter a clareza que o programa é importante e necessário, mas não consegue dar uma garantia absoluta de 100%, por mais que haja empenho da parte de todos os que o executam”, esclareceu.

“O debate aqui é muito bem-vindo e o Governo vai estar sempre com a mão estendida para todos que queiram contribuir no debate esclarecedor, que possa oferecer sugestões para superarmos os nossos problemas, mas, efetivamente, quando a verdade não é colocada plenamente, quando leva as pessoas e crerem que há uma realidade diferente da que de fato ocorre, esse debate não ajuda em nada”, acrescentou.

O líder do Governo também defendeu o secretário Pedro Eurico das acusações de Edilson. “Pedro não pode ser responsabilizado pessoalmente, assim como aqueles que faziam parte do programa de proteção quando o advogado Manoel Mattos foi assassinado também não tem culpa pelo assassinato. Todos os cuidados foram tomados, não foi por nenhuma falha do programa, foi pelas circunstâncias que de fato existem”, ressaltou.

Waldemar acredita que o secretário Pedro Eurico tem sido vítima de uma certa campanha contra ele porque começou a colocar a presença do Estado de uma maneira mais correta e forte dentro do sistema prisional. “Isso naturalmente gera reações dentro do próprio sistema. Daí essas tentativas de fuga e essas reações todas que temos acompanhado nos jornais. Mas tanto o secretário Pedro Eurico como o secretário Alessandro Carvalho (Defesa Social) são merecedores de toda a confiança do Governo. Eles estão fazendo um trabalho excepcional diante das adversidades que enfrentam. São competentes e estão fazendo, na verdade, muito mais do que muitos fariam diante do contexto e das adversidades que enfrentam de várias ordens”, concluiu.

Arquivado em: destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 7 de abril de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

Jarbas ameaça romper com o PSB para ser candidato a prefeito

O Palácio do Planalto tem realizado uma ofensiva no intuito de angariar votos para sepultar o impeachment e nos últimos dias tentou convencer o PSB a apoiar Dilma Rousseff na votação do impeachment. O PSB é um partido que possui a sua maior expressão em Pernambuco, quando tem o governador, o prefeito do Recife, vários deputados estaduais, vários federais e um senador. Além de ser o reduto político dos ex-presidentes da sigla Miguel Arraes e Eduardo Campos.

Defensor do impeachment e ferrenho opositor do PT, o deputado Jarbas Vasconcelos se aliou a Eduardo Campos em 2012 para derrotar o PT na disputa pela prefeitura do Recife, e acabou logrando êxito na tentativa, com a vitória de Geraldo Julio no primeiro turno. Em 2014, no afastamento definitivo do PSB do PT, Jarbas Vasconcelos foi igualmente importante, quando abdicou de buscar a reeleição ao Senado para facilitar a escolha de Eduardo Campos na composição da majoritária da Frente Popular, e mais importante ainda após a morte de Eduardo, quando “deu um murro na mesa” e refutou a hipótese de trocar Paulo Câmara da cabeça de chapa, fazendo prevalecer a vontade do líder socialista, que posteriormente foi corroborada nas urnas pelo povo pernambucano.

Jarbas quer que o PSB fique no mesmo lugar que Eduardo decidiu ficar quando candidatou-se a presidente, ou seja, na oposição. Um eventual apoio a Dilma Rousseff por parte do PSB será um desserviço à memória de Eduardo Campos e ao eleitor que colocou o partido na oposição ao PT e a Dilma Rousseff. O movimento de apoio ao Planalto contra o impeachment, ensaiado por setores do PSB, pode trazer desdobramentos diretos nas eleições municipais. No Recife, por exemplo, o PT poderia apoiar a reeleição de Geraldo Julio retribuindo o eventual apoio a Dilma por parte dos socialistas.

Jarbas, por não concordar com esse aceno do PSB, ensaia um rompimento caso seja confirmado o apoio do partido a Dilma. Podendo reeditar a União por Pernambuco com PMDB, DEM, PPS e PSDB em torno do próprio Jarbas Vasconcelos numa candidatura a prefeito do Recife, o que poderia ser letal para as pretensões de Geraldo Julio em buscar mais um mandato. Afinal de contas, o que vale mais? Apoiar um governo moribundo e arriscar o comando da capital pernambucana ou apoiar o impeachment e manter a tropa unida em torno de Geraldo Julio? O tempo vai dizer.

Eduardo da Fonte – Insatisfeito com o deputado Lula Cabral por acordos não cumpridos, o presidente estadual do PP deputado Eduardo da Fonte, que havia sinalizado o apoio do partido à candidatura de Lula a prefeito do Cabo, já tem dito a aliados que pode não marchar com o socialista em outubro. O presidente do PP cogita inclusive apoiar algum adversário de Lula caso a situação não seja resolvida urgentemente.

Paudalho – Bem posicionado nas pesquisas para prefeito de Paudalho, o médico Maicon Nunes, pré-candidato da Rede Sustentabilidade, foi chamado para conversar com o Palácio do Campo das Princesas. Dr. Maicon pode ser a grande surpresa na disputa de outubro. O atual prefeito José Pereira (PSB) segue mal-avaliado.

Lei – O deputado estadual Beto Accioly (PSL) comemorou, nesta quarta-feira (6), a sanção da lei que proíbe a concessão de homenagem às pessoas que tenham sido condenadas, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por atos de improbidade administrativa ou corrupção. A proibição ainda se estende aos casos de lesa-humanidade, tortura, exploração do trabalho escravo ou infantil, violação dos direitos humanos ou maus tratos aos animais.

Relatório – Em seu parecer sobre o processo de impeachment, o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), considerou infração às leis orçamentárias a prática das chamadas “pedaladas” fiscais, ou seja, o uso de recursos de bancos públicos (Caixa Econômica, BNDES, Banco do Brasil) para quitar compromissos de programas sociais do governo. O relatório do petebista deverá ser votado pela comissão do impeacjment na próxima segunda-feira.

RÁPIDAS

Ato falho – Ao fazer um pronunciamento na comissão do impeachment, o deputado Paulo Pimenta (PT) citou na sua fala o ex-presidente Lula e ao se referir a Dilma Rousseff, soltou um “ex-presidente” que prontamente fez a comissão ir às gargalhadas.

Rolando Lero – O senador Waldemir Moka (PSDB/MS) apelidou o Advogado-Geral da União José Eduardo Cardozo de Rolando Lero, personagem da Escolinha do Professor Raimundo, interpretado pelo ator Rogério Cardoso, que tinha a característica de embromar nas respostas. Para Moka, o Advogado-Geral da União repetiu as mesmas lorotas ao fazer a defesa de Dilma com argumentos vazios e inconsistentes.

Inocente quer saber – O PT vai continuar dizendo que não houve crime de responsabilidade após o relatório do deputado Jovair Arantes?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 0:01 am do dia 7 de abril de 2016

Daniel Coelho entra com ação junto à PGR contra o PMB

O deputado federal Daniel Coelho (PSDB), juntamente com o tambem deputado Rocha (PSDB-AC), vão entrar nesta quinta-feita com uma ação junto à Procuradoria Geral da República (PGR) contra o Partido da Mulher Brasileira (PMB). Há indícios de irregularidades na criação do partido, que chegou a ter 22 parlamentares na sua fundação, em novembro passado, e, atualmente, conta com apenas 1.

“Queremos que o procurador Rodrigo Janot tome providências em relação ao PMB. Graças à brecha permitida para troca de legenda quando partidos são fundados, 22 parlamentares foram para o PMB. Só que quase todos saíram logo em seguida, de forma que hoje só existe um deputado. Ou seja: é um partido de 1 deputado, mas que tem tempo de televisão e fundo partidário de uma sigla com 22”, afirmou Daniel Coelho. “É uma situação que não podemos deixar passar de forma alguma. Estamos lidando com recursos públicos, que estão sendo repassados para um partidos recém-fundado, sem base popular e que não teve voto”, complementou.

Em dezembro, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ) chegou a fazer uma denúncia de que o Partido da Mulher Brasileira estava oferecendo uma parte do fundo a que teria direito para parlamentares que migrassem para a legenda. “Tenho recebido inúmeras denúncias de deputados federais, inclusive do meu próprio partido, de que esse partido que foi autorizado a funcionar agora, o Partido da Mulher Brasileira, para atrair os parlamentares para si, está oferecendo metade do fundo que ele, Parlamentar, levar para esse partido. Eu estou fazendo essa denúncia grave aqui porque ela não me apareceu nem uma nem duas vezes; ela me apareceu várias vezes e em vários dias seguidos”, afirmou, em discurso realizado em 2 de dezembro do ano passado.

Uma curiosidade a respeito do PMB: dos 22 deputados que se filiaram ao partido, no ato de sua fundação, apenas dois eram mulheres – as deputadas Brunny e Dâmina Pereira, ambas de Minas Gerais. Hoje, o único parlamentar da legenda é homem, o ex-petista Welliton Prado (MG).

Arquivado em: destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 14:12 pm do dia 6 de abril de 2016

PMB apoia reeleição de Geraldo Julio

O prefeito Geraldo Julio (PSB) recebeu, na noite desta terça-feira (05), o apoio do Partido da Mulher Brasileira (PMB). Sob o comando da vereadora de Abreu e Lima Juliana Paranhos, a legenda, que foi oficializada em setembro do ano passado, decidiu apoiar a reeleição do prefeito na capital pernambucana. Além da presidente estadual, o dirigente municipal do PMB, Felipe Pedrosa, também participou do ato, realizado na sede estadual do PSB, no Espinheiro. A reunião também contou com a presença do presidente Sileno Guedes.

Ao declarar apoio à reeleição do prefeito Geraldo Julio, Juliana Paranhos explicou que a gestão socialista no Recife valorizou a igualdade de gênero, que é uma das principais bandeiras do PMB. “Um dos objetivos do PMB é o fortalecimento e a inserção da mulher na sociedade, na economia, na política, e o prefeito Geraldo Julio tem trabalhado de forma incisiva pela igualdade de gênero. Temos como exemplo a implantação da Secretaria de Mulher, a construção do Hospital da Mulher e isso tudo firmou essa parceria que deve ser duradoura para fortalecer a igualdade de gênero, causa que Partido da Mulher Brasileira tanto preza”, destacou.

Geraldo Julio destacou que o PMB e PSB têm bandeiras convergentes e que o apoio do novo partido significa o reconhecimento das ações desenvolvidas na gestão socialista. “O PMB é um partido que tem uma bandeira da política de gênero, das políticas públicas voltadas para as mulheres e identificou no nosso trabalho um reconhecimento e importância dessa política. A gente fica feliz com esse reconhecimento. Essa aliança com certeza vai ser uma parceria importante”, disse o prefeito.

Durante a reunião, o presidente Sileno Guedes ressaltou a importância do fortalecimento de políticas de gêneros nas gestões do PSB e destacou a participação dos segmentos sociais do partido. O ato também contou com a participação das secretárias nacional e estadual das Mulheres do PSB, Dora Pire e Niedja Guimarães, respectivamente.

Arquivado em: destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 6 de abril de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

Não existe impeachment de vice-presidente 

Desde o ano passado que a presidente Dilma Rousseff vem enfrentando questionamentos sobre o seu mandato, tendo que responder a vários pedidos de impeachment, dentre eles o apresentado por Janaina Paschoal, Helio Bicudo e Miguel Reale Jr., que acabou sendo acatado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha, que está em tramitação na Casa.

O impeachment acentuou a fragilidade do governo Dilma, que desde junho de 2013 começou a perder as condições políticas para continuar. Mesmo sendo reeleita em 2014 por uma pequena margem, Dilma seguiu questionada. Ora pelos escândalos de corrupção, ora pela situação econômica do país, ora pela sua própria postura que não é condizente com o cargo que ocupa.

Com a deflagração do pedido de impeachment de Dilma, um advogado decidiu fazer uma chicana jurídica ao solicitar o impeachment do vice-presidente Michel Temer por ter assinado quatro decretos editados pelo Planalto, que em tese teriam de ser assinados pela própria Dilma Rousseff, mas por uma mera situação de ausência dela, natural ao cargo, foram assinados pelo vice-presidente.

Michel Temer de fato poderia ter se negado a assinar, porém não é a praxe. Vice-prefeitos e vice-governadores, na ausência dos titulares acabam assinando documentos sem questionar sob o prisma de não paralisar as ações do governo enquanto o titular está ausente. Mesmo sendo passível de entendimento uma eventual co-responsabilidade de Temer no episódio das pedaladas, isso só pode ser analisado quando Temer passar a ocupar o cargo de presidente em caso de Dilma realmente sofrer impeachment.

O advogado que fez essa solicitação teve o único objetivo de tumultuar o impeachment de Dilma. Na prática colocando Temer contra a parede, Dilma ficaria livre para continuar no cargo. É um joguete político que foi corroborado pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello, que recentemente teve sua filha nomeada desembargadora pela presidente Dilma Rousseff. Antecipar a apreciação do impeachment do vice-presidente é uma aberração jurídica e política, que em nada contribui com o debate que estamos enfrentando no país.

Miami – O deputado estadual Lula Cabral (PSB) teria afirmado a aliados que se perder a disputa pela prefeitura do Cabo de Santo Agostinho em outubro ficará vivendo em Miami e vindo a Pernambuco de vez em quando até terminar o seu mandato na Alepe. Depois ficará de vez nos Estados Unidos, onde o socialista tem residência e negócios.

Regular – O Tribunal de Contas do Estado julgou regular o valor gasto pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes com a cantora Claudia Leitte para a realização do Réveillon de 2013 para 2014. De acordo com a decisão do TCE não houve superfaturamento no evento, que além de ter sido rentável com a captação de patrocínios divulgou bastante o município na mídia nacional.

Aprovado – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as irregularidades cometidas por dirigentes da FIFA e da CBF aprovou ontem o plano de trabalho apresentado pelo deputado Fernando Monteiro (PP), que é o relator da comissão. A primeira reunião será realizada amanhã e serão apreciados os requerimentos apresentados.

Balcão – Depois de iniciar um verdadeiro balcão de negócios visando sepultar o impeachment, o Palácio do Planalto está cogitando só “fazer o pagamento” depois do impeachment ser derrubado na Câmara dos Deputados. Certamente essa tese não prosperará, pois se o acordo não for cumprido antes, com o governo fragilizado, depois é que não será.

RÁPIDAS

Daniel Coelho – A tentativa do prefeito Geraldo Julio de retirar a candidatura de Daniel Coelho foi frustrada. O PSDB não só aposta na candidatura do deputado como tem certeza que ele será o próximo prefeito do Recife.

Descartado – O deputado federal João Fernando Coutinho, que ainda nutria a pretensão de ser candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, afirmou que não acredita numa composição do PSB com Anderson Ferreira (PR). João crê que haverá uma aliança com o prefeito Elias Gomes e não necessariamente será o PSDB a encabeçar a chapa.

Inocente quer saber – Silvio Costa será o líder da oposição num eventual governo Michel Temer?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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