Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 3 de maio de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

O time de Temer 

O futuro presidente Michel Temer está prestes a consolidar a sua equipe ministerial a fim de apresentá-la tão logo Dilma Rousseff seja afastada pelo Senado, o que está previsto para o próximo dia 12. Muitos nomes estavam sendo especulados, inclusive alguns de Pernambuco, que estão praticamente certos na equipe ministerial como Mendonça Filho e Fernando Filho, que já havíamos abordado na nossa coluna.

A equipe começa com Henrique Meirelles no ministério da Fazenda, que será responsável para ajustar a economia e trazer credibilidade ao Brasil no cenário internacional. Para contribuir com essa tentativa de recuperação internacional, Temer decidiu chamar José Serra para as Relações Exteriores visando utilizar a larga experiência de quem já foi ministro do Planejamento e da Saúde, bem como prefeito e governador de São Paulo e duas vezes candidato a presidente da República.

No ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que estava em vias de ser extinto, o presidente Michel Temer optou pelo presidente da FIESP Paulo Skaf, o que poderá contribuir com a relação do governo com o PIB brasileiro. Skaf representa as indústrias e será um importante interlocutor na retomada da economia durante o governo Temer.

O presidente nacional do PSD Gilberto Kassab ficará novamente com o ministério das Cidades, pasta que ocupou durante o segundo governo Dilma Rousseff e há poucos dias optou por entregar o cargo para fazer o alinhamento com a posição do seu partido que foi de votar majoritariamente pelo impeachment da petista. Kassab é um dos maiores articuladores políticos do país, e poderá contribuir bastante na relação do Planalto com o Congresso Nacional.

De Pernabuco, como já haviamos falado, o deputado Mendonça Filho assume o ministério das Comunicações e o DEM poderá indicar aliados para os Correios e a Postalis, estatais que ficam subordinadas à pasta. Outro pernambucano a integrar a Esplanada é o deputado Fernando Filho, líder do PSB na Câmara, que estava cotado para a Integração Nacional, acabou ficando com o ministério dos Portos. Por fim Bruno Araújo, do PSDB, responsável pelo voto que guilhotinou Dilma Rousseff na Câmara, deverá assumir uma pasta que ainda não está definida.

O nome de Raul Jungmann para o ministério da Defesa acabou perdendo força para a indicação de Nelson Jobim, que já ocupou a pasta durante o governo Lula e que possui excelente relação com Michel Temer. Enquanto a situação de Augusto Coutinho para o ministério do Trabalho segue indefinida. Temer escolhe um time de políticos testados nas urnas e na política em si, que responderão pela pasta de tal maneira que possam ser reconhecidos pelo nome, coisa que não vinha acontecendo no governo Dilma, já que ela decidia nomear ilustres desconhecidos para os postos.

No geral Temer começa bem na sua equipe. Não tinha muito pra onde correr, muito menos querer inventar a roda. Se esse time conseguir recolocar o Brasil nos trilhos, dele poderá sair o nome para a sucessão em 2018 com chances de vitória tal como ocorreu com Fernando Henrique Cardoso durante o governo Itamar.

Banco Central – Ainda não há nada definido, porém as chances são grandes de o economista-chefe do Itaú Unibanco Ilan Goldfajn assumir a presidência do Banco Central. Ilan já foi diretor de política econômico do Banco Central até o início do governo Lula em 2003 quando acabou saindo do cargo. A escolha é mais uma sinalização ao mercado financeiro por parte de Michel Temer.

Caixa Econômica Federal – Já para a presidência da Cabaixa, Michel Temer decidiu pela escolha de Gilberto Occhi, que é funcionário de carreira da instituição e foi ministro da Integração Nacional e das Cidades durante o governo Dilma Rousseff. Occhi é uma indicação da bancada do PP no Senado e substitui Miriam Belchior.

Mantidos – Por enquanto, Michel Temer decidiu pela manutenção de Aldemir Bendine na presidência da Petrobras e de Alexandre de Abreu na presidência do Banco do Brasil. A medida serve para demais vice-presidências do Banco do Brasil e demais diretorias da Petrobras, que serão mantidas até segunda ordem.

Problema – Nomes praticamente certos são Henrique Eduardo Alves no Turismo e Romero Jucá no Planejamento, porém ambos estão encrencados com a operação Lava-Jato e poderão trazer dores de cabeça a Michel Temer durante o seu governo. Na avaliação de gente graúda em Brasília, é um equívoco nomeá-los.

RÁPIDAS

Rifado – Antes pule de dez para a secretaria de governo, o ex-ministro Geddel Vieira Lima poderá perder lugar para o ex-deputado Sandro Mabel (GO). A indicação de Mabel é uma reivindicação do centrão da Câmara dos Deputados, composto por PTB, PR, PSD, etc. Temer estaria inclinado a aceitar o pedido dos parlamentares.

Complicações – Alguns integrantes da mesa diretora da Câmara Municipal de Jaboatão dos Guararapes, que recentemente anunciaram apoio a pré-candidatura de Anderson Ferreira a prefeito de Jaboatão, poderão ter seus nomes envolvidos em escândalos de corrupção, é o que garante um funcionário da Câmara que se coloca como pré-candidato a vereador pelo PRTB.

Inocente quer saber – O que falta para Augusto Coutinho assumir o ministério do Trabalho?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 2 de maio de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

Os caminhos para a sucessão de Elias Gomes em Jaboatão

Nas eleições de 2008 um caso atípico marcou a vitória de Elias Gomes para a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Ele começou atrás nas pesquisas e não contava com grandes estruturas para a disputa. Seu principal adversário André Campos contava com o apoio irrestrito do então governador Eduardo Campos e do então presidente Lula, além de dezenas de candidatos a vereador e uma frente ampla de partidos.

Comendo pelas beiradas, Elias acabou vencendo no primeiro turno talvez a eleição mais histórica de Jaboatão. Ao longo do seu primeiro mandato, o tucano montou uma equipe com pessoas dos mais variados partidos, aglutinando ideologias distintas, chegando até a contar com o apoio do PT para o seu projeto. Dentre seus auxiliares destacaram-se Mirtes Cordeiro, Conceição Nascimento e Evandro Avelar, que hoje são cotados como possíveis nomes para a sua sucessão.

Passados quase oito anos, há uma série de desafios a serem enfrentados pelo prefeito, que tentará repetir a façanha do Cabo de Santo Agostinho em 1988, quando conseguiu eleger o sucessor. O primeiro deles é manter a tropa unida, uma vez que em 2012, já numa situação mais tranquila para buscar a reeleição, alcançou 14 partidos em torno do seu projeto e foi reeleito com 62,93% dos votos válidos.

Para manter a tropa unida, Elias Gomes considera a hipótese de indicar a candidatura de Evandro Avelar, que foi seu secretário entre 2009 e 2014, tendo sido secretário das Cidades de João Lyra Neto e atualmente ocupa a secretaria de Qualificação Profissional do governador Paulo Câmara. Evandro é um quadro técnico com larga experiência política, que foi candidato a vice-governador em 2006. Seria o nome para unificar a Frente Popular, incluindo partidos como PR e PSB, que hoje cogitam a hipótese de lançar candidato próprio. A postulação de Evandro também poderia contar com o apoio do PT, já que o partido integrou a base de sustentação de Elias ao longo do seu governo.

Caso não consiga unificar os esforços em torno de um projeto conjunto na figura de Evandro, Elias pode encontrar uma solução caseira, que teria Conceição Nascimento encabeçando a chapa e podendo incluir Mirtes Cordeiro na vice. De todo modo, Elias sabe que qualquer dos nomes será competitivo pois há uma gestão a ser defendida que com erros e acertos, deixa Jaboatão melhor do que recebeu em janeiro de 2009. Pelos próximos dias o tucano deverá definir o nome, mas antes disso pretende ouvir o governador Paulo Câmara, o senador Fernando Bezerra Coelho e outras lideranças políticas do estado que terão papel determinante na decisão tomada por Elias.

Posse – Indicado pelo governador Paulo Câmara para ser desembargador do TJPE, Silvio Neves Baptista Filho será empossado hoje no cargo em evento na sede do Tribunal de Justiça de Pernambuco a partir das 17 horas. O ato contará com a presença do governador Paulo Câmara e de muitas personalidades do mundo jurídico e político do estado.

Pé quente – Desde que assumiu o governo de Pernambuco, o governador Paulo Câmara, que é torcedor do Santa Cruz, viu seu time conquistar o Campeonato Pernambucano e o acesso para a Série A do Campeonato Brasileiro, ambos em 2015, e ontem viu o Santa Cruz ser campeão da Copa do Nordeste. Eduardo Campos, que era torcedor do Náutico, só viu um acesso para a Série A em 2011 e nenhum título no período em que foi governador.

Augusto Coutinho – Exercendo o segundo mandato de deputado federal, o presidente estadual do Solidariedade Augusto Coutinho está bastante cotado para assumir o ministério do Trabalho no governo Michel Temer caso a sigla fique mesmo com a pasta. Caso seja confirmado, Augusto estará dando o maior passo da sua trajetória política, já que foi vereador do Recife e deputado estadual antes de chegar ao mandato em Brasília.

Prestígio – O secretário de governo de Jaboatão dos Guararapes Jorge Lemos demonstrou prestígio ao reunir o deputado Ricardo Costa, o prefeito Elias Gomes, a secretária Mirtes Cordeiro, a sua esposa Claucione Lemos, que é pré-candidata a vereadora de Jaboatão pelo PSDB, e outras lideranças políticas na comemoração do seu aniversário ontem em Candeias.

RÁPIDAS

Suspensão – O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes atendendo a uma representação do Solidaridade, suspendeu a Medida Provisória editada por Dilma Rousseff que abria crédito extraordinário de R$ 100 milhões para propaganda institucional. Gilmar disse que não vê motivos para urgência em gastos com publicidade.

Reajustes – Após passar um longo período sem reajustar o Bolsa-Familia, a presidente Dilma Rousseff decidiu reajustar em cinco reais o valor do Bolsa-Familia, que passa de R$ 77,00 para R$ 82,00. Além disso, os benficiários terão direito a um reajuste de três reais nos benefícios adicionais. Dilma também corrigiu a tabela do Imposto de Renda em 5%, mas só valerá a partir de 2017.

Inocente quer saber – O Palácio do Campo das Princesas levará partidos da Frente Popular a apoiar o nome indicado por Elias Gomes para a sua sucessão?

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Postado por Edmar Lyra às 0:39 am do dia 1 de maio de 2016

Apesar da crise, Estado mantém prioridade nos serviços de saúde, educação e segurança

O Governo de Pernambuco continuará preservando os serviços de saúde, educação e segurança, apesar da queda na arrecadação, provocada pela crise eeconômica nacional. Entre janeiro e março deste ano, comparado com o mesmo período do ano passado, a arrecadação do ICMS caiu 2,2% e o repasse federal do Fundo de Participação dos Estados (FPE) foi reduzido em 2,9%. Os números do primeiro quadrimestre ainda não foram finalizados, mas as parciais já indicam a manutenção de retração da receita estadual.

A medida foi anunciada, neste sábado (30.04), após reunião do governador Paulo Câmara com todo secretariado, no Palácio do Campo das Princesas. O encontro, que durou cerca de três horas, analisou a atual situação econômica do Estado, tendo como base o primeiro trimestre de 2016. Paulo lamentou o cenário nacional de indefinição e falta de confiança, mas reafirmou a necessidade de o Governo do Estado buscar fazer mais como menos e de, sempre, preservar as ações e programas que beneficiam aqueles que mais precisam dos serviços públicos.

Entre as alternativas de compensação propostas, serão articuladas as vendas de ativos; a criação de nova empresa pública que focará na recuperação de débitos e emissão de debêntures; e a alteração da data de pagamento dos cargos comissionados. Também serão realizadas reuniões com todas as secretarias para definir outras estratégias e ajustes necessários nos programas e ações de cada uma das pastas.

“O governador determinou que nós priorizássemos esses três setores. Qualquer aumento na arrecadação, será destinado para essas áreas prioritárias. Infelizmente tivemos mais uma queda na receita, e, com isso, precisaremos nos adequar a essa realidade”, pontuou o secretário da Fazenda, Márcio Stefanni, que concedeu entrevista coletiva à Imprensa após o término da reunião do secretariado estadual.

Diante do cenário crítico para a economia do Brasil, as novas estratégias visam oferecer ao Estado, condições necessárias para a preservação dos serviços já prestados. “A expectativa é chegar ao final do ano com os compromissos em dia. O nosso maior objetivo é conseguir atender, da melhor forma, os nossos servidores, os nossos fornecedores, e, principalmente, a nossa população”, completou o secretário Márcio Stefanni.

Arquivado em: destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 0:36 am do dia 30 de abril de 2016

Silvio denuncia abandono do Bidu Krause

O deputado Silvio Costa Filho (PRB), realizou uma visita surpresa hoje ao Centro Social Bidu Krause, no bairro do Totó, abandonado pela administração da Prefeitura do Recife. Segundo relatos da comunidade, o equipamento, que já foi referência na área de esportes, lazer e assistência social; vem funcionando precariamente, por causa da falta de investimentos da gestão Geraldo Júlio.

No local – que hoje abriga posto de saúde, junta militar, centro de assistência social, creche, escola profissionalizante e unidade tecnológica – os serviços vêm funcionando precariamente, sobretudo no período da noite, por causa da falta de iluminação. “A última intervenção nesse espaço foi feita há mais de dez anos. A atual gestão investiu R$ 14,2 milhões em um único Compaz, mas se nega a fazer a manutenção de um equipamento como o Bidu Krause, bastante importante para toda a RPA 5”, avaliou Silvio.

Um exemplo das dificuldades enfrentas pela população, a dona de casa Ingrid Araújo relata a completa desassistência à comunidade, que além da reforma do Bidu Krause, cobra melhores serviços. “Cheguei aqui às 6 horas da manhã. Já são mais de 11h e ainda estou esperando para marcar uma consulta pediátrica para meu filho. Se tiver sorte consigo para quinta ou sexta-feira. Se não, só na semana que vem”, relatou.

Segundo o líder comunitário Ednaldo Rogaciano, à noite o espaço é proibido para a população. “Sem iluminação, falta segurança para as atividades noturnas. A regularização depende de uma subestação, mas a Prefeitura alega falta de recursos”, contou.

Mesmo reconhecendo que o Compaz, inspirado nas experiências de Bogotá, é um equipamento importante, Silvio destaca que recuperar o Bidu Krause teria um custo de apenas um terço de uma dessa unidades. Segundo relatos da comunidade, falta disposição da Prefeitura para solucionar o problema. “Na área esportiva, recuperar a iluminação do campo de futebol custaria R$ 300 mil, mas a mesma prefeitura que investe milhões no Compaz diz não dispor de R$ 300 mil para cá”, comparou o deputado. Além do campo sem iluminação, as piscinas estão abandonadas e a pista de cooper sem manutenção.

“Em momentos de restrição orçamentária, mais importante que inaugurar obras para aparecer na TV e no guia é cuidar dos equipamentos já existentes, para que eles continuem servindo à população. Gerir uma cidade é fazer escolhas, e nesse caso parece mais efetivo recuperar o Bidu Krause, e usar os recursos remanescentes para reforçar o atendimento à população, do que construir um novo Compaz”, pondera o deputado.

COMPLEXO DO CURADO

Depois da visita ao Bidu Krause, o deputado Silvio Costa Filho participou de reunião com os moradores do entorno do Complexo Prisional do Curado, junto com o deputado Edilson Silva (Psol) e com a vereadora Marília Arraes. Os parlamentares propuseram a criação de uma frente em defesa da comunidade e avaliaram algumas propostas para evitar a desapropriação das 52 casas anunciada pelo Governo do Estado.

“Uma alternativa que vamos levar ao Governo é o recuo da muralha do presídio. Pelas imagens do complexo, há espaço para que se faça a área de segurança recuando o muro, que segundo explicou o secretário Pedro Eurico, é de tijolo singelo, sendo mais fácil de ser deslocado”, destacou Silvio.

Arquivado em: destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 13:58 pm do dia 29 de abril de 2016

Kátia Abreu e Armando Monteiro deixarão ministérios para votar contra impeachment

Mais dois ministros deverão deixar o governo, mas não por estarem abandonando a presidente Dilma Rousseff, como os demais que deixaram seus cargos até agora. Os senadores e ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e da Agricultura, Kátia Abreu, vão sair dos seus cargos poucos dias antes da votação em plenário da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para o dia 11 de maio.

O objetivo é assegurar mais dois votos e ajudar a fazer a defesa da petista no Senado, na reta final. Outra estratégia que poderá ser adotada pelo governo, em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, é dar entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação questionando se as pedaladas fiscais são crime de responsabilidade, como afirma o pedido de afastamento.

Vários juristas têm sugerido esta proposta ao Planalto, que ainda está em estudo. A ação, no entanto, pode ser “uma faca de dois gumes”. De acordo com assessores palacianos, caso o STF dê razão ao governo, ótimo. Mas, o fato é que não há certeza sobre isso e, como o tribunal tem imposto muitas derrotas ao Planalto, há um temor de que, caso o STF diga que pedalada é crime, seja uma sentença final, antes do final do julgamento. Por isso, a decisão é considerada delicada por alguns assessores do Palácio, que ainda vão discutir mais esta estratégia com os principais assessores diretos de Dilma e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (AE)

Arquivado em: Brasil, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 13:34 pm do dia 29 de abril de 2016

Fernando Bezerra Coelho apresenta argumentos pela admissibilidade do impeachment por crime de responsabilidade

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), ex-ministro de Dilma, não se furtou a apresentar um resumo dos argumentos à Comissão Especial do Impeachment no Senado, em defesa da admissibilidade do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff.

“É preciso ficar claro que o que fundamenta o pedido de impeachment não é a reprovação das contas em si; mas, a deliberada inobservância de postulados concernentes à responsabilidade fiscal, à lei orçamentária e à higidez (saúde) das finanças públicas”.

O senador, afirmando estar amparado por dispositivos da Constituição Federal de 1988 e da “Lei do Impeachment” (Lei 1.070/1950), disse que demonstrava que, conforme o direito constitucional brasileiro, o processo de impedimento é “eminentemente político”, bastando que o Legislativo constate a violação das leis orçamentárias por parte do presidente da República para que o chefe do Executivo responda por crime de responsabilidade.

“Assim, exaure-se a conduta típica, por exemplo, com a ordem da presidente de abrir crédito em desacordo com as prescrições legais. Só isso bastaria para o Poder Legislativo enquadrar a conduta da presidente como crime de responsabilidade”, disse Fernando Bezerra Coelho, titular da Comissão Especial do Impeachment no Senado.

Na sua fala, FBC também analisou as bases históricas (inglesa e norte-americana) que inspiraram as constituições brasileiras desde a proclamação da República e concluiu que “pode-se perceber, claramente, que a questão acerca da pendência de julgamento das contas da presidente da República, pelo Congresso Nacional, não encontra qualquer fundamento para se tornar um pré-requisito (para o julgamento do impeachment)”.

Bezerra Coelho também disse que, a exemplo do processo de impedimento do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, a denúncia para a abertura daquele processo de impeachment fundamentou-se nas conclusões de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e sem conclusão definitiva sobre tal denúncia.

“Esta Casa não se deve ater apenas a um suposto aspecto técnico, pois é mais do que pacífico o entendimento de que o impeachment é um processo político. Portanto, comporta, sim, um juízo político das manobras fiscais irregulares, que estão umbilicalmente ligadas à perda da autoridade e do apoio político pela senhora presidente da República”, disse o senador.

Arquivado em: Brasil, destaque, Outras Regiões, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 29 de abril de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

PSB precisa se posicionar 

O PSB manteve por muitos anos uma relação histórica com o PT, chegando a apoiar Lula em 1989, 1994 e 1998 no primeiro turno, no segundo turno de 2002 após lançar Anthony Garotinho e em 2006. Em 2010 o PSB integrou a coligação que elegeu Dilma Rousseff, chegando a indicar Fernando Bezerra Coelho para o ministério da Integração Nacional, cargo que ele ocupou até 2013 quando o PSB rompeu com o PT para lançar Eduardo Campos à presidência.

Os equívocos de rumos tomados por Dilma Rousseff ainda no seu primeiro mandato mandaram o PSB de Eduardo Campos para a oposição. E foi lastreado num projeto de oposição que Eduardo candidatou-se a presidente da República. Se quisesse continuar apoiando o PT e Dilma Rousseff, Eduardo poderia ter se lançado candidato a senador e talvez estivesse vivo até hoje.

Foi lutando contra o PT e contra o governo Dilma Rousseff que Eduardo morreu. Ao PSB cabia respeitar a vontade de Eduardo de seguir contrário ao projeto do PT. Não só uma forma de respeitar a memória de Eduardo como também respeitar a vontade das urnas que colocaram o partido na oposição. Apesar de alguns membros do PSB defenderem o alinhamento com o PT após a morte de Eduardo, a maioria do partido, que elegeu três governadores, seis senadores e mais de trinta deputados federais, preferiu a independência em relação ao governo Dilma.

No momento em que o impeachment ganhou força, o PSB decidiu votar em sua maioria a favor na Câmara dos Deputados. Apenas cinco parlamentares da sigla se posicionaram contra o impeachment por terem uma grande afinidade com o PT. Porém é discutido agora um novo momento no que diz respeito ao PSB. Primeiro sobre a tese estapafúrdia de membros do PSB embarcarem em defender novas eleições, quando há um processo legal que está em vias de culminar no afastamento de Dima Rousseff. Não há amparo legal para que seja apresentada uma PEC que mude as regras do jogo no meio do jogo, defender novas eleições é coisa de gente que não tem projeto pro Brasil e que quer jogar para a plateia. O outro ponto diz respeito ao posicionamento do PSB em relação ao governo Temer. Ora, se o PSB em 2014 ficou contra o PT, se optou por embarcar na tese do impeachment, sendo fiador do processo que afastou Dilma, por quê o partido quer lavar as mãos em relação ao governo Temer, fingindo uma isenção que não compete no momento?

O PSB precisa descer do muro porque Rodrigo Rollemberg, Paulo Câmara e Ricardo Coutinho estão enfrentando problemas sérios para gerir os estados por conta da crise econômica federal. Eles mais do que ninguém precisam que o governo federal esteja fortalecido e que alguém do partido possa despachar na Esplanada no governo Temer a fim de facilitar o diálogo e a captação de recursos para melhorar a situação dos seus estados.

Eduardo Campos e Miguel Arraes, os maiores líderes da história do PSB, sempre se posicionaram nos momentos de dificuldade nacional, como o que vivenciamos neste momento. Quando Eduardo decidiu sair do governo de Pernambuco para disputar à presidência afirmou que jamais iria faltar a Pernambuco, bem como na sua última entrevista ao Jornal Nacional conclamou os brasileiros a não desistirem do Brasil. Em respeito a Eduardo, o PSB precisa mais do que nunca se comprometer com o governo Temer assumindo uma pasta na Esplanada, para fazer jus ao seu maior líder, sem faltar ao país e muitos menos desistir do Brasil, pois o momento exige posicionamento e firmeza daqueles que fazem parte da política brasileira. Ficar em cima do muro não é coerente com a história de Eduardo, de Arraes e do próprio PSB.

Araripina – Com a crise financeira que assola todo o país, os prefeitos do interior de Pernambuco já começam a planejar os festejos juninos deste ano, porém estão sem saber o que fazer para a realização do evento tradicional. Em Araripina o prefeito Alexandre Arraes decidiu diminuir em 50% os custos dos festejos juninos em relação ao ano de 2015. O prefeito espera poder contar com o apoio do governo de Pernambuco e a compreensão da população para que mesmo fazendo um evento de menor porte, possa garantir um evento satisfatório para o povo de Araripina bem como o pleno funcionamento dos serviços básicos da população.

Troco – Presidente estadual do PSC, o deputado estadual André Ferreira cogita disputar a prefeitura do Recife em faixa própria a fim de dar o troco no movimento feito pelo Palácio do Campo das Princesas para tirar o comando do PR do deputado Anderson Ferreira, bem como proibir a sua candidatura a prefeito de Jaboatão dos Guararapes.

Itamaraty – Após ser cotado para Fazenda, Planejamento, Educação e Saúde, o senador José Serra parece que teve o seu destino definido. Ele será ministro das Relações Exteriores, que herdará parte das atribuições do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que será extinto. Nesta pasta, Serra fica mais distante do sonho de ser candidato a presidente da República em 2018.

Fernando Filho – Caso o PSB decida integrar o governo Temer ocupando uma pasta na Esplanada dos Ministérios, o líder do partido na Câmara dos Deputados Fernando Filho poderá ser indicado para a Integração Nacional, pasta que já foi ocupada pelo seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho no primeiro governo Dilma Rousseff. Além de Fernando Filho, correm por fora Beto Albuquerque e Renato Casagrande para ocupar o cargo destinado ao PSB na Esplanada.

RÁPIDAS

Reeleição – Em entrevista ao SBT o vice-presidente Michel Temer afirmou que não será candidato a presidente em 2018 bem como acabará com a reeleição. Tal decisão facilita a estabilidade do seu governo, já que ele ficará livre para colocar as medidas necessárias ao país em prática sem se preocupar com questiúnculas eleitorais.

Limpeza – A ordem no Palácio do Planalto é dificultar ao máximo a vida de Michel Temer, inclusive destruindo documentos com informações dos programas do governo a fim de estabelecer o caos. Isso geralmente é visto em cidades pequenas de interior. Uma prática mesquinha que jamais deveria ser repetida pelo governo Dilma Rousseff.

Inocente quer saber – O deputado Mendonça Filho manterá a candidatura de Priscila Krause caso vire ministro de Temer?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 27 de abril de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

O novo Grupo Independente 

Após a reeleição de Jarbas Vasconcelos em 2002 que levou para o Senado Marco Maciel e Sérgio Guerra, um grupo composto por Luiz Piauhylino, José Múcio Monteiro, Joaquim Francisco, Armando Monteiro e Roberto Magalhães decidiu romper com o então governador Jarbas Vasconcelos visando as eleições de 2004 pela prefeitura do Recife. Isso se deu por insatisfações destes políticos com o próprio Jarbas, com Cadoca que era o todo poderoso no governo Jarbas e viria a ser candidato do PMDB a prefeito do Recife. O grupo independente lançou Joaquim Francisco a prefeito, que ficou em terceiro lugar, e cogitava lançar Armando Monteiro a governador dois anos depois, que acabou desistindo para apoiar Humberto Costa.

Aquela criação do Grupo Independente fraturou a União por Pernambuco, que perdeu a disputa com Cadoca pela prefeitura do Recife e em 2006 viria a perder com Mendonça Filho o governo de Pernambuco para Eduardo Campos. Para as eleições de 2016 há apenas um ensaio de ruptura com a Frente Popular liderada pelo governador Paulo Câmara, que só deverá ser posto em prática a partir de 2017.

Conversam entre si um grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho, que há muito tempo acalenta o sonho de ser governador de Pernambuco e deverá romper com Paulo Câmara, uma vez que a relação entre ambos é meramente institucional, mesmo ambos tendo sido eleitos na mesma chapa em 2014. Isso se agravou por conta da formação do secretariado do governador, que não ouviu uma demanda do senador para a secretaria de Desenvolvimeno Econômico, e a informação oficial foi passada por uma mensagem de whatsapp, o que azedou de uma vez por todas a situação dos políticos socialistas.

Além de Fernando, outros nomes integram esse ensaio. Trata-se do ministro Armando Monteiro, que em breve deverá voltar ao Senado para cumprir o restante do seu mandato, podendo buscar a reeleição na chapa de Fernando ou tentar uma volta para a Câmara dos Deputados. Os demais membros desse futuro Grupo Independente são o deputado federal Eduardo da Fonte que sonha acordado com a possibilidade de ser senador e o atual secretário dos Transportes Sebastião Oliveira, que deverá herdar a presidência estadual do PR em breve, e que poderia ser candidato a vice-governador.

Isso tem passado pelas rodas políticas do estado, e como há um vácuo de liderança deixado por Eduardo Campos, Fernando Bezerra Coelho estaria se movimentando bastante para tomar o governo de Paulo Câmara inclusive atraindo outros partidos e lideranças que orbitam em torno do PSB. Fernando cogita a possibilidade de se filiar ao PDT e quer convencer Wolney Queiroz a abraçar o seu projeto no estado. Resta muito tempo para 2018, mas o jogo já está sendo jogado.

Saída – Rifado da disputa pela prefeitura do Recife pelo PSDB, o deputado federal Daniel Coelho agora está esperando a construção de uma saída honrosa, que passaria pela sua indicação para o ministério de Meio Ambiente do governo Michel Temer. O PSDB poderá ficar com três a quatro vagas na Esplanada. Com a saída de Daniel Coelho do páreo a reeleição de Geraldo Julio ficaria mais tranquila.

Esboço – O ministério de Michel Temer, que deve contar com no máximo 25 pastas, já começa a ser esboçado. Apesar de não ter convites oficiais, Temer já tem na cabeça os nomes que ocuparão as pastas. Além de Henrique Meirelles, que ficará no comando da Fazenda, o novo ministério terá José Serra (Educação), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Infraestrutura), Geddel Vieira Lima (Governo) e Mariz de Oliveira (Justiça).

Mendonça Filho – Combativo opositor do PT, o deputado Mendonça Filho (DEM), que já foi governador de Pernambuco, é pule de dez para integrar a equipe do futuro presidente Michel Temer. Ele é cotado para ser o ministro da Integração Nacional, que já foi ocupada pelo senador Fernando Bezerra Coelho durante o primeiro governo Dilma Rousseff.

Chip – A Polícia Federal encontrou um chip de celular no escombros do acidente que vitimou o ex-governador Eduardo Campos. A expectativa é que possam ser encontradas informações que contribuam para a elucidação da queda da aeronave Cessna Citation que matou sete pessoas em agosto de 2014 em Santos.

RÁPIDAS

Indício – Após perder o comando estadual do PR para o secretário Sebastião Oliveira, que deverá ser oficializado presidente em breve, o deputado Anderson Ferreira não está mais tocando no assunto sobre a candidatura a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, evidenciando um indício claro que não será mais candidato este ano.

Reeleição – A Câmara dos Deputados aprovou ontem em primeiro turno por 452 votos a favor e 19 contra o fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República.  A PEC será apreciada no segundo turno da Câmara para ser levada ao Senado. Se for aprovada só valerá para os prefeitos em 2020 e aos governadores em 2022 que almejarem a reeleição e ficarão impossibilitados.

Inocente quer saber – Depois de Daniel Coelho, quem será o próximo candidato rifado da disputa pela prefeitura do Recife?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 26 de abril de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Governo Dilma em contagem regressiva para chegar ao fim 

Após a Câmara dos Deputados aprovar no último dia 17 o impeachment de Dilma Rousseff com 367 votos a favor e apenas 137 contrários, o Senado se debruça no processo através da comissão especial que começa a analisar o impeachment. Pelo prazo de dez dias úteis, a expectativa é que o impeachment vá ao plenário do Senado no dia 11 de maio, portanto pouco mais de quinze dias. Caso seja aprovado pelo plenário, onde já existem quase 50 senadores favoráveis ao impedimento, Dilma será automaticamente afastada por 180 dias, quando num novo julgamento, desta vez presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, o Senado por maioria qualificada, ou seja 54 votos, poderá afastar definitivamente Dilma Rousseff do cargo, em caso de positivo, Dilma também perderá os direitos políticos por oito anos.

O governo Dilma Rousseff perdeu toda e qualquer condição de continuar. Venceu a eleição de 2014 omitindo a verdade e atacando seus principais adversários de uma forma sórdida. O estelionato eleitoral do PT uma hora teria que ser pago com juros e correção monetária. Se existe alguém culpado pela queda do governo, este alguém é a própria Dilma, que não é afeita ao diálogo, nem com a sociedade e muito menos com o Congresso Nacional. Repetindo Collor, quando decidiu não fazer política no cargo de presidente, Dilma entrará numa sepultura política que ela própria cavou.

Desde a saída de Collor em 1992, se passaram quase 24 anos. Do governo Itamar Franco ao governo Lula, passando pelo de FHC, todos eles entregaram o país ao sucessor melhor do que receberam. Enquanto Dilma Rousseff, que recebeu um governo equilibrado de Lula, entregará a Michel Temer um governo muito pior, com o desemprego em alta, a inflação em dois dígitos, o dólar beirando quatro reais, etc. É um governo que não deixará a menor saudade, pois a própria presidente não teve o menor preparo para ocupar o cargo, conseguindo ser muito pior que Fernando Collor, que foi apenas imaturo, enquanto ela é uma presidente incompetente.

O fim do governo Dilma, que deve ocorrer daqui a 15 dias, é a crônica de uma morte anunciada. É a chance do país tentar restabelecer o mínimo de rumo e uma pequena condição de recuperar a economia. Passado o processo de impeachment, é fundamental que o futuro presidente Michel Temer possa ter uma trégua de pelo menos noventa dias no âmbito da condução política e principalmente da econômica. Pois não será fácil reerguer um país atolado na falta de comando, numa recessão e numa crise política sem precedentes. Reconstruir a terra arrasada deixada por Dilma demandará determinação, competência e foco do presidente Michel Temer. Mas pelo menos uma coisa é evidente: falta pouco para acabar o governo mais nefasto do país desde a sua redemocratização em 1985.

Jorge Lemos – Secretário de Comunicação da gestão de Elias Gomes, o jornalista Jorge Lemos deverá assumir a secretaria de Governo de Jaboatão dos Guararapes nos próximos dias. Jorge ocuparia o posto no momento em que o processo de sucessão de Elias começa a ser deflagrado, onde Evandro Avelar, Conceição Nascimento e Mirtes Cordeiro aguardam a indicação de candidato apoiado pelo prefeito tucano.

Final – O secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer Felipe Carreras, responsável pela gestão da Arena Pernambuco, pretende levar a final do Campeonato Pernambucano para o estádio em São Lourenço da Mata. Sport e Santa Cruz estão avaliando a possibilidade de levar os dois jogos para a Arena, mas nas redes sociais os torcedores dos dois clubes não estão muito animados com a hipótese. Preferem a tradicionalidade da Ilha do Retiro e do Arruda.

Uber – Chovem vídeos nas redes sociais com confusões de taxistas com usuários do Uber no Recife. Isso mostra a necessidade do poder público regulamentar a nova modalidade de transporte, bem como coibir possíveis abusos por parte de taxistas. Caso o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara não tomem medidas urgentes, essas confusões podem terminar em morte pois todo mundo quer ter razão e acabam perdendo a razão.

Imprudência – Os policiais estão reivindicando 16,5% de aumento salarial do governo de Pernambuco e ameaçam deflagrar greve nesta quarta-feira. Há uma falta de senso por parte dos policiais porque o governo já atingiu o limite prudencial de gasto com o funcionalismo graças a queda de arrecadação proporcionada pela crise econômica. Não é uma questão de má vontade do governo, mas sim um óbice determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O mais prudente seria os policiais buscarem entender a situação que vive o país e esperar uma melhora nas finanças públicas do estado para cobrar aumento.

RÁPIDAS

Governo – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que aprova a entrada do PSDB no governo Michel Temer indicando quadros para ministérios. Uma ala liderada pelo senador Aécio Neves e pelo governador Geraldo Alckmin defende apoio a Temer sem cargos, enquanto a outra liderada pelos senadores José Serra e Aloysio Nunes Ferreira querem que o PSDB assuma pastas na Esplanada.

Negativo – O secretário da Casa Civil Antonio Figueira negou que o PSB tenha negociado a saída de Daniel Coelho da disputa pela prefeitura do Recife na votação do impeachment com o PSDB de Aécio Neves e com o PMDB de Michel Temer. A votação maciça do PSB pelo impeachment foi em sintonia com o que pensava a sociedade brasileira de acordo com Figueira.

Inocente quer saber – Sebastião Oliveira ficou mesmo com o comando estadual do PR e vetará a candidatura de Anderson Ferreira a prefeito de Jaboatão?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 25 de abril de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

PSDB não pode ficar em cima do muro 

Fruto de uma dissidência do PMDB, o PSDB chegou ao Palácio do Planalto em 1995 com Fernando Henrique Cardoso, apenas sete anos após a sua fundação. Isso só foi possível porque o então senador por São Paulo Fernando Henrique Cardoso aceitou assumir o ministério das Relações Exteriores e do governo Itamar Franco, e oito meses depois ocupar o ministério da Fazenda, sendo o responsável pelo Plano Real que foi capaz de vencer a hiperinflação.

Idealizador do Real, FHC que estava com dificuldades de se reeleger senador em 1994, foi quando através do sucesso na moeda, se tornou candidato a presidente e se elegeu graças ao que foi implementado por FHC no ministério da Fazenda. O PSDB só chegou ao Palácio do Planalto porque, diferentemente do PT, não só apoiou Itamar após o impeachment de Collor, como também fez parte do governo indicando quadros.

A história constrói mais uma oportunidade ao PSDB de servir ao país, desta vez num novo processo de impeachment, sendo que em vez de Fernando Collor, Dilma Rousseff, do PT que derrotou o PSDB nas últimas quatro eleições presidenciais. Depois do impeachment avançar, um desejo não só dos 51 milhões de brasileiros que votaram no PSDB em 2014, mas também de parte significativa do próprio eleitorado de Dilma, Michel Temer tem todas as condições para assumir o mandato de presidente da República em meados de maio.

Cabe ao PSDB não só o apoio a Michel Temer no Congresso Nacional, como principalmente ofertar seus melhores quadros para integrarem a equipe do futuro presidente. O risco do governo Temer não dar certo existe, como também havia um forte risco de Itamar Franco não ser bem-sucedido no cargo. Mas o PSDB precisa mostrar que está pensando no país e não na próxima eleição presidencial. Se omitir desta responsabilidade é mostrar que não há compromisso nenhum com o país, igualando-se ao PT na época de Itamar, que se negou a apoiá-lo e perdeu mais duas eleições presidenciais para poder chegar ao poder.

Não dá para o PSDB ficar em cima do muro no complexo momento que o país enfrenta, pois a omissão é atitude de gente covarde e oportunista. Não é isso que se espera de um partido cujo slogan é “oposição a favor do Brasil”. Se o PSDB de fato for a favor do Brasil permitirá que seus melhores quadros sirvam ao governo Temer e deixe para pensar em 2018 somente em 2018.

Interlocução – O vice-presidente Michel Temer, que está projetando Henrique Meirelles para o ministério da Fazenda, deverá convocar o senador Romero Jucá para o cargo de ministro do Planejamento. Temer não quer repetir o erro de Dilma, que não fez uma ponte entre a equipe econômica e o Congresso Nacional. Com isso Temer espera manter uma boa interlocução com o Congresso.

Marília Arraes – A vereadora Marília Arraes deverá ser o nome do PT para compor a chapa encabeçada pelo deputado Sílvio Costa Filho (PRB). João Paulo teria confessado a interlocutores a sua indisposição de disputar a prefeitura. Como deverá sair da Sudene após o impeachment de Dilma, João estuda ser candidato a vereador na coligação liderada por Silvio, por isso o caminho fica livre para Marília.

Caminho – Um dos principais defensores de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o vice-líder do governo Silvio Costa cogita a hipótese de se filiar ao PT. Uma vez no PT, Silvio acredita que pode ser uma das principais lideranças do partido em Pernambuco, já que em 2014 a sigla não elegeu nenhum deputado federal e ficou com apenas dois deputados estaduais.

Democratas – Após lançar a pré-candidatura de Priscila Krause a prefeita do Recife, o Democratas tentará convencer a deputada de desistir do projeto. É que o presidente estadual deputado Mendonça Filho continua interessado em levar o partido a apoiar a reeleição do prefeito Geraldo Julio, uma vez que se sente bastante confortável na Frente Popular.

RÁPIDAS 

Gilberto Kassab – O ex-ministro das Cidades Gilberto Kassab participou da conversa de Michel Temer com Henrique Meirelles, que é filiado ao PSD, partido presidido nacionalmente por Kassab. A expectativa é que além do ministério da Fazenda, o PSD possa indicar o próprio Kassab para um cargo importante no governo federal.

Rodrigo Coutinho – Uma das principais apostas do Solidariedade para a Câmara Municipal do Recife é Rodrigo Coutinho, que é filho e herdeiro político do deputado Augusto Coutinho, presidente estadual da sigla. Augusto e Rodrigo aproveitaram o final de semana para visitar várias comunidades do Recife.

Inocente quer saber – O secretário de Agricultura Nilton Mota desistiu de disputar a prefeitura de Surbim?

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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