Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 0:36 am do dia 30 de abril de 2016

Silvio denuncia abandono do Bidu Krause

O deputado Silvio Costa Filho (PRB), realizou uma visita surpresa hoje ao Centro Social Bidu Krause, no bairro do Totó, abandonado pela administração da Prefeitura do Recife. Segundo relatos da comunidade, o equipamento, que já foi referência na área de esportes, lazer e assistência social; vem funcionando precariamente, por causa da falta de investimentos da gestão Geraldo Júlio.

No local – que hoje abriga posto de saúde, junta militar, centro de assistência social, creche, escola profissionalizante e unidade tecnológica – os serviços vêm funcionando precariamente, sobretudo no período da noite, por causa da falta de iluminação. “A última intervenção nesse espaço foi feita há mais de dez anos. A atual gestão investiu R$ 14,2 milhões em um único Compaz, mas se nega a fazer a manutenção de um equipamento como o Bidu Krause, bastante importante para toda a RPA 5”, avaliou Silvio.

Um exemplo das dificuldades enfrentas pela população, a dona de casa Ingrid Araújo relata a completa desassistência à comunidade, que além da reforma do Bidu Krause, cobra melhores serviços. “Cheguei aqui às 6 horas da manhã. Já são mais de 11h e ainda estou esperando para marcar uma consulta pediátrica para meu filho. Se tiver sorte consigo para quinta ou sexta-feira. Se não, só na semana que vem”, relatou.

Segundo o líder comunitário Ednaldo Rogaciano, à noite o espaço é proibido para a população. “Sem iluminação, falta segurança para as atividades noturnas. A regularização depende de uma subestação, mas a Prefeitura alega falta de recursos”, contou.

Mesmo reconhecendo que o Compaz, inspirado nas experiências de Bogotá, é um equipamento importante, Silvio destaca que recuperar o Bidu Krause teria um custo de apenas um terço de uma dessa unidades. Segundo relatos da comunidade, falta disposição da Prefeitura para solucionar o problema. “Na área esportiva, recuperar a iluminação do campo de futebol custaria R$ 300 mil, mas a mesma prefeitura que investe milhões no Compaz diz não dispor de R$ 300 mil para cá”, comparou o deputado. Além do campo sem iluminação, as piscinas estão abandonadas e a pista de cooper sem manutenção.

“Em momentos de restrição orçamentária, mais importante que inaugurar obras para aparecer na TV e no guia é cuidar dos equipamentos já existentes, para que eles continuem servindo à população. Gerir uma cidade é fazer escolhas, e nesse caso parece mais efetivo recuperar o Bidu Krause, e usar os recursos remanescentes para reforçar o atendimento à população, do que construir um novo Compaz”, pondera o deputado.

COMPLEXO DO CURADO

Depois da visita ao Bidu Krause, o deputado Silvio Costa Filho participou de reunião com os moradores do entorno do Complexo Prisional do Curado, junto com o deputado Edilson Silva (Psol) e com a vereadora Marília Arraes. Os parlamentares propuseram a criação de uma frente em defesa da comunidade e avaliaram algumas propostas para evitar a desapropriação das 52 casas anunciada pelo Governo do Estado.

“Uma alternativa que vamos levar ao Governo é o recuo da muralha do presídio. Pelas imagens do complexo, há espaço para que se faça a área de segurança recuando o muro, que segundo explicou o secretário Pedro Eurico, é de tijolo singelo, sendo mais fácil de ser deslocado”, destacou Silvio.

Arquivado em: destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 13:58 pm do dia 29 de abril de 2016

Kátia Abreu e Armando Monteiro deixarão ministérios para votar contra impeachment

Mais dois ministros deverão deixar o governo, mas não por estarem abandonando a presidente Dilma Rousseff, como os demais que deixaram seus cargos até agora. Os senadores e ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, e da Agricultura, Kátia Abreu, vão sair dos seus cargos poucos dias antes da votação em plenário da admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, previsto para o dia 11 de maio.

O objetivo é assegurar mais dois votos e ajudar a fazer a defesa da petista no Senado, na reta final. Outra estratégia que poderá ser adotada pelo governo, em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff, é dar entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) com ação questionando se as pedaladas fiscais são crime de responsabilidade, como afirma o pedido de afastamento.

Vários juristas têm sugerido esta proposta ao Planalto, que ainda está em estudo. A ação, no entanto, pode ser “uma faca de dois gumes”. De acordo com assessores palacianos, caso o STF dê razão ao governo, ótimo. Mas, o fato é que não há certeza sobre isso e, como o tribunal tem imposto muitas derrotas ao Planalto, há um temor de que, caso o STF diga que pedalada é crime, seja uma sentença final, antes do final do julgamento. Por isso, a decisão é considerada delicada por alguns assessores do Palácio, que ainda vão discutir mais esta estratégia com os principais assessores diretos de Dilma e com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. (AE)

Arquivado em: Brasil, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 13:34 pm do dia 29 de abril de 2016

Fernando Bezerra Coelho apresenta argumentos pela admissibilidade do impeachment por crime de responsabilidade

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), ex-ministro de Dilma, não se furtou a apresentar um resumo dos argumentos à Comissão Especial do Impeachment no Senado, em defesa da admissibilidade do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff.

“É preciso ficar claro que o que fundamenta o pedido de impeachment não é a reprovação das contas em si; mas, a deliberada inobservância de postulados concernentes à responsabilidade fiscal, à lei orçamentária e à higidez (saúde) das finanças públicas”.

O senador, afirmando estar amparado por dispositivos da Constituição Federal de 1988 e da “Lei do Impeachment” (Lei 1.070/1950), disse que demonstrava que, conforme o direito constitucional brasileiro, o processo de impedimento é “eminentemente político”, bastando que o Legislativo constate a violação das leis orçamentárias por parte do presidente da República para que o chefe do Executivo responda por crime de responsabilidade.

“Assim, exaure-se a conduta típica, por exemplo, com a ordem da presidente de abrir crédito em desacordo com as prescrições legais. Só isso bastaria para o Poder Legislativo enquadrar a conduta da presidente como crime de responsabilidade”, disse Fernando Bezerra Coelho, titular da Comissão Especial do Impeachment no Senado.

Na sua fala, FBC também analisou as bases históricas (inglesa e norte-americana) que inspiraram as constituições brasileiras desde a proclamação da República e concluiu que “pode-se perceber, claramente, que a questão acerca da pendência de julgamento das contas da presidente da República, pelo Congresso Nacional, não encontra qualquer fundamento para se tornar um pré-requisito (para o julgamento do impeachment)”.

Bezerra Coelho também disse que, a exemplo do processo de impedimento do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, a denúncia para a abertura daquele processo de impeachment fundamentou-se nas conclusões de uma Comissão Parlamentar de Inquérito e sem conclusão definitiva sobre tal denúncia.

“Esta Casa não se deve ater apenas a um suposto aspecto técnico, pois é mais do que pacífico o entendimento de que o impeachment é um processo político. Portanto, comporta, sim, um juízo político das manobras fiscais irregulares, que estão umbilicalmente ligadas à perda da autoridade e do apoio político pela senhora presidente da República”, disse o senador.

Arquivado em: Brasil, destaque, Outras Regiões, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 29 de abril de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

PSB precisa se posicionar 

O PSB manteve por muitos anos uma relação histórica com o PT, chegando a apoiar Lula em 1989, 1994 e 1998 no primeiro turno, no segundo turno de 2002 após lançar Anthony Garotinho e em 2006. Em 2010 o PSB integrou a coligação que elegeu Dilma Rousseff, chegando a indicar Fernando Bezerra Coelho para o ministério da Integração Nacional, cargo que ele ocupou até 2013 quando o PSB rompeu com o PT para lançar Eduardo Campos à presidência.

Os equívocos de rumos tomados por Dilma Rousseff ainda no seu primeiro mandato mandaram o PSB de Eduardo Campos para a oposição. E foi lastreado num projeto de oposição que Eduardo candidatou-se a presidente da República. Se quisesse continuar apoiando o PT e Dilma Rousseff, Eduardo poderia ter se lançado candidato a senador e talvez estivesse vivo até hoje.

Foi lutando contra o PT e contra o governo Dilma Rousseff que Eduardo morreu. Ao PSB cabia respeitar a vontade de Eduardo de seguir contrário ao projeto do PT. Não só uma forma de respeitar a memória de Eduardo como também respeitar a vontade das urnas que colocaram o partido na oposição. Apesar de alguns membros do PSB defenderem o alinhamento com o PT após a morte de Eduardo, a maioria do partido, que elegeu três governadores, seis senadores e mais de trinta deputados federais, preferiu a independência em relação ao governo Dilma.

No momento em que o impeachment ganhou força, o PSB decidiu votar em sua maioria a favor na Câmara dos Deputados. Apenas cinco parlamentares da sigla se posicionaram contra o impeachment por terem uma grande afinidade com o PT. Porém é discutido agora um novo momento no que diz respeito ao PSB. Primeiro sobre a tese estapafúrdia de membros do PSB embarcarem em defender novas eleições, quando há um processo legal que está em vias de culminar no afastamento de Dima Rousseff. Não há amparo legal para que seja apresentada uma PEC que mude as regras do jogo no meio do jogo, defender novas eleições é coisa de gente que não tem projeto pro Brasil e que quer jogar para a plateia. O outro ponto diz respeito ao posicionamento do PSB em relação ao governo Temer. Ora, se o PSB em 2014 ficou contra o PT, se optou por embarcar na tese do impeachment, sendo fiador do processo que afastou Dilma, por quê o partido quer lavar as mãos em relação ao governo Temer, fingindo uma isenção que não compete no momento?

O PSB precisa descer do muro porque Rodrigo Rollemberg, Paulo Câmara e Ricardo Coutinho estão enfrentando problemas sérios para gerir os estados por conta da crise econômica federal. Eles mais do que ninguém precisam que o governo federal esteja fortalecido e que alguém do partido possa despachar na Esplanada no governo Temer a fim de facilitar o diálogo e a captação de recursos para melhorar a situação dos seus estados.

Eduardo Campos e Miguel Arraes, os maiores líderes da história do PSB, sempre se posicionaram nos momentos de dificuldade nacional, como o que vivenciamos neste momento. Quando Eduardo decidiu sair do governo de Pernambuco para disputar à presidência afirmou que jamais iria faltar a Pernambuco, bem como na sua última entrevista ao Jornal Nacional conclamou os brasileiros a não desistirem do Brasil. Em respeito a Eduardo, o PSB precisa mais do que nunca se comprometer com o governo Temer assumindo uma pasta na Esplanada, para fazer jus ao seu maior líder, sem faltar ao país e muitos menos desistir do Brasil, pois o momento exige posicionamento e firmeza daqueles que fazem parte da política brasileira. Ficar em cima do muro não é coerente com a história de Eduardo, de Arraes e do próprio PSB.

Araripina – Com a crise financeira que assola todo o país, os prefeitos do interior de Pernambuco já começam a planejar os festejos juninos deste ano, porém estão sem saber o que fazer para a realização do evento tradicional. Em Araripina o prefeito Alexandre Arraes decidiu diminuir em 50% os custos dos festejos juninos em relação ao ano de 2015. O prefeito espera poder contar com o apoio do governo de Pernambuco e a compreensão da população para que mesmo fazendo um evento de menor porte, possa garantir um evento satisfatório para o povo de Araripina bem como o pleno funcionamento dos serviços básicos da população.

Troco – Presidente estadual do PSC, o deputado estadual André Ferreira cogita disputar a prefeitura do Recife em faixa própria a fim de dar o troco no movimento feito pelo Palácio do Campo das Princesas para tirar o comando do PR do deputado Anderson Ferreira, bem como proibir a sua candidatura a prefeito de Jaboatão dos Guararapes.

Itamaraty – Após ser cotado para Fazenda, Planejamento, Educação e Saúde, o senador José Serra parece que teve o seu destino definido. Ele será ministro das Relações Exteriores, que herdará parte das atribuições do ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que será extinto. Nesta pasta, Serra fica mais distante do sonho de ser candidato a presidente da República em 2018.

Fernando Filho – Caso o PSB decida integrar o governo Temer ocupando uma pasta na Esplanada dos Ministérios, o líder do partido na Câmara dos Deputados Fernando Filho poderá ser indicado para a Integração Nacional, pasta que já foi ocupada pelo seu pai, o senador Fernando Bezerra Coelho no primeiro governo Dilma Rousseff. Além de Fernando Filho, correm por fora Beto Albuquerque e Renato Casagrande para ocupar o cargo destinado ao PSB na Esplanada.

RÁPIDAS

Reeleição – Em entrevista ao SBT o vice-presidente Michel Temer afirmou que não será candidato a presidente em 2018 bem como acabará com a reeleição. Tal decisão facilita a estabilidade do seu governo, já que ele ficará livre para colocar as medidas necessárias ao país em prática sem se preocupar com questiúnculas eleitorais.

Limpeza – A ordem no Palácio do Planalto é dificultar ao máximo a vida de Michel Temer, inclusive destruindo documentos com informações dos programas do governo a fim de estabelecer o caos. Isso geralmente é visto em cidades pequenas de interior. Uma prática mesquinha que jamais deveria ser repetida pelo governo Dilma Rousseff.

Inocente quer saber – O deputado Mendonça Filho manterá a candidatura de Priscila Krause caso vire ministro de Temer?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 27 de abril de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

O novo Grupo Independente 

Após a reeleição de Jarbas Vasconcelos em 2002 que levou para o Senado Marco Maciel e Sérgio Guerra, um grupo composto por Luiz Piauhylino, José Múcio Monteiro, Joaquim Francisco, Armando Monteiro e Roberto Magalhães decidiu romper com o então governador Jarbas Vasconcelos visando as eleições de 2004 pela prefeitura do Recife. Isso se deu por insatisfações destes políticos com o próprio Jarbas, com Cadoca que era o todo poderoso no governo Jarbas e viria a ser candidato do PMDB a prefeito do Recife. O grupo independente lançou Joaquim Francisco a prefeito, que ficou em terceiro lugar, e cogitava lançar Armando Monteiro a governador dois anos depois, que acabou desistindo para apoiar Humberto Costa.

Aquela criação do Grupo Independente fraturou a União por Pernambuco, que perdeu a disputa com Cadoca pela prefeitura do Recife e em 2006 viria a perder com Mendonça Filho o governo de Pernambuco para Eduardo Campos. Para as eleições de 2016 há apenas um ensaio de ruptura com a Frente Popular liderada pelo governador Paulo Câmara, que só deverá ser posto em prática a partir de 2017.

Conversam entre si um grupo liderado pelo senador Fernando Bezerra Coelho, que há muito tempo acalenta o sonho de ser governador de Pernambuco e deverá romper com Paulo Câmara, uma vez que a relação entre ambos é meramente institucional, mesmo ambos tendo sido eleitos na mesma chapa em 2014. Isso se agravou por conta da formação do secretariado do governador, que não ouviu uma demanda do senador para a secretaria de Desenvolvimeno Econômico, e a informação oficial foi passada por uma mensagem de whatsapp, o que azedou de uma vez por todas a situação dos políticos socialistas.

Além de Fernando, outros nomes integram esse ensaio. Trata-se do ministro Armando Monteiro, que em breve deverá voltar ao Senado para cumprir o restante do seu mandato, podendo buscar a reeleição na chapa de Fernando ou tentar uma volta para a Câmara dos Deputados. Os demais membros desse futuro Grupo Independente são o deputado federal Eduardo da Fonte que sonha acordado com a possibilidade de ser senador e o atual secretário dos Transportes Sebastião Oliveira, que deverá herdar a presidência estadual do PR em breve, e que poderia ser candidato a vice-governador.

Isso tem passado pelas rodas políticas do estado, e como há um vácuo de liderança deixado por Eduardo Campos, Fernando Bezerra Coelho estaria se movimentando bastante para tomar o governo de Paulo Câmara inclusive atraindo outros partidos e lideranças que orbitam em torno do PSB. Fernando cogita a possibilidade de se filiar ao PDT e quer convencer Wolney Queiroz a abraçar o seu projeto no estado. Resta muito tempo para 2018, mas o jogo já está sendo jogado.

Saída – Rifado da disputa pela prefeitura do Recife pelo PSDB, o deputado federal Daniel Coelho agora está esperando a construção de uma saída honrosa, que passaria pela sua indicação para o ministério de Meio Ambiente do governo Michel Temer. O PSDB poderá ficar com três a quatro vagas na Esplanada. Com a saída de Daniel Coelho do páreo a reeleição de Geraldo Julio ficaria mais tranquila.

Esboço – O ministério de Michel Temer, que deve contar com no máximo 25 pastas, já começa a ser esboçado. Apesar de não ter convites oficiais, Temer já tem na cabeça os nomes que ocuparão as pastas. Além de Henrique Meirelles, que ficará no comando da Fazenda, o novo ministério terá José Serra (Educação), Eliseu Padilha (Casa Civil), Moreira Franco (Infraestrutura), Geddel Vieira Lima (Governo) e Mariz de Oliveira (Justiça).

Mendonça Filho – Combativo opositor do PT, o deputado Mendonça Filho (DEM), que já foi governador de Pernambuco, é pule de dez para integrar a equipe do futuro presidente Michel Temer. Ele é cotado para ser o ministro da Integração Nacional, que já foi ocupada pelo senador Fernando Bezerra Coelho durante o primeiro governo Dilma Rousseff.

Chip – A Polícia Federal encontrou um chip de celular no escombros do acidente que vitimou o ex-governador Eduardo Campos. A expectativa é que possam ser encontradas informações que contribuam para a elucidação da queda da aeronave Cessna Citation que matou sete pessoas em agosto de 2014 em Santos.

RÁPIDAS

Indício – Após perder o comando estadual do PR para o secretário Sebastião Oliveira, que deverá ser oficializado presidente em breve, o deputado Anderson Ferreira não está mais tocando no assunto sobre a candidatura a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, evidenciando um indício claro que não será mais candidato este ano.

Reeleição – A Câmara dos Deputados aprovou ontem em primeiro turno por 452 votos a favor e 19 contra o fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República.  A PEC será apreciada no segundo turno da Câmara para ser levada ao Senado. Se for aprovada só valerá para os prefeitos em 2020 e aos governadores em 2022 que almejarem a reeleição e ficarão impossibilitados.

Inocente quer saber – Depois de Daniel Coelho, quem será o próximo candidato rifado da disputa pela prefeitura do Recife?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 26 de abril de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Governo Dilma em contagem regressiva para chegar ao fim 

Após a Câmara dos Deputados aprovar no último dia 17 o impeachment de Dilma Rousseff com 367 votos a favor e apenas 137 contrários, o Senado se debruça no processo através da comissão especial que começa a analisar o impeachment. Pelo prazo de dez dias úteis, a expectativa é que o impeachment vá ao plenário do Senado no dia 11 de maio, portanto pouco mais de quinze dias. Caso seja aprovado pelo plenário, onde já existem quase 50 senadores favoráveis ao impedimento, Dilma será automaticamente afastada por 180 dias, quando num novo julgamento, desta vez presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, o Senado por maioria qualificada, ou seja 54 votos, poderá afastar definitivamente Dilma Rousseff do cargo, em caso de positivo, Dilma também perderá os direitos políticos por oito anos.

O governo Dilma Rousseff perdeu toda e qualquer condição de continuar. Venceu a eleição de 2014 omitindo a verdade e atacando seus principais adversários de uma forma sórdida. O estelionato eleitoral do PT uma hora teria que ser pago com juros e correção monetária. Se existe alguém culpado pela queda do governo, este alguém é a própria Dilma, que não é afeita ao diálogo, nem com a sociedade e muito menos com o Congresso Nacional. Repetindo Collor, quando decidiu não fazer política no cargo de presidente, Dilma entrará numa sepultura política que ela própria cavou.

Desde a saída de Collor em 1992, se passaram quase 24 anos. Do governo Itamar Franco ao governo Lula, passando pelo de FHC, todos eles entregaram o país ao sucessor melhor do que receberam. Enquanto Dilma Rousseff, que recebeu um governo equilibrado de Lula, entregará a Michel Temer um governo muito pior, com o desemprego em alta, a inflação em dois dígitos, o dólar beirando quatro reais, etc. É um governo que não deixará a menor saudade, pois a própria presidente não teve o menor preparo para ocupar o cargo, conseguindo ser muito pior que Fernando Collor, que foi apenas imaturo, enquanto ela é uma presidente incompetente.

O fim do governo Dilma, que deve ocorrer daqui a 15 dias, é a crônica de uma morte anunciada. É a chance do país tentar restabelecer o mínimo de rumo e uma pequena condição de recuperar a economia. Passado o processo de impeachment, é fundamental que o futuro presidente Michel Temer possa ter uma trégua de pelo menos noventa dias no âmbito da condução política e principalmente da econômica. Pois não será fácil reerguer um país atolado na falta de comando, numa recessão e numa crise política sem precedentes. Reconstruir a terra arrasada deixada por Dilma demandará determinação, competência e foco do presidente Michel Temer. Mas pelo menos uma coisa é evidente: falta pouco para acabar o governo mais nefasto do país desde a sua redemocratização em 1985.

Jorge Lemos – Secretário de Comunicação da gestão de Elias Gomes, o jornalista Jorge Lemos deverá assumir a secretaria de Governo de Jaboatão dos Guararapes nos próximos dias. Jorge ocuparia o posto no momento em que o processo de sucessão de Elias começa a ser deflagrado, onde Evandro Avelar, Conceição Nascimento e Mirtes Cordeiro aguardam a indicação de candidato apoiado pelo prefeito tucano.

Final – O secretário estadual de Turismo, Esporte e Lazer Felipe Carreras, responsável pela gestão da Arena Pernambuco, pretende levar a final do Campeonato Pernambucano para o estádio em São Lourenço da Mata. Sport e Santa Cruz estão avaliando a possibilidade de levar os dois jogos para a Arena, mas nas redes sociais os torcedores dos dois clubes não estão muito animados com a hipótese. Preferem a tradicionalidade da Ilha do Retiro e do Arruda.

Uber – Chovem vídeos nas redes sociais com confusões de taxistas com usuários do Uber no Recife. Isso mostra a necessidade do poder público regulamentar a nova modalidade de transporte, bem como coibir possíveis abusos por parte de taxistas. Caso o prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara não tomem medidas urgentes, essas confusões podem terminar em morte pois todo mundo quer ter razão e acabam perdendo a razão.

Imprudência – Os policiais estão reivindicando 16,5% de aumento salarial do governo de Pernambuco e ameaçam deflagrar greve nesta quarta-feira. Há uma falta de senso por parte dos policiais porque o governo já atingiu o limite prudencial de gasto com o funcionalismo graças a queda de arrecadação proporcionada pela crise econômica. Não é uma questão de má vontade do governo, mas sim um óbice determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal. O mais prudente seria os policiais buscarem entender a situação que vive o país e esperar uma melhora nas finanças públicas do estado para cobrar aumento.

RÁPIDAS

Governo – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que aprova a entrada do PSDB no governo Michel Temer indicando quadros para ministérios. Uma ala liderada pelo senador Aécio Neves e pelo governador Geraldo Alckmin defende apoio a Temer sem cargos, enquanto a outra liderada pelos senadores José Serra e Aloysio Nunes Ferreira querem que o PSDB assuma pastas na Esplanada.

Negativo – O secretário da Casa Civil Antonio Figueira negou que o PSB tenha negociado a saída de Daniel Coelho da disputa pela prefeitura do Recife na votação do impeachment com o PSDB de Aécio Neves e com o PMDB de Michel Temer. A votação maciça do PSB pelo impeachment foi em sintonia com o que pensava a sociedade brasileira de acordo com Figueira.

Inocente quer saber – Sebastião Oliveira ficou mesmo com o comando estadual do PR e vetará a candidatura de Anderson Ferreira a prefeito de Jaboatão?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 25 de abril de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

PSDB não pode ficar em cima do muro 

Fruto de uma dissidência do PMDB, o PSDB chegou ao Palácio do Planalto em 1995 com Fernando Henrique Cardoso, apenas sete anos após a sua fundação. Isso só foi possível porque o então senador por São Paulo Fernando Henrique Cardoso aceitou assumir o ministério das Relações Exteriores e do governo Itamar Franco, e oito meses depois ocupar o ministério da Fazenda, sendo o responsável pelo Plano Real que foi capaz de vencer a hiperinflação.

Idealizador do Real, FHC que estava com dificuldades de se reeleger senador em 1994, foi quando através do sucesso na moeda, se tornou candidato a presidente e se elegeu graças ao que foi implementado por FHC no ministério da Fazenda. O PSDB só chegou ao Palácio do Planalto porque, diferentemente do PT, não só apoiou Itamar após o impeachment de Collor, como também fez parte do governo indicando quadros.

A história constrói mais uma oportunidade ao PSDB de servir ao país, desta vez num novo processo de impeachment, sendo que em vez de Fernando Collor, Dilma Rousseff, do PT que derrotou o PSDB nas últimas quatro eleições presidenciais. Depois do impeachment avançar, um desejo não só dos 51 milhões de brasileiros que votaram no PSDB em 2014, mas também de parte significativa do próprio eleitorado de Dilma, Michel Temer tem todas as condições para assumir o mandato de presidente da República em meados de maio.

Cabe ao PSDB não só o apoio a Michel Temer no Congresso Nacional, como principalmente ofertar seus melhores quadros para integrarem a equipe do futuro presidente. O risco do governo Temer não dar certo existe, como também havia um forte risco de Itamar Franco não ser bem-sucedido no cargo. Mas o PSDB precisa mostrar que está pensando no país e não na próxima eleição presidencial. Se omitir desta responsabilidade é mostrar que não há compromisso nenhum com o país, igualando-se ao PT na época de Itamar, que se negou a apoiá-lo e perdeu mais duas eleições presidenciais para poder chegar ao poder.

Não dá para o PSDB ficar em cima do muro no complexo momento que o país enfrenta, pois a omissão é atitude de gente covarde e oportunista. Não é isso que se espera de um partido cujo slogan é “oposição a favor do Brasil”. Se o PSDB de fato for a favor do Brasil permitirá que seus melhores quadros sirvam ao governo Temer e deixe para pensar em 2018 somente em 2018.

Interlocução – O vice-presidente Michel Temer, que está projetando Henrique Meirelles para o ministério da Fazenda, deverá convocar o senador Romero Jucá para o cargo de ministro do Planejamento. Temer não quer repetir o erro de Dilma, que não fez uma ponte entre a equipe econômica e o Congresso Nacional. Com isso Temer espera manter uma boa interlocução com o Congresso.

Marília Arraes – A vereadora Marília Arraes deverá ser o nome do PT para compor a chapa encabeçada pelo deputado Sílvio Costa Filho (PRB). João Paulo teria confessado a interlocutores a sua indisposição de disputar a prefeitura. Como deverá sair da Sudene após o impeachment de Dilma, João estuda ser candidato a vereador na coligação liderada por Silvio, por isso o caminho fica livre para Marília.

Caminho – Um dos principais defensores de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o vice-líder do governo Silvio Costa cogita a hipótese de se filiar ao PT. Uma vez no PT, Silvio acredita que pode ser uma das principais lideranças do partido em Pernambuco, já que em 2014 a sigla não elegeu nenhum deputado federal e ficou com apenas dois deputados estaduais.

Democratas – Após lançar a pré-candidatura de Priscila Krause a prefeita do Recife, o Democratas tentará convencer a deputada de desistir do projeto. É que o presidente estadual deputado Mendonça Filho continua interessado em levar o partido a apoiar a reeleição do prefeito Geraldo Julio, uma vez que se sente bastante confortável na Frente Popular.

RÁPIDAS 

Gilberto Kassab – O ex-ministro das Cidades Gilberto Kassab participou da conversa de Michel Temer com Henrique Meirelles, que é filiado ao PSD, partido presidido nacionalmente por Kassab. A expectativa é que além do ministério da Fazenda, o PSD possa indicar o próprio Kassab para um cargo importante no governo federal.

Rodrigo Coutinho – Uma das principais apostas do Solidariedade para a Câmara Municipal do Recife é Rodrigo Coutinho, que é filho e herdeiro político do deputado Augusto Coutinho, presidente estadual da sigla. Augusto e Rodrigo aproveitaram o final de semana para visitar várias comunidades do Recife.

Inocente quer saber – O secretário de Agricultura Nilton Mota desistiu de disputar a prefeitura de Surbim?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 23 de abril de 2016

Coluna do blog deste sábado

Daniel Coelho, o candidato de si próprio 

Não é de hoje que o deputado federal Daniel Coelho alimenta o sonho de ser prefeito do Recife. Nas eleições de 2012 obteve um resultado bastante expressivo na disputa pela prefeitura, quando atingiu 245.120 votos, desbancando Humberto Costa e Mendonça Filho, e por muito pouco não chegou ao segundo turno contra o atual prefeito Geraldo Julio.

Naquela eleição, graças a Sergio Guerra, Daniel conseguiu ser candidato e atraiu para o seu palanque o PPS e o PTdoB. Sem ganhar a eleição, mas com um excelente resultado, Daniel virou o alvo de Geraldo Julio, que há muito tempo fomenta a ideia de não tê-lo como adversário em 2016. E recentemente essa tese voltou a ganhar força, sobretudo após o anúncio da sua chapa tendo o empresário Sérgio Bivar (PSL) como candidato a vice-prefeito.

Abordamos o anúncio como um contra-senso, pois ainda faltava muito tempo para Daniel tomar essa decisão, naturalmente estaria fechando portas para a construção de uma aliança mais ampla, com partidos pequenos e médios que pudessem lhe apoiar. Porém, o buraco era muito mais embaixo. O anúncio foi esvaziado pela cúpula do PSDB. Nem Elias Gomes, nem Bruno Araújo, nem Betinho Gomes, nem Evandro Avelar, nem o próprio presidente da sigla Antonio Moraes se fizeram presentes no evento.

A atitude dos cardeais tucanos só tinha um caminho: não consideravam a candidatura de Daniel como um projeto do PSDB, mas sim dele próprio e de mais alguns nomes que dependem diretamente da sua vitória, como por exemplo André Régis, que em 2012 fez corpo mole na disputa pela prefeitura por parte de Daniel, mas ficou ressentido porque não foi convidado para a secretaria de Educação de Geraldo Julio e por isso decidiu fazer oposição ao socialista. Ou seja, o apoio de Régis é muito mais uma vingança a Geraldo do que propriamente por acreditar no projeto de Daniel.

O jogo do Recife traz consequências nas disputas por prefeituras importantes da RMR, mas também desdobramentos na conjuntura estadual e nacional. Por isso ninguém está disposto a bancar a candidatura de Daniel, muito pelo contrário, no PSDB ele é uma espécie de alguém que está com a cabeça a prêmio, pois há articulação entre PSDB e PSB além do Recife como em Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca e outras cidades importantes. A rifada de Daniel pode beneficiar a candidatura de Evandro Avelar em Jaboatão dos Guararapes com o apoio do PSB, pode permitir um isolamento partidário ao deputado Lula Cabral, bem como a ausência dos grandes medalhões da Frente Popular na cidade a fim de deixá-lo mais enfraquecido para enfrentar Betinho Gomes, etc.

No âmbito nacional, a construção do governo Temer pode configurar num fortalecimento do PMDB, que ficará com a vice na chapa de Geraldo Julio, bem como na ascensão de políticos do PSB para a Esplanda dos Ministérios cujo nome preferencial é Beto Albuquerque. Além disso o próprio PSDB acredita que sua chance de chegar ao Planalto em 2018 é grande, e pra isso precisaria do PSB ao seu lado. Alinhando o apoio ao PSB na principal cidade do partido é uma senhora contrapartida visando 2018.

O fato é que não houve precipitação de Daniel em antecipar a chapa, mas sim uma vã tentativa de dar ares de fato consumado à sua candidatura, o que na prática não existe. Daniel segue com inúmeras chances de ficar de fora da disputa pela prefeitura do Recife, porque ele é candidato apenas de si próprio. Como não há vitória na política do “eu sozinho”, Daniel já pode se preparar para o anúncio oficial da sua cabeça a prêmio.

Eduardo Cunha – Após conduzir com mãos de ferro o impeachment de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, o presidente Eduardo Cunha (PMDB) virou o alvo do establishment. Todos sabem que não há mais a menor condição política de Cunha continuar no cargo e a sua saída é questão de tempo. Resta saber se apenas perderá o o cargo de presidente ou se também ficará sem mandato sendo cassado pelos seus pares.

Revisão – Ainda há tempo para o governador Paulo Câmara rever a decisão de parcelar o salário dos servidores estaduais. A medida é bastante drástica e pode carbonizar a imagem do governador perante a sociedade. É aconselhável que o governador corte alguns custeios da máquina e espere pelo menos mais três meses após Michel Temer assumir a presidência da República. Caso o cenário continue negativo, o governador avalia a hipótese de parcelar salários.

Fernando Holanda – Pré-candidato a vereador do Recife pela Rede Sustentabiliade, o ativista Fernando Holanda lançará sua pré-candidatura na próxima quarta-feira. Holanda acredita que é possível integrar a cidade através das redes sociais e com práticas diferenciadas nas políticas públicas voltadas para um novo conceito de cidade. O evento acontece no Nós Coworking no Marco Zero a partir das 19 horas.

Oportunismo – O PSDB teve papel fundamental na reestruturação do país durante o governo Itamar Franco, quando através de Fernando Henrique Cardoso implementou o Plano Real que venceu a hiperfinflação. Em 2016 o partido não pode se furtar novamente de contribuir com o país através do governo Michel Temer. Não aceitar participar do governo indicando ministros cheira a oportunismo e pode não terminar bem para os planos dos tucanos em voltar a comandar o país um dia.

RÁPIDAS

Senado – O Palácio do Planalto já entregou os pontos sobre a disputa pelo impeachment no Senado Federal. Devem votar pelo impeachment entre 54 a 60 senadores, para Dilma ser afastada é necessário maioria simples, ou seja, metade mais um dos presentes na sessão, que se tiver todos os senadores presentes, são 41 votos.

Recuo – A presidente Dilma Rousseff desistiu de denunciar o “golpe que está sofrendo” na ONU ontem nos Estados Unidos. Após vários ministros do Supremo Tribunal Federal se posicionarem contrários ao que Dilma iria falar, o Planalto avaliou que seria um tremendo tiro no pé abordar o tema. Seria uma desmoralização ainda maior para a figura de Dilma.

Inocente quer saber – Quem será o marqueteiro de Geraldo Julio na busca pela reeleição?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 22 de abril de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

O antagonismo da mediocridade 

Não é de hoje que os deputados Jean Wyllys e Jair Bolsonaro, ambos do Rio de Janeiro, protagonizam polêmicas vazias sobre seus respectivos posicionamentos políticos. Primeiro Bolsonaro, que exerce o sétimo mandato na Câmara dos Deputados, sempre foi um político as margens das grandes discussões do Congresso Nacional, sendo um deputado inexpressivo e com pouca ou quase nenhuma contribuição ao país, senão a pregação do ódio e a sua defesa pelo regime militar.

Já Jean Wyllys, cujo maior feito foi ter participado de um Big Brother Brasil, exerce o segundo mandato de deputado federal pelo PSOL, que de combativa oposição, passou a ser linha auxiliar do PT. Jean já chegou a defender a pedofilia e coisas do gênero, sendo igualmente condenável por seus posicionamentos.

O fato é que um precisa do outro pra sobreviver politicamente. Ambos não são influentes no Congresso e realizam proposições pouco relevantes para a sociedade. Juntando os dois deputados não há sequer dez projetos importantes que viraram Lei em benefício dos brasileiros. Bolsonaro obteve quase 500 mil votos em 2014, enquanto Jean obteve menos de 150 mil.

Um defendeu Che Guevara, o outro Brilhante Ustra, ambos assassinos que apenas representavam o lado negativo tanto da esquerda quanto da direita. Ou seja, Bolsonaro e Jean fizeram no último domingo apologia a praticantes de crimes, responsáveis por inúmeras mortes. Então não há nenhum santo nessa história.

Não dá para achar que Jean é a melhor pessoa do mundo e que Bolsonaro é a pior, e vice-versa. Ambos são meros mamadores das tetas públicas, pois recebem R$ 30 mil de salário por mês, isso sem contar com as verbas de gabinete e indenizatórias que transformam-os em seres absolutamente custosos ao país. Jean Wyllys e Jair Bolsonaro estão muito distantes de representar a boa política, na verdade são praticantes do que há de pior no país: o extremismo. Ambos são medíocres e irresponsáveis que não merecem outra coisa senão o limbo da política brasileira.

Justíça – O vice-presidente Michel Temer, que deve assumir a presidência da República em meados de maio, pretende convocar para o ministério da Justiça o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto. De reputação ilibada, Ayres Britto refutaria os rumores de que a operação Lava-Jato seria abafada no governo Temer.

Ausência – Causou estranheza no ato de lançamento da pré-candidatura de Daniel Coelho a prefeito do Recife pelo PSDB, que também significou o anúncio de Sérgio Bivar (PSL) como candidato a vice, a ausência dos principais líderes do PSDB pernambucano. Há quem considere que Daniel tentou forçar a barra para transformar sua candidatura em irreversível, quando ainda não tem a garantia do PSDB que será candidato.

Elias Gomes – O prefeito Elias Gomes divulgou nota apontando que existem três pré-candidaturas a sua sucessão em Jaboatão dos Guararapes, são elas: Evandro Avelar e Conceição Nascimento (PSDB) e Mirtes Cordeiro (PPS). Porém há quem afirme que o prego está batido e a ponta virada de que o nome será mesmo o de Evandro Avelar.

Ministeriáveis – Além do deputado Mendonça Filho, que estaria cotado para o ministério da Integração Nacional, o senador Ronaldo Caiado, também do Democratas, pode assumir o ministério da Agricultura. Provavelmente o Democratas ficará com apenas uma vaga na Esplanada. O senador José Agripino Maia e o deputado Pauderney Avelino foram descartados para serem ministros do governo Temer.

RÁPIDAS

Joel da Harpa – Ciente das dificuldades em construir uma candidatura majoritária em Jaboatão dos Guararapes, o deputado Joel da Harpa (PTN) estuda fazer uma composição com o candidato apresentado por Elias Gomes. Joel espera poder alinhavar acordos que garantam a sua reeleição para a Alepe em 2018.

Segurança – Setores ligados à Segurança Pública de Pernambuco cobram do governador Paulo Câmara a exoneração do secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho. Para um delegado da Polícia Civil, Carvalho não tem mais nada a oferecer ao estado, e sua saída é o melhor caminho a ser tomado para preservar o Pacto Pela Vida.

Inocente quer saber – Qual é o problema em Marcela Temer, esposa do vice-presidente, ser bela, recatada e do lar?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 21 de abril de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

Uma chapa elitizada 

O deputado Daniel Coelho se lançou candidato a prefeito do Recife em 2012 pelo PSDB sendo a grande surpresa eleitoral daquela disputa, quando saiu do quarto lugar e chegou ao segundo com 245.120 votos, números que por muito pouco não lhe colocaram no segundo turno contra Geraldo Julio, atual prefeito do Recife.

Dois anos depois Daniel se elegeu deputado federal com uma votação igualmente expressiva. Com 138.825 votos, sem as grandes estruturas de governo e de prefeitos, foi o sexto mais votado do estado e o terceiro mais votado do Recife. Daniel figura em todas as pesquisas eleitorais para as eleições deste ano para prefeito oscilando entre o 2º e o 3º lugar, atingindo 12% a 20% de intenções de voto a depender dos cenários, e naturalmente se torna o principal adversário do prefeito Geraldo Julio, que busca a reeleição.

Na condição de pré-candidato a prefeito pelo PSDB, levando em consideração o seu bom desempenho eleitoral de 2012 e a sua posição nas pesquisas, esperava-se que Daniel pudesse conquistar mais partidos para a sua nova tentativa de chegar ao comando da capital pernambucana. Porém, Daniel cometeu um erro estratégico na sua campanha, ao anunciar antes do tempo a chapa completa, tendo Sérgio Bivar (PSL) como seu companheiro de chapa. Foi um tanto precipitado, pois com a chapa fechada, Daniel pode inviabilizar a prospecção de novos partidos. O acerto de que Sérgio Bivar poderia ser alinhavado de imediato, mas não precisava essa divulgação, apenas que o PSL marcharia com Daniel, isso contribuiria para a chegada de novas siglas.

Além de fechar portas para novas legendas que pudessem estar interessadas na vice, Daniel ainda teve que enfrentar críticas à sua chapa por representar dois herdeiros de políticos e empresários bem-sucedidos, naturalmente dando margens para pechas de que a chapa é elitista. Nas redes sociais existem vários questionamentos ao fato do vice de Daniel ser filho do megaempresário e ex-deputado federal Luciano Bivar. O erro de avaliação pode custar caro a Daniel, que tinha tudo pra ser um adversário extremamente competitivo colocando riscos evidentes ao projeto de reeleição de Geraldo Julio.

Citados – O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), anexou trechos da delação premiada do senador Delcídio do Amaral (MS) ao maior inquérito da Operação Lava Jato em andamento na Corte, com 39 pessoas investigadas. Entre as partes inseridas, há citações à presidente Dilma Rousseff, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao vice-presidente Michel Temer.

Saída – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), recebeu na noite da última terça-feira cinco senadores do PT para um jantar em sua residência oficial, em Brasília. O encontro ocorreu horas após o peemedebista estabelecer o rito que o processo de impeachment de Dilma Rousseff obedecerá na Casa. Segundo relatos, a avaliação geral foi de que o afastamento da petista é iminente.

Adiamento – A sessão do Supremo Tribunal Federal que iria julgar a posse do ex-presidente Lula acabou sendo adiada. Com isso Lula segue fora da Casa Civil. A decisão foi fundamentada na tese de alguns ministros em aguardar o desfecho do impeachment de Dilma Rousseff no Senado para evitar maiores desgastes para a própria Côrte.

Golpe – O ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, que chegou a ser advogado do PT, repudiou a estratégia do governo em dizer fora do Brasil que a presidente Dilma Rousseff está sofrendo um golpe. Para Toffoli, Dilma afirmar que existe golpe é uma ofensa às instituições brasileiras.

RÁPIDAS

Passagens – Caso a Câmara dos Deputados se recuse a custear as passagens aéreas para viabilizar o depoimento do lobista Fernando Baiano no Conselho de Ética, o presidente do colegiado, José Carlos Araújo (PR-BA), afirmou ontem que irá pagar do próprio bolso o valor das passagens aéreas de ida e volta de Baiano e do advogado.

Comando – Já ficou acertado que a comissão que analisará o impeachmnt de Dilma Rousseff no Senado será comandada pelo senador Raimundo Lira (PMDB/PB) que será o presidente e pelo senador Antônio Anastasia (PSDB/MG), que será o relator. Os trabalhos devem ser iniciados já na próxima segunda-feira.

Inocente quer saber – Quando Elias Gomes anunciará o nome que será apoiado pelo seu grupo para disputar a prefeitura de Jabotão dos Guararapes?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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