Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 20:46 pm do dia 3 de novembro de 2016

Fernando Bezerra e Miguel Coelho recebem secretário Nacional de Atenção à Saúde em Petrolina

Petrolina, 03/11- O secretário nacional de Atenção à Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, visitou nesta quinta-feira as principais unidades hospitalares de Petrolina, os hospitais de Traumas e o Dom Malan. A viagem até a capital do Sertão atendeu um pedido do senador Fernando Bezerra e do prefeito eleito Miguel Coelho a fim de mostrar a situação dos dois equipamentos públicos que atendem milhares de moradores da região.

Esta foi a primeira visita do secretário nacional à capital sertaneja. Na oportunidade, o gestor teve acesso a informações sobre a infraestrutura, fornecimento de medicamentos e quadro de profissionais. “Nosso objetivo foi conhecer melhor a rede de saúde para identificar de perto quais as ações que o Governo Federal pode tomar para melhorar a situação dos cidadãos de Petrolina”, resumiu Figueiredo após as visitas.

O senador Fernando Bezerra adiantou que depois da visita vai buscar junto à União a ampliação de recursos para a rede de saúde de Petrolina. “Nossa ideia foi mostrar as dificuldades que precisam ser superadas para melhorar o atendimento nesses dois hospitais. Com a visita do secretário, teremos melhores condições para convencer sobre a necessidade de mais investimentos na rede de saúde que enfrenta problemas em Petrolina”, disse.

Apami – o secretário de Atenção à Saúde também conheceu o trabalho do centro de oncologia da Apami (Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância). A unidade receberá cerca de R$ 300 mil em recursos fruto de emendas parlamentares do senador Fernando Bezerra.

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Postado por Edmar Lyra às 19:07 pm do dia 3 de novembro de 2016

Danilo Cabral defende candidatura do PSB para Presidência em 2018

Um dos nomes do PSB na Câmara Federal, o deputado Danilo Cabral (PE) defende que o partido lance candidatura própria à Presidência da República em 2018. O PSB foi a terceira legenda que mais recebeu votos em todo Brasil – elegeu 418 prefeitos – e se consolida como uma alternativa de esquerda diante da crise político-econômica que vive o País.

“A defesa da candidatura própria, além da afirmação política do partido e de uma alternativa para o Brasil, nos protege de ‘ataques políticos especulativos’ que nos diminui”, afirma Danilo Cabral. Para o deputado, ou o PSB se impõe como uma força política ou será tratado como “puxadinho” político de forças conservadoras. “Rejeitamos ser e nunca fomos puxadinho do PT. Não é admissível sermos agora puxadinho do PSDB/PMDB”, frisa.

Por isso, Danilo Cabral reitera a posição de independência adotada pelo PSB no início do Governo Michel Temer. “Não temos razões, até aqui, sejam de natureza política sejam administrativa, de nos alinhar automaticamente a esse Governo”, diz.

As afirmações de Danilo Cabral corroboram a posição da ala mais orgânica do PSB, a exemplo do prefeito reeleito do Recife, Geraldo Julio, e deputado federal Julio Delgado (MG). O primeiro, em entrevistas logo após o segundo turno, também defendeu o lançamento de uma candidatura própria em 2018 e a unidade do partido em torno dessa proposta. Já Delgado falou sobre a necessidade de o PSB fazer “ajustes ideológicos”, principalmente depois das alianças eleitorais firmadas com o PSDB e com o fortalecimento da liderança do vice-governador de São Paulo, Márcio França.

Danilo Cabral lembra que, em 2013, o PSB, ainda sob a liderança do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, deu início ao processo de “divórcio” do PT por discordar da condução do Governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Na época, o então governador denunciava que o Brasil caminhava para uma crise fiscal, fato que se confirmou posteriormente. O processo de afastamento culminou com o lançamento da candidatura do PSB à Presidência da República.

Com a morte inesperada de Eduardo Campos em 2014, o PSB precisou se reorganizar internamente e traçar um planejamento estratégico para atravessar o período de crise. “O resultado do PSB em 2016 demonstra que o eleitorado entendeu nossa posição histórica de defesa das transformações sociais. Essa é a nossa identidade e nós não iremos perdê-la”, destaca Danilo Cabral.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 3 de novembro de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

O maior adversário do PSDB em 2018 

Parece óbvio dizer, mas o principal adversário do PSDB nas eleições de 2018 é o próprio PSDB, isso porque há uma briga fratricida sendo iniciada internamente entre Geraldo Alckmin e Aécio Neves pela indicação da sigla de quem será o candidato a presidente da República daqui a dois anos. Aécio obteve 51 milhões de votos, atingindo o melhor resultado eleitoral de um candidato tucano desde a saída de Fernando Henrique Cardoso em 2002 do cargo de presidente da República, mas o pós-eleição mostrou que Aécio não será uma unanimidade no PSDB, primeiro porque quando analisada a votação em Minas Gerais onde Aécio não conseguiu fazer o governador, viu-se que ele também perdeu para Dilma Rousseff no segundo turno, além disso Aécio por ter seu nome sucessivas vezes lembrado na Lava-Jato faz com que ele perca a legitimidade de ser o nome tucano em 2018, por fim o processo eleitoral de 2016 onde Aécio mais uma vez sofreu uma derrota em casa ao ver João Leite perder a prefeitura de Belo Horizonte para Alexandre Kalil foi a pá de cal na reputação de Aécio como presidenciável tucano.

Por outro lado Geraldo Alckmin em 2006 quando disputou a presidência da República não obteve um resultado tão expressivo quanto Aécio em 2014, mas soube se reinventar e dez anos depois daquele processo eleitoral, e atualmente é o tucano mais forte para a presidência da República. Alckmin vive um momento fantástico na sua vida pública, exercendo pela quarta vez o governo de São Paulo com expressiva aprovação, conseguindo eleger João Dória prefeito de São Paulo no primeiro turno, bem como viu muitos aliados conquistarem prefeituras em cidades importantes do seu estado. Alckmin aprendeu com as dificuldades da disputa de 2006 e hoje consegue ser um nome respeitado no Brasil inteiro, visto como o melhor presidenciável que o PSDB poderia apresentar em 2018.

Não é a primeira vez que os tucanos seguem em dilema para disputas presidenciais. Em 2002 José Serra e Tasso Jereissati disputavam a indicação como candidato a sucessor de FHC, Serra acabou levando a melhor. Em 2006 Alckmin só foi para a disputa porque ninguém queria enfrentar Lula, nem Serra nem o próprio Aécio que por sinal fez campanha em Minas Gerais defendendo o Lulécio, em 2010 tanto Aécio quanto Serra buscavam a indicação que acabou caindo no colo de Serra, que novamente perdeu a disputa. Em 2014 não foi diferente, Serra e Aécio tentavam o cargo, mas desta vez ficou a critério de Aécio. O PSDB sem sombra de dúvidas é o partido com os melhores quadros do Brasil, e talvez justamente por ter muitas opções acaba não tendo ninguém, porque não há entendimento em torno de alguém.

Se o PSDB der vazão a uma nova disputa interna cujas evidências canalizam para Geraldo Alckmin como o nome que reúne as melhores condições cabendo a Aécio uma reeleição ao Senado ou uma tentativa de volta ao governo de Minas, vai ter nova dificuldade para chegar ao cargo máximo do país 16 anos depois de sair da presidência da República. Desta vez tudo conspira a favor do PSDB e de Alckmin, mas o cavalo que está selado pode não ser montado por quem deve e o partido poderá amargar a sua quinta derrota consecutiva pelo Palácio do Planalto.

Federal – Com a vitória de Anderson Ferreira (PR) para prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o deputado estadual André Ferreira (PSC), que exerce seu primeiro mandato na Alepe, será candidato a deputado federal nas próximas eleições. De fino trato e bastante competente no que faz, André é um dos políticos mais promissores de Pernambuco.

Aline Mariano – Consolidada pelas urnas na busca pelo seu terceiro mandato, Aline Mariano (PMDB) atingiu 10.139 votos, sendo a décima mais votada do pleito. Após passar um período na Secretaria de Combate ao Crack e Outras Drogas, Aline tem grandes chances de voltar para o secretariado do prefeito Geraldo Julio em 2017.

Felipe Carreras – Exercendo o cargo de secretário de Turismo, Esporte e Lazer do estado, o deputado federal licenciado Felipe Carreras é visto como o melhor quadro político do PSB depois do governador Paulo Câmara, do senador Fernando Bezerra Coelho e do prefeito Geraldo Julio, e poderá figurar disputas majoritárias muito em breve.

Escolas – É de uma irresponsabilidade sem tamanho a ocupação de escolas por parte dos estudantes como forma de protesto contra a PEC 241 e a MP do Ensino Médio. Além de prejudicar os alunos que vão fazer o ENEM, os protestantes estão atrapalhando os estudantes que querem assistir aula. Se a moda pegar e os médicos ocuparem hospitais em forma de protesto contra a saúde pública o Brasil não vai mais a lugar nenhum.

RÁPIDAS

Oposição – O deputado federal Betinho Gomes (PSDB) já se antecipou a qualquer rompimento do seu partido com o PSB e já começou a malhar o governador Paulo Câmara nas redes sociais. Betinho tem utilizado a situação da violência no estado para fazer críticas contundentes ao governo do PSB em Pernambuco.

Mergulhou – Após perder a sua segunda eleição majoritária seguida, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) deu uma mergulhada na política. O resultado foi muito aquém do esperado, quando atingiu menos votos do que em 2012 e deve ter afastado o tucano de novas tentativas majoritárias até segunda ordem.

Inocente quer saber – Por quê Eduardo Cunha arrolou Lula e Michel Temer como testemunhas em seu processo?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 2 de novembro de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

Tonca pode ser mais um problema para o PSB 

Ao longo dos oito anos que governou Pernambuco Eduardo Campos deu aula de como fazer política, jamais desfazendo de adversários de público e sempre que possível trouxe para perto dele aqueles que poderiam lhe causar qualquer problema. Não foi de graça que ele construiu uma hegemonia do PSB em Pernambuco que mesmo após sua morte o partido já venceu duas eleiçōes seguidas.

Eduardo tinha a capacidade de unir e agregar as pessoas. Tinha perfil truculento, mas sua truculência era vista de forma tão suave que as pessoas acabavam ficando satisfeitas mesmo após serem atropeladas pelo rolo compressor chamado Eduardo Campos. Ele tinha chance de fazer isso porque venceu uma eleição em 2006 disputando contra três máquinas, e soube como poucos exercer o poder que compete a um ocupante do Palácio do Campo das Princesas.

Passados mais de dois anos da sua morte, Eduardo ainda se faz presente em todas as rodas de discussão política do estado, mas aparentemente o PSB até aprendeu a fazer campanha com o chefe, prova disso foram as vitórias de Paulo Câmara em 2014 e Geraldo Julio em 2016, mas a arte de fazer política e exercer poder parece que seus pupilos faltaram as aulas do líder maior do PSB.

Uma evidência clara foi a forma como foi tratada a postulação de Antônio Campos pela prefeitura de Olinda, uma cidade que vale ressaltar não tem grande relevância no contexto político pernambucano e financeiramente é uma cidade-problema. A alta cúpula do PSB agiu como se Antônio Campos fosse um daqueles candidatos a vereador que servem para fazer cauda eleitoral, e desconheceu o peso político e eleitoral que sua candidatura poderia representar.

Nem mesmo o expressivo resultado do primeiro turno em Olinda, quando acabou em primeiro lugar foi suficiente para que Tonca recebesse o apoio irrestrito do Palácio. Avaliavam que sua eleição poderia fazer sombra ao projeto do Palácio de eleger João Campos deputado federal em 2018, mas uma vez na prefeitura de Olinda, uma cidade que prejudica mais os políticos do que ajuda após ocuparem o cargo de prefeito, Luciana Santos é a prova disso, Tonca teria plena convicção de que sua vez na política era o cargo que passaria a ocupar na Marim dos Caetés, sem necessariamente fazer sombra a João Campos, que não era candidato a nada em Olinda, e sim a deputado federal daqui a dois anos.

As urnas deram a Tonca uma legitimidade significativa para que ele possa ser o que ele bem entender daqui em diante, pois foram quase cem mil votos no segundo turno, que naturalmente lhe dão recall para ser pelo menos deputado estadual sem muito esforço nas próximas eleições. O PSB não entendeu o recado das urnas no primeiro turno que deram a Marília Arraes a posição de sexta mais votada do Recife após episódio parecido de Tonca.

Faltou senso ao PSB de que o irmão de Eduardo era mais nocivo ao partido fora da prefeitura do que no cargo de prefeito. Suas declarações de ontem colocam na berlinda o governador Paulo Câmara, o prefeito Geraldo Julio e até mesmo as próprias alianças que foram alinhavadas pelo próprio Eduardo Campos antes de morrer. Tonca poderá ser o primeiro de muitos outros políticos a dispararem contra o PSB a partir de agora.

Definitivamente o Palácio do Campo das Princesas não precisava disso. Será mais um grande problema para administrar daqui por diante.

Rodrigo Pinheiro – Eleito vice-prefeito na chapa de Raquel Lyra em Caruaru, o empresário Rodrigo Pinheiro está muito animado com a sua grande oportunidade na política, tendo muitas ideias para ser um vice colaborativo a partir de janeiro. Companheiro de Raquel, Rodrigo foi bastante discreto na campanha eleitoral, reconhecendo que quem teria de brilhar era a prefeita eleita e não ele que era candidato a vice.

TCU – Apesar de ser ventilada, é impensável a hipótese de que Ana Arraes abdicaria de mais seis anos no Tribunal de Contas da União como ministra para voltar para a política disputando cargos eletivos. Ana por ser mãe de Eduardo Campos e filha de Miguel Arraes tem a nítida dimensão de que sua volta para a política não mudará o curso da eleição de 2018.

Sete chaves – A Operação Sete Chaves que foi instituída pelo coronel Tarcísio Calado consistia em uma ostensiva fiscalização nas divisas de Pernambuco com outros estados. Como faz muito tempo que a operação não funciona mais, facilita a entrada de drogas, armas e outras coisas ilegais pelas estradas que cortam o estado.

Responsáveis – Além da competência do candidato, que sem sombra de dúvidas ajudou na vitória pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, é imprescindível salientar a importância de Ricardo Dantas Barreto e André Ferreira na vitória de Anderson Ferreira no último domingo. Eles foram imprescindíveis para que Anderson lograsse êxito na segunda cidade mais importante de Pernambuco.

RÁPIDAS

Alexandre Arraes – Prestes a deixar a prefeitura de Araripina, Alexandre Arraes deverá ser utilizado na equipe do governador Paulo Câmara a partir de janeiro numa posição de destaque pois é a maior liderança do PSB no sertão do Araripe.

Lula Cabral – O prefeito eleito do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral (PSB) tem dito a pessoas mais próximas que não tem estímulo nenhum para continuar no PSB e subir no mesmo palanque de Raul Henry após o vice-governador ter pedido votos para Betinho Gomes (PSDB) na cidade.

Inocente quer saber – Após as declarações de Antônio Campos mais alguém vai disparar contra o PSB?

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Postado por Edmar Lyra às 21:44 pm do dia 1 de novembro de 2016

Waldemar Borges faz avaliação do processo eleitoral

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges, fez uma avaliação do processo eleitoral na Reunião Plenária desta terça-feira (01.11) e congratulou, em nome da bancada, todos os deputados e deputadas que participaram do pleito eleitoral deste ano. “Todos deram uma importante contribuição, independente do resultado eleitoral, para que a gente vá consolidando esse processo de aprendizado democrático, que ainda é muito embrionário em um País que tem 500 anos de existência, mas que só agora completou recentemente 30 anos ininterruptos de regime democrático”, disse. O deputado ressaltou que todos que se dispuseram a ir às ruas defender suas idéias, seus pontos de vista, colocar sob apreciação da população o que pensam , os projetos que defendem, devem ser saudados de forma muito positiva porque tudo isso significa uma contribuição no amadurecimento desse processo.

Do ponto de vista do Governo, Borges avaliou o resultado como extremamente positivo, tanto no aspecto numérico, quanto, sobretudo, na sua dimensão política. “Evidentemente que tivemos algumas perdas, mas o resultado final significa uma ampliação expressiva da nossa base, do número de municípios governados pelos partidos que fazem parte da base de sustentação do Governo e um número maior de pernambucanos que residem em cidades administradas por partidos coligados. O resultado eleitoral foi uma demonstração inconteste de apoio da população de Pernambuco ao projeto político da Frente Popular liderada pelo governador Paulo Câmara. O crescimento da nossa presença no Estado e a diminuição dos municípios administrados pela oposição mostra a falta de aderência do discurso oposicionista e a aprovação da maneira firme, serena e conseqüente como o Governo tem enfrentado as dificuldades dos tempos atuais”, ressaltou.

O parlamentar contabilizou o crescimento da base de sustentação do Governo. “Tínhamos 123 municípios governados por partidos da nossa base de sustentação. Hoje temos, numa leitura mais rigorosa, levando em consideração apenas os partidos que estão na base, 139 municípios. Mas se considerarmos outros companheiros que se elegeram por partidos que não estão na base, mas que efetivamente apoiam o Governo, vamos chegar a um número de 156 municípios hoje vinculados ao projeto liderado pela Frente Popular”, revelou. “Isso nos dá ânimo, garra pra continuar nesse caminho. A gente sabe que os tempos que virão serão ainda mais duros. O próximo ano se apresenta como um ano talvez de maior dificuldade, mas a gente, com esse respaldo que teve das urnas da população pernambucana, vai, com serenidade e convicção, continuar nesse mesmo rumo. Pernambuco nos disse que estamos no caminho certo”, concluiu.

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Postado por Edmar Lyra às 14:49 pm do dia 1 de novembro de 2016

Irmão de Eduardo atira contra cunhada Renata Campos, PSB e o Palácio

Folha de Pernambuco

Um dia após o resultado do segundo turno ser divulgado, o advogado Antônio Campos, que concorreu à Prefeitura de Olinda pelo PSB, fez um desabafo: revelou que foi abandonado pelo seu partido, que – segundo suas palavras – desde as pré-convenções tentou retirá-lo da disputa.

“O PSB tentou, várias vezes, desestabilizar minha campanha”, afirmou Campos, em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco. Ele também destacou que o apoio do governador Paulo Câmara foi inexistente no 1º turno e formal no 2º. “Sequer recebi um telefonema do Palácio depois das eleições”, contou. Ele criticou, ainda, a postura do partido em relação à candidatura de Raquel Lyra (PSDB), em Caruaru, classificando-a de “um equívoco”. Comentou sobre a ausência da cunhada e correligionária Renata Campos no seu palanque e lembrou que, apesar de não ter vencido as eleições olindenses, se considera vitorioso pelos 90.558 votos obtidos. Um resultado, ressalta, que alcançou “sozinho”. Campos assegura que é candidato em 2018 e que não vai deixar o PSB. “Nasci e vou continuar na política”, disse. Confira abaixo.

Como o senhor avalia o resultado das eleições em Olinda?

Saímos vitoriosos dessa campanha. Demonstramos força e criamos um sentimento de esperança ao povo olindense, tão castigado nos últimos 16 anos. Ir ao 2º turno com 90.558 votos, tendo chegado a esse resultado praticamente sozinho, demonstra que nosso projeto inovador para a cidade com ideias, propostas e soluções reais, nos deu uma verdadeira vitória política. Desde o início, sabia das dificuldades que iria enfrentar e minha candidatura já era para também testar o pretenso campo aliado. Estamos numa época de resistência e aprendi com meu pai que “vencer é a própria capacidade de resistir”. Quando Arraes foi candidato em 1998, muitos não entenderam, ante as dificuldades eleitorais e políticas da época. No entanto, talvez isso tenha propiciado a eleição de Eduardo Campos co­mo Governador em 2006.

O senhor contou com o apoio do PSB estadual nessas eleições?

O PSB estadual durante o período pré-convenção tentou, várias vezes, desestabilizar a minha candidatura. A fragmentação das candidaturas no 1º turno teve o apoio de setores expressivos do Palácio do Governo. Um dos prêmios de Augusto Coutinho foi ter a Junta Comercial de Pernambuco. Não tenho um cargo no Governo de Paulo Câmara. O Governador não foi no 1º turno e fez um apoio formal no 2º turno. O PSB Estadual trabalhou contra o tempo todo. Isso se deve a não querer o surgimento de uma força nova nos quadros do PSB. Sequer recebi um telefonema do Palácio após o resultado das eleições. É o mínimo de elegância, até porque em nenhum momento ataquei o PSB e o governador nas eleições.

E a vitória do Professor Lupércio, como o senhor encarou?

Não enfrentei Lupércio, mas a máquina do PCdoB e forças expressivas do PSB Estadual, que propiciaram sua candidatura no 1º turno e o ajudaram nos bastidores no 2º turno. As poucas participações do PSB estadual em Olinda foram formais.

Por outro lado, não deu tempo em uma eleição curta, no 2º turno, de desconstruir o discurso do adversário, que desqualificou o debate para assuntos co­mo “filho de Olinda x forasteiro”, “rico x pobre”, as mis­tificações nas redes sociais e os boatos na periferia de Olinda.

Houve um excesso de judicialização na campanha?

Acho que não. Algumas vezes tivemos que recorrer à Justiça para frear ataques e baixarias e para denunciar fatos. O Professor Lupércio terminou sua campanha tendo declarado à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 151.780,00 e gasto R$ 88.701,99, o que é objeto de investigação eleitoral. Ele pode até o dia 19 de novembro fazer a prestação de contas final, mas tal postura mostra a falta de transparência na sua campanha e seu volume de propaganda de rua é incompatível com esses gastos a olhos vistos.

Pretende ser oposição em Olinda? Como?

Estou decidido a continuar a fazer política em Olinda. Olinda abre um novo ciclo nessa eleição e serei um dos líderes de uma oposição responsável na cidade, vigilan­te. Sempre estarei ao la­do das melhores causas de Olinda. Olinda é uma cidade desafiadora para se administrar ante a situação em que se encontra e espero que o Professor Lupércio e as forças que o apoiaram cumpram com as promessas que fizeram durante as eleições.

O senhor continuará na política?

Nasci nela e continuarei na política. Sou candidato em 2018. Não vou sair do PSB, inclusive vou participar das eleições nacionais em novembro de 2017. Esse partido foi construído, em grande parte, pelo meu avô e tenho a honra de presidir o Conselho Deliberativo do Instituto Miguel Arraes, por convocação da minha avó Magdalena Arraes, cujo centenário de nascimento de Arraes celebramos esse ano. Teremos uma programação extensa de comemoração ao centenário, em dezembro.

O senhor é candidato a quê?

Na hora certa falarei (risos)

E o resultado das eleições do PSB no Estado?

O PSB precisa rever algumas posições. A eleição de Raquel Lyra, em Caruaru, mostra, ao meu ver, um dos equívocos da postura adotada pelo PSB nessas eleições, como também a retirada de Pedro Mendes da vice em Ipojuca, que ajudou a derrotar Carlos Santana. O PT perdeu a eleição no Recife. Em Jaboatão e no Cabo, o PSB errou também.

A ausência de Renata Campos e de João Campos foi visível. O que houve?

Acho que Renata Andrade Lima Campos não foi grata comigo. Fui um irmão leal. Fui o cidadão que mais defendeu Eduardo Campos no famoso caso dos precatórios, tendo coordenado sua defesa jurídica, e sofrido muito, pessoalmente, com o episódio, ante uma grande perseguição de Jarbas à época, mesmo não tendo participado do caso. As mesmas forças que atacaram duramente Eduardo, tiveram o apoio de pessoas da minha família, agora, na eleição em Caruaru, enquanto me abandonaram. Essa é uma história que remonta há muito tempo, ela jamais gostou dos Campos, inclusive do meu pai, mas a perdoo e desejo muita paz a ela, que comanda muito a política do PSB no Estado, sem querer aparecer ostensivamente. A perda de Eduardo, aos 49 anos, é muito duro para todos da família e deveria ensinar mais humildade e humanidade. Quanto a João Campos, ele é um dos sucessores de Eduardo Campos, inclusive já disse isso diversas vezes. Pedro Campos, seu irmão, é um grande talento também, por exemplo. Não disputo esse espaço. Apenas digo que Eduardo é meu único irmão e reproduzo um depoimento dele, em vídeo. Sou um Campos Arraes na política e deve haver espaços para todos, não deveria haver discriminações ou perseguições.

E sobre a postura e importância da sua mãe, Ana Arraes, nessas eleições?

A minha mãe, pelo cargo que exerce, não pode participar da campanha eleitoral. Mas o grande nome político e ligação política da família Campos e Arraes é Ana Arraes, filha de Miguel Arraes, mãe de Eduardo Campos, que viveu o período difícil da ditadura, foi eleita por duas vezes deputada federal e é ministra do TCU, que poderá se aposentar e voltar à política.

O seu 1º resultado eleitoral lhe deixa desanimado?

Eduardo Campos perdeu a eleição para prefeito de Recife, em 1989, disputando com Jarbas Vasconcelos, obteve apenas 3% de votos e nem por isso desanimou e foi duas vezes governador de Pernambuco. Vejo o futuro com fé e esperança. Resistir é uma forma de ação hoje

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 1 de novembro de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Uma chapa que pode preocupar o Palácio em 2018 

Nem bem terminaram as eleições de 2016 e o meio político pernambucano já traça cenários para as próximas eleiçōes daqui a dois anos onde estarão em jogo o governo de Pernambuco, a vice-governadoria e duas vagas de senador, e mesmo o PSB emplacando setenta prefeituras dentre elas Recife e Petrolina, há quem duvide da manutenção da hegemonia do partido caso haja a construção de uma coligação a fim de desbancar o PSB.

Na chapa que seria encabeçada pelo ministro das Cidades Bruno Araújo (PSDB) poderia ter como senadores o ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) e o atual senador Armando Monteiro (PTB), já para o posto de vice-governador há quem aposte no ministro de Minas e Energia Fernando Filho, atualmente no PSB de Paulo Câmara, que seria obrigado a buscar uma outra legenda para se abrigar.

Essa coligação também receberia o PTdoB do deputado federal Silvio Costa, o PPS do ministro da Defesa Raul Jungmann, o Solidariedade do deputado federal Augusto Coutinho, o PTN de Ricardo Teobaldo e o PRB do deputado estadual Silvio Costa Filho, que hoje é líder da oposição na Alepe. Uma frente que teria oito partidos e provavelmente o partido do ministro Fernando Filho que neste caso sairia da sigla que está filiado, teria boas chances de aglutinar cerca de dez legendas e iniciar uma partida significativa para a guerra pelo Palácio do Campo das Princesas que seria travada contra o PSB.

Além de contemplar os quatro ministros de Temer, integrariam essa coligação atores importantes como o prefeito de Petrolina Miguel Coelho, a prefeita de Caruaru Raquel Lyra, o prefeito de Olinda Professor Lupércio, os ex-governadores João Lyra Neto, Gustavo Krause e Joaquim Francisco, os deputados federais Ricardo Teobaldo, Daniel Coelho, Betinho Gomes, Zeca Cavalcanti, Jorge Côrte Real, Adalberto Cavalcanti, além de nomes como João Fernando Coutinho e Marinaldo Rosendo que hoje estariam insatisfeitos com os rumos do PSB no estado e estudam migrar para outra sigla.

Esta chapa teria dois políticos em ascensão no estado e no país e dois políticos que já disputaram o governo em ocasiões anteriores, mas que mantêm sua representatividade no estado e no país. Sem sombra de dúvidas tiraria o sono do governador Paulo Câmara e do PSB, que sem Eduardo Campos para chamar o feito a ordem, tem encontrado dificuldades de condução política no estado.

Funase – O governador Paulo Câmara escolheu o advogado Roberto Franca como o novo presidente da Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase). A nomeação será publicada, nesta terça-feira, no Diário Oficial do Estado. “Franca tem uma larga experiência no serviço público, na área de Direitos Humanos e Justiça, e acredito que é a pessoa certa para realizar uma reformulação imprescindível na Funase”, afirmou o governador de Pernambuco.

Coletiva – Após ser derrotado pelo deputado estadual Professor Lupércio (SD) pela prefeitura de Olinda, o advogado Antônio Campos marcou para hoje uma coletiva a partir das 16 horas no Hotel Samburá em Olinda. Fica a expectativa do que será dito pelo irmão de Eduardo Campos, que se antes das eleições já se queixava do abandono do PSB na disputa pela prefeitura.

Mandato – Com a vitória do Professor Lupércio para prefeito de Olinda abrirá uma vaga na Alepe para o primeiro suplente da coligação SD/PTN/PV/PRTB que é o vereador reeleito do Recife Jadeval de Lima (PDT) que obteve 17.491 votos em 2014, caso ele aceite assumir por dois anos o suplente Eduardo Chera (PDT) herda seu mandato na Câmara do Recife, caso prefira continuar vereador, assume Anderson Aquino (PRTB), que é médico, tem 41 anos e foi candidato a prefeito de Ouricuri, ficando em quarto lugar.

Evangélicos – Apenas na Região Metropolitana do Recife nada menos que cinco dos quatorze prefeitos eleitos são declarados evangélicos. São eles: Demóstenes Meira (Camaragibe), Anderson Ferreira (Jaboatão dos Guararapes), Professor Lupércio (Olinda), Pastor Marcos (Abreu e Lima) e Zé de Irmã Teca (Itapissuma). A meta agora é ampliar a representatividade do segmento nas próximas eleições.

RÁPIDAS

Bombeiro – O vice-presidente do PSB Luciano Vásquez, que foi secretário da Casa Civil de João Lyra Neto, será desginado pelo Palácio do Campo das Princesas para restabelecer a relação entre o governador Paulo Câmara e a prefeita eleita de Caruaru Raquel Lyra após vários episódios hostis do Palácio a Raquel.

Vice – Caso se confirme a candidatura de Geraldo Alckmin para a presidência da República onde o PSB herdaria o governo de São Paulo com Márcio França, há quem aposte que o partido de Paulo Câmara ficaria com a vice de Alckmin, dentre os nomes cotados estariam Renata Campos, Ana Arraes, Fernando Bezerra Coelho e Geraldo Julio.

Inocente quer saber – A relação entre Paulo Câmara e os ministros pernambucanos voltará a ser como antes?

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Postado por Edmar Lyra às 19:33 pm do dia 31 de outubro de 2016

“É hora da gente se unir para vencer as dificuldades”, afirma Geraldo

Um dia após ser escolhido para governar o Recife por mais quatro anos, o prefeito reeleito Geraldo Julio (PSB) concedeu dezenas de entrevistas – quando agradeceu aos recifenses e falou dos próximos desafios -, além de despachar com secretários na Prefeitura.

Nas entrevistas a vários meios de comunicação, o prefeito comentou sobre sua responsabilidade para continuar promovendo avanços na cidade. Geraldo iniciou o seu dia com um café da manhã com assessores e o presidente do PSB em Pernambuco, Sileno Guedes, e concedeu diversas entrevistas ao longo do dia para rádios, TVs, blogs e jornais.

“Quero agradecer ao povo do Recife, a generosidade, o carinho, a forma afetuosa como fui recebido durante toda a campanha. Agradecer a vitória das eleições, a todos que votaram em mim e nos outros candidatos, que participaram desse momento mais forte da democracia. Estou muito feliz. Quero governar para todos os recifenses. Os palanques estão desmontados. É hora da gente se unir para vencer as dificuldades do dia a dia”, afirmou o prefeito.

Durante a entrevista, Geraldo também agradeceu o apoio do governador Paulo Câmara e destacou a importância de ter um aliado no Governo do Estado. “Eu estou muito feliz e honrado de ser prefeito do Recife tendo Paulo como governador do Estado. Paulo é muito mais que um aliado político e nossa relação é muito mais que uma parceria entre governador e prefeito. A gente tem entrosamento, as equipes são entrosadas”, disse, destacando ainda que Paulo é o grande líder da Frente Popular em Pernambuco.

Pela manhã, Geraldo ainda realizou despachos na Prefeitura do Recife com os secretários Sileno Guedes (Governo e Participação Popular), João Braga (Mobilidade), Alexandre Rebêlo (Planejamento e Gestão), João Guilherme Ferraz (Gabinete de Projetos Especiais) e Alexandre Gabriel (Imprensa).

Arquivado em: destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 10:43 am do dia 31 de outubro de 2016

Um em cada quatro eleitores será governado pelo PSDB

Estadão Conteúdo – O PSDB saiu do segundo turno como o maior vencedor da eleição municipal de 2016, se o critério observado for o número de eleitores que cada partido vai governar. Em seu conjunto, os prefeitos do partido vão administrar cidades que abrigam 23,9% do eleitorado – ou seja, para cada quatro eleitores, um será governado por um tucano.

Em relação à eleição de 2012, a faixa do eleitorado governada por tucanos quase dobrou – era de 13,1%. Já a parcela governada pelo PT, seu principal antagonista, desabou de 19,9% para 2,9%.

A fatia alcançada pelos tucanos é a maior desde 2004, o primeiro ano para o qual o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulga dados de resultados eleitorais digitalizados. O recorde anterior pertencia ao PMDB, que em 2008 venceu em municípios que abrigavam 22,1% do eleitorado da época.

No primeiro turno destas eleições, o PSDB venceu em 789 cidades, que concentravam 26,8 milhões de eleitores. Na segunda rodada da eleição, foram 14 cidades a mais, com eleitorado de 7,6 milhões, chegando ao total de 34,4 milhões.

A principal causa do salto tucano foi a vitória na cidade de São Paulo, que concentra 26% dos eleitores que serão governados pelo partido. João Doria, novato na política, venceu no primeiro turno com 53,3% dos votos válidos e vai suceder o petista Fernando Haddad a partir de janeiro do próximo ano.

Neste domingo (30), a maior cidade conquistada por um tucano foi Manaus, onde Artur Virgílio Neto conseguiu se reeleger, com 56% dos votos válidos.

O PMDB teve o segundo melhor desempenho: vai governar 20,5 milhões de eleitores a partir do próximo ano, o equivalente a 14,2% do total. O partido do presidente Michel Temer só ficou à frente do PSDB no quesito número de prefeituras conquistadas: foram 1.037 contra 803.

No segundo turno, candidatos peemedebistas venceram em nove municípios, que concentram 12% do eleitorado em disputa (cerca de 33 milhões).

Refluxo

A onda antipetista, que já havia se manifestado no primeiro turno, voltou a demonstrar sua força neste domingo. Todos os sete candidatos do PT que haviam conseguido se classificar para a segunda rodada acabaram perdendo.

A derrota petista mais significativa se deu em Santo André, onde Paulo Serra (PSDB) derrotou Carlos Grana (PT), candidato à reeleição, por 78% a 22%.

O PT também amargou derrota significativa em Mauá, outra cidade da região do ABC paulista que integrava o chamado cinturão vermelho, grupo de municípios da região metropolitana que costumava ter maioria de eleitores petistas. O atual prefeito Donisete Braga (PT) foi derrotado por Átila Jacomussi (PSB), por 65% a 35%.

Com os resultados deste domingo, o PT foi praticamente varrido do chamado clube do segundo turno, o conjunto das 92 cidades que têm 200 mil eleitores ou mais. Nesse conjunto, que abriga 38% do eleitorado do País, o único representante petista a partir do próximo ano será o prefeito de Rio Branco, Marcus Alexandre, reeleito já no primeiro turno com 55% dos votos válidos.

Graças à vitória no Rio, com Marcelo Crivella, o PRB ficará na segunda colocação, em número de eleitores governados, no clube do segundo turno, atrás do PSDB e à frente do PMDB.

Partidos pequenos

Partidos nanicos obtiveram um avanço inédito no grupo das 92 maiores cidades do País. Somados, eles venceram em 18 desses municípios e vão governar 7,4 milhões de eleitores. Os maiores destaques foram as vitórias de Alexandre Kalil (PHS), em Belo Horizonte, e Rafael Greca (PMN), em Curitiba.

O avanço dos nanicos consolidou o fenômeno da dispersão partidária, que já havia sido recorde no primeiro turno.

No total, políticos de 31 partidos vão administrar pelo menos uma prefeitura a partir de 2017. Apenas quatro das legendas registradas não venceram em nenhum município.

Arquivado em: Brasil, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 23:57 pm do dia 30 de outubro de 2016

Geraldo tem a maior vitória da história do Recife

Com 61,30% dos votos válidos, o prefeito reeleito do Recife, Geraldo Julio (PSB), é o primeiro postulante da história a receber mais de meio milhão de votos na capital pernambucana. Neste domingo (30), Geraldo recebeu 528.335 votos para comandar a prefeitura por mais quatro anos, consolidando os avanços iniciados em 2013, quando foi escolhido prefeito pela primeira vez. Geraldo e o vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB) foram eleitos pela coligação Frente Popular do Recife, formada por 20 partidos.

Após o resultado do pleito, Geraldo concedeu entrevista coletiva num hotel em Boa Viagem. O gestor agradeceu a confiança da população recifense e destacou a responsabilidade de governar o Recife por mais quatro anos. “Nós tivemos a humildade de mostrar os problemas que o Recife tem. Quero agradecer a Josuel, de Três Carneiros, a Carol, do Coque, a Fagner, do Ibura. Quero agradecer a todos que nos ajudaram a mostrar a vida real. Não sinto nesse momento, mesmo tomado de alegria, não sinto que a gente recebe essa vitória como premiação pelo que foi feito. A gente, agora, tem uma responsabilidade muito maior. Essas pessoas querem que a gente trabalhe ainda mais. E vamos trabalhar ainda mais”, declarou o prefeito, que estava acompanhado da primeira-dama Cristina Mello.

O prefeito destacou ainda o papel da militância, que desde o primeiro dia de campanha tomou as ruas da cidade para defender os avanços da gestão socialista, dos aliados da Frente Popular e reforçou o compromisso de governar para toda população do Recife. “As pessoas têm direto de fazer a sua escolha. A partir do momento em que as urnas são abertas, a vontade da urna passa a ser de toda a cidade. Por isso agradeço a todos os recifenses”, declarou. Geraldo ainda lembrou os líderes que guiaram a Frente Popular, citando Miguel Arraes e Eduardo Campos, que, segundo o prefeito, vai continuar inspirando as ações em prol do povo mais necessitado. O gestor ainda fez uma homenagem a Camilo Simões, ex-secretário de Turismo e um dos coordenadores da campanha socialista.

Presente no anúncio da vitória, o governador Paulo Câmara (PSB) destacou a importância da vitória de Geraldo Julio para a Frente Popular e reafirmou o compromisso de firmar parcerias com o gestor com o intuito de promover ainda mais avanços na cidade. “O povo soube acompanhar sua trajetória e o que Geraldo fez nesses quatro anos de governo. Desde o momento que Geraldo iniciou esse caminho ele só fez crescer e conseguiu ampliar o conjunto para ter agora uma vitória consagradora, inquestionável, a maior vitória que um prefeito do Recife já teve. Quero concluir desejando boa sorte. Tive e tenho a honra de ser governador com Geraldo. A gente vai fazer muito por Pernambuco e por Recife. Nosso grande líder Eduardo está feliz por sua vitória”, discursou Paulo Câmara.

Para o vice-prefeito reeleito Luciano Siqueira, a vitória da chapa representa o reconhecimento da população da capital pernambucana por tudo que foi feito no Recife nos últimos três anos e dez meses. “Além de um prefeito aprovado, emerge um líder, com uma marca que tem importância, que é a capacidade de unir diferentes e governar nas dificuldades”, ressaltou Luciano. O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, também destacou o peso que a vitória de Geraldo Julio representa para o Partido Socialista Brasileiro. “Geraldo deu ao PSB a maior vitória dada a um prefeito do Recife nos últimos tempos”, frisou.

Após a coletiva, Geraldo Julio seguiu para a festa da vitória, na Avenida Rio Branco, no Recife Antigo, onde milhares de pessoas aguardavam o prefeito reeleito. O governador Paulo Câmara, o vice-prefeito Luciano Siqueira, João Campos (secretário de Organização do PSB), a primeira-dama Cristina Mello e a ex-primeira-dama Renata Campos também participaram do ato, que contou ainda com a presença de vereadores e deputados da Frente Popular.

Arquivado em: destaque, Política, Recife

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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