Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de dezembro de 2015

Coluna do blog deste sábado

Manifestações deste domingo ditarão o ritmo do impeachment 

Desde as manifestações de junho de 2013, quando naquele momento a popularidade da presidente Dilma Rousseff e de quase todos os governadores despencou, que a periodicidade de manifestações foi se tornando cada vez mais latente. Só em 2015 foram três grandes manifestações em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto, que juntas levaram, segundo os organizadores, mais de seis milhões de pessoas às ruas contra Dilma Rousseff.

Apesar de representativas, as três grandes manifestações realizadas em 2015, ainda não tinham muita consistência por conta do processo de impeachment ser apenas uma tese defendida por algumas pessoas, mas que no momento em que aconteceram as manifestações, ele era uma realidade muito distante. Tanto que os protestos levaram 3 milhões de pessoas em março, 1,5 milhão em abril e 2 milhões em agosto, ou seja, em vez de haver um crescimento, houve uma oscilação negativa em torno da quantidade de pessoas nas ruas.

Para amanhã são esperadas em todo o Brasil manifestações contra Dilma Rousseff, sendo que elas trazem um fato novo e um contexto diferenciado em relação aos meses anteriores. Primeiro que o impeachment saiu da fantasia de alguns para se tornar uma realidade latente, depois a crise política e econômica não foi estancada por Dilma, pelo contrário, tem se agravado com o decorrer dos meses com novos escândalos de corrupção, aumento do desemprego, da inflação, dos juros, etc.

A confluência de fatores, que ganhou força com a abertura do impeachment na Câmara dos Deputados, pode ser fulminante para o projeto de Dilma Rousseff e do PT em continuarem no Palácio do Planalto. A votação da comissão que analisará o impeachment na Câmara dos Deputados mostrou que a presidente não tem sequer 200 votos para barrar o impeachment.

Apesar de serem necessários apenas 171 votos para que o impeachment seja sepultado, a margem de 199 votos recebidos pela chapa indicada pelo Planalto para comandar o impeachment é muito pequena, sobretudo quando consideramos que na sessão que apreciará o impeachment os votos serão nominais e abertos, ou seja, cada deputado terá que declarar em rede nacional, um por um, se vota a favor ou contra o impeachment.

As pesquisas apontam que 70% da população brasileira apoia o impeachment, e apenas 9% dos entrevistados consideram o governo Dilma Rousseff bom/ótimo, vale frisar que é o mesmo percentual obtido por Fernando Collor na época em que o ex-presidente sofreu o processo de impeachment. Então as manifestações deste domingo terão um componente fundamental para implodir qualquer tentativa do governo de barrar o impeachment, até porque o político só é fiel ao governo quando o dele não está na reta, muitos deputados que almejam continuar na política sabem que votar contra o impeachment e contra a vontade da maioria da opinião pública é assinar o atestado de óbito da sua carreira política, então como se diz aqui no Nordeste, os deputados partirão para a máxima de que, quando a farinha é pouca primeiro vem o pirão deles, e naturalmente eles devem abandonar Dilma no meio do caminho. Tudo depende de amanhã.

Pressa – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse ontem que a decisão sobre a tramitação do pedido de impeachment no Congresso Nacional deve ser rápida. “Acho que o tribunal está consciente do momento delicado pelo qual estamos passando. Não acredito que haverá pedido de vistas. Porque todos percebem que há uma necessidade que esse tema seja encaminhado em um ou outro sentido”.

Muro – O PSB pode adiar mais uma vez a reunião da executiva nacional marcada para o próximo dia 17 que vai deliberar sobre a posição do partido sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Enquanto a bancada de deputados e senadores é majoritariamente a favor do impeachment da presidente, os três governadores do partido – Paulo Câmara (PE), Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF) – são contrários. A posição dos governadores podem colocar a sigla socialista em cima do muro.

Briga – Filiados ao PSB e pré-candidatos a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o deputado federal João Fernando Coutinho e o vice-prefeito Heraldo Selva não conseguem se entender no que diz respeito a agenda 40. O deputado divulgou nota dizendo que acha inoportuna a realização das agendas do partido organizadas pelo vice-prefeito no município diante da grave crise que assola o país, tanto na economia e na política quanto na necessidade de combater o Aedes aegypt.

Cortes – O relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), confirmou nesta sexta-feira que está mantendo no parecer final um corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família, ou seja, corte de 35% no programa. Além disso, Barros anunciou cortes de R$ 320 milhões no auxílio-reclusão (50%), de R$ 80 milhões no auxílio-moradia (20%) e de R$ 1,84 bilhões (10%) de compensação no RGPS (Repasse a Previdência por Desoneração da Folha). De acordo com o relator, essas medidas são necessárias para cumprir a meta do governo de superávit (receitas menos despesas) de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2016.

RÁPIDAS

União – Em visita ontem a Pernambuco onde proferiu palestra no Palácio do Campo das Princesas sobre democracia, o senador José Serra (PSDB/SP) defendeu o apoio do seu partido ao governo de união nacional capitaneado por Michel Temer em caso de saída de Dilma Rousseff. O tucano pode assumir o ministério da Fazenda num eventual governo Temer.

Comentários – Assim como fizemos nas eleições de 2014, a partir de amanhã realizaremos comentários periódicos sobre o cenário político nacional. Os vídeos, que terão duração média de 3 a 5 minutos, serão publicados no blog e no Facebook. Conto com a audiência de vocês na estréia quando estaremos repercutindo as manifestações deste domingo.

Inocente quer saber – Quantas pessoas irão às manifestações pelo impeachment no Marco Zero amanhã?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 11 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta sexta-feira

A história se repete e o Brasil precisa novamente do PSDB 

O PSDB foi fundado em 1988 por dissidentes do PMDB e contou com a filiação de políticos como Mário Covas, José Serra, Franco Montoro, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. Naquele momento o país passava pelo processo de redemocratização iniciado em 1985 com a vitória no colégio eleitoral de Tancredo Neves, e posteriormente com sua morte antes de assumir o mandato do vice José Sarney.

Um dos grandes problemas do país era a estagnação econômica e a hiperinflação. Com um cenário nebuloso para o Brasil, o PSDB lançou em 1989 Mário Covas, que ficou de fora da polarização entre Lula, candidato do PT, e Fernando Collor, candidato do PRN, este último sendo o vitorioso ao lado do vice Itamar Franco.

Com o processo de impeachment de Collor, o PSDB ofereceu um dos seus quadros, o então senador por São Paulo Fernando Henrique Cardoso para ocupar o ministério da Fazenda. Num plano conduzido pelo economista Edmar Bacha, o Brasil conseguiu vencer a hiperinflação e FHC, na condição de ministro da Fazenda, se tornou candidato natural à presidência da República e venceu a disputa em 1994.

A história se repete 23 anos depois com a eminente queda de Dilma Rousseff por infringir a Lei cometendo crime de responsabilidade através das pedaladas fiscais. O vice-presidente Michel Temer a cada dia que se passa fica mais próximo de repetir a história escrita por Itamar Franco, que assumiu o país em frangalhos e conseguiu, com o apoio do PSDB, recuperar a economia e colocar o país num ciclo virtuoso que durou mais de vinte anos.

No governo Temer, caso venha a se consumar a saída de Dilma, é de fundamental importância a participação do PSDB, haja vista que o partido possui quadros extraordinários como os senadores Aécio Neves e José Serra, os deputados Bruno Araújo e Antonio Imbassahy e muitos outros quadros técnicos que podem servir ao país como ministros de um governo de reconstrução nacional, assim como foi o governo de Itamar.

Alguns filiados ao PSDB defendem um distanciamento político do governo Temer no pós-Dilma com o único objetivo do partido ser o favorito a chegar ao Planalto em 2018. Mas até lá são quase três anos e o país precisa de uma vez por todas quebrar esse ciclo negativo que foi imposto ao Brasil pelo governo Dilma. E naturalmente o caminho mais óbvio para o PSDB é, assim como em 1992, pensar nas próximas gerações e não nas próximas eleições, sob pena de pagar um alto preço caso dê as costas ao momento delicado que o país vive, assim como fez o PT na redemocratização, no governo Itamar, no Plano Real e na Lei de Responsabilidade Fiscal, que em momentos importantes da história brasileira, o PT pensou no seu próprio umbigo e ficou contra todos esses episódios que contribuíram significativamente para o Brasil sair do caos que se encontrava.

Transporte – O prefeito de Bodocó Danilo Rodrigues (PSB) substituiu 125 veículos estilo pau de arara por 30 ônibus escolares, reduzindo pela metade o custo com o transporte escolar. A frota, que é terceirizada, possui a menor idade média de Pernambuco e todos os veículos são equipados com GPS.

Agenda 40 – O deputado estadual e presidente da executiva do PSB em Goiana, Aluisio Lessa está a frente da organização da Agenda 40 que irá acontecer hoje no município às 19 horas na Casa Paroquial. Este é um momento que a executiva irá irá escutar integrantes socialistas e lideranças locais para colher sugestões e definir a sua atuação para o ano de 2016.

Conferência – A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, em parceria com a ABLOGPE, realiza a primeira Conferência de Comunicação Social do Município hoje a partir das 8 horas da manhã na Faculdade Guararapes em Piedade. O evento, que contará com palestras e debates, também elegerá o Conselho Municipal de Comunicação que contará com representantes de veículos, da prefeitura e de membros da sociedade sociedade civil organizada.

Urnas – O TSE informou ontem que o corte de gastos feito pelo governo federal diminuiu de tamanho, o que vai garantir a realização da votação com urnas eletrônicas nas eleições de 2016. A diferença no corte de gastos na Justiça Eleitoral de agora e o anterior é de R$ 267 milhões. No último dia 30, uma portaria dos tribunais superiores informava que o corte de gastos feito para equilibrar o Orçamento do governo no próximo ano ameaçava a votação eletrônica. Se isso acontecesse, a votação seria novamente em cédulas de papel. A aquisição das urnas custa cerca de R$ 200 milhões.

RÁPIDAS

Contas – A Comissão de Finanças e Tributação da Alepe aprovou, por unanimidade, na última quarta-feira as contas de 2013 do governo Eduardo Campos. A decisão, que teve como base um relatório do Tribunal de Contas do Estado, foi publicada ontem no Diário Oficial e deverá ir ao plenário da Casa Joaquim Nabuco na próxima semana para serem apreciadas pelos deputados.

Recursos – O prefeito de Camaragibe Jorge Alexandre (PSDB) foi recebido anteontem em Brasília pelo ministro das Cidades Gilberto Kassab (PSD). Na pauta, a liberação de recursos do Ministério para Camaragibe, com investimentos que margeiam R$10 milhões para a pavimentação de ruas do município.

Inocente quer saber – O cerco está se fechando para a presidente Dilma Rousseff?

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Postado por Edmar Lyra às 0:35 am do dia 11 de dezembro de 2015

Paulo: “Impeachment não é golpe”

Em entrevista na manhã desta quinta-feira (10.12) ao programa de Geraldo Freire, na Rádio Jornal, o governador Paulo Câmara afirmou que, apesar de acreditar que ainda não existem as condições para impedimento da presidente Dilma Rousseff, “impeachment não é golpe”.

“Eu queria aproveitar para esclarecer nossa posição em relação ao impeachment. Pernambuco e todo mundo sabe que eu não sou eleitor da presidente Dilma. Nosso Governo é de independência. Nós não apoiamos muita coisa que o Governo Federal faz. Entendemos que a política do Governo Federal foi errada, equivocada e está levando à inflação, ao desemprego e à recessão. Agora, nós entendemos, de forma clara, que impeachment não é golpe. Pelo contrário, impeachment é um processo que existe na Constituição”, declarou Paulo.

No entendimento do governador, há um processo aberto, no âmbito do Congresso Nacional, para a apuração das responsabilidades e um possível impeachment da presidente. “Mas entendemos também, e isso é importante deixar muito claro, que a forma com que está sendo conduzida pelo presidente Eduardo Cunha é uma condução equivocada. Uma condução na base da chantagem, uma condução que enfraquece a democracia e as instituições. É importante ressaltar que nós defendemos as instituições, nós não defendemos o Governo Dilma”.

De acordo com Paulo Câmara, diante dos fatos que foram apresentados, nesse processo de impeachment, não há, ainda, motivo para o afastamento da presidente Dilma por crime de responsabilidade. “Mas entendo também que é a hora desse processo ser concluído. Isso é importante para o Brasil. E ele precisa ser concluído por pessoas que tenham legitimidade para isso, que não é Eduardo Cunha”, destacou.

Para o governador de Pernambuco, existem muitos deputados que têm condições de concluir esse processo. “Eu, inclusive, tenho um candidato, que é o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Ele tem condições de ser o presidente da Câmara e conduzir, mesmo com as opiniões dele (contrárias ao Governo Dilma), com ética, transparência e moralidade, é isso que precisamos. O Brasil precisa é de definição”, defendeu Paulo.-

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 10 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta quinta-feira

Paulo Câmara pisou na bola e pagou preço alto perante a sociedade 

Eleito governador de Pernambuco no primeiro turno das eleições do ano passado, Paulo Câmara decidiu junto com o PSB apoiar a candidatura de Aécio Neves à presidência da República contra Dilma Rousseff. Isso tudo após a candidatura presidencial de Eduardo Campos que culminou na sua morte num acidente aéreo em agosto do ano passado.

Se Eduardo Campos quisesse apoiar o PT e a presidente Dilma Rousseff não teria rompido em 2013 com o Planalto para tentar um voo solo rumo ao Planalto. Seria muito mais cômodo continuar com uma aliança construida ainda em 1989 e tentar uma vaga ao Senado. A partir daquele momento, ficou evidente que Eduardo queria o PSB na oposição ao PT e a tudo o que representa a figura de Dilma Rousseff.

Passado o processo eleitoral, veio a “parceria” institucional entre o governo de Pernambuco e o governo federal, e a cada mês de 2015 ficou evidenciado um abandono do Planalto com o estado de Pernambuco. Fato este que já existia desde 2011, quando Pernambuco havia elegido Dilma em 2010 sob a prerrogativa de que uma vez eleita, Dilma manteria os investimentos de Lula em Pernambuco. Mas sem sombra de dúvidas, desde a ruptura de Eduardo com o PT que Pernambuco ficou a pão e água.

O governo Dilma Rousseff tem paralisado o país, e essa paralisia tem influenciado diretamente nos governos estaduais e municipais, haja vista que a receita tributária fica concentrada na união, necessitando de liberações junto aos ministérios para que as obras nos estados possam andar. No ano de 2015 estavam previstos cerca de R$ 2 bilhões através de convênios entre o governo de Pernambuco e o governo federal, mas até recentemente a União só liberou menos de R$ 200 milhões, uma quantia que não chega a 10% do previsto.

Isso sem contar com a autorização do ministério da Fazenda para que o governo de Pernambuco possa contrair empréstimos internacionais que dorme na gaveta do ministro Joaquim Levy e não tem a menor perspectiva de sair do papel por conta da paralisia que o governo Dilma submergiu o país. Os reflexos são muitos, o governador Paulo Câmara, assim como os seus colegas governadores, já sente na pele a rejeição da população porque não consegue tocar as obras como deveria por conta da escassez de recursos.

Como se não bastasse, a crise econômica que assola o país tem atingido diretamente as empresas, que estão produzindo menos, demitindo mais e consequentemente movimentando menos dinheiro. Isso tem como consequência direta a queda de arrecadação própria do estado, que depende do ICMS para viabilizar seu caixa.

Alheio a todos esses problemas, desconsiderando a esmagadora opinião popular, que em Pernambuco rejeita como nunca antes na história da política o governo Dilma e majoritariamente concorda com o impachment da presidente, o governador se dá ao luxo de subscrever um manifesto em defesa de Dilma Rousseff. Foi um erro de cálculo grotesco de Paulo Câmara, que poderia ter evitado se posicionar no caso do impeachment alegando que o tema é de competência do congresso nacional através de deputados e senadores e ele na condição de governador de Pernambuco tinha como única e exclusiva atribuição governar o seu estado. Faltou sensibilidade a Paulo Câmara que desde a última terça-feira tem arcado com um pesado ônus perante o povo pernambucano depois da posição que tomou.

Rodrigo Novaes – O deputado Rodrigo Novaes (PSD) subiu a tribuna da Alepe ontem para defender uma ampla discussão na Casa Joaquim Nabuco com a sociedade, com ex-governadores e com a bancada de deputados federais sobre a situação política do país e a opinião da Casa sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff para que esse posicionamento possa balizar os deputados federais pernambucanos que irão apreciar em breve o impedimento de Dilma.

Mozart Sales – Suplente de deputado federal e possível candidato do PT a prefeito do Recife no ano que vem, Mozart Sales ocupava a diretoria de inovação tecnológica da Hemobras até ontem quando uma operação da Polícia Federal foi deflagrada para investigar supostas irregularidades em licitações da estatal. Sales foi encaminhado na condição de testemunha para a Polícia Federal e teve seus celulares apreendidos para averiguação.

Reunião – Após passarem uma hora conversando reservadamente no Palácio do Planalto ontem, a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer não conseguiram chegar a um consenso nem minimizar o clima que ficou tenso após o vazamento da carta que Temer enviou a presidente na última segunda-feira. Tudo continua como já estava, Dilma e Temer seguem afastados.

Plano Temer – O ex-ministro Moreira Franco, aliado de Michel Temer, falou o seguinte sobre o que ele chama de Plano Temer: “O mérito do Plano Temer é identificar as medidas e reformas que o Brasil precisa fazer para sair da crise, retomar o crescimento e salvar as conquistas sociais das garras da inflação e da falta de recursos públicos. Por dizer a verdade, tem autoridade para propor soluções e capacidade de angariar apoios. Por não se esconder da realidade e nem procurar escondê-la do país, apresenta propostas corajosas e objetivas. Teve grande repercussão e ampla aceitação porque as pessoas entenderam que não é um projeto eleitoral, mas uma proposta para o Brasil sair da crise.”

RÁPIDAS

Controle – O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ) demonstrou ontem mais uma vez que tem absoluto controle de tudo o que acontece na Casa ao ver sua tropa de choque não só adiar a votação do relatório do conselho de ética como também afastar o relator Fausto Pinato (PRB/SP), que defendia o seu afastamento do cargo.

Crescimento – O deputado federal Mendonça Filho (DEM) tem se consolidado politicamente na oposição ao governo Dilma Rousseff. Mendonça está sendo muito elogiado por sua postura combativa e inteligente como líder do Democratas na Câmara. Hoje todas as discussões do país passam também por ele.

Inocente quer saber – Heraldo Selva rompeu com Elias Gomes para ser candidato a prefeito de Jaboatão?

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Postado por Edmar Lyra às 1:05 am do dia 10 de dezembro de 2015

Tony Gel solicita ao Governador Paulo Câmara que decrete estado de emergência na construção da obra do Rio Pirangí

O Deputado Estadual Tony Gel (PMDB), fez nesta quarta-feira (09), ao Governador Paulo Câmara, apelo no sentido de decretar estado de emergência na construção da adutora que irá trazer água do Rio Pirangí, na Zona da Mata Sul do Estado, até a barragem do Prata, no Agreste, como também solicitou que estudos fossem feitos no sentido de levar a água que está acumulada em uma Barragem de contenção em Carpina, até a Barragem de Jucazinho.

De acordo com Tony Gel, as duas solicitações visam garantir maior oferta d’água para a população de Caruaru e Cidades abastecidas pelo Sistema do Prata, cujo abastecimento a exemplo de Caruaru, está sendo realizado exclusivamente por meio da barragem do Prata, diante das poucas chuvas caídas na Barragem de Jucazinho. O parlamentar destacou que sem a ligação com o Rio Pirangí, o Sistema do Prata só será suficiente para cerca de 7 meses de abastecimento, visto que há a previsão de poucas chuvas na região, o que torna a celeridade da obra de fundamental importância para evitar um colapso total.

Para Tony Gel, ao decretar a medida emergencial, O Governador Paulo Câmara estará dando uma maior rapidez a obra e solucionando um sério problema enfrentado por milhares de famílias que residem em Caruaru e Municípios vizinhos,as quais estão passando por um rodízio no abastecimento de água em decorrência da escassez de chuvas, cuja situação tende a piorar.

”É importante registrar que,por conta do colapso no sistema no Jucazinho, a Barragem do Prata passou a ser o único reservatório a ser utilizado para abastecer Caruaru e algumas Cidades da Região. Falei com o Governador sobre a necessidade da obra de ligação do Rio Pirangí, até a barragem do Prata ser agilizada. Pedi a ele para decretar estado de emergência, pois assim, a obra será tocada com uma maior rapidez, como também três ou quatros empresas podem ser contratadas para executar a construção da adutora. Ex: Uma empresa faria a escavação, outra colocaria a tubulação e uma outra trabalharia na parte final”, disse Tony Gel.

Arquivado em: destaque, Outras Regiões, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 9 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta quarta-feira

Governo perde a primeira batalha na luta contra o impeachment 

O governo Dilma Rousseff vem acumulando uma série de derrotas ao longo de 2015, que nos últimos meses foram se agravando com a rejeição das contas de 2014 por unanimidade pelo TCU e recentemente com a tramitação do impeachment na Câmara dos Deputados. No final da segunda-feira o quadro se agravou com o vazamento de uma carta direcionada a Dilma escrita pelodo vice-presidente Michel Temer.

Ontem na escolha da comissão que iria avaliar a admissibilidade do impeachment, o governo em vez de negociar com os parlamentares a composição da chapa responsável pelo impeachment, quis empurrar goela a baixo um grupo de deputados reconhecidamente ligados ao Planalto e terminantemente contrários ao impeachment. A oposição se deu conta dessa situação e junto com dissidentes dos partidos lançou uma chapa avulsa para enfrentar a chapa apresentada pelo Planalto.

Apesar do PT tentar a todo custo inviabilizar a votação, inclusive quebrando algumas urnas, o processo acabou acontecendo e nele ficou evidenciada uma derrota acachapante da presidente Dilma Rousseff, com 272 votos a favor da chapa apresentada pela a oposição. Com isso a comissão do impeachment já começa com pelo menos 39 votos favoráveis ao processo. Em breve poderá ser votada a complementação da comissão que analisará o impeachment. Existem 26 vagas para membros titulares em aberto e 65 suplentes.

Numa simples votação, secreta, diga-se de passagem, o governo teve apenas 199 votos. Foi uma prévia de como seria a sessão que poderá tirar de uma vez por todas Dilma Rousseff do cargo. São necessários 342 votos para que o impeachment seja consumado. Fazendo um paralelo com a votação de ontem faltariam apenas setenta votos para que Dilma saia do cargo. Vale ressaltar que a sessão do impeachment além de ter votação aberta, será nominal. Dependendo do nível de pressão das ruas, deputado que hoje está com o governo tende a mudar de lado pra não pagar uma fatura alta nas eleições de 2018. Foi assim com Collor e deve se repetir com Dilma.

Até a consumação do impeachment teremos muito tempo pela frente, sobretudo com a judicialização que o governo pretende criar no processo, mas uma coisa ficou evidente no dia de ontem: se o governo acreditava que seria fácil sepultar o impeachment, é bom refazer as contas.

Adiou – O ministro do STF Luiz Fachin decidiu na noite de ontem que o processo do impeachment na Câmara dos Deputados ficará paralisado até o plenário do Supremo Tribunal Federal decidir no próximo dia 16 se é constitucional o rito determinado por Eduardo Cunha para o impeachment. Apesar do adiamento, todos os procedimentos realizados até agora, inclusive a eleição de ontem, estão mantidos. Fachin foi indicado por Dilma para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa no STF.

Dúvidas – O Palácio do Planalto conseguiu uma vitória ontem aos 45 do segundo tempo com o adiamento da instalação da comissão que avaliará o impeachment para o próximo dia 16, mas isso não necessariamente significa uma vitória, poderá fustigar ainda mais os defensores do impedimento da presidente que estão se juntando para irem às ruas no próximo domingo. A sensação de impunidade após essa decisão poderá levar o povo para as ruas em números inimagináveis.

Referência –  O governo de Pernambuco virou referência no combate à microcefalia. Na reunião com os governadores, Paulo Câmara foi muito requisitado para compartilhar com os colegas as ações realizadas no estado. Acompanharam o governador o secretário de Saúde Iran Costa e o prefeito de Cumaru Eduardo Tabosa, que é secretário-geral da Confederação Nacional dos Municípios.

Hostilizado – Após assinar o manifesto de dezesseis governadores em defesa da presidente Dilma Rousseff, o governador Paulo Câmara foi hostilizado nas redes sociais. Muitos chegaram a dizer que nunca mais votariam no socialista por causa da atitude tomada ontem. Na ótica de alguns políticos, o governador poderia ter evitado o desgaste se não tivesse tomado tal posição.

RÁPIDAS

PMDB – Após a desastrosa articulação para indicar somente deputados alinhados com o Planalto na comissão que avaliará o impeachment, o líder do PMDB na Câmara Leonardo Picciani (RJ) deverá perder o posto para o também deputado Leonardo Quintão (MG).

Severino Cavalcanti – Após ter suas contas de 2010 rejeitadas pela Câmara de Vereadores em 2013, o ex-prefeito de João Alfredo Severino Cavalcanti (PP), assessorado pelo advogado Tito Moraes, especialista em direito eleitoral, conseguiu anular o julgamento, sendo marcada uma novo nova sessão para apreciar suas contas em breve. Com uma Câmara menos hostil, o ex-presidente da Câmara dos Deputados poderá ter suas contas aprovadas e ficar apto para as eleições de 2016.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara não calculou o risco político de apoiar Dilma Rousseff ontem?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 8 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta terça-feira

Dilma e Temer, uma relação pautada pela desconfiança chega ao fim

Desde a redemocratização quando numa eleição indireta o Congresso Nacional elegeu Tancredo Neves para a presidência da República e José Sarney para a vice-presidência, que ao longos dos anos o papel do vice-presidente se tornou cada vez mais relevante. Foi assim com Collor e Itamar, quando o primeiro sofreu impeachment Itamar Franco acabou herdando o cargo de presidente, no caso de Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel, o vice-presidente pernambucano deu uma aula de descrição e lealdade ao titular do cargo, ficando como referência para a história política brasileira a postura de Maciel.

No caso de Lula e José de Alencar havia uma relação de confiança entre ambos mas algumas divergências ideológicas. Alencar nunca deixou de se posicionar quando julgava pertinente sobre os rumos da política econômica adotada pelo presidente Lula. Mesmo assim, ao longo dos anos Lula respeitou Alencar e vice-versa.

Especificamente no tocante à relação Dilma Rousseff/Michel Temer, vale uma análise aprofundada sobre o início desta “parceria”. Quando Lula decidiu que Dilma Rousseff seria a candidata à sua sucessão, em meados de 2008, precisava fazer a então ministra-chefe da Casa Civil conhecida e para isso foi necessária uma aliança formal com o PMDB para garantir um robusto tempo de televisão ao projeto petista.

Na convergência do PT com o PMDB em torno de Dilma Rousseff, o então presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer, que ocupara pela terceira vez o cargo, foi alçado ao posto de candidato a vice-presidente. A aliança entre Dilma e Temer foi muito mais pelo pragmatismo de vencer as eleições do que propriamente uma convergência ideológica. E essa aliança pragmática, mesmo vencendo a disputa, em nenhum momento significou uma aproximação entre a presidente e o vice.

No decorrer do governo, Dilma em nenhum momento se fez valer da relevância de Temer para o Congresso Nacional. No primeiro mandato ele foi uma mera figura decorativa por absoluta opção do Palácio do Planalto, que agiu diretamente para isolá-lo dentro do governo. Já no segundo mandato, com a crise se agravando, Dilma delegou a articulação politica ao vice-presidente, mas emissários do Planalto se encarregaram de minar qualquer decisão tomada por Michel Temer, que não é ingênuo, quando percebeu a sabotagem pulou fora.

A crise foi se agravando, com setores do Planalto apelidando o vice de “capitão do golpe”, e a relação entre Dilma e Temer foi azedando dia após dia, até o deflagramento do processo de impeachment que escancarou o distanciamento entre ambos, que já era conhecido pelos bastidores de Brasília. Agora Dilma quer que Temer seja leal a ela na eminência da sua queda. Depois de tudo o que foi feito pelo governo, fica evidente que solicitar lealdade de Temer a essa altura do campeonato, com o vice-presidente com sua mudança totalmente encaixotada do Palácio do Jaburu para o Palácio do Planalto, é pedir demais.

Força – Além do Jornal do Commercio, que divulgou pesquisa do IPMN sobre a prefeitura do Recife, o Diário de Pernambuco também veiculou uma pesquisa sobre a disputa pela PCR em 2016. O levantamento feito pelo Datamétrica aponta o prefeito Geraldo Julio disparado na frente, liquididando a fatura no primeiro turno em todos os cenários. Mesmo com a crise, Geraldo Julio se mostra extremamente competitivo para buscar a reeleição no ano que vem.

Vice – Começa a ganhar força a tese defendida por alguns de que o PSDB indicará a secretária Aline Mariano para o posto de vice-prefeita na chapa de reeleição de Geraldo Julio. Para que isso se concretize, o prefeito terá que descartar Luciano Siqueira da chapa e o PSDB sepultar de uma vez por todas a candidatura de Daniel Coelho, que já está com o bloco na rua.

Líder – Caso seja alçado ao posto de líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho terá condições de neutralizar um pouco a distância da capital pernambucana. Politicos das mais variadas legendas avaliam que Daniel fez um péssimo negócio ao trocar a Alepe pela Câmara Federal. Se estivesse como deputado estadual o tucano estaria mais próximo das discussões sobre a disputa pela PCR em 2016.

Anderson Ferreira – Pré-candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o presidente estadual do PR, deputado federal Anderson Ferreira, foi, ao lado do secretário dos Transportes Sebastião Oliveira, a estrela das inserções do partido que estão sendo veiculadas na televisão. Anderson aposta alto na sua candidatura a prefeito para tentar desbancar a hegemonia de Elias Gomes na segunda maior cidade de Pernambuco.

RÁPIDAS

Afastado – O presidente da Câmara do Recife, vereador Vicente André Gomes (PSB), tem se afastado bastante das bases, que cogitam apoiar outros candidatos em 2016. Vicente corre sério risco de repetir os feitos de Múcio Magalhães e Josenildo Sinésio, que após ocuparem a presidência do legislativo municipal, acabaram não conseguindo a reeleição.

Protesto – O Movimento Vem Pra Rua está fazendo uma convocatória para a realização de uma manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em várias partes do País, no próximo domingo (13). No Recife, o ato será no Marco Zero, às 10h.

Inocente quer saber – A carta de Michel Temer seria o começo do fim do governo Dilma Rousseff?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:19 am do dia 7 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta segunda-feira

Geraldo Julio larga na frente pela PCR 

O Instituto de Pesquisas Mauricio de Nassau (IPMN) divulgou ontem uma pesquisa sobre a sucessão municipal de 2016 na capital pernambucana. O levantamento trouxe o prefeito Geraldo Julio (PSB), que tentará à reeleição, em primeiro lugar com signifativa vantagem sobre o segundo colocado, que é o ex-prefeito João Paulo (PT). Adversário de Geraldo nas eleições de 2012, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), aparece em terceiro.

No primeiro cenário, com as candidaturas de Geraldo Julio, João Paulo, Daniel Coelho, Priscila Krause, Edilson Silva e Sérgio Magalhães, Geraldo aparece com 25% das intenções de voto, enquanto João Paulo tem 16%, Daniel Coelho 12%, Priscila Krause 4%, Edilson Silva 1% e Sérgio Magalhães não pontuou. Neste cenário, em votos válidos, Geraldo teria 42,4%, seguido por João Paulo com 27,1%, Daniel Coelho 20,3% e os demais 10,2%, o que configuraria um segundo turno entre Geraldo e João Paulo.

No segundo cenário, com Silvio Costa Filho no lugar de Daniel Coelho, e sem as candidaturas de Sérgio Magalhães e Priscila Krause, a vantagem do socialista é ainda maior. Geraldo Julio aparece com  30%, João Paulo 17%, Silvio Costa Filho 2% e Edilson Silva 1%. Já no segundo cenário, em votos válidos, Geraldo teria 58,8%, seguido por João Paulo com 33,3% e os demais 7,8%. O que configuraria uma vitória do socialista no primeiro turno.

Considerando os números mas também a conjuntura política dá pra levar em consideração que a deputada estadual Priscila Krause, que apesar de ter 4%, dificilmente terá a indicação do DEM para disputar a prefeitura, já que a legenda deverá marchar com a reeleição do prefeito. O deputado Daniel Coelho tem todas as condições de ser candidato a prefeito, mas aparecer com 20% dos votos válidos depois de ter obtido 28% em 2012, poderá ser um fator negativo para convencer o PSDB a dar-lhe legenda para a disputa.

Por fim os números de João Paulo corroboram a tese de que a sua candidatura é inviável. Se com praticamente 100% de conhecimento da população, depois de ter sido prefeito por oito anos saindo com expressiva aprovação popular, oscilar entre 16 e 17% de intenções de votos é muito pouco. Esse número cheira a teto. Para quem disputou o Senado em 2014, ganhando assim um recall do eleitor, era pra João Paulo figurar na pior das hipóteses empatado tecnicamente com Geraldo Julio para ter uma candidatura considerada competitiva.

O líder da oposição na Alepe, deputado Silvio Costa Filho, apesar de aparecer com um percentual baixo nas pesquisas, pode ser um nome competitivo, já que é jovem, se expressa bem, e poderá canalizar para si o voto dos insatisfeitos com a gestão de Geraldo Julio. Esse contingente de eleitores deverá se dividir entre Silvio Costa Filho e Daniel Coelho, caso o tucano seja mesmo candidato.

Num cenário de crise econômica e política, o prefeito Geraldo Julio pode considerar os números relativamente satisfatórios, mas deve abrir o olho para ampliar sua vantagem sobre os concorrentes a ponto de liquidar a fatura no primeiro turno, já que na única vez que um prefeito do Recife foi ao segundo turno disputando reeleição acabou perdendo a disputa, que foi o caso de Roberto Magalhães, derrotado por João Paulo em 2000.

Quartel-general – O vice-presidente Michel Temer já montou o seu QG na estratégia para aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Temer, que herdará a presidência com a saída de Dilma, escalou o senador Romero Jucá e os ex-ministros Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Eliseu Padilha. Eles terão a missão de convencer os parlamentares indecisos a votar pelo impeachment.

Ministro – O senador José Serra (PSDB/SP) é um dos grandes defensores do eventual governo Temer. Serra sonha acordado com a possibilidade de virar ministro da Fazenda de Temer, e tentar repetir o filme de Fernando Henrique Cardoso, que com a saída de Collor, virou ministro da Fazenda de Itamar Franco e depois presidente da República. Naquela época FHC era, assim como Serra, senador por São Paulo.

Reunião – A presidente Dilma Rousseff convocou os 27 governadores para uma reunião em Brasília amanhã para debater as ações que devem ser tomadas para o combate ao mosquito Aedes aegypti. A expectativa do Palácio do Planalto é que a presidente também possa receber um gesto de apoio dos governadores à presidente e contra o impeachment.

Defesa – O advogado Antônio Campos, pré-candidato a prefeito de Olinda pelo PSB, divulgou nota no último sábado em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. As palavras de Tonca têm peso porque ele representa a memória dos ex-governadores Eduardo Campos, seu irmão, e Miguel Arraes, seu avô.

RÁPIDAS

Comissão – Hoje será indicada a comissão especial que avaliará o pedido de impeachment apresentado pelos juristas Helio Bicudo e Miguel Reale Jr, e autorizado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha na semana passada. A comissão será composta por 65 deputados e poderá contar com a presença dos pernambucanos Mendonça Filho, Bruno Araújo, Daniel Coelho e Fernando Filho.

Fernando Monteiro – Exercendo o primeiro mandato na Câmara Federal, o deputado Fernando Monteiro (PP) considera o ano de 2015 como satisfatório no que diz respeito a sua atuação parlamentar. Em pouco tempo Fernando já consegue se destacar entre os seus pares na condição de vice-líder do PP na Câmara.

Inocente quer saber – Pernambuco teria algum ministro num eventual governo Michel Temer?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:03 am do dia 5 de dezembro de 2015

Coluna do blog deste sábado

Impeachment é a única saída para tirar o país da letargia 

Após o anúncio na última quarta-feira por parte do presidente da Câmara Eduardo Cunha de que daria prosseguimento ao processo de impeachment, o país começou a vislumbrar uma divisão entre os defensores de Dilma e os opositores dela. Em outubro do ano passado uma vantagem mínima permitiu a Dilma mais quatro anos, mas hoje os seus apoiadores não chegam a dois dígitos nas pesquisas, enquanto cerca de setenta por cento dos brasileiros querem a sua saída.

Ao logo da história brasileira sempre aconteceram escândalos de corrupção, inclusive durante o governo Lula. Mas como havia um cenário econômico favorável, os brasileiros fizeram ouvido de mercador para os escândalos e não só reelegeram Lula como permitiram ao PT mais quatro anos em 2010 com a vitória de Dilma Rousseff.

Nas eleições de 2014 Dilma correu riscos de perder a disputa primeiro para Marina Silva e depois para Aécio Neves, tanto num momento quanto no outro, Dilma só se saiu vitoriosa graças a uma campanha, apesar de sórdida, muito eficiente. O programa do PT foi capaz de jogar no colo de Aécio e de Marina uma série de coisas que posteriormente a própria Dilma viria a fazer.

O eleitor, convencido pela estratégia eficiente de João Santana, o marqueteiro de Dilma, “comprou” um produto defeituoso. O país da propaganda do PT estava longe de ser o Brasil que os brasileiros vivenciavam no dia a dia. Assim como em toda relação de consumo, quando o produto ou o serviço não supre as expectativas do cliente, ele pode solicitar reembolso ou troca do produto defeituoso, na política não é diferente.

Geralmente são esperados quatro anos para o eleitor poder se redimir do erro, mas se existem indícios de irregularidade numa gestão de uma prefeitura por exemplo, o Tribunal de Contas recomenda o afastamento, podendo ser nomeado o vice-prefeito, o presidente da Câmara ou até mesmo um interventor. Mas uma coisa é certa, a cidade não pode parar porque o prefeito se mostrou incapaz de governar para os seus eleitores.

Num condomínio, os condôminos elegem um síndico, um subsíndico, o conselho fiscal, etc. Caso o síndico não consiga fazer com que o condomínio resolva os anseios daqueles que contribuem financeiramente para o bom andamento do prédio, eles se reúnem e dão um jeito de afastar o síndico. Não podem esperar o término do mandato porque o condomínio não aguenta tanto tempo.

Assim como numa cidade pequena ou num simples condomínio que não funcionam como era pra funcionar, no país não é diferente. Além de existir a variável corrupção, a economia do país vai mal, a figura da presidente da República não inspira confiança e ela é incapaz de apontar um norte para o Brasil porque além de não ser política, Dilma também se mostrou uma péssima gestora, fazendo cair por terra a imagem que o marketing de João Santana ajudou a criar.

Quando os brasileiros elegeram Dilma Rousseff em outubro do ano passado, também elegeram um vice-presidente que constitucionalmente foi eleito para substituir Dilma quando necessário, temporária ou até mesmo definitivamente. Diferentemente do que querem pregar os adeptos do PT, a saída de Dilma não seria um golpe da oposição, muito menos de Michel Temer ou de Eduardo Cunha. Se ela realmente cair é porque perdeu as condições políticas de continuar no cargo. Ela paralisou o Brasil de tal maneira que mesmo com a sua saída, Michel Temer na condição de herdeiro da presidência da República precisará de muito traquejo político e jogo de cintura para pelo menos quebrar o ciclo de crise política, econômica e institucional que Dilma colocou o país.

Dilma não possui mais a menor condição de ocupar a presidência da República. Está sitiada no Palácio do Planalto, refém de tudo e de todos, além disso prejudicando o país com a sua incapacidade. Então o impeachment não é somente mais uma saída para o Brasil, mas sobretudo a única saída que o país possui para poder virar a página e voltar a ser um país de fato e de direito.

Movimento – Cada vez mais próximo de virar presidente da República, Michel Temer tem se movimentado bastante nos bastidores para dialogar com o empresariado, com os governadores, com o congresso nacional, etc. Ele sabe que ao ocupar a presidência da República precisará pregar a união para sair da crise, e nada melhor do que dialogar com aqueles que podem dar sustentação ao seu futuro governo.

Chantagem – O Palácio do Planalto definiu como chantagem a abertura do impeachment por parte de Eduardo Cunha, mas quem chantageia dificilmente coloca a chantagem em prática. Logo o PT, que ao longo dos anos utilizou a chantagem como arma eleitoral ao dizer que caso os adversários vencessem a eleição eles acabariam com o Bolsa-Familia. Se isso não é chantagem, qual é o outro nome?

Dois pesos – Nos governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, o PT defendeu com unhas e dentes o impeachment dos presidentes. No de Collor, que acabou acontecendo, o PT liderou o processo para defenestrar o presidente do cargo e se negou a contribuir com o governo de união nacional proposto por Itamar Franco. Agora, com o impeachment de Dilma em curso, o PT acha que é golpe.

Suspenso – A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores decidiu suspender por sessenta dias a filiação do senador Delcídio Amaral (MS), que foi preso na semana passada por atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Quando foi preso, Delcídio ocupava o posto de líder do governo Dilma Rousseff no Senado.

RÁPIDAS

Visita – A presidente  Dilma Rousseff desembarcará neste sábado no Recife para lançar um plano de ação contra o Aedes aegypit, que causa várias tipos de doenças, entre elas a dengue e a zika. O evento será no Centro de Operações do Comando Militar do Nordeste, no bairro do Curado.

Risco – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou em Lisboa nesta sexta-feira que está acompanhando com “apreensão” o quadro político brasileiro porque “se o sentimento se generalizar, a presidente terá muita dificuldade de evitar o impeachment”.

Inocente quer saber – Caso Dilma Rousseff seja impichada, o ministro Armando Monteiro voltará para o Senado?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:27 am do dia 4 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta sexta-feira

Reeleição de Geraldo Julio passa pelo apoio de Jarbas Vasconcelos

O instituto Paraná Pesquisas divulgou uma rodada sobre a sucessão na capital pernambucana em 2016, e nela o prefeito Geraldo Julio aparece com 29% das intenções de voto seguido por Jarbas Vasconcelos e João Paulo, ambos com 19%, Daniel Coelho com 7%, e demais 9%. Esses números ainda não corroboram uma vitória de Geraldo no primeiro turno, mas trazem algumas considerações a serem feitas.

Hoje o deputado Jarbas Vasconcelos integra formalmente a Frente Popular, que sustenta a gestão do prefeito Geraldo Julio. Jarbas virou uma espécie de fiel da balança para as eleições do ano que vem. Já existem indícios de que o ex-governador de Pernambuco caminha para uma reaproximação com o prefeito, e consequentemente deverá repetir 2012 apoiando a sua reeleição para o Palácio Antônio Farias.

Juntos, Jarbas e Geraldo possuem nada menos que 48% das intenções de voto, que transformados em votos válidos seriam 54,21% dos votos. O que permitiria mais quatro anos ao socialista. Com todo o recall que Jarbas possui, apesar de se considerar um número significativo faltando pouco mais de dez meses para a eleição, 19% ainda é muito pouco pra quem quiser disputar uma prefeitura, e naturalmente Jarbas não entraria numa aventura.

O grande dado dessa pesquisa não é nem a intenção de votos dos candidatos, mas sim a aprovação do prefeito, que mesmo num cenário de crise com vários gargalos a serem enfrentados, Geraldo Julio possui uma aprovação de quase 60% dos entrevistados. Esse número dá uma margem bastante sólida para que o prefeito possa conduzir com certa tranquilidade a sua sucessão.

Já o maior prejudicado dessa pesquisa é o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), que após atingir 28% dos votos válidos nas eleições de 2012, surge no Paraná Pesquisas com apenas 8% de votos válidos, não conseguindo chegar a dois dígitos nas pesquisas. Esses números, que já se apresentaram em outras sondagens, podem dar a munição que os tucanos adeptos da reeleição de Geraldo Julio precisavam para sepultar de uma vez por todas a candidatura de Daniel.

O fato é que a oposição formal ao prefeito, composta pelo PT de João Paulo, o PTB de Silvio Costa Filho e o PSOL de Edilson Silva, não consegue empolgar o eleitorado recifense para desbancar a reeleição de Geraldo Julio.

Reeleição – O presidente da Alepe deputado Guilherme Uchoa (PDT) já se movimenta para tentar o sexto mandato como presidente da Casa Joaquim Nabuco. Ele estaria amparado pela Lei, que permitiria não só a sua reeleição em 2017 como mais um mandato de presidente em janeiro de 2019 caso ele queira continuar no cargo.

Federal – A prefeita de São Bento do Una Debora Almeida (PSB) já está a pleno vapor para alcançar a reeleição no ano que vem. Caso obtenha êxito, Debora pavimentará sua candidatura a deputada federal nas eleições de 2018. Ela enfrentará no ano que vem o suplente de deputado estadual Washington Cadete (PTB).

Lucas Ramos – A saída do deputado Lucas Ramos do PSB são favas contadas. Lucas se filiará em breve ao PMDB do prefeito de Petrolina Julio Lóssio. Lucas, inclusive, tem desfilado na capital do São Francisco já como candidato escolhido do prefeito Julio Lóssio. Além de ter a preferência do prefeito, Lucas também é o preferido do governador Paulo Câmara, que sonha dia e noite em impor uma fragorosa derrota ao senador Fernando Bezerra Coelho.

Destino – O vice-prefeito Jorge Gomes e a ex-deputada Laura Gomes não ficaram nem um pouco satisfeitos com o tratamento que receberam do PSB na escolha da deputada Raquel Lyra para comandar a comissão provisória do partido em Caruaru. Apesar de negarem publicamente, Laura, Jorge e Marcelo, o filho do casal e vereador na capital do forró, podem anunciar a filiação ao PDT do prefeito José Queiroz para que Jorge seja o candidato a sua sucessão.

RÁPIDAS

Votos – De acordo com um deputado do PSDB, a oposição teria hoje 200 votos para o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. São necessários 342, mas esse contingente poderia ser alcançado caso haja ampla aprovação popular pelo impeachment.

Michel Temer – O vice-presidente Michel Temer tem um currículo e uma capacidade política muito maiores do que os que tinha o vice-presidente Itamar Franco na época do impeachment de Collor. Temer pode ser a força que o Brasil precisa para sepultar de uma vez por todas a crise política que existe no país.

Inocente quer saber – O que o Planalto tem a oferecer aos deputados para conseguir barrar o impeachment?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

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Edmar Lyra

Jornalista político, colunista do Diário de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco. DRT 4571-PE.

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