Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

  • Início
  • Sobre
  • Pernambuco
  • Brasil
  • Contato

Postado por Edmar Lyra às 15:00 pm do dia 4 de novembro de 2016

Paulo Câmara apresenta experiências exitosas do Estado no Fórum Pernambuco e o Setor Elétrico Nacional

Destacando os investimentos realizados nos últimos anos pelo Governo de Pernambuco que consolidaram o Estado como energético nacional, o governador Paulo Câmara se reuniu, nesta sexta-feira (04.11), com executivos para discutir o futuro do setor. Ao lado do ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho, o chefe do Executivo estadual apresentou experiências exitosas que dialogam com as demandas da sociedade civil, da cadeia produtiva e com a sustentabilidade na abertura do Fórum Pernambuco e o Setor Elétrico Nacional, no Sheraton Reserva do Paiva Hotel & Convention, no Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife (RMR).

“Não se pode falar em crescimento sustentável, hoje, sem ter estratégia de energia e de sua infraestrutura para a distribuição. Então, Pernambuco vai contribuir para esse debate nacional. Nós, que apostamos e sabemos a importância da energia, defendemos e colocamos em prática processos que nos darão a segurança para não termos um colapso nesse segmento”, frisou o governador, completando: “Nós não vamos deixar de aproveitar as oportunidades por falta de distribuição de energia”.

Diante de grandes nomes do setor energético, Paulo Câmara detalhou os avanços do Estado no segmento. “Hoje, nós temos gás natural chegando a Belo Jardim, no Agreste, além de empreendimentos voltados para a geração de energias renováveis”, citou. Pernambuco usufrui do primeiro contrato do Leilão de Energia Solar, com a Enel Green Power, que opera os empreendimentos Fontes Solar I e II, em Tacaratu, no Sertão. A energia gerada no parque híbrido – o primeiro do País – abastece o Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, na RMR.

Para o ministro Fernando Bezerra Filho, o setor energético vem reagindo bem, nos últimos meses, e atualmente apresenta uma tendência de crescimento. “Valorizou R$ 1 bilhão por dia, nos primeiros 100 dias de governo (do presidente Michel Temer). Acredito que isso é a volta da confiança”, avaliou Fernando. O titular da pasta de Minas e Energia do Governo Federal disse ainda que Pernambuco tem um papel fundamental no processo de retomada no segmento. “Isso se dá pela formação de recursos humanos e por toda a cadeia instalada no Estado”, completou.

Durante o evento ainda será firmada a “Carta de Pernambuco”, com diretrizes e sugestões para o desenvolvimento do setor elétrico nacional e do Estado. Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Thiago Norões, o documento ratificará os esforços do Estado para impulsionar o setor. “A promoção do setor energético é uma prioridade para o governador, tanto para a diversificação da matriz de energia da Região Nordeste, como também atividade econômica de maior relevância, que gera emprego e renda”, frisou o auxiliar de Paulo Câmara.

Realizado pelo Centro de Treinamento e Estudos em Energia (CTEE), do Grupo CanalEnergia, em parceria com o Governo do Estado, o Fórum teve um debate sobre os “Desafios da Geração, Transmissão e Distribuição”, pela manhã. No período da tarde, será discutido o painel “Perspectivas da Energia Renovável em Pernambuco”; e, por fim, os “Desafios do Mercado de Energia no Brasil”.

Arquivado em: destaque, Nordeste, Pernambuco

Postado por Edmar Lyra às 14:42 pm do dia 4 de novembro de 2016

Pernambucano é reeleito presidente da Fraternidade Católica Internacional

Gilberto Gomes Barbosa, fundador da Comunidade Obra de Maria, foi reeleito, nesta sexta-feira, 4, para presidente da Catholic Fraternity (em português, Fraternidade Católica). Trata-se de um organismo criado pelo Pontifício Conselho para os Leigos, em novembro de 1990, com o objetivo de integrar as Novas Comunidades ligadas à Renovação Carismática Católica (RCC) no mundo. Esse é o cargo mais alto que um leigo pode ocupar na hierarquia católica.

O pernambucano ocupa o cargo desde 2014 e foi reconduzido em eleição realizada em Roma, na Itália, na presença dos líderes das Novas Comunidades dos cinco continentes. A organização é a aprovada pela Santa Sé, a qual enviou representante para acompanhar a votação.

Gilberto falou da reeleição, “Quando Deus me manda para uma missão, a minha resposta será sempre SIM”, resumiu a escolha.

Sobre os trabalhos que vem realizando à frente da Fraternidade Católica, Gilberto enxugou a estrutura da FRATER e tem uma relação muito próxima ao Papa Francisco, “nosso grande evento será no próximo ano para comemorar o Jubileu de 50 da Renovação Carismática Católica”. Ele ainda acrescentou, “nesses três anos fizemos todas as ações da Fraternidade em unidade com a RCC, somos frutos da experiência carismática e iremos ampliar ainda mais essa parceria”, afirmou.

A eleição para presidente é realizada a cada três anos, porém, a partir de agora, o presidente poderá ser reeleito no máximo três vezes.

Sobre Gilberto Gomes

Nasceu no dia 12 de abril de 1968, no município de Surubim, num lugarejo chamado Boca de Dois Rios, em Pernambuco.

Em 1983, mudou-se para o Recife e, em 1985, teve o primeiro contato com a Renovação Carismática Católica (RCC). Casou-se com Alzira Maria (Zizi) em 10/02/1990 e tem três filhas: Débora, Daniele e Maria Raquel.

É formado em Filosofia e Teologia pela Escola Teológica do Mosteiro de São Bento em Olinda (PE), psicanalista clínico e pós-graduado em Psicanálise.

Fundou a Comunidade Obra de Maria em 1991, juntamente com Maria Salomé Ventura. Atualmente a comunidade está presente em mais de 28 cidades do Brasil e em 17 países com mais de 2.700 voluntários envolvidos.

Arquivado em: Pernambuco

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 4 de novembro de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

Meira quer revolucionar Camaragibe 

O advogado Demóstenes Meira (PTB) tentou por quatro vezes ser prefeito de Camaragibe, mas apenas na quarta vez obteve êxito, com 48.019 votos, 56,49% dos votos válidos e uma vantagem de quase quinze mil votos sobre o atual prefeito Jorge Alexandre (PSDB). A vitória teve o sabor de permitir a Meira uma oportunidade que há muito tempo ele buscava mas principalmente uma série de desafios, ciente disso ele já foi a Brasília para estabelecer diálogo com os ministros e permitir a partir de 2017 a chegada de recursos federais.

Meira governará o 14º maior PIB do estado, mas uma cidade que está calejada com gestões problemáticas como as de João Lemos e de Jorge Alexandre, que acabou sendo envolvido na operação Blacklist da Polícia Federal, e que naturalmente precisará do novo prefeito um olhar especial e uma atitude diferente dos seus antecessores se quiser fazer valer a confiança dada pelo povo camaragibense nas urnas no último dia 2 de outubro.

Uma vez na prefeitura, Meira promete cortar custeio da máquina pública e fazer com que a máquina funcione para os que mais precisam. Das suas propostas, a que mais chamou atenção é a construção de um hospital, fato que numa crise não é fácil de ser efetivada, que evidentemente se for colocada em prática lhe dará uma consolidação ainda maior.

O desafio é tamanho mas ele promete bater à porta dos ministros, dos secretários estaduais, dos senadores, deputados federais e deputados estaduais, bem como do governador Paulo Câmara sempre que for necessário pelo bem da cidade. Sua ida a Brasilia recentemente demonstrou que ele buscará essa interlocução para que Camaragibe saia das páginas policiais e passe a ter uma gestão diferenciada, inovadora e legitimada pelas urnas.

Alinhamento – Já há quem defenda no Palácio do Campo das Princesas um alinhamento das secretarias estaduais com os ministros pernambucanos de Temer. Na pasta de educação Maurício Romão substituiria Fred Amâncio e na secretaria das Cidades o vice-presidente de Suape Evandro Avelar assumiria para aproximar o governo estadual do ministro Bruno Araújo.

Marlus Costa – O vereador eleito de Jaboatão dos Guararapes Marlus Costa (PTN) já se movimenta no intuito de assumir a presidência da Câmara Municipal no biênio 2017/2018. Dono de um blog importante na cidade, Marlus se elegeu fazendo oposição ao prefeito Elias Gomes (PSDB) e terá a sua primeira oportunidade na política ocupando um cargo eletivo.

Armando Monteiro – A cada dia que passa o senador Armando Monteiro (PTB) faz questão de sublinhar seu distanciamento do PT, uma vez que a aliança com os petistas não lhe trouxe nenhum resultado positivo, apenas derrotas eleitorais e desgaste político com a queda de Dilma Rousseff. O objetivo de Armando hoje é se aproximar dos ministros Mendonça Filho e Bruno Araújo visando 2018.

Rejeitado – No Palácio do Campo das Princesas a conversa é que ninguém quer aproximação com o PT. A entrada do partido no governo traria mais desgaste ao governador Paulo Câmara, por isso a ordem é tentar refazer as pontes com o DEM e o PSDB. Nem Paulo nem Armando querem mais o PT como aliado.

RÁPIDAS

Lula Cabral – Após a expressiva vitória no Cabo de Santo Agostinho, o prefeito eleito Lula Cabral (PSB) está com tesão de noivo para reassumir a prefeitura. Ele não se adaptou à vida morna da Casa Joaquim Nabuco e por isso queria voltar a fazer o que mais gosta: governar o Cabo.

Tabira – O prefeito Sebastião Dias (PTB) entrou para a história de Tabira, que fica a 410 km do Recife no sertão do Pajeú, ao ser o primeiro prefeito reeleito da cidade. Desde que a reeleição foi instituída em 2000 nenhum prefeito havia conseguido a façanha de alcançar o segundo mandato.

Inocente quer saber – Quando teremos definição sobre a situação de Ipojuca?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Outras Regiões, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 20:46 pm do dia 3 de novembro de 2016

Fernando Bezerra e Miguel Coelho recebem secretário Nacional de Atenção à Saúde em Petrolina

Petrolina, 03/11- O secretário nacional de Atenção à Saúde, Francisco de Assis Figueiredo, visitou nesta quinta-feira as principais unidades hospitalares de Petrolina, os hospitais de Traumas e o Dom Malan. A viagem até a capital do Sertão atendeu um pedido do senador Fernando Bezerra e do prefeito eleito Miguel Coelho a fim de mostrar a situação dos dois equipamentos públicos que atendem milhares de moradores da região.

Esta foi a primeira visita do secretário nacional à capital sertaneja. Na oportunidade, o gestor teve acesso a informações sobre a infraestrutura, fornecimento de medicamentos e quadro de profissionais. “Nosso objetivo foi conhecer melhor a rede de saúde para identificar de perto quais as ações que o Governo Federal pode tomar para melhorar a situação dos cidadãos de Petrolina”, resumiu Figueiredo após as visitas.

O senador Fernando Bezerra adiantou que depois da visita vai buscar junto à União a ampliação de recursos para a rede de saúde de Petrolina. “Nossa ideia foi mostrar as dificuldades que precisam ser superadas para melhorar o atendimento nesses dois hospitais. Com a visita do secretário, teremos melhores condições para convencer sobre a necessidade de mais investimentos na rede de saúde que enfrenta problemas em Petrolina”, disse.

Apami – o secretário de Atenção à Saúde também conheceu o trabalho do centro de oncologia da Apami (Associação Petrolinense de Amparo à Maternidade e à Infância). A unidade receberá cerca de R$ 300 mil em recursos fruto de emendas parlamentares do senador Fernando Bezerra.

Arquivado em: destaque, Outras Regiões, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 20:05 pm do dia 3 de novembro de 2016

Antônio Campos confirma avaliação da oposição, diz Armando

O senador Armando Monteiro (PTB) avalia que as declarações de Antônio Campos sobre o PSB, esta semana, reforçam a percepção anteriormente exposta por lideranças da oposição. “O advogado Antônio Campos confirma que esse grupo hegemônico do PSB não tem um projeto para Pernambuco, mas um projeto de manutenção do poder a qualquer custo”, afirma o petebista.

De acordo com Armando, Antônio Campos deu uma clara indicação da subordinação do governador a alguns membros família Campos, sobretudo no que toca à administração e à orientação política. “O pronunciamento contribuiu para fortalecer a imagem de que o governador Paulo Câmara é tutelado pela família”, assinala o senador.

Para Armando Monteiro, se constata, ao final, que o poder em Pernambuco virou objeto de disputa familiar. “Ao que parece, se supõe que Pernambuco é um feudo. Será que essa é a melhor tradução da nova política a que tanto o PSB se refere?”, questiona o senador.

Arquivado em: destaque, Pernambuco

Postado por Edmar Lyra às 19:13 pm do dia 3 de novembro de 2016

Oposição quer esclarecimentos sobre suposto uso da Casa Militar

O deputado Silvio Costa Filho, líder da Bancada de Oposição na Assembleia Legislativa de Pernambuco, recebeu com preocupação uma das afirmações do advogado Antônio Campos (PSB), que disputou a Prefeitura de Olinda, em coletiva à imprensa esta semana. Irmão do ex-governador Eduardo Campos, Antônio disse ter sido “monitorado” pela Segunda Seção da Casa Militar do Governo de Pernambuco durante a campanha no município.

A legislação eleitoral em vigor veda claramente esse tipo de prática. O órgão deve atender demandas institucionais do Poder Executivo e não a interesses políticos, partidários ou familiares. Portanto, se há qualquer evidência de desvio de função da Casa Militar para fins eleitorais ela deve ser apurada. É um direito da sociedade ser esclarecida a respeito deste fato.

Para Silvio, a acusação de Antônio Campos é grave e exige explicações. “O Governo do Estado precisa se manifestar. Afinal, se houve o uso da Casa Militar para espionar o irmão do ex-governador, esse artifício põe em risco qualquer cidadão que tenha qualquer divergência com a administração estadual”.

Arquivado em: destaque, Pernambuco

Postado por Edmar Lyra às 19:07 pm do dia 3 de novembro de 2016

Danilo Cabral defende candidatura do PSB para Presidência em 2018

Um dos nomes do PSB na Câmara Federal, o deputado Danilo Cabral (PE) defende que o partido lance candidatura própria à Presidência da República em 2018. O PSB foi a terceira legenda que mais recebeu votos em todo Brasil – elegeu 418 prefeitos – e se consolida como uma alternativa de esquerda diante da crise político-econômica que vive o País.

“A defesa da candidatura própria, além da afirmação política do partido e de uma alternativa para o Brasil, nos protege de ‘ataques políticos especulativos’ que nos diminui”, afirma Danilo Cabral. Para o deputado, ou o PSB se impõe como uma força política ou será tratado como “puxadinho” político de forças conservadoras. “Rejeitamos ser e nunca fomos puxadinho do PT. Não é admissível sermos agora puxadinho do PSDB/PMDB”, frisa.

Por isso, Danilo Cabral reitera a posição de independência adotada pelo PSB no início do Governo Michel Temer. “Não temos razões, até aqui, sejam de natureza política sejam administrativa, de nos alinhar automaticamente a esse Governo”, diz.

As afirmações de Danilo Cabral corroboram a posição da ala mais orgânica do PSB, a exemplo do prefeito reeleito do Recife, Geraldo Julio, e deputado federal Julio Delgado (MG). O primeiro, em entrevistas logo após o segundo turno, também defendeu o lançamento de uma candidatura própria em 2018 e a unidade do partido em torno dessa proposta. Já Delgado falou sobre a necessidade de o PSB fazer “ajustes ideológicos”, principalmente depois das alianças eleitorais firmadas com o PSDB e com o fortalecimento da liderança do vice-governador de São Paulo, Márcio França.

Danilo Cabral lembra que, em 2013, o PSB, ainda sob a liderança do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, deu início ao processo de “divórcio” do PT por discordar da condução do Governo da ex-presidente Dilma Rousseff. Na época, o então governador denunciava que o Brasil caminhava para uma crise fiscal, fato que se confirmou posteriormente. O processo de afastamento culminou com o lançamento da candidatura do PSB à Presidência da República.

Com a morte inesperada de Eduardo Campos em 2014, o PSB precisou se reorganizar internamente e traçar um planejamento estratégico para atravessar o período de crise. “O resultado do PSB em 2016 demonstra que o eleitorado entendeu nossa posição histórica de defesa das transformações sociais. Essa é a nossa identidade e nós não iremos perdê-la”, destaca Danilo Cabral.

Arquivado em: destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 2 de novembro de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

Tonca pode ser mais um problema para o PSB 

Ao longo dos oito anos que governou Pernambuco Eduardo Campos deu aula de como fazer política, jamais desfazendo de adversários de público e sempre que possível trouxe para perto dele aqueles que poderiam lhe causar qualquer problema. Não foi de graça que ele construiu uma hegemonia do PSB em Pernambuco que mesmo após sua morte o partido já venceu duas eleiçōes seguidas.

Eduardo tinha a capacidade de unir e agregar as pessoas. Tinha perfil truculento, mas sua truculência era vista de forma tão suave que as pessoas acabavam ficando satisfeitas mesmo após serem atropeladas pelo rolo compressor chamado Eduardo Campos. Ele tinha chance de fazer isso porque venceu uma eleição em 2006 disputando contra três máquinas, e soube como poucos exercer o poder que compete a um ocupante do Palácio do Campo das Princesas.

Passados mais de dois anos da sua morte, Eduardo ainda se faz presente em todas as rodas de discussão política do estado, mas aparentemente o PSB até aprendeu a fazer campanha com o chefe, prova disso foram as vitórias de Paulo Câmara em 2014 e Geraldo Julio em 2016, mas a arte de fazer política e exercer poder parece que seus pupilos faltaram as aulas do líder maior do PSB.

Uma evidência clara foi a forma como foi tratada a postulação de Antônio Campos pela prefeitura de Olinda, uma cidade que vale ressaltar não tem grande relevância no contexto político pernambucano e financeiramente é uma cidade-problema. A alta cúpula do PSB agiu como se Antônio Campos fosse um daqueles candidatos a vereador que servem para fazer cauda eleitoral, e desconheceu o peso político e eleitoral que sua candidatura poderia representar.

Nem mesmo o expressivo resultado do primeiro turno em Olinda, quando acabou em primeiro lugar foi suficiente para que Tonca recebesse o apoio irrestrito do Palácio. Avaliavam que sua eleição poderia fazer sombra ao projeto do Palácio de eleger João Campos deputado federal em 2018, mas uma vez na prefeitura de Olinda, uma cidade que prejudica mais os políticos do que ajuda após ocuparem o cargo de prefeito, Luciana Santos é a prova disso, Tonca teria plena convicção de que sua vez na política era o cargo que passaria a ocupar na Marim dos Caetés, sem necessariamente fazer sombra a João Campos, que não era candidato a nada em Olinda, e sim a deputado federal daqui a dois anos.

As urnas deram a Tonca uma legitimidade significativa para que ele possa ser o que ele bem entender daqui em diante, pois foram quase cem mil votos no segundo turno, que naturalmente lhe dão recall para ser pelo menos deputado estadual sem muito esforço nas próximas eleições. O PSB não entendeu o recado das urnas no primeiro turno que deram a Marília Arraes a posição de sexta mais votada do Recife após episódio parecido de Tonca.

Faltou senso ao PSB de que o irmão de Eduardo era mais nocivo ao partido fora da prefeitura do que no cargo de prefeito. Suas declarações de ontem colocam na berlinda o governador Paulo Câmara, o prefeito Geraldo Julio e até mesmo as próprias alianças que foram alinhavadas pelo próprio Eduardo Campos antes de morrer. Tonca poderá ser o primeiro de muitos outros políticos a dispararem contra o PSB a partir de agora.

Definitivamente o Palácio do Campo das Princesas não precisava disso. Será mais um grande problema para administrar daqui por diante.

Rodrigo Pinheiro – Eleito vice-prefeito na chapa de Raquel Lyra em Caruaru, o empresário Rodrigo Pinheiro está muito animado com a sua grande oportunidade na política, tendo muitas ideias para ser um vice colaborativo a partir de janeiro. Companheiro de Raquel, Rodrigo foi bastante discreto na campanha eleitoral, reconhecendo que quem teria de brilhar era a prefeita eleita e não ele que era candidato a vice.

TCU – Apesar de ser ventilada, é impensável a hipótese de que Ana Arraes abdicaria de mais seis anos no Tribunal de Contas da União como ministra para voltar para a política disputando cargos eletivos. Ana por ser mãe de Eduardo Campos e filha de Miguel Arraes tem a nítida dimensão de que sua volta para a política não mudará o curso da eleição de 2018.

Sete chaves – A Operação Sete Chaves que foi instituída pelo coronel Tarcísio Calado consistia em uma ostensiva fiscalização nas divisas de Pernambuco com outros estados. Como faz muito tempo que a operação não funciona mais, facilita a entrada de drogas, armas e outras coisas ilegais pelas estradas que cortam o estado.

Responsáveis – Além da competência do candidato, que sem sombra de dúvidas ajudou na vitória pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, é imprescindível salientar a importância de Ricardo Dantas Barreto e André Ferreira na vitória de Anderson Ferreira no último domingo. Eles foram imprescindíveis para que Anderson lograsse êxito na segunda cidade mais importante de Pernambuco.

RÁPIDAS

Alexandre Arraes – Prestes a deixar a prefeitura de Araripina, Alexandre Arraes deverá ser utilizado na equipe do governador Paulo Câmara a partir de janeiro numa posição de destaque pois é a maior liderança do PSB no sertão do Araripe.

Lula Cabral – O prefeito eleito do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral (PSB) tem dito a pessoas mais próximas que não tem estímulo nenhum para continuar no PSB e subir no mesmo palanque de Raul Henry após o vice-governador ter pedido votos para Betinho Gomes (PSDB) na cidade.

Inocente quer saber – Após as declarações de Antônio Campos mais alguém vai disparar contra o PSB?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Outras Regiões, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 21:44 pm do dia 1 de novembro de 2016

Waldemar Borges faz avaliação do processo eleitoral

O líder do Governo na Assembleia Legislativa, Waldemar Borges, fez uma avaliação do processo eleitoral na Reunião Plenária desta terça-feira (01.11) e congratulou, em nome da bancada, todos os deputados e deputadas que participaram do pleito eleitoral deste ano. “Todos deram uma importante contribuição, independente do resultado eleitoral, para que a gente vá consolidando esse processo de aprendizado democrático, que ainda é muito embrionário em um País que tem 500 anos de existência, mas que só agora completou recentemente 30 anos ininterruptos de regime democrático”, disse. O deputado ressaltou que todos que se dispuseram a ir às ruas defender suas idéias, seus pontos de vista, colocar sob apreciação da população o que pensam , os projetos que defendem, devem ser saudados de forma muito positiva porque tudo isso significa uma contribuição no amadurecimento desse processo.

Do ponto de vista do Governo, Borges avaliou o resultado como extremamente positivo, tanto no aspecto numérico, quanto, sobretudo, na sua dimensão política. “Evidentemente que tivemos algumas perdas, mas o resultado final significa uma ampliação expressiva da nossa base, do número de municípios governados pelos partidos que fazem parte da base de sustentação do Governo e um número maior de pernambucanos que residem em cidades administradas por partidos coligados. O resultado eleitoral foi uma demonstração inconteste de apoio da população de Pernambuco ao projeto político da Frente Popular liderada pelo governador Paulo Câmara. O crescimento da nossa presença no Estado e a diminuição dos municípios administrados pela oposição mostra a falta de aderência do discurso oposicionista e a aprovação da maneira firme, serena e conseqüente como o Governo tem enfrentado as dificuldades dos tempos atuais”, ressaltou.

O parlamentar contabilizou o crescimento da base de sustentação do Governo. “Tínhamos 123 municípios governados por partidos da nossa base de sustentação. Hoje temos, numa leitura mais rigorosa, levando em consideração apenas os partidos que estão na base, 139 municípios. Mas se considerarmos outros companheiros que se elegeram por partidos que não estão na base, mas que efetivamente apoiam o Governo, vamos chegar a um número de 156 municípios hoje vinculados ao projeto liderado pela Frente Popular”, revelou. “Isso nos dá ânimo, garra pra continuar nesse caminho. A gente sabe que os tempos que virão serão ainda mais duros. O próximo ano se apresenta como um ano talvez de maior dificuldade, mas a gente, com esse respaldo que teve das urnas da população pernambucana, vai, com serenidade e convicção, continuar nesse mesmo rumo. Pernambuco nos disse que estamos no caminho certo”, concluiu.

Arquivado em: destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 14:49 pm do dia 1 de novembro de 2016

Irmão de Eduardo atira contra cunhada Renata Campos, PSB e o Palácio

Folha de Pernambuco

Um dia após o resultado do segundo turno ser divulgado, o advogado Antônio Campos, que concorreu à Prefeitura de Olinda pelo PSB, fez um desabafo: revelou que foi abandonado pelo seu partido, que – segundo suas palavras – desde as pré-convenções tentou retirá-lo da disputa.

“O PSB tentou, várias vezes, desestabilizar minha campanha”, afirmou Campos, em entrevista exclusiva à Folha de Pernambuco. Ele também destacou que o apoio do governador Paulo Câmara foi inexistente no 1º turno e formal no 2º. “Sequer recebi um telefonema do Palácio depois das eleições”, contou. Ele criticou, ainda, a postura do partido em relação à candidatura de Raquel Lyra (PSDB), em Caruaru, classificando-a de “um equívoco”. Comentou sobre a ausência da cunhada e correligionária Renata Campos no seu palanque e lembrou que, apesar de não ter vencido as eleições olindenses, se considera vitorioso pelos 90.558 votos obtidos. Um resultado, ressalta, que alcançou “sozinho”. Campos assegura que é candidato em 2018 e que não vai deixar o PSB. “Nasci e vou continuar na política”, disse. Confira abaixo.

Como o senhor avalia o resultado das eleições em Olinda?

Saímos vitoriosos dessa campanha. Demonstramos força e criamos um sentimento de esperança ao povo olindense, tão castigado nos últimos 16 anos. Ir ao 2º turno com 90.558 votos, tendo chegado a esse resultado praticamente sozinho, demonstra que nosso projeto inovador para a cidade com ideias, propostas e soluções reais, nos deu uma verdadeira vitória política. Desde o início, sabia das dificuldades que iria enfrentar e minha candidatura já era para também testar o pretenso campo aliado. Estamos numa época de resistência e aprendi com meu pai que “vencer é a própria capacidade de resistir”. Quando Arraes foi candidato em 1998, muitos não entenderam, ante as dificuldades eleitorais e políticas da época. No entanto, talvez isso tenha propiciado a eleição de Eduardo Campos co­mo Governador em 2006.

O senhor contou com o apoio do PSB estadual nessas eleições?

O PSB estadual durante o período pré-convenção tentou, várias vezes, desestabilizar a minha candidatura. A fragmentação das candidaturas no 1º turno teve o apoio de setores expressivos do Palácio do Governo. Um dos prêmios de Augusto Coutinho foi ter a Junta Comercial de Pernambuco. Não tenho um cargo no Governo de Paulo Câmara. O Governador não foi no 1º turno e fez um apoio formal no 2º turno. O PSB Estadual trabalhou contra o tempo todo. Isso se deve a não querer o surgimento de uma força nova nos quadros do PSB. Sequer recebi um telefonema do Palácio após o resultado das eleições. É o mínimo de elegância, até porque em nenhum momento ataquei o PSB e o governador nas eleições.

E a vitória do Professor Lupércio, como o senhor encarou?

Não enfrentei Lupércio, mas a máquina do PCdoB e forças expressivas do PSB Estadual, que propiciaram sua candidatura no 1º turno e o ajudaram nos bastidores no 2º turno. As poucas participações do PSB estadual em Olinda foram formais.

Por outro lado, não deu tempo em uma eleição curta, no 2º turno, de desconstruir o discurso do adversário, que desqualificou o debate para assuntos co­mo “filho de Olinda x forasteiro”, “rico x pobre”, as mis­tificações nas redes sociais e os boatos na periferia de Olinda.

Houve um excesso de judicialização na campanha?

Acho que não. Algumas vezes tivemos que recorrer à Justiça para frear ataques e baixarias e para denunciar fatos. O Professor Lupércio terminou sua campanha tendo declarado à Justiça Eleitoral ter arrecadado R$ 151.780,00 e gasto R$ 88.701,99, o que é objeto de investigação eleitoral. Ele pode até o dia 19 de novembro fazer a prestação de contas final, mas tal postura mostra a falta de transparência na sua campanha e seu volume de propaganda de rua é incompatível com esses gastos a olhos vistos.

Pretende ser oposição em Olinda? Como?

Estou decidido a continuar a fazer política em Olinda. Olinda abre um novo ciclo nessa eleição e serei um dos líderes de uma oposição responsável na cidade, vigilan­te. Sempre estarei ao la­do das melhores causas de Olinda. Olinda é uma cidade desafiadora para se administrar ante a situação em que se encontra e espero que o Professor Lupércio e as forças que o apoiaram cumpram com as promessas que fizeram durante as eleições.

O senhor continuará na política?

Nasci nela e continuarei na política. Sou candidato em 2018. Não vou sair do PSB, inclusive vou participar das eleições nacionais em novembro de 2017. Esse partido foi construído, em grande parte, pelo meu avô e tenho a honra de presidir o Conselho Deliberativo do Instituto Miguel Arraes, por convocação da minha avó Magdalena Arraes, cujo centenário de nascimento de Arraes celebramos esse ano. Teremos uma programação extensa de comemoração ao centenário, em dezembro.

O senhor é candidato a quê?

Na hora certa falarei (risos)

E o resultado das eleições do PSB no Estado?

O PSB precisa rever algumas posições. A eleição de Raquel Lyra, em Caruaru, mostra, ao meu ver, um dos equívocos da postura adotada pelo PSB nessas eleições, como também a retirada de Pedro Mendes da vice em Ipojuca, que ajudou a derrotar Carlos Santana. O PT perdeu a eleição no Recife. Em Jaboatão e no Cabo, o PSB errou também.

A ausência de Renata Campos e de João Campos foi visível. O que houve?

Acho que Renata Andrade Lima Campos não foi grata comigo. Fui um irmão leal. Fui o cidadão que mais defendeu Eduardo Campos no famoso caso dos precatórios, tendo coordenado sua defesa jurídica, e sofrido muito, pessoalmente, com o episódio, ante uma grande perseguição de Jarbas à época, mesmo não tendo participado do caso. As mesmas forças que atacaram duramente Eduardo, tiveram o apoio de pessoas da minha família, agora, na eleição em Caruaru, enquanto me abandonaram. Essa é uma história que remonta há muito tempo, ela jamais gostou dos Campos, inclusive do meu pai, mas a perdoo e desejo muita paz a ela, que comanda muito a política do PSB no Estado, sem querer aparecer ostensivamente. A perda de Eduardo, aos 49 anos, é muito duro para todos da família e deveria ensinar mais humildade e humanidade. Quanto a João Campos, ele é um dos sucessores de Eduardo Campos, inclusive já disse isso diversas vezes. Pedro Campos, seu irmão, é um grande talento também, por exemplo. Não disputo esse espaço. Apenas digo que Eduardo é meu único irmão e reproduzo um depoimento dele, em vídeo. Sou um Campos Arraes na política e deve haver espaços para todos, não deveria haver discriminações ou perseguições.

E sobre a postura e importância da sua mãe, Ana Arraes, nessas eleições?

A minha mãe, pelo cargo que exerce, não pode participar da campanha eleitoral. Mas o grande nome político e ligação política da família Campos e Arraes é Ana Arraes, filha de Miguel Arraes, mãe de Eduardo Campos, que viveu o período difícil da ditadura, foi eleita por duas vezes deputada federal e é ministra do TCU, que poderá se aposentar e voltar à política.

O seu 1º resultado eleitoral lhe deixa desanimado?

Eduardo Campos perdeu a eleição para prefeito de Recife, em 1989, disputando com Jarbas Vasconcelos, obteve apenas 3% de votos e nem por isso desanimou e foi duas vezes governador de Pernambuco. Vejo o futuro com fé e esperança. Resistir é uma forma de ação hoje

Arquivado em: destaque, Pernambuco, Política

  • « Página anterior
  • 1
  • …
  • 693
  • 694
  • 695
  • 696
  • 697
  • …
  • 811
  • Próxima página »

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

 

Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

Saiba mais

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

Lista de Links

  • Celebridades
  • Minha Saúde
  • Nocaute
  • Radar dos Concursos
  • Torcida

Copyright © 2025 · Atlas Escolar On Genesis Framework · WordPress · Login