Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 13:43 pm do dia 13 de maio de 2016

Presidente do PR declara apoio à reeleição de Geraldo Julio

O presidente estadual do PR, deputado federal licenciado Sebastião Oliveira, se reuniu nesta quinta-feira (12) com o prefeito Geraldo Julio e garantiu o apoio da sua legenda à reeleição do socialista. O republicano destacou a parceria com o PSB em Pernambuco e frisou que o PR continuará contribuindo com gestão no Recife. Sebastião Oliveira adiantou que vai marcar um ato para oficializar a decisão. Com o anúncio, a frente que apoia a reeleição do prefeito já conta com 11 partidos.

O dirigente do PR destacou os avanços da gestão do PSB no Recife e afirmou que é importante manter as conquistas realizadas pela administração socialista. “A gestão de Geraldo é modelo de gestão inclusiva no país inteiro. Tivemos uma entrega histórica esta semana, que foi o Hospital da Mulher, além dos investimentos na área de saúde com as Upinhas. Esse modelo de gestão precisa continuar. Nós sempre estivemos juntos e nos encontramos com o prefeito para dizer que vamos marchar juntos na eleição”, declarou Sebastião.

O prefeito Geraldo Julio comemorou a manutenção da parceria. “É uma satisfação contar com a continuidade dessa aliança. O PR é um parceiro importante da Frente Popular. Vamos continuar trabalhando juntos pensando no futuro do Recife”, destacou o gestor.

O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes reforçou a importância do PR na Frente Popular. O partido foi o primeiro a declarar apoio à eleição do então candidato a governador Eduardo Campos em 2006. “O PR é um partido importante em Pernambuco e no Recife. A decisão do presidente Sebastião Oliveira em manter essa aliança reforça nossa luta e consolida a unidade em torno da continuidade do projeto exitoso que é posto em prática no Recife pelo Prefeito Geraldo Julio”, avaliou o dirigente.

Arquivado em: destaque, Recife

Postado por Edmar Lyra às 13:26 pm do dia 13 de maio de 2016

Michel Temer faz nesta manhã primeira reunião ministerial

Da ABr – O presidente interino Michel Temer convocou para as 9h desta sexta-feira (13) a primeira reunião ministerial para discutir as primeiras medidas do governo, que deverão ser anunciadas na próxima semana. O encontro será no Palácio do Planalto. Com o afastamento ontem (12) de Dilma Rousseff, Temer assumiu, por até 180 dias, o comando o País e já deu posse aos novos ministros.

De acordo com o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Romero Jucá, os projetos prevendo reajuste para o funcionalismo público e negociados com o governo anterior serão mantidos. “Vamos trabalhar pela aprovação desses projetos, porque pacto firmado tem de ser cumprido e governo tem de ter palavra.”

A proposta é trabalhar para reduzir o número de cargos de confiança, melhorar e qualificar as despesas do governo, destacou Jucá. “O gasto público tem de ser feito com responsabilidade. O dinheiro é pouco. Portanto, tem de ser bem aplicado em prol da melhoria da população.”

Discurso

No primeiro pronunciamento oficial como presidente interino do país, Michel Temer chamou de “ingrato” o momento político e econômico por que passa o Brasil. No entanto, defendeu que agora não é mais hora de se falar em crise, “mas em trabalhar”. Ele disse que o maior desafio para que a economia brasileira saia da recessão “é parar o processo de queda livre dos investimentos”, sendo necessário para isso construir um ambiente propício para investidores.

“Nosso lema é ordem e progresso. A expressão da nossa bandeira não poderia ser mais atual, como se hoje tivesse sido redigida”, disse, em discurso no Palácio do Planalto“, destacou. “O mundo está de olho no país, e havendo condições adequadas, a resposta será rápida”, acrescentou.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 13 de maio de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

O começo de uma nova era 

Na campanha presidencial de 2014 quando havia um risco de derrota para Aécio Neves, a então presidente Dilma Rousseff utilizou uma tese interessante que foi a de governo novo, idéias novas. Isso foi exaustivamente utilizado, além obviamente dos petardos dados em Aécio Neves, a ponto de garantir o que seriam mais quatro anos para o PT. Na prática o segundo governo de Dilma foi mais do mesmo, ou melhor, pior do que o primeiro. O que configurou um verdadeiro estelionato eleitoral. Não obstante foi impichado ontem pelo Senado.

A saída de Dilma Rousseff encerra um ciclo de 13 anos de governos do PT, que tiveram seus acertos e a sua importância para o Brasil. Os programas como o Minha Casa Minha Vida, o ProUni, o Fies, o Pronatec e o Bolsa Família, que foi aprimorado e ampliado pelo PT, são provas de que existiram coisas boas na era petista. Porém, esse processo político já dava claros sinais de esgotamento ainda em 2013, quando surgiram as primeiras manifestações contra Dilma e o PT.

Isso ficou mais evidente ao longo do segundo governo de Dilma, quando a verdadeira situação do país veio à tona, e naturalmente causou descontentamento entre os brasileiros de todas as classes sociais, mas quem pagou a conta, como sempre, foi o povo mais pobre, que sentiu na pele os efeitos da inflação e do desemprego, quando 11 milhões de brasileiros ficaram fora do mercado de trabalho por conta da crise. O encerramento deste ciclo petista era óbvio de acontecer, fosse através de um impeachment ou através das eleições presidenciais de 2018.

A questão era que o Brasil não aguentava esperar mais dois anos e meio de recessão, desemprego, inflação e outros desdobramentos de uma grave crise política e econômica. Dilma se mostrou incapaz de liderar o país, de apontar um norte. Um processo de impeachment é sempre complexo e bastante traumático. Foi assim com Fernando Collor, e sem sombra de dúvidas será com Dilma Rousseff. Mas como não há mal que dure para sempre, assim como Itamar Franco conseguiu vencer a hiperinflação, Michel Temer terá condições de modificar o quadro econômico com medidas de austeridade, tal como ele já anunciou de bate pronto quando nomeou apenas 23 ministros, bem menos que os 39 que existiam no governo Dilma Rousseff antes de baixar para 32.

Temer também aponta para um enxugamento da máquina pública com a extinção de milhares de cargos comissionados. Esse é mais um sinal de que ele tentará fazer diferente. O cenário é desafiador, sem sombra de dúvidas, mas enquanto a crise antes de Itamar era por causa da hiperinflação, hoje o cenário se dava muito mais por conta da falta de capacidade de gestão de Dilma Rousseff, que com alguns ajustes Temer poderá dar início a uma nova era para o país. Foi dada a largada para o Brasil espantar a crise de uma vez por todas.

Ministros – Conforme havíamos antecipado na nossa coluna, quatro deputados pernambucanos foram nomeados pelo presidente Michel Temer. Foram eles: Raul Jungmann (Defesa), Mendonça Filho (Educação e Cultura), Bruno Araújo (Cidades) e Fernando Filho (Minas e Energia). Além deles, o também pernambucano Romero Jucá, que é senador por Roraima foi nomeado ministro do Planejamento.

Prestígio – O prestígio de Pernambuco não para na nomeação de cinco ministros, o senador Fernando Bezerra Coelho está praticamente certo para assumir a liderança do governo Michel Temer no Senado. FBC, que foi ministro da Integração Nacional, emplacou Fernando Filho para Minas e Energia mesmo a contragosto do governador Paulo Câmara.

Suplentes – Além de Fernando Monteiro (PP), Cadoca (PDT) e Augusto Coutinho (Solidariedade), com a nomeação de quatro deputados federais para o ministério de Michel Temer, assumem mandato em Brasília Creuza Pereira (PSB), Severino Ninho (PSB), Guilherme Coelho (PSDB) e Roberto Teixeira (PP). Todos pela coligação da Frente Popular liderada pelo PSB.

Pé frio – Conhecido pela sua falta de traquejo com as urnas ao colecionar várias derrotas majoritárias em Pernambuco, o senador Humberto Costa colecionou mais uma derrota para a sua vida. Na condição de líder do governo Dilma no Senado, Humberto viu o governo ruir em poucos meses após a prisão de Delcídio Amaral, seu antecessor no posto.

RÁPIDAS

Vitorioso – Se tem alguém vitorioso em Pernambuco após o desfecho do impeachment de Dilma Rousseff, esse alguém é o deputado federal Daniel Coelho, que teve a sua candidatura a prefeito do Recife contra Geraldo Julio mais do que confirmada. E diferentemente de antes do processo do impeachment, Daniel vem mais fortalecido do que nunca.

Pauta – O prefeito de Araripina Alexandre Arraes e a assessora especial do Palácio do Campo das Princesas Roberta Arraes, ambos do PSB, estiveram reunidos ontem com o governador Paulo Câmara. Na pauta a implantação de um IML, do Aeroporto Regional do Araripe, outras obras e uma visita do governador à região.

Inocente quer saber – Com a nomeação de Fernando Filho, o secretário Felipe Carreras cumprirá a promessa de sair do PSB para se filiar a Rede Sustentabilidade?

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Postado por Edmar Lyra às 1:25 am do dia 13 de maio de 2016

Mulher de Cadoca vira secretária de Geraldo Julio

O prefeito Geraldo Julio nomeou, na tarde desta quinta-feira (12), a engenheira química Berenice Andrade para assumir a Secretaria de Desenvolvimento e Empreendedorismo do Recife. A titularidade da pasta vinha sendo exercida, em acúmulo, pelo secretário de Turismo e Lazer, Camilo Simões.

Berenice Andrade é graduada em Engenharia Química e tem especialização em Gerenciamento de Projetos e em Gestão Ambiental. Foi secretária de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente de Ipojuca entre 2013 e 2015. Também comandou a Secretaria de Meio Ambiente do Cabo de Santo Agostinho entre os anos de 2009 e 2012 e participou da Diretoria da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) de 1999 a 2006.

Está na Prefeitura do Recife desde 2015 na Assessoria Especial da Secretaria de Saneamento do Recife, posição na qual assumiu a coordenação do Programa de Mapeamento de Áreas de Risco do Recife e levou o projeto à Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-21) em dezembro do ano passado.

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Postado por Edmar Lyra às 18:02 pm do dia 12 de maio de 2016

Veja a lista dos ministros de Michel Temer

O presidente Michel Temer oficializou a lista da sua equipe ministerial. Ainda faltam os ministros da Integração Nacional e de Minas e Energia, que pode ser o deputado federal Fernando Filho (PSB). Confira a lista:

Gilberto Kassab – ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações

Raul Jungmann – ministro da Defesa

Romero Jucá – Planejamento, Desenvolvimento e Gestão

Geddel Vieira Lima – ministro-chefe da Secretaria de Governo

Sérgio Etchegoyen – ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional

Bruno Araújo – ministro das Cidades

Blairo Maggi – ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Henrique Meirelles – ministro da Fazenda

Mendonça Filho – ministro da Educação e Cultura

Eliseu Padilha – ministro-chefe da Casa Civil

Osmar Terra – ministro do Desenvolvimento Social e Agrário

Leonardo Picciani – ministro do Esporte

Ricardo Barros – ministro da Saúde

José Sarney Filho – ministro do Meio Ambiente

Henrique Alves – ministro do Turismo

José Serra – ministro das Relações Exteriores

Ronaldo Nogueira de Oliveira – ministro do Trabalho

Alexandre de Moraes – ministro da Justiça e Cidadania

Mauricio Quintella – ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil

Fabiano Augusto Martins Silveira – ministro da Fiscalização, Transparência e Controle (ex-CGU)

Fábio Osório Medina – AGU

 

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Postado por Edmar Lyra às 15:13 pm do dia 12 de maio de 2016

Em crítica velada a Fernando Filho, Paulo Câmara diz que PSB não chancelará indicados ao governo Temer

“A admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff pelo plenário do Senado Federal seguiu as normas constitucionais e o rito estabelecido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em que pese essa ser uma medida extremamente traumática.

Como afirmei anteriormente, não é algo singelo e confortável o fato de em um período de apenas 24 anos tenha existido a necessidade de afastar dois presidentes da República.

Precisamos agora apaziguar os ânimos, pois a radicalização política assumiu proporções preocupantes. A pacificação nacional e o diálogo insistente e permanente devem guiar as decisões do presidente Michel Temer. Não é de hoje que prego esse caminho, por acreditar que o desarmamento dos espíritos é fundamental para superar a maior crise econômica desde o início da década de 1930.

Precisamos recuperar a confiança na economia do Brasil, retomar os investimentos, enfrentar aquela que é a maior chaga da atual crise: o desemprego de milhões de brasileiras e brasileiros. Estou à disposição do presidente Temer para ajudar no que for necessário na construção desse entendimento, da mesma forma que me coloquei para a presidente Dilma Rousseff. Sem diálogo amplo, não haverá solução fácil para os desafios existentes.

O meu partido, o PSB, em decisão tomada pela maioria da Executiva Nacional, decidiu não indicar e nem chancelar nomes para o novo Ministério. No entanto, o PSB ajudará em todas aqueles propostas que estão sintonizadas com a agenda do partido para o Brasil, tornadas públicas por ocasião das eleições presidenciais de 2014, primeiro pelo saudoso Eduardo Campos e, posteriormente, por Marina Silva. O PSB nunca vai desistir do Brasil”.

Paulo Câmara
Governador do Estado de Pernambuco

Arquivado em: destaque, Outras Regiões, Pernambuco

Postado por Edmar Lyra às 12:31 pm do dia 12 de maio de 2016

Por 55 votos a 22, Senado afasta Dilma Rousseff por 180 dias

O plenário do Senado Federal aprovou às 6h34 desta quinta-feira (12) a abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT). Foram 55 votos a favor e 22 contra. Com a decisão, ela fica afastada do mandato por até 180 dias, até o julgamento final pelo Senado. Com o afastamento de Dilma, o vice Michel Temer (PMDB) assume como presidente em exercício.

A sessão começou às 10h de quarta-feira (11), adentrou a madrugada e durou mais de 20 horas. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não votou – ele só votaria em caso de empate. Dois senadores, de licença médica, se ausentaram: Jader Barbalho (PMDB-PA) e Eduardo Braga (PMDB-AM).

Segundo Renan, a presidente vai manter, no período em que estiver afastada, o direito à residência oficial do Palácio da Alvorada, segurança pessoal, assistência saúde, remuneração, transporte áreo e terrestre e equipe a serviço do gabinete pessoal da Presidência.
Agora, o Senado passará a colher provas, realizar perícias, ouvir testemunhas de acusação e defesa para instruir o processo e embasar a decisão final. O julgamento será presidido pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que também comandará a Comissão Processante do Senado.

O impedimento definitivo da presidente depende do voto favorável de dois terços dos 81 senadores (54), em julgamento que ainda não tem data para ocorrer.

Repercussão
Para o senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do PSDB, o novo governo de Temer não poderá errar e precisa fazer “grandes reformas”.
“Acredito muito na sinalização. Uma nova sinalização que poderá ser dada nesse governo. Temer terá uma chance e não poderá errar. Terá o PSDB ao seu lado para minimizar os danos causados pelo governo.Certamente ele não terá apoio apenas congressual, mas da sociedade brasileira, se estiver disposto a fazer as grandes reformas”, afirmou.
Humberto Costa (PT-PE), líder do governo, afirmou que o primeiro passo do PT vai ser defender o programa do partido e fazer oposição ao governo Temer.

“Ontem tivemos políticas públicas que fizeram o país avançar. Certamente esse legado será lembrado pelo povo brasileiro. Quanto a recursos vamos avaliar se cabe algum tipo de recurso a essa decisão. Nosso primeiro passo vai ser resgatar o programa do PT, acompanhar esse governo ilegítimo e defender a força das nossas propostas,” disse Costa.
O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) afirmou que o dia não é de comemoração, mas que o afastamento da presidente dá uma “esperaça” para a população.
“Não é um dia de comemoração. Algumas comemorações que aconteceram foram por parte de deputados, que vieram da outra casa, e fizeram ligeira manifestação. […] A expectativa é de esperança para o povo brasileiro. O Congresso tomou a decisão sintonizada com sentimento das ruas. Não é algo que possamos comemorar, mas algo que devemos levar como processo de renovação e esperança”, disse Eunício.

Para o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o afastamento de Dilma é um “absurdo”. Ele voltou a argumentar, como tem feito nos últimos dias, que a presidente não cometeu crime de responsabilidade.

“Achamos um absurdo afastar uma presidenta sem crime de responsabilidade, é uma grande injustiça. Não há crime de responsabilidade. Está sendo afastada porque há maioria parlamentar contra ela […] Agora vamos entrar em nova etapa, uma mais técnica, e eu acredito ainda que na batalha final do julgamento temos chance, porque eles vão precisar de 54 votos e tiveram 55”, disse Lindbergh.

Impeachment no Senado
Depois que a Câmara autorizou a abertura do processo, em 17 de abril, o Senado iniciou a análise da admissibilidade, ou seja, se o relatório aprovado pelos deputados continha os requisitos mínimos: indícios de autoria e de existência de um crime de responsabilidade.

Na última sexta (6), o relatório do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que recomendou a abertura do processo, foi aprovado por 20 votos a 5, na Comissão Especial do Impeachment do Senado, composta por 21 senadores. Só não votou Raimundo Lira (PMDB-PB), presidente da comissão.

No plenário da Câmara, o impeachment recebeu 367 votos favoráveis e 137 contrários. Houve sete abstenções e somente dois ausentes dentre os 513 deputados.

Acusação e defesa
Conforme denúncia assinada pelos juristas Janaina Paschoal, Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr., Dilma atentou contra a lei orçamentária ao autorizar despesas extras de R$ 2,5 bilhões, entre julho e agosto de 2015, mesmo ciente de que o gasto era incompatível com a meta fiscal, economia anual do governo para pagar a dívida pública.

A abertura dos créditos suplementares foi determinada por meio de decretos não numerados sem prévia autorização do Congresso.
Além disso, a denúncia aponta que a presidente usou dinheiro emprestado do Banco do Brasil para bancar juros menores concedidos a agricultores no Plano Safra de 2015. Tratam-se das “pedaladas fiscais”, artifício para disfarçar rombo nas contas públicas.

A acusação é de que ela teria contraído “operação de crédito ilegal”, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe o governo de usar dinheiro emprestado de bancos públicos, controlados pelo próprio Executivo.
Durante a análise das acusações nas comissões do Senado e da Câmara, a Advocacia Geral da União (AGU) alegou que os atos não configuram crimes de responsabilidade e que também foram praticados em governos passados, sem qualquer questionamento.

Quanto aos decretos, a defesa argumentou que eles não comprometeram a meta fiscal, já que no início de 2015, o governo havia bloqueado um volume maior de recursos do Orçamento. Além disso, alegou que os decretos apenas remanejaram as despesas, sem ampliação de gastos.

Em relação às “pedaladas fiscais”, o governo sustenta que não se tratam de empréstimos dos bancos públicos, mas de contrato de serviço de pagamento dos benefícios sociais. Caso o dinheiro repassado pelo Tesouro não seja suficiente, o banco paga a diferença e recebe juros quando o governo quita a dívida. Se sobra dinheiro, o governo recebe juros do banco.

Próximas etapas
Saiba quais serão os próximos passos da tramitação do processo de impeachment no Senado:
INSTRUÇÃO PROBATÓRIA
>> Com a autorização do plenário para a abertura do processo, o caso volta à Comissão Especial do Impeachment para a etapa de produção de provas, chamada de fase de instrução.
>> Será concedido à presidente um prazo de, pelo menos, 20 dias para apresentar a sua defesa – o prazo será fixado pelo presidente da comissão especial, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).
>> Nessa fase, acusação e defesa poderão pedir a convocação de testemunhas, a realização de perícias e o envio de documentos que acharem adequados, como pareceres do Tribunal de Contas da União. Não há prazo definido para essa etapa. Por se tratar de um processo judiciário, o comparecimento das testemunhas convocadas é obrigatório – sob pena de serem conduzidas coercitivamente.
>> No final dessa etapa, a presidente Dilma Rousseff poderá ser interrogada. Ainda não está definido, mas é possível que se abra um prazo de até 15 dias para as alegações finais da acusação e mais 15 dias para as alegações da defesa – nenhum fato ou argumento novo poderá ser inserido.
>> A partir daí, haverá um prazo mínimo de dez dias consecutivos para que o relator apresente um parecer sobre a procedência ou a improcedência da acusação e para que a comissão vote – dentro desse período.
>> Para ser aprovado, esse parecer, que passa a ser chamado de parecer de pronúncia, necessita de maioria simples. Se isso ocorrer, considera-se procedente a acusação e começa a fase de julgamento. A decisão será lida na sessão seguinte do plenário do Senado, e o parecer, publicado no “Diário Oficial do Senado”.
>> Esse parecer deverá ser submetido ao plenário do Senado em até 48 horas. No plenário, ainda não está definido se a acusação e a defesa terão 30 minutos cada para se pronunciar. Deverá, então, ser concedido prazo, provavelmente de 15 minutos, para que cada um dos 81 senadores se manifeste, o que poderá levar cerca de 20 horas e meia.
>> Para a votação valer, precisam estar presentes à sessão pelo menos 41 dos 81 senadores (maioria absoluta). Para que o parecer seja aprovado, é necessária maioria simples dos senadores presentes – metade mais um. A sessão será presidida pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que passa a ter o nome oficial de presidente do Senado como órgão judiciário. O presidente do Senado, Renan Calheiros, poderá votar como qualquer outro senador nesta segunda votação.
>> Uma vez aprovado o parecer, as partes serão notificadas. Deverá ser concedido um prazo aos autores da denúncia para que apresentem em até 48 horas uma peça chamada no jargão jurídico de libelo acusatório, que nada mais é do que uma consolidação das acusações e provas produzidas. Eles também deverão apresentar um rol de testemunhas.
>> Em seguida, a defesa terá 48 horas para apresentar uma resposta, chamada no jargão de contrariedade ao libelo, além do rol de testemunhas. Todo o processo é encaminhado para o presidente do Supremo, a quem caberá marcar uma data para o julgamento e intimar as partes e as testemunhas. Deverá ser respeitado um prazo mínimo de dez dias para se marcar o julgamento. Se o parecer no plenário do Senado for rejeitado, o processo é arquivado e a presidente reassume o cargo.

JULGAMENTO FINAL
>> Na data marcada, o julgamento será realizado no plenário do Senado, presidido pelo presidente do Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, novamente na condição de presidente do Senado como órgão judiciário.
>> As partes podem comparecer pessoalmente ao julgamento ou serem representadas por procuradores. Poderão ser convocadas testemunhas, que serão interrogadas pela acusação, defesa e pelos senadores, que assumem o papel de juízes. No entanto, as perguntas dos parlamentares não serão feitas diretamente por eles. Elas terão que ser encaminhadas para Lewandowski para que ele faça as indagações.
>> O número de testemunhas e o tempo dos depoimentos ainda precisarão ser definidos. Ainda há previsão, segundo a Secretaria-Geral da Mesa do Senado, de realização de debates orais, embora não esteja definido quem exatamente poderia falar.
>> Depois disso, as partes se retiram da sessão para discussão entre senadores – não está definido quanto tempo cada um terá para se manifestar. O presidente Ricardo Lewandowski elaborará um relatório, que é diferente de um parecer, pois não haverá juízo de valor.
>> Em seguida, acontece a votação nominal. Os senadores serão chamados ao microfone para responder “sim”, “não” ou “abstenção” à seguinte pergunta: “Cometeu a acusada Dilma Vana Rousseff os crimes que lhe são imputados, e deve ser ela condenada à perda de seu cargo e à inabilitação temporária, por oito anos, para o desempenho de qualquer função pública, eletiva ou de nomeação?”
>> Não há definição de como será a ordem de chamada – caberá ao presidente Lewandowski decidir essa questão. Para ser aprovado o impeachment, são necessários os votos de pelo menos dois terços dos senadores (54 votos).
>> Caso o impeachment seja aprovado, Lewandowski lavra a sentença, que é publicada no “Diário Oficial”. Dilma é então notificada, perde o mandato e fica inelegível por oito anos. O processo é, então, encerrado. Se rejeitado o impeachment, o processo é arquivado e a presidente da República reassume.

Arquivado em: Brasil, destaque

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de maio de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

PSB toma decisão dura que trará desdobramentos 

O PSB anunciou ontem, em meio às discussões sobre o impeachment de Dilma Rousseff, a solicitação dos cargos ocupados pelo PSDB e Democratas no governo de Pernambuco. Isso ocorreu exclusivamente por conta da disputa pela prefeitura do Recife em 2016 pelos partidos com Daniel Coelho e Priscila Krause, respectivamente, contra a reeleição do prefeito Geraldo Julio.

Ora, em 2012 quando Geraldo Julio tentou a prefeitura, o PSDB lançou Daniel Coelho e o DEM Mendonça Filho. Em 2014 os dois partidos ofertaram seus respectivos tempos de televisão para fazer de Paulo Câmara um candidato competitivo que veio a ganhar a eleição. Daniel Coelho e Priscila Krause foram candidatos a deputado na Frente Popular, não houve nenhum questionamento do PSB ao posicionamento deles, que sempre foi, vale salientar, de oposição ao partido liderado pelo governador Paulo Câmara.

A medida não é das melhores, pois, apesar da justificativa palaciana de querer demarcar posição, punindo os partidos que decidem enfrentar Geraldo Julio, acaba trazendo desdobramentos negativos para o PSB no comando estadual. Não é a primeira vez que partidos que integraram uma coligação de um governo eleito decidem lançar candidaturas próprias numa disputa por prefeituras. Isso faz parte do jogo político. Cabe ao governador saber dissociar o joio do trigo visando manter a unidade aliancista para a busca pela reeleição.

Uma decisão como essa, no momento em que o PSDB caminha para assumir o ministério das Cidades com Bruno Araújo, e o DEM caminha para assumir o ministério da Educação e Cultura com Mendonça Filho, pode prejudicar a relação entre o Palácio do Campo das Princesas e os futuros ministros. Isso sem contar que o governador na sua atitude está implodindo a Frente Popular para 2018. Essa discussão, ainda que viesse a ocorrer, deveria esperar os desdobramentos do governo Michel Temer.

Numa pequena atitude, o governador Paulo Câmara conseguiu antecipar as discussões sobre 2018, dando margem para que outros partidos venham a romper com o seu projeto, pois houve uma demonstração de fraqueza do governador e de medo do prefeito Geraldo Julio dos seus adversários. Um erro de cálculo que jamais Eduardo Campos seria capaz de cometer, que compromete não só as chances de reeleição de Geraldo Julio, mas principalmente a possibilidade do governador Paulo Câmara manter a unidade da Frente Popular em busca de uma possível reeleição.

Fernando Filho – O deputado Fernando Filho segue cotado para assumir um ministério. Após ser citado para Portos e Integração Nacional, agora a bola da vez é o ministério de Minas e Energia. O pernambucano entraria na cota pessoal de Michel Temer, já que o PSB decidiu que não indicaria nomes para a equipe do futuro presidente.

Felipe Carreras – O secretário de Turismo e deputado federal licenciado Felipe Carreras afirmou que caso o PSB decidisse assumir cargos no governo Michel Temer, ele se desfiliaria do partido, pois acredita que não há caminho que não seja a independência em relação ao futuro presidente Michel Temer.

Comemoração – O deputado federal Daniel Coelho comemorou ontem através do seu Twitter a decisão do PSB de pedir os cargos do PSDB. Com isso os rumores de que ele poderia não ser candidato a prefeito do Recife foram sepultados. Agora Daniel tentará ampliar o leque de alianças visando a disputa, pois é o principal adversário do prefeito Geraldo Julio.

Aviso – O senador Fernando Collor (PTC/AL) se pronunciou favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff dizendo que avisou a Dilma que o governo dela estava trilhando um caminho equivocado e que o desfecho poderia ser o pior possível. Collor sofreu impeachment em 1992, sendo o primeiro presidente brasileiro a ter seu mandato cassado pelo Congresso Nacional.

RÁPIDAS

Vice – Pré-candidato a prefeito do Recife pelo PV, o empresário Carlos Augusto Costa se reuniu com o também pré-candidato deputado Sílvio Costa Filho (PRB). O encontro ajudou a alimentar rumores que eles poderão compor uma chapa, com Silvio na cabeça e Carlos Augusto na vice.

Anúncio – Michel Temer deverá anunciar toda a sua equipe ministerial hoje a tarde em coletiva com a imprensa. Além disso anunciará algumas Medidas Provisórias que impactarão na situação econômica do país. Temer quer dar um sinal ao mercado logo na entrada do seu governo para recuperar a estabilidade.

Inocente quer saber – Eduardo Campos tomaria a decisão que Paulo Câmara tomou sobre PSDB e DEM?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 23:20 pm do dia 11 de maio de 2016

Paulo Câmara oficializa saída do DEM e do PSDB do seu governo

“O PSDB e o DEM contribuíram para a vitória da Frente Popular nas eleições de 2014 e também na gestão do Governo de Pernambuco nos últimos dezessete meses. No entanto, ambos partidos decidiram seguir projetos políticos e de governo divergentes da Frente Popular. Diante desse novo cenário político e entendendo que a gestão do Recife tem sido inovadora, inclusiva e participativa, decidi que a composição do Governo deve refletir o compromisso da Frente Popular com a continuidade desse projeto.”

Paulo Câmara

Governador do Estado de Pernambuco

Arquivado em: destaque, Pernambuco

Postado por Edmar Lyra às 16:36 pm do dia 11 de maio de 2016

Teori nega pedido do governo para anular impeachment

Do G1

O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quarta-feira (11) pedido do governo para anular o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Com a decisão, o Senado poderá manter a votação que poderá decidir pelo afastamento de Dilma do mandato, caso os senadores aprovem a instauração do processo.

Zavascki foi sorteado relator do caso na noite desta terça, horas após a Advocacia Geral da União (AGU) protocolar a ação. Segundo a assessoria da Corte, ele passaria a noite analisando o pedido do governo.

O mandado de segurança aponta que o então presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment, em dezembro, em retaliação a Dilma, após a bancada do PT na Câmara decidir votar a favor da abertura do processo de cassação do deputado no Conselho de Ética.

“Tal imoral proceder consistia em equilibrar-se entre governo e oposição a fim de barganhar apoio para o não recebimento da representação oferecida perante o Conselho de Ética. Ao primeiro, oferecia o arquivamento das denúncias contra a Presidenta da República; à segunda, oferecia o contrário, o acolhimento de alguma delas”, afirma a peça.

A AGU diz que as “ameaças e chantagens” de Cunha não foram em vão junto ao governo. “No mesmo dia em que os deputados do PT integrantes do Conselho de Ética declararam voto pela abertura do processo administrativo contra o Presidente da Câmara, poucas horas depois, ele recebeu a denúncia por crime de responsabilidade contra a Presidenta da República. Era o fim do ‘leilão’”, diz outro trecho.

As supostas chantagens de Cunha, continua a peça, não se limitaram ao acolhimento da denúncia contra Dilma.

Durante o processo na Câmara, diz a AGU, o deputado também teria orientado os autores do pedido a aditarem o documento para atender requisitos legais. O pedido também aponta que Cunha convocou sessões às segundas e sextas-feiras para acelerar o trâmite e autorizou líderes a orientarem a votação das bancadas.

A ação também ataca a escolha do relator do pedido na Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), classificada como “barganha imoral”, para que o relatório fosse contrário a Dilma. Em troca, diz a peça, Cunha apoiaria Arantes para lhe suceder no comando da Câmara.

“A intenção do presidente da Câmara dos Deputados, pelas circunstâncias, foi apenas uma: trazer óbices quase que intransponíveis à defesa da Presidenta da República, na medida em que o próprio conjunto de fatos denunciados se tomou ‘incerto’, fazendo com que parlamentares discutissem outros fatos que não aqueles que integram o objeto da denúncia”, aponta outro trecho.

O pedido do governo diz, ainda, se basear em decisão do próprio STF que suspendeu o mandato de Cunha e o afastou da presidência da Câmara, na semana passada. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, disse em entrevista, que todo o procedimento da Câmara foi viciado por “desvio de poder”.

O acolhimento da denúncia e outros atos posteriores no trâmite do impeachment, argumentou, se enquadram nos motivos apontados por Janot para afastar o peemedebista.

Arquivado em: Brasil, destaque

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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