Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 14 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta segunda-feira

Os maiores adversários de Dilma e do PT 

Os acontecimentos da semana passada mostraram ao Palácio do Planalto que os maiores adversários de Dilma Rousseff e consequentemente seus algozes num eventual impeachment não são a oposição capitaneada por Aécio Neves e composta por DEM, PPS, PSDB e Solidariedade, mas sim o PMDB de Michel Temer, Eduardo Cunha e Renan Calheiros e principalmente a nata do PIB nacional que vê os tempos áureos de crescimento econômico se esvaírem por causa da presidente.

A economia tem papel fundamental num processo político, e ganha mais relevância num momento de impeachment porque a economia e a política andam juntas, se a economia vai mal dificilmente a política consegue se sustentar. Hoje o país vive numa retração econômica que pode ser considerada uma estagflação, quando a economia está estagnada e a inflação segue alta. A inflação atingiu dois dígitos, algo que não acontecia desde 2003, o desemprego está em alta como nunca esteve nos doze anos dos governos do PT e isso tem mexido com a mentalidade do povo brasileiro, do mais pobre ao mais rico.

Até meados de 1994 o brasileiro estava acostumado com inflação elevada, moeda desvalorizada, quebradeira geral de empresas, etc. Com o Plano Real tudo isso era coisa do passado, foram vinte anos de um ciclo virtuoso, com pequenas alterações de ordem econômica que não implicaram numa crise no país. Até mesmo na crise global de 2008 o Brasil saiu praticamente ileso. Isso só foi possível porque na cadeira de presidente havia alguém que se comunicava bem com a população e tinha jogo de cintura para lidar com as intempéries como poucos que era o então presidente Lula.

Hoje temos na figura da presidente Dilma Rousseff uma pessoa incapaz de construir um raciocínio, de formular uma frase sem gaguejar, de apontar um caminho e até mesmo liderar o país para a saída da crise. Quanto mais tempo Dilma continuar, mais prejudicada estará a economia brasileira e naturalmente o país. O PIB nacional, Michel Temer e o PMDB já se deram conta disso e têm se movimentado em torno da “saída Temer”, que seria o impeachment ou a renúncia de Dilma, e o vice assumiria o governo por quase três anos com o objetivo de garantir a credibilidade do governo perdida no período de Dilma Rousseff.

Michel Temer hoje é um adversário muito mais perigoso pra Dilma Rousseff e para o PT do que Aécio Neves e a oposição, isso porque Temer é político profissional na essência, e o PMDB é ávido por poder. Em muitos anos o partido não teve tanta chance de chegar ao Planalto quanto agora. Por mais que Dilma ofereça ministérios e cargos para se manter na presidência, o PMDB profissional não vai querer mais porque esse cenário de deterioração da economia e do governo não interessa a ninguém, muito menos aos caciques do “partido do Brasil”. O PMDB não vai querer continuar sendo sócio minoritário de um empreendimento falido que é o governo Dilma podendo ser proprietário de um governo de união nacional liderado por Michel Temer.

Esvaziado – Talvez por erro de cálculo da organização, que poderia ter esperado um pouco mais para fazer uma manifestação, os movimentos realizados ontem foram um fiasco de público de norte a sul do país. Quando comparados aos de março, abril e julho, os movimentos deste domingo pareceram uma reunião de amigos em determinados locais de tão pouca gente nas ruas.

Jarbas Vasconcelos – Os bastidores de Brasília fervilham com a possível renúncia do presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha do cargo e uma aclamação do pernambucano Jarbas Vasconcelos para o posto. Jarbas é um político pautado pela ética e pela probidade administrativa. Teria melhores condições políticas para conduzir o impeachment de Dilma Rousseff nos próximos meses.

Renan Calheiros – Um parlamentar pernambucano acredita que o presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB/AL) está jogando com a hipótese de não acolher o impeachment caso a Câmara dos Deputados aprove. É que uma vez colocando obstáculos ao impeachment, em caso dele acontecer Renan será fiador do governo Temer, caso ele não ocorra o alagoano será um fiador ainda mais representativo do governo Dilma.

Paulo Skaf – Aliado do vice-presidente Michel Temer, o presidente da FIESP Paulo Skaf defendeu abertamente o impeachment de Dilma Rousseff. Além disso, Skaf deixou claro que não concorda com a política econômica patrocinada pelo ministro da Fazenda Joaquim Levy, quando deixou nas entrelinhas que num governo Temer, Levy não seria aproveitado no cargo.

RÁPIDAS

Vereador – O ex-prefeito do Recife João da Costa, que já foi deputado estadual, está cotado para disputar um mandato de vereador nas eleições do ano que vem pelo PT. Em 2014 João da Costa tentou, sem sucesso, um mandato na Câmara dos Deputados.

Incoerência – Durante os governos Sarney, Collor, Itamar e FHC o PT pediu o impeachment de todos os presidentes, e era um mecanismo democrático. Agora que o governo é de Dilma Rousseff é vidraça e corre risco de ser impichada, o PT chama o mecanismo de golpe. Haja incoerência.

Inocente quer saber – Mozart Sales, envolvido na operação da Polícia Federal sobre a Hemobras, ainda será candidato do PT a prefeito do Recife?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de dezembro de 2015

Coluna do blog deste sábado

Manifestações deste domingo ditarão o ritmo do impeachment 

Desde as manifestações de junho de 2013, quando naquele momento a popularidade da presidente Dilma Rousseff e de quase todos os governadores despencou, que a periodicidade de manifestações foi se tornando cada vez mais latente. Só em 2015 foram três grandes manifestações em 15 de março, 12 de abril e 16 de agosto, que juntas levaram, segundo os organizadores, mais de seis milhões de pessoas às ruas contra Dilma Rousseff.

Apesar de representativas, as três grandes manifestações realizadas em 2015, ainda não tinham muita consistência por conta do processo de impeachment ser apenas uma tese defendida por algumas pessoas, mas que no momento em que aconteceram as manifestações, ele era uma realidade muito distante. Tanto que os protestos levaram 3 milhões de pessoas em março, 1,5 milhão em abril e 2 milhões em agosto, ou seja, em vez de haver um crescimento, houve uma oscilação negativa em torno da quantidade de pessoas nas ruas.

Para amanhã são esperadas em todo o Brasil manifestações contra Dilma Rousseff, sendo que elas trazem um fato novo e um contexto diferenciado em relação aos meses anteriores. Primeiro que o impeachment saiu da fantasia de alguns para se tornar uma realidade latente, depois a crise política e econômica não foi estancada por Dilma, pelo contrário, tem se agravado com o decorrer dos meses com novos escândalos de corrupção, aumento do desemprego, da inflação, dos juros, etc.

A confluência de fatores, que ganhou força com a abertura do impeachment na Câmara dos Deputados, pode ser fulminante para o projeto de Dilma Rousseff e do PT em continuarem no Palácio do Planalto. A votação da comissão que analisará o impeachment na Câmara dos Deputados mostrou que a presidente não tem sequer 200 votos para barrar o impeachment.

Apesar de serem necessários apenas 171 votos para que o impeachment seja sepultado, a margem de 199 votos recebidos pela chapa indicada pelo Planalto para comandar o impeachment é muito pequena, sobretudo quando consideramos que na sessão que apreciará o impeachment os votos serão nominais e abertos, ou seja, cada deputado terá que declarar em rede nacional, um por um, se vota a favor ou contra o impeachment.

As pesquisas apontam que 70% da população brasileira apoia o impeachment, e apenas 9% dos entrevistados consideram o governo Dilma Rousseff bom/ótimo, vale frisar que é o mesmo percentual obtido por Fernando Collor na época em que o ex-presidente sofreu o processo de impeachment. Então as manifestações deste domingo terão um componente fundamental para implodir qualquer tentativa do governo de barrar o impeachment, até porque o político só é fiel ao governo quando o dele não está na reta, muitos deputados que almejam continuar na política sabem que votar contra o impeachment e contra a vontade da maioria da opinião pública é assinar o atestado de óbito da sua carreira política, então como se diz aqui no Nordeste, os deputados partirão para a máxima de que, quando a farinha é pouca primeiro vem o pirão deles, e naturalmente eles devem abandonar Dilma no meio do caminho. Tudo depende de amanhã.

Pressa – O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse ontem que a decisão sobre a tramitação do pedido de impeachment no Congresso Nacional deve ser rápida. “Acho que o tribunal está consciente do momento delicado pelo qual estamos passando. Não acredito que haverá pedido de vistas. Porque todos percebem que há uma necessidade que esse tema seja encaminhado em um ou outro sentido”.

Muro – O PSB pode adiar mais uma vez a reunião da executiva nacional marcada para o próximo dia 17 que vai deliberar sobre a posição do partido sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Enquanto a bancada de deputados e senadores é majoritariamente a favor do impeachment da presidente, os três governadores do partido – Paulo Câmara (PE), Ricardo Coutinho (PB) e Rodrigo Rollemberg (DF) – são contrários. A posição dos governadores podem colocar a sigla socialista em cima do muro.

Briga – Filiados ao PSB e pré-candidatos a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o deputado federal João Fernando Coutinho e o vice-prefeito Heraldo Selva não conseguem se entender no que diz respeito a agenda 40. O deputado divulgou nota dizendo que acha inoportuna a realização das agendas do partido organizadas pelo vice-prefeito no município diante da grave crise que assola o país, tanto na economia e na política quanto na necessidade de combater o Aedes aegypt.

Cortes – O relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), confirmou nesta sexta-feira que está mantendo no parecer final um corte de R$ 10 bilhões no Bolsa Família, ou seja, corte de 35% no programa. Além disso, Barros anunciou cortes de R$ 320 milhões no auxílio-reclusão (50%), de R$ 80 milhões no auxílio-moradia (20%) e de R$ 1,84 bilhões (10%) de compensação no RGPS (Repasse a Previdência por Desoneração da Folha). De acordo com o relator, essas medidas são necessárias para cumprir a meta do governo de superávit (receitas menos despesas) de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2016.

RÁPIDAS

União – Em visita ontem a Pernambuco onde proferiu palestra no Palácio do Campo das Princesas sobre democracia, o senador José Serra (PSDB/SP) defendeu o apoio do seu partido ao governo de união nacional capitaneado por Michel Temer em caso de saída de Dilma Rousseff. O tucano pode assumir o ministério da Fazenda num eventual governo Temer.

Comentários – Assim como fizemos nas eleições de 2014, a partir de amanhã realizaremos comentários periódicos sobre o cenário político nacional. Os vídeos, que terão duração média de 3 a 5 minutos, serão publicados no blog e no Facebook. Conto com a audiência de vocês na estréia quando estaremos repercutindo as manifestações deste domingo.

Inocente quer saber – Quantas pessoas irão às manifestações pelo impeachment no Marco Zero amanhã?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 11 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta sexta-feira

A história se repete e o Brasil precisa novamente do PSDB 

O PSDB foi fundado em 1988 por dissidentes do PMDB e contou com a filiação de políticos como Mário Covas, José Serra, Franco Montoro, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique Cardoso. Naquele momento o país passava pelo processo de redemocratização iniciado em 1985 com a vitória no colégio eleitoral de Tancredo Neves, e posteriormente com sua morte antes de assumir o mandato do vice José Sarney.

Um dos grandes problemas do país era a estagnação econômica e a hiperinflação. Com um cenário nebuloso para o Brasil, o PSDB lançou em 1989 Mário Covas, que ficou de fora da polarização entre Lula, candidato do PT, e Fernando Collor, candidato do PRN, este último sendo o vitorioso ao lado do vice Itamar Franco.

Com o processo de impeachment de Collor, o PSDB ofereceu um dos seus quadros, o então senador por São Paulo Fernando Henrique Cardoso para ocupar o ministério da Fazenda. Num plano conduzido pelo economista Edmar Bacha, o Brasil conseguiu vencer a hiperinflação e FHC, na condição de ministro da Fazenda, se tornou candidato natural à presidência da República e venceu a disputa em 1994.

A história se repete 23 anos depois com a eminente queda de Dilma Rousseff por infringir a Lei cometendo crime de responsabilidade através das pedaladas fiscais. O vice-presidente Michel Temer a cada dia que se passa fica mais próximo de repetir a história escrita por Itamar Franco, que assumiu o país em frangalhos e conseguiu, com o apoio do PSDB, recuperar a economia e colocar o país num ciclo virtuoso que durou mais de vinte anos.

No governo Temer, caso venha a se consumar a saída de Dilma, é de fundamental importância a participação do PSDB, haja vista que o partido possui quadros extraordinários como os senadores Aécio Neves e José Serra, os deputados Bruno Araújo e Antonio Imbassahy e muitos outros quadros técnicos que podem servir ao país como ministros de um governo de reconstrução nacional, assim como foi o governo de Itamar.

Alguns filiados ao PSDB defendem um distanciamento político do governo Temer no pós-Dilma com o único objetivo do partido ser o favorito a chegar ao Planalto em 2018. Mas até lá são quase três anos e o país precisa de uma vez por todas quebrar esse ciclo negativo que foi imposto ao Brasil pelo governo Dilma. E naturalmente o caminho mais óbvio para o PSDB é, assim como em 1992, pensar nas próximas gerações e não nas próximas eleições, sob pena de pagar um alto preço caso dê as costas ao momento delicado que o país vive, assim como fez o PT na redemocratização, no governo Itamar, no Plano Real e na Lei de Responsabilidade Fiscal, que em momentos importantes da história brasileira, o PT pensou no seu próprio umbigo e ficou contra todos esses episódios que contribuíram significativamente para o Brasil sair do caos que se encontrava.

Transporte – O prefeito de Bodocó Danilo Rodrigues (PSB) substituiu 125 veículos estilo pau de arara por 30 ônibus escolares, reduzindo pela metade o custo com o transporte escolar. A frota, que é terceirizada, possui a menor idade média de Pernambuco e todos os veículos são equipados com GPS.

Agenda 40 – O deputado estadual e presidente da executiva do PSB em Goiana, Aluisio Lessa está a frente da organização da Agenda 40 que irá acontecer hoje no município às 19 horas na Casa Paroquial. Este é um momento que a executiva irá irá escutar integrantes socialistas e lideranças locais para colher sugestões e definir a sua atuação para o ano de 2016.

Conferência – A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, em parceria com a ABLOGPE, realiza a primeira Conferência de Comunicação Social do Município hoje a partir das 8 horas da manhã na Faculdade Guararapes em Piedade. O evento, que contará com palestras e debates, também elegerá o Conselho Municipal de Comunicação que contará com representantes de veículos, da prefeitura e de membros da sociedade sociedade civil organizada.

Urnas – O TSE informou ontem que o corte de gastos feito pelo governo federal diminuiu de tamanho, o que vai garantir a realização da votação com urnas eletrônicas nas eleições de 2016. A diferença no corte de gastos na Justiça Eleitoral de agora e o anterior é de R$ 267 milhões. No último dia 30, uma portaria dos tribunais superiores informava que o corte de gastos feito para equilibrar o Orçamento do governo no próximo ano ameaçava a votação eletrônica. Se isso acontecesse, a votação seria novamente em cédulas de papel. A aquisição das urnas custa cerca de R$ 200 milhões.

RÁPIDAS

Contas – A Comissão de Finanças e Tributação da Alepe aprovou, por unanimidade, na última quarta-feira as contas de 2013 do governo Eduardo Campos. A decisão, que teve como base um relatório do Tribunal de Contas do Estado, foi publicada ontem no Diário Oficial e deverá ir ao plenário da Casa Joaquim Nabuco na próxima semana para serem apreciadas pelos deputados.

Recursos – O prefeito de Camaragibe Jorge Alexandre (PSDB) foi recebido anteontem em Brasília pelo ministro das Cidades Gilberto Kassab (PSD). Na pauta, a liberação de recursos do Ministério para Camaragibe, com investimentos que margeiam R$10 milhões para a pavimentação de ruas do município.

Inocente quer saber – O cerco está se fechando para a presidente Dilma Rousseff?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 10 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta quinta-feira

Paulo Câmara pisou na bola e pagou preço alto perante a sociedade 

Eleito governador de Pernambuco no primeiro turno das eleições do ano passado, Paulo Câmara decidiu junto com o PSB apoiar a candidatura de Aécio Neves à presidência da República contra Dilma Rousseff. Isso tudo após a candidatura presidencial de Eduardo Campos que culminou na sua morte num acidente aéreo em agosto do ano passado.

Se Eduardo Campos quisesse apoiar o PT e a presidente Dilma Rousseff não teria rompido em 2013 com o Planalto para tentar um voo solo rumo ao Planalto. Seria muito mais cômodo continuar com uma aliança construida ainda em 1989 e tentar uma vaga ao Senado. A partir daquele momento, ficou evidente que Eduardo queria o PSB na oposição ao PT e a tudo o que representa a figura de Dilma Rousseff.

Passado o processo eleitoral, veio a “parceria” institucional entre o governo de Pernambuco e o governo federal, e a cada mês de 2015 ficou evidenciado um abandono do Planalto com o estado de Pernambuco. Fato este que já existia desde 2011, quando Pernambuco havia elegido Dilma em 2010 sob a prerrogativa de que uma vez eleita, Dilma manteria os investimentos de Lula em Pernambuco. Mas sem sombra de dúvidas, desde a ruptura de Eduardo com o PT que Pernambuco ficou a pão e água.

O governo Dilma Rousseff tem paralisado o país, e essa paralisia tem influenciado diretamente nos governos estaduais e municipais, haja vista que a receita tributária fica concentrada na união, necessitando de liberações junto aos ministérios para que as obras nos estados possam andar. No ano de 2015 estavam previstos cerca de R$ 2 bilhões através de convênios entre o governo de Pernambuco e o governo federal, mas até recentemente a União só liberou menos de R$ 200 milhões, uma quantia que não chega a 10% do previsto.

Isso sem contar com a autorização do ministério da Fazenda para que o governo de Pernambuco possa contrair empréstimos internacionais que dorme na gaveta do ministro Joaquim Levy e não tem a menor perspectiva de sair do papel por conta da paralisia que o governo Dilma submergiu o país. Os reflexos são muitos, o governador Paulo Câmara, assim como os seus colegas governadores, já sente na pele a rejeição da população porque não consegue tocar as obras como deveria por conta da escassez de recursos.

Como se não bastasse, a crise econômica que assola o país tem atingido diretamente as empresas, que estão produzindo menos, demitindo mais e consequentemente movimentando menos dinheiro. Isso tem como consequência direta a queda de arrecadação própria do estado, que depende do ICMS para viabilizar seu caixa.

Alheio a todos esses problemas, desconsiderando a esmagadora opinião popular, que em Pernambuco rejeita como nunca antes na história da política o governo Dilma e majoritariamente concorda com o impachment da presidente, o governador se dá ao luxo de subscrever um manifesto em defesa de Dilma Rousseff. Foi um erro de cálculo grotesco de Paulo Câmara, que poderia ter evitado se posicionar no caso do impeachment alegando que o tema é de competência do congresso nacional através de deputados e senadores e ele na condição de governador de Pernambuco tinha como única e exclusiva atribuição governar o seu estado. Faltou sensibilidade a Paulo Câmara que desde a última terça-feira tem arcado com um pesado ônus perante o povo pernambucano depois da posição que tomou.

Rodrigo Novaes – O deputado Rodrigo Novaes (PSD) subiu a tribuna da Alepe ontem para defender uma ampla discussão na Casa Joaquim Nabuco com a sociedade, com ex-governadores e com a bancada de deputados federais sobre a situação política do país e a opinião da Casa sobre o impeachment da presidente Dilma Rousseff para que esse posicionamento possa balizar os deputados federais pernambucanos que irão apreciar em breve o impedimento de Dilma.

Mozart Sales – Suplente de deputado federal e possível candidato do PT a prefeito do Recife no ano que vem, Mozart Sales ocupava a diretoria de inovação tecnológica da Hemobras até ontem quando uma operação da Polícia Federal foi deflagrada para investigar supostas irregularidades em licitações da estatal. Sales foi encaminhado na condição de testemunha para a Polícia Federal e teve seus celulares apreendidos para averiguação.

Reunião – Após passarem uma hora conversando reservadamente no Palácio do Planalto ontem, a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer não conseguiram chegar a um consenso nem minimizar o clima que ficou tenso após o vazamento da carta que Temer enviou a presidente na última segunda-feira. Tudo continua como já estava, Dilma e Temer seguem afastados.

Plano Temer – O ex-ministro Moreira Franco, aliado de Michel Temer, falou o seguinte sobre o que ele chama de Plano Temer: “O mérito do Plano Temer é identificar as medidas e reformas que o Brasil precisa fazer para sair da crise, retomar o crescimento e salvar as conquistas sociais das garras da inflação e da falta de recursos públicos. Por dizer a verdade, tem autoridade para propor soluções e capacidade de angariar apoios. Por não se esconder da realidade e nem procurar escondê-la do país, apresenta propostas corajosas e objetivas. Teve grande repercussão e ampla aceitação porque as pessoas entenderam que não é um projeto eleitoral, mas uma proposta para o Brasil sair da crise.”

RÁPIDAS

Controle – O presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ) demonstrou ontem mais uma vez que tem absoluto controle de tudo o que acontece na Casa ao ver sua tropa de choque não só adiar a votação do relatório do conselho de ética como também afastar o relator Fausto Pinato (PRB/SP), que defendia o seu afastamento do cargo.

Crescimento – O deputado federal Mendonça Filho (DEM) tem se consolidado politicamente na oposição ao governo Dilma Rousseff. Mendonça está sendo muito elogiado por sua postura combativa e inteligente como líder do Democratas na Câmara. Hoje todas as discussões do país passam também por ele.

Inocente quer saber – Heraldo Selva rompeu com Elias Gomes para ser candidato a prefeito de Jaboatão?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 9 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta quarta-feira

Governo perde a primeira batalha na luta contra o impeachment 

O governo Dilma Rousseff vem acumulando uma série de derrotas ao longo de 2015, que nos últimos meses foram se agravando com a rejeição das contas de 2014 por unanimidade pelo TCU e recentemente com a tramitação do impeachment na Câmara dos Deputados. No final da segunda-feira o quadro se agravou com o vazamento de uma carta direcionada a Dilma escrita pelodo vice-presidente Michel Temer.

Ontem na escolha da comissão que iria avaliar a admissibilidade do impeachment, o governo em vez de negociar com os parlamentares a composição da chapa responsável pelo impeachment, quis empurrar goela a baixo um grupo de deputados reconhecidamente ligados ao Planalto e terminantemente contrários ao impeachment. A oposição se deu conta dessa situação e junto com dissidentes dos partidos lançou uma chapa avulsa para enfrentar a chapa apresentada pelo Planalto.

Apesar do PT tentar a todo custo inviabilizar a votação, inclusive quebrando algumas urnas, o processo acabou acontecendo e nele ficou evidenciada uma derrota acachapante da presidente Dilma Rousseff, com 272 votos a favor da chapa apresentada pela a oposição. Com isso a comissão do impeachment já começa com pelo menos 39 votos favoráveis ao processo. Em breve poderá ser votada a complementação da comissão que analisará o impeachment. Existem 26 vagas para membros titulares em aberto e 65 suplentes.

Numa simples votação, secreta, diga-se de passagem, o governo teve apenas 199 votos. Foi uma prévia de como seria a sessão que poderá tirar de uma vez por todas Dilma Rousseff do cargo. São necessários 342 votos para que o impeachment seja consumado. Fazendo um paralelo com a votação de ontem faltariam apenas setenta votos para que Dilma saia do cargo. Vale ressaltar que a sessão do impeachment além de ter votação aberta, será nominal. Dependendo do nível de pressão das ruas, deputado que hoje está com o governo tende a mudar de lado pra não pagar uma fatura alta nas eleições de 2018. Foi assim com Collor e deve se repetir com Dilma.

Até a consumação do impeachment teremos muito tempo pela frente, sobretudo com a judicialização que o governo pretende criar no processo, mas uma coisa ficou evidente no dia de ontem: se o governo acreditava que seria fácil sepultar o impeachment, é bom refazer as contas.

Adiou – O ministro do STF Luiz Fachin decidiu na noite de ontem que o processo do impeachment na Câmara dos Deputados ficará paralisado até o plenário do Supremo Tribunal Federal decidir no próximo dia 16 se é constitucional o rito determinado por Eduardo Cunha para o impeachment. Apesar do adiamento, todos os procedimentos realizados até agora, inclusive a eleição de ontem, estão mantidos. Fachin foi indicado por Dilma para ocupar a vaga de Joaquim Barbosa no STF.

Dúvidas – O Palácio do Planalto conseguiu uma vitória ontem aos 45 do segundo tempo com o adiamento da instalação da comissão que avaliará o impeachment para o próximo dia 16, mas isso não necessariamente significa uma vitória, poderá fustigar ainda mais os defensores do impedimento da presidente que estão se juntando para irem às ruas no próximo domingo. A sensação de impunidade após essa decisão poderá levar o povo para as ruas em números inimagináveis.

Referência –  O governo de Pernambuco virou referência no combate à microcefalia. Na reunião com os governadores, Paulo Câmara foi muito requisitado para compartilhar com os colegas as ações realizadas no estado. Acompanharam o governador o secretário de Saúde Iran Costa e o prefeito de Cumaru Eduardo Tabosa, que é secretário-geral da Confederação Nacional dos Municípios.

Hostilizado – Após assinar o manifesto de dezesseis governadores em defesa da presidente Dilma Rousseff, o governador Paulo Câmara foi hostilizado nas redes sociais. Muitos chegaram a dizer que nunca mais votariam no socialista por causa da atitude tomada ontem. Na ótica de alguns políticos, o governador poderia ter evitado o desgaste se não tivesse tomado tal posição.

RÁPIDAS

PMDB – Após a desastrosa articulação para indicar somente deputados alinhados com o Planalto na comissão que avaliará o impeachment, o líder do PMDB na Câmara Leonardo Picciani (RJ) deverá perder o posto para o também deputado Leonardo Quintão (MG).

Severino Cavalcanti – Após ter suas contas de 2010 rejeitadas pela Câmara de Vereadores em 2013, o ex-prefeito de João Alfredo Severino Cavalcanti (PP), assessorado pelo advogado Tito Moraes, especialista em direito eleitoral, conseguiu anular o julgamento, sendo marcada uma novo nova sessão para apreciar suas contas em breve. Com uma Câmara menos hostil, o ex-presidente da Câmara dos Deputados poderá ter suas contas aprovadas e ficar apto para as eleições de 2016.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara não calculou o risco político de apoiar Dilma Rousseff ontem?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 8 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta terça-feira

Dilma e Temer, uma relação pautada pela desconfiança chega ao fim

Desde a redemocratização quando numa eleição indireta o Congresso Nacional elegeu Tancredo Neves para a presidência da República e José Sarney para a vice-presidência, que ao longos dos anos o papel do vice-presidente se tornou cada vez mais relevante. Foi assim com Collor e Itamar, quando o primeiro sofreu impeachment Itamar Franco acabou herdando o cargo de presidente, no caso de Fernando Henrique Cardoso e Marco Maciel, o vice-presidente pernambucano deu uma aula de descrição e lealdade ao titular do cargo, ficando como referência para a história política brasileira a postura de Maciel.

No caso de Lula e José de Alencar havia uma relação de confiança entre ambos mas algumas divergências ideológicas. Alencar nunca deixou de se posicionar quando julgava pertinente sobre os rumos da política econômica adotada pelo presidente Lula. Mesmo assim, ao longo dos anos Lula respeitou Alencar e vice-versa.

Especificamente no tocante à relação Dilma Rousseff/Michel Temer, vale uma análise aprofundada sobre o início desta “parceria”. Quando Lula decidiu que Dilma Rousseff seria a candidata à sua sucessão, em meados de 2008, precisava fazer a então ministra-chefe da Casa Civil conhecida e para isso foi necessária uma aliança formal com o PMDB para garantir um robusto tempo de televisão ao projeto petista.

Na convergência do PT com o PMDB em torno de Dilma Rousseff, o então presidente da Câmara dos Deputados Michel Temer, que ocupara pela terceira vez o cargo, foi alçado ao posto de candidato a vice-presidente. A aliança entre Dilma e Temer foi muito mais pelo pragmatismo de vencer as eleições do que propriamente uma convergência ideológica. E essa aliança pragmática, mesmo vencendo a disputa, em nenhum momento significou uma aproximação entre a presidente e o vice.

No decorrer do governo, Dilma em nenhum momento se fez valer da relevância de Temer para o Congresso Nacional. No primeiro mandato ele foi uma mera figura decorativa por absoluta opção do Palácio do Planalto, que agiu diretamente para isolá-lo dentro do governo. Já no segundo mandato, com a crise se agravando, Dilma delegou a articulação politica ao vice-presidente, mas emissários do Planalto se encarregaram de minar qualquer decisão tomada por Michel Temer, que não é ingênuo, quando percebeu a sabotagem pulou fora.

A crise foi se agravando, com setores do Planalto apelidando o vice de “capitão do golpe”, e a relação entre Dilma e Temer foi azedando dia após dia, até o deflagramento do processo de impeachment que escancarou o distanciamento entre ambos, que já era conhecido pelos bastidores de Brasília. Agora Dilma quer que Temer seja leal a ela na eminência da sua queda. Depois de tudo o que foi feito pelo governo, fica evidente que solicitar lealdade de Temer a essa altura do campeonato, com o vice-presidente com sua mudança totalmente encaixotada do Palácio do Jaburu para o Palácio do Planalto, é pedir demais.

Força – Além do Jornal do Commercio, que divulgou pesquisa do IPMN sobre a prefeitura do Recife, o Diário de Pernambuco também veiculou uma pesquisa sobre a disputa pela PCR em 2016. O levantamento feito pelo Datamétrica aponta o prefeito Geraldo Julio disparado na frente, liquididando a fatura no primeiro turno em todos os cenários. Mesmo com a crise, Geraldo Julio se mostra extremamente competitivo para buscar a reeleição no ano que vem.

Vice – Começa a ganhar força a tese defendida por alguns de que o PSDB indicará a secretária Aline Mariano para o posto de vice-prefeita na chapa de reeleição de Geraldo Julio. Para que isso se concretize, o prefeito terá que descartar Luciano Siqueira da chapa e o PSDB sepultar de uma vez por todas a candidatura de Daniel Coelho, que já está com o bloco na rua.

Líder – Caso seja alçado ao posto de líder do PSDB na Câmara dos Deputados, Daniel Coelho terá condições de neutralizar um pouco a distância da capital pernambucana. Politicos das mais variadas legendas avaliam que Daniel fez um péssimo negócio ao trocar a Alepe pela Câmara Federal. Se estivesse como deputado estadual o tucano estaria mais próximo das discussões sobre a disputa pela PCR em 2016.

Anderson Ferreira – Pré-candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, o presidente estadual do PR, deputado federal Anderson Ferreira, foi, ao lado do secretário dos Transportes Sebastião Oliveira, a estrela das inserções do partido que estão sendo veiculadas na televisão. Anderson aposta alto na sua candidatura a prefeito para tentar desbancar a hegemonia de Elias Gomes na segunda maior cidade de Pernambuco.

RÁPIDAS

Afastado – O presidente da Câmara do Recife, vereador Vicente André Gomes (PSB), tem se afastado bastante das bases, que cogitam apoiar outros candidatos em 2016. Vicente corre sério risco de repetir os feitos de Múcio Magalhães e Josenildo Sinésio, que após ocuparem a presidência do legislativo municipal, acabaram não conseguindo a reeleição.

Protesto – O Movimento Vem Pra Rua está fazendo uma convocatória para a realização de uma manifestação a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) em várias partes do País, no próximo domingo (13). No Recife, o ato será no Marco Zero, às 10h.

Inocente quer saber – A carta de Michel Temer seria o começo do fim do governo Dilma Rousseff?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:19 am do dia 7 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta segunda-feira

Geraldo Julio larga na frente pela PCR 

O Instituto de Pesquisas Mauricio de Nassau (IPMN) divulgou ontem uma pesquisa sobre a sucessão municipal de 2016 na capital pernambucana. O levantamento trouxe o prefeito Geraldo Julio (PSB), que tentará à reeleição, em primeiro lugar com signifativa vantagem sobre o segundo colocado, que é o ex-prefeito João Paulo (PT). Adversário de Geraldo nas eleições de 2012, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), aparece em terceiro.

No primeiro cenário, com as candidaturas de Geraldo Julio, João Paulo, Daniel Coelho, Priscila Krause, Edilson Silva e Sérgio Magalhães, Geraldo aparece com 25% das intenções de voto, enquanto João Paulo tem 16%, Daniel Coelho 12%, Priscila Krause 4%, Edilson Silva 1% e Sérgio Magalhães não pontuou. Neste cenário, em votos válidos, Geraldo teria 42,4%, seguido por João Paulo com 27,1%, Daniel Coelho 20,3% e os demais 10,2%, o que configuraria um segundo turno entre Geraldo e João Paulo.

No segundo cenário, com Silvio Costa Filho no lugar de Daniel Coelho, e sem as candidaturas de Sérgio Magalhães e Priscila Krause, a vantagem do socialista é ainda maior. Geraldo Julio aparece com  30%, João Paulo 17%, Silvio Costa Filho 2% e Edilson Silva 1%. Já no segundo cenário, em votos válidos, Geraldo teria 58,8%, seguido por João Paulo com 33,3% e os demais 7,8%. O que configuraria uma vitória do socialista no primeiro turno.

Considerando os números mas também a conjuntura política dá pra levar em consideração que a deputada estadual Priscila Krause, que apesar de ter 4%, dificilmente terá a indicação do DEM para disputar a prefeitura, já que a legenda deverá marchar com a reeleição do prefeito. O deputado Daniel Coelho tem todas as condições de ser candidato a prefeito, mas aparecer com 20% dos votos válidos depois de ter obtido 28% em 2012, poderá ser um fator negativo para convencer o PSDB a dar-lhe legenda para a disputa.

Por fim os números de João Paulo corroboram a tese de que a sua candidatura é inviável. Se com praticamente 100% de conhecimento da população, depois de ter sido prefeito por oito anos saindo com expressiva aprovação popular, oscilar entre 16 e 17% de intenções de votos é muito pouco. Esse número cheira a teto. Para quem disputou o Senado em 2014, ganhando assim um recall do eleitor, era pra João Paulo figurar na pior das hipóteses empatado tecnicamente com Geraldo Julio para ter uma candidatura considerada competitiva.

O líder da oposição na Alepe, deputado Silvio Costa Filho, apesar de aparecer com um percentual baixo nas pesquisas, pode ser um nome competitivo, já que é jovem, se expressa bem, e poderá canalizar para si o voto dos insatisfeitos com a gestão de Geraldo Julio. Esse contingente de eleitores deverá se dividir entre Silvio Costa Filho e Daniel Coelho, caso o tucano seja mesmo candidato.

Num cenário de crise econômica e política, o prefeito Geraldo Julio pode considerar os números relativamente satisfatórios, mas deve abrir o olho para ampliar sua vantagem sobre os concorrentes a ponto de liquidar a fatura no primeiro turno, já que na única vez que um prefeito do Recife foi ao segundo turno disputando reeleição acabou perdendo a disputa, que foi o caso de Roberto Magalhães, derrotado por João Paulo em 2000.

Quartel-general – O vice-presidente Michel Temer já montou o seu QG na estratégia para aprovar o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. Temer, que herdará a presidência com a saída de Dilma, escalou o senador Romero Jucá e os ex-ministros Geddel Vieira Lima, Moreira Franco e Eliseu Padilha. Eles terão a missão de convencer os parlamentares indecisos a votar pelo impeachment.

Ministro – O senador José Serra (PSDB/SP) é um dos grandes defensores do eventual governo Temer. Serra sonha acordado com a possibilidade de virar ministro da Fazenda de Temer, e tentar repetir o filme de Fernando Henrique Cardoso, que com a saída de Collor, virou ministro da Fazenda de Itamar Franco e depois presidente da República. Naquela época FHC era, assim como Serra, senador por São Paulo.

Reunião – A presidente Dilma Rousseff convocou os 27 governadores para uma reunião em Brasília amanhã para debater as ações que devem ser tomadas para o combate ao mosquito Aedes aegypti. A expectativa do Palácio do Planalto é que a presidente também possa receber um gesto de apoio dos governadores à presidente e contra o impeachment.

Defesa – O advogado Antônio Campos, pré-candidato a prefeito de Olinda pelo PSB, divulgou nota no último sábado em defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. As palavras de Tonca têm peso porque ele representa a memória dos ex-governadores Eduardo Campos, seu irmão, e Miguel Arraes, seu avô.

RÁPIDAS

Comissão – Hoje será indicada a comissão especial que avaliará o pedido de impeachment apresentado pelos juristas Helio Bicudo e Miguel Reale Jr, e autorizado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha na semana passada. A comissão será composta por 65 deputados e poderá contar com a presença dos pernambucanos Mendonça Filho, Bruno Araújo, Daniel Coelho e Fernando Filho.

Fernando Monteiro – Exercendo o primeiro mandato na Câmara Federal, o deputado Fernando Monteiro (PP) considera o ano de 2015 como satisfatório no que diz respeito a sua atuação parlamentar. Em pouco tempo Fernando já consegue se destacar entre os seus pares na condição de vice-líder do PP na Câmara.

Inocente quer saber – Pernambuco teria algum ministro num eventual governo Michel Temer?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:03 am do dia 5 de dezembro de 2015

Coluna do blog deste sábado

Impeachment é a única saída para tirar o país da letargia 

Após o anúncio na última quarta-feira por parte do presidente da Câmara Eduardo Cunha de que daria prosseguimento ao processo de impeachment, o país começou a vislumbrar uma divisão entre os defensores de Dilma e os opositores dela. Em outubro do ano passado uma vantagem mínima permitiu a Dilma mais quatro anos, mas hoje os seus apoiadores não chegam a dois dígitos nas pesquisas, enquanto cerca de setenta por cento dos brasileiros querem a sua saída.

Ao logo da história brasileira sempre aconteceram escândalos de corrupção, inclusive durante o governo Lula. Mas como havia um cenário econômico favorável, os brasileiros fizeram ouvido de mercador para os escândalos e não só reelegeram Lula como permitiram ao PT mais quatro anos em 2010 com a vitória de Dilma Rousseff.

Nas eleições de 2014 Dilma correu riscos de perder a disputa primeiro para Marina Silva e depois para Aécio Neves, tanto num momento quanto no outro, Dilma só se saiu vitoriosa graças a uma campanha, apesar de sórdida, muito eficiente. O programa do PT foi capaz de jogar no colo de Aécio e de Marina uma série de coisas que posteriormente a própria Dilma viria a fazer.

O eleitor, convencido pela estratégia eficiente de João Santana, o marqueteiro de Dilma, “comprou” um produto defeituoso. O país da propaganda do PT estava longe de ser o Brasil que os brasileiros vivenciavam no dia a dia. Assim como em toda relação de consumo, quando o produto ou o serviço não supre as expectativas do cliente, ele pode solicitar reembolso ou troca do produto defeituoso, na política não é diferente.

Geralmente são esperados quatro anos para o eleitor poder se redimir do erro, mas se existem indícios de irregularidade numa gestão de uma prefeitura por exemplo, o Tribunal de Contas recomenda o afastamento, podendo ser nomeado o vice-prefeito, o presidente da Câmara ou até mesmo um interventor. Mas uma coisa é certa, a cidade não pode parar porque o prefeito se mostrou incapaz de governar para os seus eleitores.

Num condomínio, os condôminos elegem um síndico, um subsíndico, o conselho fiscal, etc. Caso o síndico não consiga fazer com que o condomínio resolva os anseios daqueles que contribuem financeiramente para o bom andamento do prédio, eles se reúnem e dão um jeito de afastar o síndico. Não podem esperar o término do mandato porque o condomínio não aguenta tanto tempo.

Assim como numa cidade pequena ou num simples condomínio que não funcionam como era pra funcionar, no país não é diferente. Além de existir a variável corrupção, a economia do país vai mal, a figura da presidente da República não inspira confiança e ela é incapaz de apontar um norte para o Brasil porque além de não ser política, Dilma também se mostrou uma péssima gestora, fazendo cair por terra a imagem que o marketing de João Santana ajudou a criar.

Quando os brasileiros elegeram Dilma Rousseff em outubro do ano passado, também elegeram um vice-presidente que constitucionalmente foi eleito para substituir Dilma quando necessário, temporária ou até mesmo definitivamente. Diferentemente do que querem pregar os adeptos do PT, a saída de Dilma não seria um golpe da oposição, muito menos de Michel Temer ou de Eduardo Cunha. Se ela realmente cair é porque perdeu as condições políticas de continuar no cargo. Ela paralisou o Brasil de tal maneira que mesmo com a sua saída, Michel Temer na condição de herdeiro da presidência da República precisará de muito traquejo político e jogo de cintura para pelo menos quebrar o ciclo de crise política, econômica e institucional que Dilma colocou o país.

Dilma não possui mais a menor condição de ocupar a presidência da República. Está sitiada no Palácio do Planalto, refém de tudo e de todos, além disso prejudicando o país com a sua incapacidade. Então o impeachment não é somente mais uma saída para o Brasil, mas sobretudo a única saída que o país possui para poder virar a página e voltar a ser um país de fato e de direito.

Movimento – Cada vez mais próximo de virar presidente da República, Michel Temer tem se movimentado bastante nos bastidores para dialogar com o empresariado, com os governadores, com o congresso nacional, etc. Ele sabe que ao ocupar a presidência da República precisará pregar a união para sair da crise, e nada melhor do que dialogar com aqueles que podem dar sustentação ao seu futuro governo.

Chantagem – O Palácio do Planalto definiu como chantagem a abertura do impeachment por parte de Eduardo Cunha, mas quem chantageia dificilmente coloca a chantagem em prática. Logo o PT, que ao longo dos anos utilizou a chantagem como arma eleitoral ao dizer que caso os adversários vencessem a eleição eles acabariam com o Bolsa-Familia. Se isso não é chantagem, qual é o outro nome?

Dois pesos – Nos governos Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, o PT defendeu com unhas e dentes o impeachment dos presidentes. No de Collor, que acabou acontecendo, o PT liderou o processo para defenestrar o presidente do cargo e se negou a contribuir com o governo de união nacional proposto por Itamar Franco. Agora, com o impeachment de Dilma em curso, o PT acha que é golpe.

Suspenso – A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores decidiu suspender por sessenta dias a filiação do senador Delcídio Amaral (MS), que foi preso na semana passada por atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato. Quando foi preso, Delcídio ocupava o posto de líder do governo Dilma Rousseff no Senado.

RÁPIDAS

Visita – A presidente  Dilma Rousseff desembarcará neste sábado no Recife para lançar um plano de ação contra o Aedes aegypit, que causa várias tipos de doenças, entre elas a dengue e a zika. O evento será no Centro de Operações do Comando Militar do Nordeste, no bairro do Curado.

Risco – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) declarou em Lisboa nesta sexta-feira que está acompanhando com “apreensão” o quadro político brasileiro porque “se o sentimento se generalizar, a presidente terá muita dificuldade de evitar o impeachment”.

Inocente quer saber – Caso Dilma Rousseff seja impichada, o ministro Armando Monteiro voltará para o Senado?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:27 am do dia 4 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta sexta-feira

Reeleição de Geraldo Julio passa pelo apoio de Jarbas Vasconcelos

O instituto Paraná Pesquisas divulgou uma rodada sobre a sucessão na capital pernambucana em 2016, e nela o prefeito Geraldo Julio aparece com 29% das intenções de voto seguido por Jarbas Vasconcelos e João Paulo, ambos com 19%, Daniel Coelho com 7%, e demais 9%. Esses números ainda não corroboram uma vitória de Geraldo no primeiro turno, mas trazem algumas considerações a serem feitas.

Hoje o deputado Jarbas Vasconcelos integra formalmente a Frente Popular, que sustenta a gestão do prefeito Geraldo Julio. Jarbas virou uma espécie de fiel da balança para as eleições do ano que vem. Já existem indícios de que o ex-governador de Pernambuco caminha para uma reaproximação com o prefeito, e consequentemente deverá repetir 2012 apoiando a sua reeleição para o Palácio Antônio Farias.

Juntos, Jarbas e Geraldo possuem nada menos que 48% das intenções de voto, que transformados em votos válidos seriam 54,21% dos votos. O que permitiria mais quatro anos ao socialista. Com todo o recall que Jarbas possui, apesar de se considerar um número significativo faltando pouco mais de dez meses para a eleição, 19% ainda é muito pouco pra quem quiser disputar uma prefeitura, e naturalmente Jarbas não entraria numa aventura.

O grande dado dessa pesquisa não é nem a intenção de votos dos candidatos, mas sim a aprovação do prefeito, que mesmo num cenário de crise com vários gargalos a serem enfrentados, Geraldo Julio possui uma aprovação de quase 60% dos entrevistados. Esse número dá uma margem bastante sólida para que o prefeito possa conduzir com certa tranquilidade a sua sucessão.

Já o maior prejudicado dessa pesquisa é o deputado federal Daniel Coelho (PSDB), que após atingir 28% dos votos válidos nas eleições de 2012, surge no Paraná Pesquisas com apenas 8% de votos válidos, não conseguindo chegar a dois dígitos nas pesquisas. Esses números, que já se apresentaram em outras sondagens, podem dar a munição que os tucanos adeptos da reeleição de Geraldo Julio precisavam para sepultar de uma vez por todas a candidatura de Daniel.

O fato é que a oposição formal ao prefeito, composta pelo PT de João Paulo, o PTB de Silvio Costa Filho e o PSOL de Edilson Silva, não consegue empolgar o eleitorado recifense para desbancar a reeleição de Geraldo Julio.

Reeleição – O presidente da Alepe deputado Guilherme Uchoa (PDT) já se movimenta para tentar o sexto mandato como presidente da Casa Joaquim Nabuco. Ele estaria amparado pela Lei, que permitiria não só a sua reeleição em 2017 como mais um mandato de presidente em janeiro de 2019 caso ele queira continuar no cargo.

Federal – A prefeita de São Bento do Una Debora Almeida (PSB) já está a pleno vapor para alcançar a reeleição no ano que vem. Caso obtenha êxito, Debora pavimentará sua candidatura a deputada federal nas eleições de 2018. Ela enfrentará no ano que vem o suplente de deputado estadual Washington Cadete (PTB).

Lucas Ramos – A saída do deputado Lucas Ramos do PSB são favas contadas. Lucas se filiará em breve ao PMDB do prefeito de Petrolina Julio Lóssio. Lucas, inclusive, tem desfilado na capital do São Francisco já como candidato escolhido do prefeito Julio Lóssio. Além de ter a preferência do prefeito, Lucas também é o preferido do governador Paulo Câmara, que sonha dia e noite em impor uma fragorosa derrota ao senador Fernando Bezerra Coelho.

Destino – O vice-prefeito Jorge Gomes e a ex-deputada Laura Gomes não ficaram nem um pouco satisfeitos com o tratamento que receberam do PSB na escolha da deputada Raquel Lyra para comandar a comissão provisória do partido em Caruaru. Apesar de negarem publicamente, Laura, Jorge e Marcelo, o filho do casal e vereador na capital do forró, podem anunciar a filiação ao PDT do prefeito José Queiroz para que Jorge seja o candidato a sua sucessão.

RÁPIDAS

Votos – De acordo com um deputado do PSDB, a oposição teria hoje 200 votos para o impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados. São necessários 342, mas esse contingente poderia ser alcançado caso haja ampla aprovação popular pelo impeachment.

Michel Temer – O vice-presidente Michel Temer tem um currículo e uma capacidade política muito maiores do que os que tinha o vice-presidente Itamar Franco na época do impeachment de Collor. Temer pode ser a força que o Brasil precisa para sepultar de uma vez por todas a crise política que existe no país.

Inocente quer saber – O que o Planalto tem a oferecer aos deputados para conseguir barrar o impeachment?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:05 am do dia 3 de dezembro de 2015

Coluna do blog desta quinta-feira

Agora tudo ficará por conta do imponderável 

Tudo começou em junho de 2013. As manifestações contra a presidente Dilma Rousseff durante a Copa das Confederações ganharam uma repercussão nunca antes vista na história do Brasil, e teve como consequência um desabamento da popularidade da presidente, que era uma popularidade fictícia porque Dilma governava o país numa espécie de piloto automático sem levar em consideração as constantes mutações que ocorrem na política.

As manifestações foram se agravando com o passar do tempo, a insatisfação foi tomando conta da população que foi rejeitando cada vez mais os políticos e o governo da presidente Dilma Rousseff. Essa situação se agravou mais ainda no processo eleitoral de 2014, onde houve uma clara divisão entre os que almejavam o fim do ciclo petista no governo federal e aqueles que não queriam a volta do PSDB.

Com uma comunicação mais eficiente, utilizando de argumentos pouco republicanos, a campanha de Dilma Rousseff conseguiu uma vantagem mínima de três milhões de votos sobre Aécio Neves, que disputou o segundo turno contra Dilma. Aquele processo naturalmente deixaria sequelas para o governo Dilma, que uma semana depois de reeleito aplicou um tarifaço, evidenciando alguns indícios de que o PT havia cometido um estelionato eleitoral.

Passado o fim do ano de 2014 e a reforma ministerial, a política brasileira voltou os olhos para a eleição da mesa diretora da Câmara dos Deputados, um processo onde se esperava uma hegemonia do Palácio do Planalto, porém o então líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha, que já tinha criado alguns problemas para a presidente Dilma no seu primeiro mandato, se lançou candidato a presidente e impôs uma acachapante derrota ao Palácio do Planalto, mostrando que o segundo mandato de Dilma seria uma via crucis.

Os meses se passaram e a agenda negativa só fez aumentar. Primeiro a falta de condições do governo de implantar o ajuste fiscal na sua totalidade, depois a aprovação de algumas pautas-bomba por parte do Congresso que forçaram a presidente a vetá-las e consequentemente se desgastar ainda mais com a sociedade. A popularidade de Dilma que desde 2013 já não era das melhores, ficou praticamente insustentável. Num governo fraco todos perdem e Dilma foi colecionando derrotas, dentre elas a rejeição das suas de 2014 pelo TCU por unanimidade. Ali foi o ponto alto de que o governo já havia ido para as cucuias.

Dilma então resolveu fazer uma reforma ministerial que não surtiu o menor efeito. A única coisa consideravelmente positiva foi a saída de Aloizio Mercadante para dar lugar a Jacques Wagner na Casa Civil. Mesmo assim o estrago já estava tão grande que Wagner não conseguiu fazer muita coisa. Pra completar o país se afundou numa crise econômica nunca antes vista na sua história, com inflação alta, desemprego atingindo os maiores níveis dos últimos anos, os escândalos de corrupção cada vez mais recorrentes e Dilma incapaz de criar uma agenda positiva por mínima que fosse.

A queda de braço entre o Palácio do Planalto e o presidente da Câmara dos Deputados foi se agravando. Com ameaças de ambos os lados, já que os dois estão em situação periclitante perante a opinião pública, Eduardo Cunha colocou em prática ontem o maior petardo que poderia ter acontecido ao Planalto, que foi a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

O processo de impeachment, que já ocorreu com Fernando Collor, é um processo meramente político, que a gente sabe como começa mas não sabe como termina. Ele tem enredo próprio e imponderável. Apenas alguns indícios podem apontar que o caminho do impeachment é praticamente irreversível porque a presidente precisaria de 171 votos para sepultá-lo, porém só pode contar efetivamente com 120 dos 513 deputados federais. Já a oposição oficial tem 100 votos, mas deve contar com apoios de partidos que estão com o governo mas não são necessariamente governistas. Pelos cálculos de um parlamentar da oposição, Dilma teria a seu favor cerca de 110 a 120 votos, enquanto os adeptos do impeachment podem chegar a pelo menos 250.

Seriam necessários 342 votos para afastar Dilma do cargo, então estariam em jogo os votos de 142 deputados federais que poderiam ir com o governo (seriam necessários mais 52 votos) ou os que iriam com a oposição (o que precisaria de 92 votos). O governo sem recursos e com a popularidade em baixa não teria muito o que oferecer. A oposição também não tinha o que oferecer a esses deputados, mas como a votação é aberta, a pressão da opinião pública pode ser fundamental para o afastamento de Dilma, já que de acordo com o Datafolha quase 70% da população é favorável ao impeachment.

Em Brasilia há uma máxima de que o político é solidário até na hora de pegar na alça do caixão, mas na hora de ir para o túmulo junto com o morto ele acaba pulando fora. Então se há alguma previsão nesta novela do impeachment de Dilma é que ele tem maiores chances de prosperar do que efetivamente ser arquivado.

Hemobrás – O deputado e presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico da Assembleia Legislativa de Pernambuco, Aluisio Lessa realiza hoje às 9h audiência pública para debater os avanços da Hemobrás no contexto da produção de hemoderivados no país. O diretor da Hemobrás. Mozart Sales irá expor dos dados da empresa. Estratégica para o Sistema Único de Saúde (SUS), a Hemobrás tem como objetivo produzir medicamentos a partir do plasma sanguíneo. Seu funcionamento pleno deve acontecer somente em 2020 e está estimado chegar ao patamar de R$ 850 milhões. A audiência acontecerá no dia auditório da Alepe, 6º andar, Anexo I, Edf. Senador Nilo Coelho.

Embasamento – O líder do DEM na Câmara Federal, deputado Mendonça Filho, disse ontem que o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff deferido pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tem embasamento jurídico e sustentação política. Segundo Mendonça, as “pedaladas fiscais” de 2014, que levaram o Tribunal de Contas da União a recomendar a rejeição das contas da presidente daquele exercício, justificam o afastamento da presidente.

Atricon – A assembleia geral da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) reelegeu ontem, por unanimidade, o presidente Valdecir Fernandes Pascoal (TCE-PE) para permanecer à frente da entidade no biênio 2016-2017. A eleição foi realizada no Hotel Sheraton da Reserva do Paiva.

Cúpula – Na avaliação do Palácio do Planalto a cúpula do PMDB, composta pelo vice-presidente Michel Temer e pelo presidente do Senado Renan Calheiros, avalizou a decisão de Eduardo Cunha de dar prosseguimento ao processo de impeachment. Na ótica do Planalto, Cunha não daria esse passo sem a concordância dos correligionários.

RÁPIDAS

Ciretran – Por articulação do deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD), o Detran, que é comandado por Charles Ribeiro, correligionário de Rodrigo, poderá implanatar uma Ciretran no município de Floresta. Os estudos estão sendo feitos com base nas frotas de Itacuruba, Petrolândia, Jatobá, Tacaratu, Belém do São Francisco e Inajá, que ficam no entorno de Floresta.

Reforço – O prefeito Geraldo Julio terá o reforço das tropas do Exército nas ações de combate ao mosquito Aedes Aegypt, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, este último relacionado a casos de microcefalia em todo o Estado de Pernambuco.

Inocente quer saber – Não seria melhor Dilma Rousseff renunciar ao mandato?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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