Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 20 de fevereiro de 2016

Coluna do blog deste sábado

Silvio Costa virou grande interlocutor do Planalto 

Considerado um político folclórico, o deputado Sílvio Costa foi se consolidando aos poucos na política, galgando um passo de cada vez, conseguindo se eleger vereador do Recife por siglas pequenas que permitiam sua eleição com poucos votos. Iniciou em 1992 como vereador, depois virou deputado estadual de 1998 até 2006, quando assumiu, como suplente, um mandato de deputado federal. De 2007 pra cá, Silvio Costa só fez crescer politicamente em Brasília.

Iniciamente o folclore de Silvio Costa fazia dele um político que aparentemente só queria holofotes, mas o tempo se encarregou que ele queria mais, e acabou conseguindo. No ano passado quando a situação de Dilma Rousseff se agravou, Silvio na condição de vice-líder, demonstrou ser capaz de mamar em onça para defender o governo.

O bocão do pernambucano rendeu, além de visibilidade, uma posição de privilegiado aliado do Palácio do Planalto. Além das suas emendas, dentro da bancada pernambucana, serem as mais prestigiadas pelo governo Dilma Rousseff, os cargos do governo federal no órgãos que funcionam em Pernambuco são preenchidos quase na sua totalidade por aliados de Silvio Costa, que não precisa de nenhum interlocutor para chegar a Dilma Rousseff nem ao ex-presidente Lula.

Essa lealdade ao Planalto e a sua característica de “rolo-compressor” para defender o governo podem render frutos importantes para o agora filiado ao PTdoB, que pode culminar, se não num apoio oficial do PT a candidatura do seu herdeiro político Silvio Costa Filho a prefeito do Recife, sem dúvidas garantirá as condições políticas e financeiras para o candidato petebista botar o bloco na rua sem fazer feio em outubro.

Como o PT pernambucano implodiu, restando apenas Humberto Costa com cargo eletivo relevante, Silvio Costa é hoje um dos principais interlocutores da presidente Dilma Rousseff com Pernambuco. Nada acontece em Pernambuco que tenha a digital do governo federal sem a rubrica de Silvio Costa, que deixou de ser um deputado do baixo-clero para ser um dos mais influentes parlamentares do Brasil.

Vice – Sem votos para se reeleger vereadora, Marília Arraes, na ótica de alguns ex-aliados do PSB está se filiando ao PT com o objetivo de ser candidata a vice-prefeita, ou numa chapa puro-sangue com João Paulo, ou numa aliança com o PTB de Silvio Costa Filho. A tentativa de reeleição de Marília não está descartada, mas pra isso ela precisará de um “plus” do PT para garantir o chamado voto de estrutura que lhe garantiu dois mandatos.

Aníbal Emerenciano – Aliado do deputado federal Fernando Monteiro (PP) Aníbal Emerenciano será candidato a vereador de Camaragibe pelo PTdoB. A expectativa é que Aníbal, que é ligado ao segmento evangélico, possa alcançar o mandato e contribuir mais ainda com o projeto de reeleição de Fernando em 2018 no município.

Ataques – Pré-candidato a prefeito de Paudalho, o médico Maicon Nunes, que deverá se filiar a Rede Sustentabilidade para a disputa, vem realizando uma oposição bastante consistente e atuante ao prefeito José Pereira (PSB). Maicon teve sua conta pessoal no Facebook excluída bem como a página Movimento Paudalho Merece Mais invadida por um hacker, que apagou todas as informações contidas.

Sufoco – Assim como nas eleições de 2014, quando o PT elegeu apenas três deputados estaduais e nenhum federal, em outubro não deve ser diferente na Casa José Mariano. O partido possui quatro vereadores de mandato – Jairo Britto, Osmar Ricardo, Jurandir Liberal e Henrique Leite – mas não tem cauda pra reeleger os quatro, pelo menos um deve ficar pelo caminho.

RÁPIDAS

Desvio – Como o ex-presidente Lula está bastante encrencado com a história do sítio, a versão de que o ex-presidente FHC teria mandado dinheiro para um filho e uma amante no exterior está sendo exaustivamente utilizada para desviar o foco de Lula. Mas se FHC tiver culpa no cartório, em nada diminuirá a culpa de Lula.

André Régis – Entusiasta da candidatura de Daniel Coelho a prefeito, o vereador e presidente municipal do PSDB André Régis teria confidenciado a amigos que já trabalha com a hipótese do PSDB marchar com a reeleição do prefeito Geraldo Julio.

Inocente quer saber – Se na advocacia e na medicina os filhos podem seguir os passos dos pais sem ninguém reclamar, por quê filhos de políticos não podem trabalhar com política?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 19 de fevereiro de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

A incoerência de Marília Arraes 

Após a morte de Miguel Arraes em 2005, que havia perdido o governo de Pernambuco em 1998 para Jarbas Vasconcelos, tudo parecia convergir para um sepultamento do arraesismo no estado. Veio a eleição de 2006 e a tese do fim do arraesismo foi para as cucuias com a vitória de Eduardo Campos para governador de Pernambuco no segundo turno por uma diferença superior a um milhão de votos para o então governador Mendonça Filho, que disputava a reeleição.

Naquela eleição Marília Arraes foi uma das mais aguerridas defensoras de Eduardo, chegando a bater boca nas redes sociais em defesa do projeto do primo, além de ter participado ativamente do processo eleitoral que devolveu a família Arraes o protagonismo político no estado. Logo assim que Eduardo assumiu o governo, Marília foi nomeada para um cargo na Agência do Trabalho, naquele momento ela não sentiu nenhum constrangimento em assumir um cargo de indicação política, e lá ficou até meados de 2008.

Graças ao prestígio obtido pelo primo, Marília candidatou-se pela primeira vez a vereadora do Recife, quando obteve mais de dez mil votos, sendo uma das mais votadas do pleito. Ao longo de quatro anos Marília realizou um mandato apagado, e na única vez que tentou fazer algo relevante criou uma confusão tão grande que acabou permitindo a criação do grupo Direitos Urbanos, que surgiu para se contrapor ao famigerado projeto de Marília que queria “regulamentar” a utilização dos espaços públicos.

Vieram as eleições de 2012 e Marília, por fazer um mandato pífio, conseguiu ter menos votos que na primeira eleição, com pouco mais de oito mil votos, mesmo contando com toda a estrutura possivel e imaginável viabilizada pelo PSB e pelo primo que era governador de Pernambuco. Nas duas disputas em que Marília se elegeu vereadora, será que prevaleceu a meritocracia que ela tanto cobra atualmente do PSB? Certamente não. Ela se elegeu graças ao sobrenome e ao primo que era governador.

Com a vitória de Geraldo Julio, Marília chegou a assumir a secretaria de Juventude e Emprego, e novamente realizou uma gestão apagada, que não deixou a menor saudade. Saiu da secretaria com o objetivo de herdar a cadeira da tia na Câmara Federal, mas encontrou um obstáculo que foi a negativa de Eduardo Campos, que certamente considerou que ser deputada federal era querer demais. E a partir daquele momento Marília passou a fazer política com o fígado, tecendo comentários impróprios e sequer respeitou a memória do primo, fatalmente morto num acidente aéreo.

A nomeação de João Campos, filho de Eduardo e primo de Marília, para a chefia de gabinete do governador Paulo Câmara foi questionada por muitos, que certamente desconhecem as particularidades da política e podem ter total liberdade para concordar ou discordar da decisão do governador, que vale salientar, tem a prerrogativa de nomear quem ele bem entender para qualquer cargo no governo até 31 de dezembro de 2018, porque o povo de Pernambuco outorgou esse direito a ele através das urnas.

O que não compete a Marília é essa postura de crítica contumaz do PSB e da família de Eduardo e pela nomeação de João, haja vista que ela foi total beneficiária do projeto do PSB, configurando-se num telhado de vidro dela, que certamente não estaria proferindo nenhuma crítica ao primo e ao partido, se em 2014 ele tivesse permitido a sua ida para Brasília representando Pernambuco como deputada federal. Coerência não foi feita pra todo mundo.

Priscila Krause – Caso decida sair do DEM para se filiar ao PTB, Priscila Krause terá a mesma dificuldade para construir uma candidatura a prefeita do Recife, uma vez que o deputado Sílvio Costa Filho está a muito mais tempo no partido e se credenciou como candidato natural da sigla a prefeito. Além disso, ela estaria se alinhando a um projeto que defende o governo Dilma no estado, o que naturalmente frustraria parcela significativa do seu eleitorado.

Troca-troca – Foi promulgada ontem pelo Senado a PEC que abre a chamada janela da infidelidade, que dura trinta dias. Com isso os vereadores e deputados que decidirem trocar de partido podem fazer a travessia sem o menor risco de perda de mandato. Apesar dos parlamentares terem a liberdade de trocar de legenda, eles não levarão consigo os recursos do fundo partidário nem o tempo de televisão e rádio para seus novos partidos.

Dengue – Apesar do governo de Pernambuco realizar campanhas de conscientização para o combate ao Aedes Aegypt, mosquito causador da febre chikungunya e do zika vírus, o complexo esportivo Santos Dumont em Boa Viagem, de responsabilidade do governo do estado, está com vários focos de mosquito espalhados pela área. A situação já causou doença em vários frequentadores do espaço que o  utilizam para a prática de esportes e outras atividades físicas.

Descaso – A prefeitura de Timbaúba, comandada pelo prefeito Júnior Rodrigues, está abandonando até o cemitério da cidade, cujos coveiros estariam com salários atrasados e por isso se negando a realizar sepultamentos. Além disso o cemitério está com vários focos do mosquito Aedes Aegypt, que contribuíram para aumentar a quantidade de casos de febre chikungunya na cidade.

RÁPIDAS

Terezinha Nunes – A ex-deputada estadual e atual presidente da Jucepe Terezinha Nunes (PSDB) decidiu que será candidata a vereadora do Recife em outubro. Caso se eleja, a tucana irá qualificar muito o debate na Casa José Mariano, devido a sua vasta experiência na vida pública.

PSDC – A chapa do PSDC para vereador do Recife terá muitos nomes testados nas urnas, dentre eles  Marcos di Bria, Josemi Simões e a pastora da Igreja do Evangelho Quadrangular Flávia Santos. A sigla acredita que pode emplacar três vereadores na Casa José Mariano em outubro.

Inocente quer saber – FHC tem moral para atacar Lula e vice-versa?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 18 de fevereiro de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

O preferido de Jarbas Vasconcelos 

No ano passado o deputado Jarbas Vasconcelos sinalizou com a possibilidade de ser candidato a prefeito do Recife em outubro deste ano, e passou muito tempo alimentando essa hipótese, quando negou por diversas vezes uma conversa com o prefeito Geraldo Julio. Esse movimento foi captado pelo prefeito, que ficou na dele e deu tempo ao tempo. Recentemente a turma do deixa disso tratou de apaziguar a relação entre o socialista e o peemedebista, que foi três vezes prefeito do Recife e duas vezes governador, e propôs uma conversa entre Jarbas e Geraldo.

Na conversa a troca do vice-prefeito Luciano Siqueira, que é de um partido nanico e extremamente ligado ao PT. Nas eleições de 2014, enquanto Geraldo Julio e Paulo Câmara apoiaram a candidatura de Aécio Neves no segundo turno, Siqueira foi um fervoroso defensor da presidente Dilma Rousseff. A posição do comunista não foi bem digerida pelo PSB, que naturalmente começou um processo de fritura do vice, que eleitoralmente pouco agrega a Geraldo Julio.

Com a saída de Siqueira do posto de vice, a vaga fica aberta para o PMDB de Jarbas Vasconcelos, que possui três nomes cotados para o cargo: os secretários Murilo Cavalcanti e Jayme Asfora, e o ex-secretário de Infraestrutura do governo Jarbas/Mendonça Fernando Dueire. De acordo com uma fonte que pediu reserva, Murilo Cavalcanti seria carta fora do baralho, ficando entre Asfora e Dueire.

O preferido de Jarbas é Fernando Dueire, que terá seu nome apreciado primeiramente pelo PMDB, e posteriormente será avaliado pelos demais partidos da Frente Popular. A escolha de um peemedebista sela de uma vez por todas a relação entre os peemedebistas e os socialistas e caso logre êxito na empreitada na capital pernambucana, fortalece o elo entre os partidos para 2018, onde Jarbas poderá tentar voltar ao Senado na chapa de reeleição de Paulo Câmara.

Rifado – O meio político pernambucano dá como certa a não legenda do PSDB ao deputado federal Daniel Coelho para disputar a prefeitura do Recife em outubro. Caso se confirme os tucanos estarão abdicando de uma candidatura que poderia fortalecer o palanque do candidato da sigla a presidente em 2018 em detrimento de uma aliança com os socialistas pernambucanos.

Armando Monteiro – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Armando Monteiro, líder do PTB no estado se reuniu com o superintendente da Sudene e pré-candidato do PT a prefeito do Recife João Paulo e afirmou que o partido terá candidato próprio no Recife, que é o deputado estadual Silvio Costa Filho. Entendimento só num eventual segundo turno.

Tropa – O prefeito de Araripina Alexandre Arraes (PSB) reunirá hoje as 19 horas o seu grupo político composto por quase cem lideranças na sua residência para tratar da sua sucessão em outubro. O prefeito e seus aliados alinharão a melhor estratégia para vencer a disputa no município que fica no sertão do Araripe.

João Campos – Estudante de engenharia civil na UFPE, João Campos é o filho mais velho do ex-governador Eduardo Campos. Hoje ele será nomeado pelo governador Paulo Câmara como chefe de gabinete do Palácio do Campo das Princesas. Aos 22 anos, João entra para a vida pública com a mesma idade que o seu pai entrou e coincidentemente no mesmo cargo.

RÁPIDAS

Picciani – A bancada do PMDB elegeu ontem o seu líder na Câmara dos Deputados. Numa disputa entre o paraibano Hugo Motta e o carioca Leonardo Picciani, o segundo, que é alinhado ao Palácio do Planalto acabou levando a melhor por 37 votos a 30.

Gustavo Negromonte – O ex-deputado Gustavo Negromonte será candidato a prefeito de Nazaré da Mata pelo PMDB. Negromonte contará com o apoio do atual prefeito Nado Coutinho (PTB) e deverá enfrentar o ex-prefeito Nino (PSDB).

Inocente quer saber – Caso seja confirmada a sua fritura, Daniel Coelho trocará de partido para disputar a PCR?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 17 de fevereiro de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

Depoimento de Lula e Marisa Letícia desnuda o ex-presidente

O ex-presidente Lula a cada dia que passa fica mais encalacrado porque não consegue explicar o inexplicável, que é a aquisição de um tríplex no Guarujá inicialmente construído pela Bancoop, que era comandada pelo ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, e por paralisação da obra após a falência da cooperativa, a empreiteira OAS, também envolvida na Operação Lava-Jato, assumiu o empreendimento Solaris do Guarujá, cujo triplex está avaliado em cerca de R$ 2 milhões.

Lula terá que justificar o tríplex em audiência no Fórum da Barra Funda em São Paulo hoje. Independentemente dele ser culpado ou inocente, cuja primeira opção aparenta ser a mais plausível. A imagem do ex-presidente a sua esposa sendo investigados tem efeito devastador para a sua carreira política.

Ao longo dos anos em que governou o país, Lula agiu como um sujeito oculto nos escândalos de corrupção. Todas as denúncias foram, uma a uma, se desvencilhando de Lula, que chegou a afirmar que nada sabia do Mensalão e fora “traído pelos próprios companheiros”. A máscara caiu para aquele que seria o líder de uma facção que dilapidou os cofres públicos brasileiros.

A vida imita a arte, uma vez que um dos maiores defensores de Lula, o ator José de Abreu, que participa de uma novela de gosto duvidoso, encena uma personagem que está muito parecida daquele que se intitulou Pai dos Pobres, mas nada mais é do que o Pai de uma facção que dilacerou a república brasileira. Chegou a hora de desnudar o chefe, o pai, o mentor de tudo de ruim que aconteceu no país. A sua derrocada, que já começou há muito tempo, é questão de tempo. Não há mal que dure para sempre e a mentira só tem serventia até a chegada da verdade.

Azul – O prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara comemoraram ontem a implantação de um centro de voos no Aeroporto dos Guararapes, que barateará o valor as passagens, que oscilará entre R$ 89,90 para João Pessoa, o mais barato, e R$ 529,90 para Curitiba, o trecho mais caro. Com isso a prefeitura e o governo esperam fomentar a economia local e consequentemente fortalecer o turismo no estado e na capital.

Destino – Após flertar com o PSOL, PDT e PTB, a vereadora Marília Arraes (PSB) foi indicada para assumir a vice-liderança da oposição na Casa José Mariano. E decidiu se filiar ao PT. Marilia escolhe o partido no momento mais complexo que a legenda enfrenta. A neta de Arraes está cotada para ser candidata a vice-prefeita na chapa de Silvio Costa Filho, que poderá ter o apoio do PT para a sua candidatura.

Araripina – O prefeito Alexandre Arraes (PSB) deverá lançar um candidato alinhado com o Palácio do Campo das Princesas para a sua sucessão, que poderá ter como candidatos o vice-prefeito Valmir e o ex-deputado Raimundo Pimentel. Como não tem segundo turno no município, o candidato apoiado pelo prefeito poderá suplantar seus dois adversários.

Fernando Monteiro – O deputado federal Fernando Monteiro (PP) solicitou ontem uma audiência com o ministro da Fazenda Nelson Barbosa para discutir o aumento da taxa de juros do Fundo de Financiamento do Nordeste (FNE). A reunião deve ocorrer ainda esta semana e tem por objetivo rever o aumento dos juros junto ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que pode desestimular o investimento na região.

RÁPIDAS

Disposto – O deputado federal Anderson Ferreira (PR) está muito animado com a sua candidatura a prefeito de Jaboatão dos Guararapes. Ele acredita que pode ser eleito em outubro e está conversando com muita gente no município. Em 2014 Anderson triplicou a sua votação em relação a 2010 obtendo uma expressiva votação no município.

Favorito – Apesar de Murilo Cavalcanti e Fernando Dueire estarem cotados para serem candidatos a vice-prefeito na chapa de reeleição de Geraldo Julio, o peemedebista mais cotado para o posto é o secretário e vereador licenciado Jayme Asfora.

Inocente quer saber – Qual será o destino do PCdoB de Luciano Siqueira na eleição do Recife?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 16 de fevereiro de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Sem Eduardo, manter a tropa unida será difícil

O ex-governador Eduardo Campos não se elegeu governador de Pernambuco em 2006 à toa. Além de ser um excelente orador com grande capacidade de se expressar na televisão, Eduardo era um exímio analista e sobretudo articulador político. Ele conseguiu enxergar, na sua reeleição por exemplo, que não era negócio rifar João Lyra Neto da vaga de vice-governador, porque caso assim fizesse abriria uma discussão gigantesca dentro da Frente Popular que poderia trazer desdobramentos futuros. Então preferiu não mexer em time que estava ganhando e não só foi reeleito como alcançou a maior votação da história de Pernambuco.

Nas eleições de 2012 Eduardo enxergou uma oportunidade de se desvencilhar do PT que não se entendia com a briga de João da Costa e João Paulo. Na hora em que Humberto Costa foi imposto como candidato do partido, Eduardo, que estava assistindo de camarote a autofagia petista, decidiu lançar Geraldo Julio e conseguiu uma frente significativa em torno do seu pupilo. A vitória veio no primeiro turno. Até no momento em que Daniel Coelho chegou a ameaçar a vitória de Geraldo, Eduardo soube utilizar as armas que dispunha para neutralizar o poderio do tucano.

Já nas últimas eleições, mesmo com a sua morte, a tropa ficou unida e Paulo Câmara terminou se elegendo governador no primeiro turno. Mas antes da comoção acontecer e o voto-homenagem ter sido significativo para o êxito do PSB, vale ressaltar que Eduardo montou uma estratégia nunca vista no estado. Foram nada menos que vinte e um partidos integrando a Frente Popular. O candidato socialista alcançou quase doze minutos de televisão contra menos da metade de Armando Monteiro, seu adversário. Isso sem contar com a qualidade do guia eleitoral do PSB, que era anos-luz mais organizado que o do PTB. Dificilmente o resultado teria sido outro na eleição de 2014, senão a vitória de Paulo Câmara, isso só foi possível devido a visão estratégica de Eduardo, que era um profundo conhecedor da política e do seu xadrez peculiar.

Nas eleições de 2016 teremos um cenário distinto. Será a primeira sem a presença física de Eduardo para elaborar a estratégia dos seus candidatos como aconteceu em 2012 e 2014. Apesar de 2014 ele ter morrido quase dois meses antes do pleito, ele foi o mentor de toda a engenharia que girou em torno de Paulo Câmara. Além disso, sua ausência física permitiu, graças a comoção, que a frente de Paulo sobre Armando fosse muito maior do que qualquer prognóstico. O cenário de outubro próximo será um teste de fogo para o prefeito Geraldo Julio, que não poderá contar com o furacão que as vezes se travestia de rolo compressor chamado Eduardo Campos.

Manter a tropa unida não será tarefa fácil para o PSB, que já encontra alguns ruídos de comunicação dentro da própria Frente Popular. O prefeito Geraldo Julio vai precisar comer muito pirão para poder liderar este processo sem os conselhos do seu genial padrinho político para lhe guiar. Se com Eduardo o prefeito Geraldo Julio venceu com apenas 51,1% dos votos válidos, avalie agora sem ele como será árdua a sua missão?

Tempo – Apesar das mudanças na legislação eleitoral, que contabilizará apenas o tempo das seis maiores legendas de cada coligação, o deputado Sílvio Costa Filho deverá contar com o segundo maior tempo no guia eleitoral na disputa pela prefeitura do Recife em outubro, uma vez que contará com PTB, PRB, PTN, PMB e PTdoB. Além deles, o petebista ainda poderá contar com o apoio do PT, do PDT e do PCdoB a depender do cenário que for estabelecido até as convenções.

Isolamento – Mesmo ostentando bons índices nas pesquisas sobre as eleições municipais, o deputado federal Daniel Coelho (PSDB) segue isolado do ponto de vista dos partidos. Até agora nenhum partido sinalizou apoio à sua candidatura, nem mesmo o próprio PSDB, que só definirá se lançará a sua candidatura perto do processo eleitoral.

Microcefalia – O deputado federal Anderson Ferreira (PR) condenou a possibilidade de realizar abortos com crianças portadoras de microcefalia. Anderson, que é presidente estadual do PR e pré-candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes, apresentará um projeto de Lei que proíbe a prática de aborto por causa da microcefalia, e acredita que a sociedade não pode ser um mundo de apenas pessoas perfeitas.

Equívoco – Um aliado de Daniel Coelho avaliou em reserva que o deputado fez um péssimo negócio trocando a Alepe pela Câmara dos Deputados. Pela intensa agenda em Brasília, Daniel não está tendo a menor condição de acompanhar as demandas de aliados e pré-candidatos a vereador, que começam a procurar outras candidaturas para apoiar, inclusive a do prefeito Geraldo Julio.

RÁPIDAS

Desidratação – Um dos motivos que podem culminar na desistência de João Paulo em disputar a prefeitura do Recife é o risco de repetir o feito de Cadoca em 2008 e Mendonça Filho em 2012. Além de ter um recall baixo, João Paulo terá que enfrentar a altíssima rejeição do PT, que naturalmente puxará sua candidatura pra baixo. Se disputar e tiver um resultado pífio, João poderá estar sepultando sua carrera política.

Questionamento – A deputada estadual Priscila Krause (DEM) questiona o atraso na obra do Geraldão, que estava previsto para ser entregue inicialmente em julho de 2014, e agora a prefeitura do Recife prorrogou o prazo de entrega para novembro deste ano.

Inocente quer saber – O TSE, com os novos indícios de financiamento ilegal de campanha, cassará o registro da chapa Dilma/Temer?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 15 de fevereiro de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

Áudios podem implodir o governo Dilma Rousseff 

Desde que a operação Lava-Jato foi deflagrada que há suposições sobre esquemas de corrupção que envolvem diretamente a figura da presidente Dilma Rousseff, mas nenhuma evidência havia colocado contra a parede a presidente. Isso até ser divulgada ontem na imprensa nacional a possível existência de áudios que comprovam pedido de propina a executivos da Andrade Gutierrez para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Apesar da economia estar em frangalhos e o governo cada vez mais enfraquecido, o PT e o Palácio do Planalto se apegavam a tese de que não havia motivos para cassar a presidente, e qualquer movimento neste sentido seria uma tentativa de golpe. Com esse fato novo, o argumento de golpe cai por terra. Uma vez que Dilma pode ter sido beneficiária de um esquema de corrupção com as construtoras que está sendo colocado ao avesso, não haveria mais nenhum argumento plausível para manter a presidente no cargo.

Essa pode ser a bala de prata que faltava para dar start ao começo do fim do governo Dilma. Na prática o governo não começou. Não se tem registros na história do país de um governo tão sem pé nem cabeça quanto o de Dilma. Nem mesmo o de Collor, que sofreu o impeachment em 1992, era tão desajustado quanto o atual governo.

A saída de Dilma Rousseff pode servir como uma ação pedagógica para a classe política e permitir, assim como em 1993/1994, que um novo governo possa dar um novo rumo ao país. Não existe mais essa história de golpe com a saída de Dilma. Se comprovado o benefício da campanha do PT de financiamento ilegal, a cassação da petista é a única alternativa para manter o pouco que resta das instituições brasileiras.

A implosão do governo Dilma pode ser o primeiro passo para o Brasil começar a sair do caos que a presidente o colocou.

Claucione Lemos – Pré-candidata a vereadora de Jaboatão dos Guararapes pelo PSDB, Claucione Lemos reuniu dezenas de amigos para a comemoração do seu aniversário ontem em Candeias. Dentre os presentes estavam o deputado Ricardo Costa (PMDB) e a secretária Conceição Nascimento, que será indicada pelo prefeito Elias Gomes para disputar a sua sucessão.

Equipe – Caso seja eleito prefeito de Olinda, o deputado Ricardo Costa (PMDB) garantiu que cortará pela metade as 24 secretarias que existem na gestão do prefeito Renildo Calheiros (PCdoB). Além disso contará com quadros técnicos que auxiliaram Roberto Magalhães na PCR  e Jarbas Vasconcelos tanto na PCR quanto no governo de Pernambuco.

Comando – O jornalista Edson Barbosa, proprietário da Link Comunicação, assumirá em breve parte da publicidade da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, divindindo com a Dois Comunicação, que já presta serviço para a prefeitura. Além disso, há uma forte expectativa para que Barbosa possa ser o estrategista da campanha de Conceição Nascimento a prefeita do município.

Presidenciável – Realizando um bom trabalho no ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro, que disputou o governo de Pernambuco em 2014, foi colocado no rol de possíveis candidatos a presidente da República com o aval do Palácio do Planalto. Apesar de ficar no fim da fila, ser lembrado para disputar a presidência é um excelente reconhecimento ao seu trabalho.

RÁPIDAS

Luciano Duque – O prefeito de Serra Talhada Luciano Duque (PT) foi eleito em 2012 com o apoio do ex-prefeito Carlos Evandro (PSB). Agora que buscará a reeleição, Duque examina a possibilidade de disputar as eleições por outro partido, que pode ser o PSD do secretário das Cidades André de Paula.

Animado – O deputado federal Betinho Gomes (PSDB) está bastante animado com a sua candidatura a prefeito do Cabo de Santo Agostinho. A briga entre criador e criatura, leia-se Lula Cabral e Vado da Farmácia, pode acabar lhe beneficiando em outubro.

Inocente quer saber – Afinal de contas, qual será o destino partidário do deputado Romário Dias?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 13 de fevereiro de 2016

Coluna do blog deste sábado

Armando Monteiro volta a fazer política 

Após ser derrotado pelo governador Paulo Câmara em outubro de 2014, Armando Monteiro mergulhou por muitos e muitos meses do cotidiano político. Nem mesmo o convite para ser ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior serviu para Armando voltar a querer fazer política.

Foi necessário passar mais de um ano distante das articulações políticas do estado para poder lamber as feridas e voltar para o jogo no estado. Nos primeiros meses de 2016 o ministro apareceu mais do que em todo o ano de 2015. Primeiro quando esteve ao lado da presidente Dilma Rousseff para a inauguração da Via Mangue no final de janeiro, depois quando voltou a conceder entrevistas, como a da última quinta-feira para Miriam Leitão na GloboNews, e ontem apareceu em público ao lado do deputado Joel da Harpa, que anunciou a sua filiação do PTN e passou a integrar o grupo político do ministro, sendo seu liderado.

Como o governador Paulo Câmara está enfentando dificuldades para conduzir os rumos do estado e até mesmo para lidar com as demandas políticas de aliados, a figura de Armando Monteiro volta a ser vista por lideranças políticas de todo o estado como uma alternativa para o diálogo e permitir condições de lançar candidaturas a prefeito por todo o estado. O grupo de Armando detém hoje mais de vinte prefeituras por todo o estado e como o governador Paulo Câmara não tem muito o que oferecer aos políticos devido à crise que o estado enfrenta, as movimentações políticas procuram o ministro Armando por osmose, e sem qualquer obrigação da parte dele em ter que resolver o problema dos candidatos. Cabe a Armando apenas a incumbência de ofertar um ombro amigo aos prefeitos e lideranças políticas desprestigiadas pelo Palácio do Campo das Princesas.

Independente da decisão que tomar para 2018, uma coisa está evidente: Armando voltou a tomar gosto pela política e deverá intensificar as suas ações no estado nos próximos meses visando as eleições municipais de outubro.

Dúbio – O deputado estadual Joel da Harpa recentemente apareceu ao lado do prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes rasgando elogios ao gestor e dando um indicativo que apoiaria a candidatura de Conceição Nascimento, que será indicada por Elias para a sua sucessão. Ontem no anúncio da sua filiação ao PTN, Joel da Harpa foi colocado como candidato do partido a prefeito. Afinal, qual é a de Joel da Harpa?

Qualitativa – Pesquisas qualitativas sobre a eleição no Cabo de Santo Agostinho estariam associando o fracasso da gestão Vado da Farmácia ao deputado e seu padrinho político Lula Cabral. O que mostra a dificuldade de Lula em tentar desvencilhar a sua imagem do prefeito Vado da Farmácia. Se isso for bem explorado na campanha, Lula poderá perder muitos votos.

PSC – O deputado estadual André Ferreira foi escolhido como novo presidente estadual do PSC. André, que é irmão do deputado federal Anderson Ferreira, presidente estadual do PR, já antecipou que as negociações visando o apoio das legendas a qualquer candidato no Recife serão em bloco, uma vez que juntas as siglas possuem quase um minuto de tempo de televisão a oferecer ao candidato que apoiarem.

Fernando Monteiro – O deputado federal Fernando Monteiro (PP) segue intensificando as ações a fim de ampliar o seu grupo político visando a reeleição em 2018. A expectativa é que possa lançar uma boa quantidade de candidatos a prefeito e vereador em várias cidades do estado. A meta do progressista é dobrar sua votação em 2018. Nas eleições de 2014 obteve mais de 50 mil votos.

RÁPIDAS

Igarassu – O vereador Paulo Uchoa, primo do presidente da Alepe deputado Guilherme Uchoa, participou do Bloco Cheiro de Povo do ex-prefeito Yves Ribeiro, que disputará a prefeitura em outubro. Yves e Guilherme são opositores históricos no município, e o aceno de Paulo a Yves cria um fato novo na cidade.

Itambé – No município de Itambé o prefeito Bruno Ribeiro (PSB) tem encontrado muitos obstáculos para alcançar a reeleição. Além da elevada rejeição do prefeito, a pré-candidatura de João Velozo (PSD) tem crescido bastante na cidade e tem se configurado numa ameaça real ao projeto do socialista de continuar no poder.

Inocente quer saber – O prefeito Geraldo Julio já pode encomendar a beca da posse para o segundo mandato?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de fevereiro de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

Cenário de Jaboatão dos Guararapes fica mais claro 

Passado o carnaval as articulações visando a disputa pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes começam a ganhar contornos finais. Exercendo o seu segundo mandato de prefeito, Elias Gomes nega, mas já definiu que sua candidata será Conceição Nascimento, e tem agido no intuito de diminuir a quantidade de adversários a ponto de facilitar o crescimento da sua candidata. Elias já tirou da disputa os deputados Cleiton Collins e Joel da Harpa, que declararam apoio a sua gestão e consequentemente marcharão com a candidatura de Conceição. O PV, que ensaiava um voo próprio, já foi fisgado pelos encantos da prefeitura tucana, e apoiará a candidata lançada por Elias.

No palanque tucano a grande incógnita diz respeito ao caminho que o PSB tomará. Aliados de Elias ainda torcem para que o PSB marche com o PSDB, uma vez que na ótica deles a candidatura de Heraldo Selva não tem muita viabilidade. Mesmo com o governador Paulo Câmara mal-avaliado, ainda é interessante que exista uma unidade do Palácio em torno de Conceição a fim de neutralizar alguns pontos de discordância.

Os nomes que ainda insistem em enfrentar o poderio de Elias, além dos candidatos nanicos, são o deputado federal Anderson Ferreira, que disputará a prefeitura pelo PR, partido que preside a nível estadual, e o vereador do Recife Edmar de Oliveira, que já foi vereador de Jaboatão e disputará pelo Solidariedade. A candidatura de Mirtes Cordeiro pelo PPS é de faz-de-conta. Foi uma estratégia que Elias utilizou para que Mirtes possa, mais à frente, anunciar a retirada da sua candidatura e consequentemente o apoio a Conceição.

Jaboatão é uma das cidades pernambucanas que pode haver segundo turno. Mas a ordem no Palácio da Batalha é liquidar a fatura no primeiro turno porque uma eventual segunda etapa poderá evidenciar uma dificuldade para o grupo do prefeito em continuar governando a segunda cidade mais importante de Pernambuco. O tucano aposta na tese de uma candidatura não-política para emplacar a primeira mulher a governar o município, repetindo que Eduardo Campos fez com Geraldo Julio no Recife e com Paulo Câmara em Pernambuco.  O cenário está colocado e a sorte está lançada.

Elias Gomes – Além de planejar fazer a sucessora, o prefeito Elias Gomes espera emplacar aliados em  algumas prefeituras como Arimatéia (Ribeirão), Betinho Gomes (Cabo de Santo Agostinho), Vavá Rufino (Moreno) e Miguel Barbosa (Bom Jardim). Caso logre êxito na empreitada, Elias se tornará um ator ainda maior do que já é nas eleições de 2018.

Gravatá – Apesar do Palácio do Campo das Princesas trabalhar intensamente pela candidatura do deputado estadual e líder do governo na Alepe Waldemar Borges (PSB) a prefeito de Gravatá, o ex-prefeito Joaquim Neto (PSDB) está andando com desenvoltura nas ruas do município e há quem aposte que sua candidatura é praticamente imbatível.

Ofensiva – Apesar de não ter a certeza que será candidato a prefeito de Petrolina, o deputado estadual Miguel Coelho (PSB) tem intensificado a agenda no município e contestado corriqueiramente a gestão do prefeito Júlio Lóssio (PMDB). As críticas são bastante ácidas pelas redes sociais. Na última, o socialista afirmou que o gestor estaria fazendo uma liquidação do patrimônio público de Petrolina.

Olinda – Exercendo o segundo mandato na Câmara Municipal de Olinda, o vereador Jorge Federal decidiu trocar o PMDB pelo PR. No PR, Jorge Federal disputará a prefeitura de Olinda com o apoio do PSC e do PRP. O deputado federal Anderson Ferreira comemora mais uma aquisição para tentar ampliar o número de prefeituras no estado.

RÁPIDAS

Descartada – O líder do governo na Alepe deputado Waldemar Borges (PSB) descartou a possibilidade do governador Paulo Câmara trocar o comando da secretaria de Defesa Social e da Polícia Militar de Pernambuco. Com isso o questionadíssimo Alessandro Carvalho seguirá na SDS até os índices de violência explodirem de uma vez por todas.

ACM Neto – Exercendo o primeiro mandato como prefeito de Salvador, ACM Neto esbanjou popularidade e simpatia no carnaval soteropolitano. Em vídeo que circulou pelas redes sociais o herdeiro político de ACM curtiu o carnaval no meio da multidão sendo ovacionado pelos foliões.

Inocente quer saber – Ainda existe uma alma viva que acredite na inocência de Lula?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Jaboatão, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 11 de fevereiro de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

A dificuldade de Daniel Coelho para arregimentar partidos 

Nas eleições municipais de 2012 Daniel Coelho havia saído do PV e ingressado no PSDB. Naquele momento, ele era apenas uma incógnita e pouca gente considerava a hipótese de crescimento da sua candidatura. Mesmo assim o tucano conseguiu o apoio de duas siglas nanicas: o PPS, que indicou a candidata a vice-prefeita, e o PTdoB do vereador Marcos di Bria, que buscava garantir a sua reeleição e precisava coligar na proporcional com o PSDB.

O tempo passou e as urnas mostraram a viabilidade de Daniel, que saltou do quarto lugar nas pesquisas para o segundo lugar com 245.120 votos, e por muito pouco não chegou ao segundo turno. Na eleição seguinte Daniel deixou de ser deputado estadual para ser deputado federal. Na disputa ele obteve quase 140 mil votos, onde mais de 60 mil votos saíram da capital pernambucana, fazendo dele o terceiro deputado federal mais votado do Recife.

As pesquisas que avaliam o cenário de outubro mostram que Daniel aparece oscilando entre 12 e 20 pontos, alternando entre o terceiro e o segundo lugar nas sondagens. Mesmo surgindo como o principal adversário do prefeito Geraldo Julio, o tucano não tem conseguido empolgar os partidos. A maioria das siglas estão negociando com o prefeito, com o deputado Sílvio Costa Filho ou com o superintendente da Sudene João Paulo.

Se em 2012 Daniel conseguiu duas siglas. Pra 2016 era pra ele ter ao menos o dobro disso. Além de não ter o dobro, não contará nem com o PPS, que marchará com a reeleição de Geraldo Julio, nem com o PTdoB, que apoiará Silvio Costa Filho. Como se não bastasse, Daniel precisará convencer o próprio PSDB de que vale a pena apostar na sua candidatura em detrimento de manter a aliança com o PSB no Recife e no estado.

Na história recente das eleições no Recife nenhum candidato conseguiu se viabilizar sem ter um projeto consistente do ponto de vista partidário. As vitórias de Jarbas Vasconcelos, Roberto Magalhães, João Paulo, João da Costa e Geraldo Julio foram pautadas na construção de frentes políticas relevantes. Nenhum deles conseguiu vencer a disputa sozinho. Se Daniel quiser mesmo ser prefeito em outubro precisará construir alianças e mostrar que é adepto do diálogo, sob pena de entrar isolado na disputa e ter o seu partido rachado.

Entrevista – O ministro do Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio Exterior Armando Monteiro será o entrevistado do programa da GloboNews ancorado por Miriam Leitão.  O programa vai ao ar a partir das 20:30 horário do Recife, e deverá abordar, além da questão econômica, a situação política do país.

Saída – Caso o PSDB confirme a candidatura de Daniel Coelho a prefeito do Recife, a secretária de Combate ao Crack e outras drogas Aline Mariano se filiará ao PSB para buscar a reeleição. Aline acredita que o PSDB dificilmente elegerá dois vereadores lançando Daniel Coelho porque a legenda não teria cauda. Além disso, Daniel em 2012 não conseguiu garantir votos de legenda pro PSDB, quando obteve apenas 8 mil, o que pode se repetir e prejudicar a chapa proporcional.

Patrulhamento – Choveram críticas ao prefeito Geraldo Julio e ao secretário de Turismo e Lazer Camilo Simões por terem acompanhado o show de Ivete Sangalo na última terça-feira no camarote Parador, no Recife Antigo. Tal crítica não se justifica porque na condição de chefe do executivo municipal e  de comandante da pasta ligada ao turismo, eles têm o direito e até mesmo o dever de circular por todos os grandes eventos do carnaval recifense.

Governador – Prestes a assumir a presidência estadual do PSDB, o prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes volta e meia tem seu nome lembrado por tucanos, aliados e pessoas do meio político para disputar o governo de Pernambuco em 2018. Mas para isso se tornar viável, Elias precisará fazer o dever de casa, que será eleger Conceição Nascimento prefeita de Jaboatão em outubro.

RÁPIDAS

Confusão – Após a prefeitura de Condado, na Mata Norte, proibir o desfile do bloco O Doutorzinho do ex-prefeito Edberto Quental, aliados do ex-gestor não gostaram nem um pouco da decisão da prefeitura e não se fizeram de rogados. Simplesmente apedrejaram a residência da prefeita Sandra Félix. O caso foi parar na polícia.

Sacrifício – O PT cogita sacrificar novamente a candidatura da deputada Teresa Leitão a prefeita de Olinda para mais uma vez marchar com o PCdoB, que lançará Luciana Santos. A contrapartida seria do PCdoB apoiar o candidato que o PT apresentará a prefeito do Recife em outubro.

Inocente quer saber – A dificuldade do PT é mesmo momentânea como Lula afirmou ontem?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 10 de fevereiro de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

A implosão da família Arraes na política 

Três vezes governador de Pernambuco, Miguel Arraes criou uma figura mitológica em torno da sua trajetória política, mesmo tendo perdido a reeleição em 1998 para Jarbas Vasconcelos por uma diferença de um milhão de votos. O peso político de Arraes acabou beneficiando Eduardo Campos em 2006, um ano após a sua morte, que se apresentou ao eleitorado pernambucano como “o neto de Arraes” e acabou se elegendo governador de Pernambuco.

A vitória de Eduardo projetou Ana Arraes, que se elegeu deputada federal em 2006 e foi reeleita com uma expressiva votação em 2010, e pouco tempo depois de assumir o segundo mandato conseguiu ser indicada para o cargo de ministra do Tribunal de Contas da União. Em 2008 Marilia Arraes, prima de Eduardo, sobrinha de Ana e neta de Arraes, se lançou para a política e se elegeu vereadora, conseguindo a reeleição em 2012.

Com a morte precoce de Eduardo em 2014, mesmo o PSB elegendo o senador e o governador, além de expressivas bancadas para a Alepe e para a Câmara Federal, a família Arraes acabou ficando num segundo plano. Sem um líder pra conduzir o processo, como foi primeiro com Arraes e depois com Eduardo, a família mais poderosa da história de Pernambuco configura-se num amontoado de gente que não se entende.

Marilia, neta de Arraes e vereadora, decidiu se virar contra o PSB e contra o legado de Eduardo, que foi fundamental para a sua vitória em 2008, atacando o partido, o prefeito Geraldo Julio, de quem foi secretária, e toda a cúpula do PSB no estado, além disso terá grandes dificuldades de se reeleger vereadora, uma vez que seus mandatos foram alcançados majoritariamente por conta do chamado “voto de estrutura”. Antonio Campos, igualmente neto de Arraes e irmão de Eduardo, almeja ser prefeito de Olinda, mas não é uma figura querida no meio político como o irmão, além disso não tem o menor traquejo para ser político, se for eleito será exclusivamente por incompetência dos adversários e por conta do “voto-homenagem”. Renata Campos, viúva de Eduardo, de acordo com informações extraoficiais, estaria rompida com a sogra Ana Arraes, e hoje a família Campos é uma e a família Arraes é outra.

Para um clã que alcançou vários mandatos de deputado federal, além de cinco mandatos de governador, três com Arraes e dois com Eduardo, a família Arraes depois de perder os seus dois maiores líderes dificilmente conseguirá forjar um novo líder político capaz de ser governador por exemplo, porque o chefe que norteava todos os anseios da família e cadenciava o jogo político morreu no dia 13 de agosto de 2014. Na política e no estado pode até aparecer alguém capaz de ser até melhor do que foi Eduardo, mas para a família Arraes, que perdeu seus dois maiores expoentes, dificilmente existirá outro, porque a família se tornou uma verdadeira guerra de egos. No carnaval a divisão ficou latente, quando Ana Arraes e Antonio Campos foram os únicos da família a aparecerem em público na homenagem ao ex-governador acontecida no Rio de Janeiro pela Escola de Samba Vila Isabel. Marilia ficou para a homenagem a Arraes pela Gigantes do Samba, enquanto Renata prestigiou a homenagem a Eduardo pela Galeria do Ritmo, ambas no carnaval do Recife. A briga de egos pode culminar numa implosão da família de Arraes na política, porque ninguém consegue mais se entender.

Policiamento – Os foliões que acompanharam os shows de O Rappa e Jota Quest no Marco Zero presenciaram cenas de caos na última segunda-feira. As brigas colocaram em risco a integridade física dos foliões e ganharam as redes sociais. O secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho, que já não está muito bem no cargo, será novamente questionado pelo ocorrido. Certamente houve mau planejamento do policiamento para o Recife Antigo.

Escolha – Com os números das pesquisas favoráveis a Raquel Lyra e Tony Gel, o Palácio do Campo das Princesas avaliou que não vale a pena brigar com João Lyra Neto para bancar a candidatura de Jorge Gomes com o apoio de José Queiroz. O Palácio em breve dará ciência ao prefeito de Caruaru, que deverá ser obrigado a fabricar um candidato para a sua sucessão pelo PDT.

Consequência – O PSB não garantindo legenda a Jorge Gomes em Caruaru poderá ter uma consequência direta no Recife, onde tentará a reeleição de Geraldo Julio. É que o PDT de José Queiroz dará carta-branca a Isabella de Roldão, presidente municipal, para apoiar o candidato que quiser, que deverá ser Silvio Costa Filho (PTB).

Legislação – Com a modificação na Lei Eleitoral que definirá o tempo de televisão do candidato majoritário considerando apenas as seis maiores legendas da coligação, a necessidade de juntar inúmeros partidos para ter os maiores tempos de televisão e rádio diminuirá. A decisão terá como consequência direta a possibilidade de existirem coligações mais homogêneas do ponto de vista programático.

RÁPIDAS

Alternativa – Visando evitar que o vice-prefeito Luciano Siqueira leve o PCdoB a apoiar um candidato de oposição a Geraldo Julio, o núcleo político do PSB considera a hipótese de garantir as condições para que Luciano consiga se eleger vereador em outubro e dois anos depois deputado estadual.

Férias – O governador Paulo Câmara transmitiu o cargo ao vice-governador Raul Henry no último domingo para curtir férias de sete dias com a sua família. Até o próximo domingo Raul Henry será o governador em exercício.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara ainda não exonerou Pedro Eurico porque ninguém está disposto a assumir o lugar?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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