Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

  • Início
  • Sobre
  • Pernambuco
  • Brasil
  • Contato

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 14 de maio de 2016

Coluna do blog deste sábado

A volta da União por Pernambuco 

A União por Pernambuco foi uma aliança entre PMDB e PFL que lançou em 1994 Gustavo Krause para enfrentar Miguel Arraes, e posteriormente venceu a prefeitura do Recife com Roberto Magalhães em 1996 e o governo de Pernambuco com Jarbas Vasconcelos em 1998. Essa aliança começou a ruir quando em 2000, Roberto tentando a reeleição perdeu para João Paulo. Mesmo com a reeleição de Jarbas em 2002, a vitória de Lula para a presidência colocou em xeque a existência da aliança, que viria a perder novamente a prefeitura do Recife em 2004 com Cadoca e o governo de Pernambuco em 2006 com Mendonça Filho.

A ascensão de Eduardo Campos ao governo de Pernambuco possibilitou um esvaziamento ainda maior da União por Pernambuco, que era composta por PFL, PMDB, PSDB e PPS. As derrotas continuaram, em 2008 pulverizada, tanto Mendonça Filho quanto Raul Henry foram derrotados ainda no primeiro turno contra João da Costa no Recife. Nas eleições de 2010 nova derrota para Eduardo Campos, dessa vez com Jarbas liderando a coligação que foi rebatizada de Pernambuco pode mais, e com José Serra perdendo para Dilma Rousseff.

A aproximação de Jarbas Vasconcelos com Eduardo Campos possibilitou uma sobrevida a alguns quadros, como Raul Henry, que abdicou de ser candidato a prefeito para apoiar Geraldo Julio, que foi o vitorioso em 2012, derrotando o PT e quebrando um ciclo de 12 anos do partido na capital pernambucana. Em 2014, a antiga União por Pernambuco foi absolutamente absorvida pela Frente Popular, com o apoio de PSDB, DEM, PPS e PMDB a Paulo Câmara, com este último indicando Raul Henry para o posto de vice-governador. Mesmo com a morte de Eduardo Campos em agosto de 2014, a tropa se manteve unida, o que permitiu a vitória de Paulo Câmara e Fernando Bezerra Coelho.

Como Eduardo Campos saiu de cena, mesmo dentro do governo Paulo Câmara, ninguém conseguia se entender muito bem. Veio a crise política nacional que culminou na saída de Dilma Rousseff do Planalto, dando lugar a Michel Temer, e o que estava restrito aos bastidores, ganhou força após a negativa do governador Paulo Câmara e do prefeito Geraldo Julio de indicar nomes do PSB para compor o governo. Como se não bastasse, o governador Paulo Câmara decidiu cobrar do PSDB e do DEM os cargos no governo, pelo fato dos partidos lançarem Daniel Coelho e Priscila Krause como pré-candidatos a prefeito contra Geraldo Julio.

Comandando Cidades, Educação e Defesa, a finada União por Pernambuco voltou a ter protagonismo na política nacional, relegando ao PSB o papel de mero coadjuvante na interlocução com o governo federal. Esse movimento do PSB poderá trazer novos desdobramentos já para a eleição no Recife. Jarbas Vasconcelos, do PMDB, nunca foi muito adepto da tese de apoiar a reeleição do prefeito Geraldo Julio e não gostou nem um pouco da decisão de Paulo Câmara de defenestrar o DEM e o PSDB do governo do estado.

André de Paula, secretário das Cidades, que enfrentou uma verdadeira escassez de recursos na pasta, não estaria muito animado para continuar no cargo. Muito menos de seguir junto com Geraldo Julio na busca pela reeleição. Ele poderia levar o PSD a integrar uma reedição da União por Pernambuco, que teria como expoentes os quatro ministros de Michel Temer, o deputado Jarbas Vasconcelos e o senador Fernando Bezerra Coelho, que ficou muito chateado com a tentativa do Palácio de rifar a indicação de Fernando Filho para Minas e Energia.

Como o prefeito que for eleito não buscará a reeleição em 2020 por mudança na legislação, já há quem defenda uma coligação entre PSDB, DEM, PPS, PMDB, PSD, Solidariedade, PSL e PP em torno de Daniel Coelho, que teria Priscila Krause como sua vice. Em caso de uma vitória contra Geraldo Julio, a União por Pernambuco se unificaria em torno de Fernando Bezerra Coelho, por um desses partidos, para a disputa pelo governo em 2018.

André Ferreira – Presidente estadual do PSC, o deputado estadual André Ferreira poderá herdar o comando do Lafepe que foi tomado pelo governador Paulo Câmara do agora ministro Mendonça Filho. André deverá garantir o apoio do PSC à reeleição do prefeito Geraldo Julio junto com o PR do deputado federal e seu irmão gêmeo Anderson Ferreira.

Desenvolvimento – A engenheira química Berenice Andrade Lima, esposa do deputado em  exercício Cadoca (PDT), foi nomeada pelo prefeito Geraldo Julio para a secretaria de Desenvolvimento Econômico, que foi criada exclusivamente para abrigar o DEM. Com a saída de Roseana Amorim, o secretário de Turismo e Lazer Camilo Simões estava acumulando o cargo.

Armando Monteiro – O senador Armando Monteiro não descarta a hipótese de levar o PTB a apoiar um candidato de consenso da oposição a prefeito do Recife, que poderia ser Daniel Coelho (PSDB), porém por enquanto o PTB fica na coligação liderada por Silvio Costa Filho (PRB), que também conta com o apoio do PTdoB.

Orçamento – Juntando os ministérios das Cidades, da Educação e Cultura, da Defesa e de Minas e Energia, comandados por Bruno Araújo, Mendonça Filho, Raul Jungmann e Fernando Filho, respectivamente, o orçamento dessas pastas suplantam com significativa margem o orçamento comandado pelo governador Paulo Câmara.

RÁPIDAS

Itamaraty – O ministro das Relações Exteriores José Serra respondeu duramente a Venezuela, Cuba, Bolívia, Nicarágua e Equador, que estavam atacando o processo de impeachment de Dilma Rousseff. Numa nota oficial, Serra afirmou que rejeita enfaticamente a posição dos países citados e que o processo de impedimento se deu no absoluto respeito às instituições democráticas e à Constituição Federal.

Fundaj – Comandada por Fernando Lyra durante os governos de Lula e Dilma e por Paulo Rubem Santiago até recentemente, a Fundação Joaquim Nabuco, que fica subordinada ao ministério da Educação poderá ser comandada por um dos mais brilhantes quadros públicos brasileiros: o ex-governador Gustavo Krause.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara se arrependeu de pedir os cargos do PSDB e do DEM de volta?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 13 de maio de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

O começo de uma nova era 

Na campanha presidencial de 2014 quando havia um risco de derrota para Aécio Neves, a então presidente Dilma Rousseff utilizou uma tese interessante que foi a de governo novo, idéias novas. Isso foi exaustivamente utilizado, além obviamente dos petardos dados em Aécio Neves, a ponto de garantir o que seriam mais quatro anos para o PT. Na prática o segundo governo de Dilma foi mais do mesmo, ou melhor, pior do que o primeiro. O que configurou um verdadeiro estelionato eleitoral. Não obstante foi impichado ontem pelo Senado.

A saída de Dilma Rousseff encerra um ciclo de 13 anos de governos do PT, que tiveram seus acertos e a sua importância para o Brasil. Os programas como o Minha Casa Minha Vida, o ProUni, o Fies, o Pronatec e o Bolsa Família, que foi aprimorado e ampliado pelo PT, são provas de que existiram coisas boas na era petista. Porém, esse processo político já dava claros sinais de esgotamento ainda em 2013, quando surgiram as primeiras manifestações contra Dilma e o PT.

Isso ficou mais evidente ao longo do segundo governo de Dilma, quando a verdadeira situação do país veio à tona, e naturalmente causou descontentamento entre os brasileiros de todas as classes sociais, mas quem pagou a conta, como sempre, foi o povo mais pobre, que sentiu na pele os efeitos da inflação e do desemprego, quando 11 milhões de brasileiros ficaram fora do mercado de trabalho por conta da crise. O encerramento deste ciclo petista era óbvio de acontecer, fosse através de um impeachment ou através das eleições presidenciais de 2018.

A questão era que o Brasil não aguentava esperar mais dois anos e meio de recessão, desemprego, inflação e outros desdobramentos de uma grave crise política e econômica. Dilma se mostrou incapaz de liderar o país, de apontar um norte. Um processo de impeachment é sempre complexo e bastante traumático. Foi assim com Fernando Collor, e sem sombra de dúvidas será com Dilma Rousseff. Mas como não há mal que dure para sempre, assim como Itamar Franco conseguiu vencer a hiperinflação, Michel Temer terá condições de modificar o quadro econômico com medidas de austeridade, tal como ele já anunciou de bate pronto quando nomeou apenas 23 ministros, bem menos que os 39 que existiam no governo Dilma Rousseff antes de baixar para 32.

Temer também aponta para um enxugamento da máquina pública com a extinção de milhares de cargos comissionados. Esse é mais um sinal de que ele tentará fazer diferente. O cenário é desafiador, sem sombra de dúvidas, mas enquanto a crise antes de Itamar era por causa da hiperinflação, hoje o cenário se dava muito mais por conta da falta de capacidade de gestão de Dilma Rousseff, que com alguns ajustes Temer poderá dar início a uma nova era para o país. Foi dada a largada para o Brasil espantar a crise de uma vez por todas.

Ministros – Conforme havíamos antecipado na nossa coluna, quatro deputados pernambucanos foram nomeados pelo presidente Michel Temer. Foram eles: Raul Jungmann (Defesa), Mendonça Filho (Educação e Cultura), Bruno Araújo (Cidades) e Fernando Filho (Minas e Energia). Além deles, o também pernambucano Romero Jucá, que é senador por Roraima foi nomeado ministro do Planejamento.

Prestígio – O prestígio de Pernambuco não para na nomeação de cinco ministros, o senador Fernando Bezerra Coelho está praticamente certo para assumir a liderança do governo Michel Temer no Senado. FBC, que foi ministro da Integração Nacional, emplacou Fernando Filho para Minas e Energia mesmo a contragosto do governador Paulo Câmara.

Suplentes – Além de Fernando Monteiro (PP), Cadoca (PDT) e Augusto Coutinho (Solidariedade), com a nomeação de quatro deputados federais para o ministério de Michel Temer, assumem mandato em Brasília Creuza Pereira (PSB), Severino Ninho (PSB), Guilherme Coelho (PSDB) e Roberto Teixeira (PP). Todos pela coligação da Frente Popular liderada pelo PSB.

Pé frio – Conhecido pela sua falta de traquejo com as urnas ao colecionar várias derrotas majoritárias em Pernambuco, o senador Humberto Costa colecionou mais uma derrota para a sua vida. Na condição de líder do governo Dilma no Senado, Humberto viu o governo ruir em poucos meses após a prisão de Delcídio Amaral, seu antecessor no posto.

RÁPIDAS

Vitorioso – Se tem alguém vitorioso em Pernambuco após o desfecho do impeachment de Dilma Rousseff, esse alguém é o deputado federal Daniel Coelho, que teve a sua candidatura a prefeito do Recife contra Geraldo Julio mais do que confirmada. E diferentemente de antes do processo do impeachment, Daniel vem mais fortalecido do que nunca.

Pauta – O prefeito de Araripina Alexandre Arraes e a assessora especial do Palácio do Campo das Princesas Roberta Arraes, ambos do PSB, estiveram reunidos ontem com o governador Paulo Câmara. Na pauta a implantação de um IML, do Aeroporto Regional do Araripe, outras obras e uma visita do governador à região.

Inocente quer saber – Com a nomeação de Fernando Filho, o secretário Felipe Carreras cumprirá a promessa de sair do PSB para se filiar a Rede Sustentabilidade?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de maio de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

PSB toma decisão dura que trará desdobramentos 

O PSB anunciou ontem, em meio às discussões sobre o impeachment de Dilma Rousseff, a solicitação dos cargos ocupados pelo PSDB e Democratas no governo de Pernambuco. Isso ocorreu exclusivamente por conta da disputa pela prefeitura do Recife em 2016 pelos partidos com Daniel Coelho e Priscila Krause, respectivamente, contra a reeleição do prefeito Geraldo Julio.

Ora, em 2012 quando Geraldo Julio tentou a prefeitura, o PSDB lançou Daniel Coelho e o DEM Mendonça Filho. Em 2014 os dois partidos ofertaram seus respectivos tempos de televisão para fazer de Paulo Câmara um candidato competitivo que veio a ganhar a eleição. Daniel Coelho e Priscila Krause foram candidatos a deputado na Frente Popular, não houve nenhum questionamento do PSB ao posicionamento deles, que sempre foi, vale salientar, de oposição ao partido liderado pelo governador Paulo Câmara.

A medida não é das melhores, pois, apesar da justificativa palaciana de querer demarcar posição, punindo os partidos que decidem enfrentar Geraldo Julio, acaba trazendo desdobramentos negativos para o PSB no comando estadual. Não é a primeira vez que partidos que integraram uma coligação de um governo eleito decidem lançar candidaturas próprias numa disputa por prefeituras. Isso faz parte do jogo político. Cabe ao governador saber dissociar o joio do trigo visando manter a unidade aliancista para a busca pela reeleição.

Uma decisão como essa, no momento em que o PSDB caminha para assumir o ministério das Cidades com Bruno Araújo, e o DEM caminha para assumir o ministério da Educação e Cultura com Mendonça Filho, pode prejudicar a relação entre o Palácio do Campo das Princesas e os futuros ministros. Isso sem contar que o governador na sua atitude está implodindo a Frente Popular para 2018. Essa discussão, ainda que viesse a ocorrer, deveria esperar os desdobramentos do governo Michel Temer.

Numa pequena atitude, o governador Paulo Câmara conseguiu antecipar as discussões sobre 2018, dando margem para que outros partidos venham a romper com o seu projeto, pois houve uma demonstração de fraqueza do governador e de medo do prefeito Geraldo Julio dos seus adversários. Um erro de cálculo que jamais Eduardo Campos seria capaz de cometer, que compromete não só as chances de reeleição de Geraldo Julio, mas principalmente a possibilidade do governador Paulo Câmara manter a unidade da Frente Popular em busca de uma possível reeleição.

Fernando Filho – O deputado Fernando Filho segue cotado para assumir um ministério. Após ser citado para Portos e Integração Nacional, agora a bola da vez é o ministério de Minas e Energia. O pernambucano entraria na cota pessoal de Michel Temer, já que o PSB decidiu que não indicaria nomes para a equipe do futuro presidente.

Felipe Carreras – O secretário de Turismo e deputado federal licenciado Felipe Carreras afirmou que caso o PSB decidisse assumir cargos no governo Michel Temer, ele se desfiliaria do partido, pois acredita que não há caminho que não seja a independência em relação ao futuro presidente Michel Temer.

Comemoração – O deputado federal Daniel Coelho comemorou ontem através do seu Twitter a decisão do PSB de pedir os cargos do PSDB. Com isso os rumores de que ele poderia não ser candidato a prefeito do Recife foram sepultados. Agora Daniel tentará ampliar o leque de alianças visando a disputa, pois é o principal adversário do prefeito Geraldo Julio.

Aviso – O senador Fernando Collor (PTC/AL) se pronunciou favoravelmente ao impeachment de Dilma Rousseff dizendo que avisou a Dilma que o governo dela estava trilhando um caminho equivocado e que o desfecho poderia ser o pior possível. Collor sofreu impeachment em 1992, sendo o primeiro presidente brasileiro a ter seu mandato cassado pelo Congresso Nacional.

RÁPIDAS

Vice – Pré-candidato a prefeito do Recife pelo PV, o empresário Carlos Augusto Costa se reuniu com o também pré-candidato deputado Sílvio Costa Filho (PRB). O encontro ajudou a alimentar rumores que eles poderão compor uma chapa, com Silvio na cabeça e Carlos Augusto na vice.

Anúncio – Michel Temer deverá anunciar toda a sua equipe ministerial hoje a tarde em coletiva com a imprensa. Além disso anunciará algumas Medidas Provisórias que impactarão na situação econômica do país. Temer quer dar um sinal ao mercado logo na entrada do seu governo para recuperar a estabilidade.

Inocente quer saber – Eduardo Campos tomaria a decisão que Paulo Câmara tomou sobre PSDB e DEM?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 11 de maio de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

O fim de um ciclo 

O Senado vota hoje o impeachment de Dilma Rousseff, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados com 367 votos no último dia 17 de abril. A expectativa é que os senadores deem mais de cinquenta votos pelo afastamento de Dilma por um período de até 180 dias. Isso significará mais do que o afastamento de uma presidente eleita co 54 milhões de votos, na verdade o fim melancólico de um projeto de poder que venceu quatro eleições presidenciais consecutivas que acreditou que pela outorga das urnas se achou acima da Constituição e do próprio país.

Esse projeto foi inicialmente liderado por Lula, que chegou em 2003 como o mais honesto dos políticos, e que iria fazer tudo diferente do que já havia sido feito até 31 de dezembro de 2002. Posteriormente, por conta dos escândalos de corrupção que derrubaram José Dirceu, Antonio Palocci e uma série de petistas graúdos, Dilma Rousseff por exclusão acabou sendo a indicada por Lula para suceder-lhe na presidência, e o povo brasileiro lhe conferiu dois mandatos presidenciais.

O primeiro governo de Dilma foi um completo desastre, pois a cada mês que passava a presidente desmanchava tudo que vinha sendo feito pelos seus antecessores Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e o próprio Lula. O governo Dilma de 2011 a 2014 entregou em 2015 um país muito pior do que havia recebido de Lula. E por um período de um ano e 4 meses, Dilma entrega um país a Michel Temer em frangalhos.

Dilma comprometeu a estabilidade econômica com uma crise sem precedentes, e comprometeu o país com suas práticas visando se manter no poder a todo custo, primeiro para se reeleger, segundo para fugir do impeachment. Desrespeitou o jogo político quando foi beneficiária direta dos escândalos de corrupção da Petrobras desequilibrando a disputa, mentiu aos brasileiros quando não relatou a real situação do país, possibilitando o maior estelionato eleitoral da história do país, e já no seu segundo governo se mostrou o pior chefe de estado que passou pelo cargo de presidente da República desde a redemocratização.

Esse ciclo danoso ao país termina hoje a noite no Senado, possibilitando a partir de amanhã que o futuro governo venha a criar melhores condições para recuperar o Brasil. Não se espera que seja a salvação da lavoura, porém qualquer indício de governo por parte de Michel Temer já será infinitamente superior aos quase seis anos de desgoverno Dilma Rousseff. Demorou muito, mas a era Dilma Rousseff e consequentemente a era petista, chegou ao fim.

Ministro – Conforme antecipamos nesta coluna no dia 14 de abril, o deputado Mendonça Filho (DEM) será mesmo ministro de Michel Temer. Cotado para várias pastas, Mendonça acabou ficando com o ministério da Educação que voltará a ter a Cultura integrada na pasta. É um dos maiores orçamentos da Esplanada e com certeza dará um upgrade na carreira política do pernambucano.

PSB – A executiva nacional do PSB deliberou ontem que não irá participar formalmente do governo Michel Temer indicando filiados para ministérios e demais cargos. Porém, decidiu que não proibirá seus filiados de assumirem cargos caso sejam convidados por Temer. Com isso o caminho fica livre para o deputado Fernando Filho assumir o ministério da Integração Nacional.

Suplente – Com a cassação do senador Delcídio Amaral confirmada ontem pelo plenário do Senado por 74 votos, o empresário Pedro Chaves (PSC) assume o mandato até fevereiro de 2019. Chaves declarou patrimônio de R$ 70 milhões e será um dos políticos com mandato mais ricos do país. Delcídio ficará sem poder disputar mandatos eletivos até 2027.

Rombo – O governo Dilma Rousseff termina hoje deixando um rombo de R$ 250 bilhões. Com esse valor daria pra construir 170 mil creches, 125 mil quilômetros em rodovias e 2,8 milhões de casas populares. Uma legítima herança maldita Michel Temer estará recebendo da sua antecessora, com enormes dificuldades de ser administrada.

RÁPIDAS

Disputa – Michel Temer nem assumiu ainda a presidência e já existe uma disputa silenciosa entre Jarbas Vasconcelos, Mendonça Filho e Bruno Araújo pela indicação do comando e dos cargos da CBTU em Pernambuco que estavam nas mãos do vice-líder do governo Dilma Rousseff na Câmara deputado Sílvio Costa (PTdoB).

Jaboatão – Nos últimos dias o nome de Conceição Nascimento voltou a ganhar força para ser a candidata à sucessão do prefeito Elias Gomes em Jaboatão dos Guararapes. Apesar do quadro ainda estar indefinido, o que caminhava para a indicação de Evandro Avelar acabou arrefecendo um pouco, consequentemente beneficiando a postulação de Conceição.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara conseguirá recursos do governo federal após incentivar o PSB a não assumir cargos no governo Temer?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 10 de maio de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Decisão de Waldir Maranhão foi último suspiro do governo 

Por volta das 11 horas da manhã de ontem as redes sociais explodiram com a notícia de que o presidente interino da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão (PP/MA) havia anulado a sessão que aprovou o impeachment de Dilma Rousseff no plenário com 367 votos a favor no dia 17 de abril. Uma das maiores lambanças já vistas na política brasileira, pois o processo já está em tramitação no Senado, tendo sido aprovado na comissão do impeachment na Câmara Alta, e em vias de ser votado até a quinta-feira com expressivas chances de aprovação no plenário.

Waldir Maranhão, assim como o seu antecessor Eduardo Cunha, está envolvido na operação Lava-Jato, sendo réu em três processos, dentre eles por lavagem de dinheiro, mesmo assim o PT e o Planalto se arvoraram nele como a saída para tentar reverter um jogo que está pra lá de perdido. Não durou muito tempo e a chicana patrocinada pelo deputado, que vale ressaltar, é do baixíssimo clero, foi sendo desmoralizada, e o Planalto igualmente ridicularizado.

O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB/AL) decidiu manter a tramitação do processo na Casa, agindo de acordo com o posicionamento de respeitáveis juristas brasileiros de que a decisão de Waldir Maranhão era imoral, ilegal e estapafúrdia. Só a título de informação, este senhor foi um dos deputados que se reuniram com o ex-presidente Lula num hotel de luxo em Brasília, após a conversa mudou de ideia e decidiu votar contra o impeachment.

Um deputado que não tem qualquer qualificação para exercer o cargo de presidente da Câmara, que nunca figurou a lista dos parlamentares mais importantes do Congresso Nacional. Ele decidiu entrar para a história como um moleque do Palácio do Planalto, infringindo a Lei e desrespeitando a vontade soberana do plenário da Câmara. Cassação é o mínimo que se espera pra ele, e que a Câmara possa urgentemente escolher um novo presidente.

A tentativa foi em vão, o tiro saiu pela culatra, e os aparelhos que ainda mantinham o governo Dilma Roussefr respirando acabaram de ser desligados. A ação desesperada do governo que apresentou um documento para Waldir Maranhão apenas assinar, foi o último suspiro de um governo que não tem mais a menor condição de continuar existindo. Fim pra lá de melancólico.

Bom senso – O vice-presidente Michel Temer chegou à conclusão de que não havia espaço para que o seu governo praticasse o mesmo toma lá dá cá patrocinado por Dilma Rousseff. Temer deu um freio de arrumação e decidiu que só terá em seu governo 23 ministérios. Com isso, Temer já começará com significativo respaldo perante a sociedade. Enfim prevaleceu o bom senso.

CBTU – “Dono” dos cargos da CBTU em Pernambuco, o deputado Sílvio Costa (PTdoB) perderá prestigio no governo Michel Temer. A partir da entrada de Temer os apadrinhados de Silvio serão sumariamente exonerados. Resta saber qual será o político pernambucano alinhado com Michel Temer que fará essas indicações.

João Paulo – De malas prontas para deixar o comando da Sudene, o ex-deputado João Paulo segue fustigado por aliados a disputar a prefeitura do Recife pelo PT. O grande problema é a rejeição do PT e a falta de recursos sem o governo federal para viabilizar uma majoritária. Por isso, João segue analisando a hipótese de ser candidato a vereador para tentar ser puxador de votos do partido.

Sudene – Por falar em Sudene, muita gente tem apostado fortemente na hipótese do ex-governador Joaquim Francisco (PSDB) assumir o comando da autarquia durante o governo Temer. Caso se confirme, Joaquim terá uma máquina política expressiva para se movimentar visando a volta para a Câmara dos Deputados, que há uma década está distante desde que perdeu a reeleição em 2006.

RÁPIDAS

Mérito – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, disse ontem que o tribunal pode a vir julgar o mérito do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, e que por enquanto o rito do impeachment está transcorrendo em absoluta sintonia com o que decidiu o STF.

Conclusão – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que pretende concluir na noite de amanhã a votação sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo Renan, seu plano é começar a sessão às 9h de quarta e seguir o seguinte cronograma: suspensão às 12h, retorno às 13h, interrupção novamente, desta vez às 18h, e então a votação às 19h, de maneira eletrônica.

Inocente quer saber – Os ministeriáveis pernambucanos perderam força nos últimos dias?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 9 de maio de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

Geraldo precisa fazer valer a paternidade de obras no Recife 

Com quarenta meses de gestão, o prefeito do Recife Geraldo Julio já entregou Upinhas 24 horas, Academias Recife, Compaz, a Via Mangue e hoje entrega o Hospital da Mulher. Apesar de um cenário de crise que assola o país, o prefeito tem conseguido realizar entregas significativas, que ficarão como legado para o Recife nas áreas de mobilidade urbana, saúde, educação e lazer.

Qualquer gestor que entregasse a quantidade de obras que o socialista entregou nesses quarenta meses estaria com uma popularidade significativa e lideraria com folga a disputa pela reeleição. Porém esse ainda não é o caso de Geraldo Julio, que ostenta uma aprovação relativamente baixa e nas sondagens dos partidos, sua candidatura lidera o processo mas ainda está longe de liquidar a fatura no primeiro turno.

Talvez o prefeito não esteja conseguindo capitalizar politicamente as entregas da gestão. Para efeito de comparação o ex-prefeito João Paulo conseguia manter uma excelente imagem perante o eleitorado porque sua comunicação institucional era bastante eficiente. No caso de Eduardo Campos, padrinho de Geraldo, o cenário era ainda melhor. Eduardo conseguia canalizar e capitalizar politicamente com qualquer obra do seu governo. Não obstante atingiu 83% dos votos válidos na busca pela reeleição, enfrentando ninguém menos que o então adversário figadal e ex-governador Jarbas Vasconcelos.

Geraldo precisa passar emoção nas peças da prefeitura e durante a campanha é fundamental que ele consiga sensibilizar o eleitorado mostrando que apesar das dificuldades gigantescas, tem feito de um limão azedo uma doce limonada. Claro que a gestão do prefeito tem equívocos e aspectos negativos, mas diferentemente dos seus quatro últimos antecessores (Jarbas, Roberto, João Paulo e João da Costa), Geraldo enfrentou uma crise sem precedentes no país, que interferiu diretamente na sua gestão.

Não custa lembrar da importância de fazer valer bem as entregas, defender o seu legado de forma que a população tenha essa percepção. Isso fará grande diferença no processo eleitoral de 2016, muito mais do que a saída de qualquer adversário direto.

Desfecho – O prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes espera a conclusão do impeachment essa semana para dar um desfecho ao processo de escolha sobre o candidato a sua sucessão, que pode ser Conceição Nascimento ou Evandro Avelar, que apresenta grande fsvoritismo para ser o escolhido.

Cabo – O deputado Betinho Gomes demonstrou grande prestígio ao contar com a presença do vice-governador Raul Henry e do ex-governador Jarbas Vasconcelos em ato que anunciou a aliança entre o PSDB de Betinho e o PMDB de Jarbas para a disputa pela prefeitura do Cabo.

TSE – O ministro Gilmar Mendes, que em breve presidirá o TSE, afirmou que a Côrte não deverá dissociar o processo de cassação da chapa Dilma/Temer. Mendes acredita que poderá até haver uma atenuação na pena a Michel Temer por não ser o titular da chapa, mas dificilmente ele sairá completamente ileso.

Acordo – O juiz federal Sérgio Moro homologou o acordo de leniência entre a empreiteira Andrade Gutierrez e o Ministério Público Federal. Em troca de poder continuar mantendo contratos com o poder público, a empresa aceitou pagar R$ 1 bilhão em multas, além de garantir a colaboração em todas as investigações de corrupção que possa estar envolvida.

RÁPIDAS

Últimos dias – A presidente Dilma Rousseff começa hoje a última semana do seu governo, quando deverá ser afastada pelo Senado no máximo até quinta-feira. Dificilmente Dilma conseguirá voltar ao cargo após os 180 dias.

Ricardo Costa – Pré-candidato a prefeito de Olinda, o deputado Ricardo Costa (PMDB) montou uma equipe de técnicos competentes lideradas por José Arlindo Soares visando apresentar um programa de governo bastante inovador para a cidade.

Inocente quer saber – Quantos vereadores o chapão liderado pelo PSB elegerá no Recife?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 7 de maio de 2016

Coluna do blog deste sábado

Não dá pra juntar todo mundo 

O futuro presidente Michel Temer está incorrendo no mesmo erro que culminou na queda de Dilma Rousseff, quando está negociando cargos a torto e a direito, praticando o mesmo toma lá dá cá que ocorreu nos últimos governos do PT. Temer ainda não se deu conta de que esse presidencialismo de coalizão perdeu sentido, pois foi exatamente por conta dele que a política brasileira degringolou. Repetir os mesmos erros do PT é assinar o atestado de óbito de um governo que sequer começou.

Temer quer governar com os quase todos os partidos, excetuando o PT, o PSOL, o PDT e o PCdoB. Essa estratégia custa caro ao país, e pode custar o seu mandato, pois há um nível de insatisfação generalizada com a classe política. Querer formar maioria superficial através da distribuição de cargos é ser mais do mesmo. Não foi pra isso que milhares de brasileiros foram às ruas pedir a saída de Dilma Rousseff.

Do ponto de vista econômico o país retrocedeu no governo Dilma de tal maneira que ainda que haja uma melhora econômica no governo Temer, podemos considerar que a década estará perdida. Porém, se os próximos dois anos e meio forem de um governo como o de Dilma, haja vista que Temer está cometendo os mesmos pecados políticos, entraremos na próxima década com grandes chances de ser novamente perdida.

Temer ainda não entendeu do contexto histórico que pode ser o seu governo, e pra isso ele precisa fazer diferente. Maioria se constrói principalmente com boas práticas. Construir uma maioria sedimentada no clientelismo e no toma lá dá cá é o mesmo que construir um prédio sem fortalecer a fundação, naturalmente o governo irá implodir.

Juntar todo mundo no governo é sinal de confusão, e uma certeza absoluta de que tudo dará errado, pois no primeiro sinal de problema, os ratos pularão do barco e o comandante vai terminar afundando e morrendo afogado.

Cidades – O deputado Bruno Araújo caminha fortemente para assumir o poderoso ministério das Cidades. A cúpula estadual do PSDB já dá como certa a sua nomeação para o posto. Responsável pelo 342º voto pelo impeachment, Bruno sempre foi um ferrenho opositor do PT, e terá agora o grande salto da sua vida pública.

PEN – Como o blog havia antecipado, a relação interna no PEN está esfacelada. O racha se dá entre Romero Cavalcanti, presidente estadual da sigla e o vereador da capital, Davi Muniz. A executiva estadual interviu na comissão municipal e nomeou o empresário José Pinteiro como novo presidente municipal. Isto caiu como uma bomba no partido, que montou uma boa chapa de candidatos a vereador e agora está neste clima de insegurança e indefinição.

Thiago Dias – O empresário Thiago Dias, pré-candidato a vereador do Recife pelo PSDB, reuniu ontem no Barchef uma série de empresários do ramo de eventos que apoiarão a sua candidatura. Além deles, o deputado federal Daniel Coelho, pré-candidato a prefeito do Recife, compareceu ao evento e afirmou que considera a candidatura de Thiago como essencial para o partido emplacar representantes na Casa José Mariano.

Tasso Jereissati – O senador cearense Tasso Jereissati (PSDB) ganhou força para assumir o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Michel Temer. A pasta atualmente é ocupada pelo senador pernambucano Armando Monteiro, que estará voltando para o Senado na próxima semana para votar contra o impeachment de Dilma Rousseff.

RÁPIDAS

Recusa – O deputado federal Roberto Freire, que apesar de pernambucano exerce o mandato por São Paulo foi convidado para assumir o ministério da Cultura de Temer. Freire decidiu declinar do convite, mas disse a Temer que se fosse convidado para a Ciência e Tecnologia aceitaria a indicação. O problema é que a pasta foi oferecida ao PRB que pretende indicar um pastor evangélico para o posto.

Claucione Lemos – Em grande ato político realizado ontem em Ponte dos Carvalhos com a presença do vice-governador Raul Henry, dos deputados Betinho Gomes e Jarbas Vasconcelos e do prefeito Elias Gomes, a pré-candidata a vereadora Claucione Lemos reafirmou a importância do protagonismo feminino na nova política do país.

Inocente quer saber – Pernambuco emplacará quatro ministros no governo Michel Temer?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 6 de maio de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

O reinado de Cunha enfim acabou 

Exercendo o quarto mandato de deputado federal, Eduardo Cunha, que havia sido líder do PMDB na Câmara durante o final do primeiro governo Dilma Rousseff, se elegeu presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2015 com 267 votos contra a vontade de Dilma e do Palácio do Planalto. Por algumas vezes vestiu-se de incansável defensor do governo, por outras implacável opositor, sendo responsável pela abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff que culminou com 367 votos no afastamento de Dilma do cargo pela Câmara dos Deputados.

Profundo conhecedor do regimento interno da Câmara e possuidor de grande influência junto aos pares, Eduardo Cunha se destacou pela sua frieza no exercício do cargo de presidente, chegando por muitas vezes a se achar acima da Lei e dos próprios pares. Utilizou do seu conhecimento jurídico e da sua influência para postergar ao máximo o pedido de sua cassação no Conselho de Ética, com manobras regimentais que lhe garantiram por muito tempo no cargo.

A saída de Cunha do cargo era uma mera questão de tempo, pois ele tem seu nome envolvido em inúmeros escândalos de corrupção desde que iniciou a sua vida pública. Responde a oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal e não merece continuar num dos cargos mais importantes da República e que poderia se tornar o segundo na linha de sucessão da presidência caso Dilma seja impichada pelo Senado.

A decisão do ministro Teori Zavascki, corroborada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal, era mais do que esperada, pois não havia mais a menor condição da continuidade de Cunha no cargo, e tem um desdobramento extremamente favorável ao futuro presidente Michel Temer, que assumirá o cargo sem a sombria presença de Cunha no protagonismo político brasileiro. Essa, inclusive, era uma grande preocupação do núcleo do futuro presidente, que temia ser associado a alguém que estava mais do que complicado na Lava-Jato.

O reinado de Cunha está no fim, assim como o de Dilma Rousseff. Os brasileiros esperam que a partir de agora, com um novo presidente da República e um novo presidente da Câmara, o Brasil possa definitivamente virar a página e encontrar o caminho da saída da crise política e econômica em que está afundado.

Jarbas Vasconcelos – Apesar de não estar procurando cargos, o deputado Jarbas Vasconcelos  (PMDB) não hesitaria de assumir um ministério caso fosse convidado por Michel Temer. Jarbas, por sinal, afirmou a Temer que não seria uma boa escolha a nomeação de Romero Jucá, Henrique Alves e Geddel Vieira Lima para a sua equipe ministerial.

Mendonça Filho – O deputado Mendonça Filho (DEM) está muito cotado para o ministério da Educação. Inicialmente ele estava próximo de ser ministro das Comunicações, porém o seu perfil mais ligado ao setor, já que quando vice-governador foi responsável pela implementação das escolas em tempo integral em Pernambuco, deve levá-lo a ficar mesmo na Educação de Temer.

Nulidade – A ação rápida do ministro Teori Zavscki foi uma resposta a ADPF da Rede Sustentabilidade, que poderia ensejar, em caso de procedente, na nulidade dos atos praticados por Eduardo Cunha no cargo de presidente, que atingiria diretamente o processo de impeachment de Dilma na Câmara que já tramita no Senado e está em vias de ser aprovado.

Rogério Rosso – Com o afastamento de Eduardo Cunha do mandato e da presidência da Câmara, cresce um movimento para que a Casa escolha um novo presidente, que seria o deputado Rogério Rosso (PSD/DF), presidente da Comissão do Impeachment, e que tem a simpatia do Palácio do Jaburu e de parte significativa dos membros da Câmara dos Deputados.

RÁPIDAS

Aproveitando – Num evento em sua Fazenda em Paudalho, que contou com a presença do governador Paulo Câmara, o deputado Romário Dias (PSD) afirmou ao presidente da Alepe deputado Guilherme Uchoa (PDT) que ele aproveitasse os oito meses que lhe restam na presidência da Casa Joaquim Nabuco, pois a partir de 2017 a presidência seria de Romário.

Blairo Maggi – O senador Blairo Maggi, um dos maiores produtores agrícolas do país, deverá se filiar ao PP para assumir o ministério da Agricultura no eventual governo Michel Temer. O partido pretende ficar com a Caixa, o ministério da Saúde e o ministério da Agricultura.

Inocente quer saber – O que fazia o ex-deputado João Paulo perto da comissão do impeachment no Senado ontem em Brasília?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 5 de maio de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

Se ceder demais, Temer começará mal seu governo 

Em vias de assumir interinamente por até 180 dias à presidência da República, Michel Temer precisa fazer diferente do que a sua companheira de chapa e antecessora Dilma Rousseff fez. Um dos principais sinais será reduzir a máquina  pública a começar pelo número de ministérios. O número ideal é algo em torno de 25 pastas na Esplanada, que já foi de 39 e atualmente é de 32. Essa diferenciação será um recado claro ao país e igualmente fundamental para que o futuro governo ganhe credibilidade junto ao povo brasileiro.

Na construção de uma falsa maioria, Temer está reticente em reduzir ministérios, querendo agradar a gregos e troianos e poderá incorrer no mesmo erro que levou Dilma Rousseff à guilhotina. Num momento de crise, cortar da própria carne é uma forma de ganhar a sociedade para o seu lado. Tendo a sociedade, o Congresso vem por osmose. Já o inverso raramente se consegue alcançar. Apesar de serem necessárias algumas reformas, que exigem maioria qualificada no Congresso, não dá para governar com todo mundo. Os deputados e senadores precisam votar pelos interesses do país e não por conta dos seus próprios interesses.

Outro fator é que Temer não pode ceder aos partidos a ponto de indicar ministros sem estatura política e sobretudo administrativa para o cargo. Isso fará com que o fisiologismo prevaleça nas discussões entre alguém sem capacidade para assumir o cargo e entes que dialogarão com o ministro. Se fosse pra ser mais do mesmo, não haveria motivos para trocar Dilma Rousseff.

A inflação segue elevada, o desemprego idem, e isso só será revertido com provas cabais de que o governo Temer estará no caminho certo. O que neste exato momento ele não tem feito. É importante que Temer também tenha a sensibilidade de não convocar pessoas que estejam envolvidas direta ou indiretamente na operação Lava-Jato, e que naturalmente poderão trazer instabilidade ao governo com o avanço das investigações.

Temer precisa se impor como presidente da República, porque é isso que ele será a partir do dia 12 de maio, se ceder demais correrá sérios riscos de terminar como Dilma Rousseff.

Luciano Siqueira – Existe uma tese defendida pela Frente Popular de que o vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB) precisa ser mantido na chapa de reeleição do prefeito Geraldo Julio, primeiro pra não gerar disputa entre nomes e partidos pelo posto, segundo pelo histórico de que quando Roberto Magalhães trocou o vice Raul Henry por Sérgio Guerra acabou perdendo a reeleição para João Paulo em 2000.

Capitalizar – Mesmo tendo recebido a Via Mangue com apenas 40% e entregou a obra recentemente ao povo recifense, o prefeito Geraldo Julio pouco tem capitalizado politicamente esse feito. Afinal, é a maior obra de mobilidade dos últimos anos, e após caminhar a passos de tartaruga nas gestões do PT, enfim foi entregue aos recifenses, contribuindo para melhorar consideravelmente o tráfego na Zona Sul.

Bruno Araújo – Ficou a cargo do deputado Bruno Araújo informar oficialmente a Daniel Coelho que sua candidatura foi rifada. O PSDB estadual e o nacional defendem o alinhamento com a reeleição do prefeito Geraldo Julio, prezando pela aliança com o governador Paulo Câmara no estado e retribuindo o apoio dado pelo PSB a Aécio Neves no segundo turno de 2014.

Ministros – Dificilmente Pernambuco emplacará Bruno Araújo, Mendonça Filho, Fernando Filho, Augusto Coutinho e Raul Jungmann no ministério de Michel Temer. Pelo menos dois ficarão de fora da Esplanada. Fernando Filho está praticamente certo na Integração Nacional, pasta ocupada pelo pai, o senador Fernando Bezerra Coelho.

RÁPIDAS

Armando Monteiro – De volta ao Senado, Armando Monteiro se dedicará a reorganizar a tropa do PTB no estado, visando as eleições de 2016 mas sobretudo as de 2018, quando Armando deverá buscar uma cadeira na Câmara dos Deputados.

Virou pó – Pesquisas qualitativas apontam que a popularidade do ex-prefeito João Paulo no Recife virou pó. Por isso ele praticamente desistiu de disputar a prefeitura do Recife em outubro, e está examinando a hipótese de tentar uma cadeira na Câmara Municipal para não ficar sem cargo público até 2018.

Inocente quer saber – O ex-governador Joaquim Francisco assumirá o comando da Sudene no governo Michel Temer?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 4 de maio de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

Abertura de inquéritos contra Lula e Dilma é pá de cal no PT 

O procurador-geral da República Rodrigo Janot solicitou ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquéritos contra o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff por obstrução a justiça no caso da nomeação de Lula para o ministério da Casa Civil.

Não obstante, Janot também incluiu o ex-presidente numa denúncia que envolve o senador Delcídio Amaral, o banqueiro André Esteves, e os empresários José Carlos e Mauricio Bumlai. Na denúncia, o procurador afirmou que Lula não só tinha conhecimento do Petrolão como também era um dos seus mentores.

A movimentação acontece na véspera da votação do relatório da comissão do impeachment no Senado, que tem um placar desfavorável para o governo de 16 x 5 pelo prosseguimento do impedimento de Dilma Rousseff. Isso naturalmente garante a consolidação do relatório na comissão especial e ganha contornos mais complexos para Dilma Rousseff no Senado, que já está com os votos suficientes para ter o seu afastamento decretado pelo plenário.

Se havia qualquer chance de o impeachment ser revertido, ainda que remota, isso inexiste mais após a situação dificilima de Lula e Dilma. Como consequência é evidente que a dupla que ocupou a presidência do país por 13 anos terá sérias dificuldades para se resolver com a justiça brasileira. Não há mais chances de Lula, Dilma e o PT se recuperarem politicamente disso tudo pós-impeachment, isso é fruto da falta de limites que quatro eleições presidenciais permitiram ao PT.

Porém nada na vida é para sempre. O PT hoje caminha para o seu sepultamento moral e ético, inviabilizando qualquer perspectiva de poder no curto e médio prazo. Se há um culpado, esse é o próprio PT. Janot colocou a pá de cal que restava.

Injustiça – Caso sejam confirmadas as convocações de pelo menos dois deputados federais para o ministério de Michel Temer, a Frente Popular terá nada menos que seis suplentes em exercício, tendo deputado federal com pouco mais de vinte mil votos. Já entre os suplentes de deputado estadual, Roberta Arraes e Maviael Cavalcanti seguem sem assumir mandatos na Alepe mesmo tendo quase quarenta mil votos cada um.

Responsabilidade – A tese defendida pelo prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara de o PSB não assumir cargos no governo Temer fere a responsabilidade política que o partido precisa ter com o Brasil. Participar do governo Temer é mais do que ocupar um ministério, é contribuir diretamente para tirar o país do atoleiro. Qualquer outra atitude que não seja essa é lavar as mãos para a situação do país.

Espaço – Com 47 deputados federais, dentre eles os pernambucanos Eduardo da Fonte e Fernando Monteiro, e seis senadores, o Partido Progressista ficará com os ministérios da Saúde e da Agricultura e a presidência da Caixa Econômica Federal no governo Michel Temer. O espaço destinado ao partido é infinitamente maior do que o ofertado por Lula e Dilma.

Apelo – O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) fez um apelo na tribuna da Alepe ontem sobre dois projetos de sua autoria que não foram ao plenário para serem votados. Um deles é o PL 1733/2013 que institui a criação do Códigos de Procedimentos Processuais de Pernambuco e o outro o PL 331/2015 que regulamenta a colocação de placas informativas em todos shows públicos realizados pelo município.

RÁPIDAS

Chances – Caso o ministério do Trabalho fique com o Solidariedade são grandes as chances de Augusto Coutinho assumir o cargo. É que o presidente nacional da sigla deputado Paulinho da Força decidiu indicar apenas o pernambucano para o posto.

Thiago Dias – O empresário Thiago Dias, sobrinho do deputado Romário Dias (PSD) decidiu se lançar candidato a vereador do Recife pelo PSDB. Thiago tem excelente relação com o deputado Daniel Coelho que é pré-candidato a prefeito do Recife e pode ser uma das surpresas na disputa.

Inocente quer saber – Lula conseguirá escapar do juiz Sérgio Moro?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

  • « Página anterior
  • 1
  • …
  • 32
  • 33
  • 34
  • 35
  • 36
  • …
  • 68
  • Próxima página »

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

 

Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

Saiba mais

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

Lista de Links

  • Celebridades
  • Minha Saúde
  • Nocaute
  • Radar dos Concursos
  • Torcida

Copyright © 2025 · Atlas Escolar On Genesis Framework · WordPress · Login