Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 26 de maio de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

Geraldo Julio terá reeleição dificílima

Prestes a entrar no último mês do primeiro semestre, lembro que falei aqui neste espaço que o primeiro semestre definiria a viabilidade de Geraldo Julio. Fazendo uma gestão com alguns acertos e entregas importantes, como Compaz, Upinhas, Via Mangue e Hospital da Mulher, o cenário para o prefeito era pra ser voando em céu de brigadeiro. Porém, as pesquisas internas tanto do PSB quanto de partidos da oposição apontam uma situação dificilima para o gestor.

Geraldo não conseguiu criar uma identidade com o eleitor, o que traz sérios desdobramentos para a disputa. Além disso o cenário político do impeachment de Dilma Rousseff influenciou diretamente na disputa pela prefeitura do Recife, pois o DEM de Priscila Krause e o PSDB de Daniel Coelho assumiram ministérios importantes e praticamente consolidaram as candidaturas deles a prefeitura após a ruptura do PSB com esses partidos.

Como se não bastasse, uma série de partidos menores estão dispostos a não ficar alinhados com o PSB nas disputas municipais, e em Recife não seria diferente. Já há um movimento silencioso de migrar para projetos distintos do prefeito do Recife. Isso fortalece a tese de segundo turno, que hoje é praticamente fato consumado de acordo com as sondagens internas dos partidos. E naturalmente todos aqueles candidatos que ficarem de fora da segunda etapa apoiarão o adversário de Geraldo.

O prefeito não conseguiu fazer as suas boas ações serem identificadas pelo eleitor. Não conseguiu também se mostrar um sucessor a altura de Eduardo Campos como por muitas vezes tentou. Um indicativo claro de que Geraldo não conseguiu foi a tentativa sem sucesso de tirar Daniel Coelho e Priscila Krause da disputa. Se conseguisse, estaria com a reeleição sacramentada, como não conseguiu acabou demonstrando uma certa fraqueza na liderança política que ele buscava construir.

Pelos próximos dias novas baixas poderão ocorrer, o que coloca em risco a hegemonia do PSB em Pernambuco, construída com maestria pelo ex-governador Eduardo Campos. Não há nada perdido para o prefeito, pois em eleição pode acontecer tudo inclusive nada. Mas uma coisa está cristalina: a estratégia precisa ser revista urgentemente.

Fazenda – O governador Paulo Câmara indicou Marcio Stefanni para a secretaria de Planejamento e Gestão substituindo Danilo Cabral que voltou para a Câmara dos Deputados. Stefanni estava na Fazenda e agora seu substituto será o economista Marcelo Barros, que estava na Perpart e foi secretário de Finanças da prefeitura do Recife na gestão de João da Costa. Sem dúvidas foi uma excelente escolha do governador a nomeação de Marcelo.

Vice – O prefeito Geraldo Julio parece que foi convencido de não trocar o vice-prefeito Luciano Siqueira da chapa. Não que Luciano seja insubstituível ou que o PCdoB seja grande coisa, mas se deu conta que a mudança poderia gerar uma disputa interna que pudesse causar maiores problemas para o socialista dentro da Frente Popular.

Gol contra – O ministro da Educação Mendonça Filho cometeu um erro estratégico ao convidar o ator Alexandre Frota para uma reunião em seu gabinete. Frota é uma figura bastante polêmica que tem vários questionamentos da sociedade quanto aos seus posicionamentos pessoais. Mendonça poderia ter evitado a reunião que em nada acrescentou a sua pasta.

Avaliador – O Tribunal de Justiça de Pernambuco possui apenas um profissional para fazer a avaliação dos imóveis envolvidos em questões judiciais em todo o estado. Num inventário que tramita há mais de vinte anos na Quarta Vara de Sucessões da Capital, existem três imóveis a serem avaliados desde dezembro do ano passado e ainda não foi realizado por falta de pessoal.

RÁPIDAS

Complicados – Depois de Romero Jucá, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado implicou o presidente do Senado Renan Calheiros e o ex-presidente da República José Sarney com áudios gravados em conversas de Sérgio com eles que deixam Sarney e Renan em situação complicada, bem como outros nomes citados nos diálogos.

Bom começo – O presidente Michel Temer conseguiu aprovar no Congresso Nacional a revisão da meta fiscal com certa tranquilidade. Isso faz com que haja um ânimo do Planalto em agilizar o impeachment de Dilma Rousseff e garantir as ações necessárias para tirar o Brasil do atoleiro que o PT colocou.

Inocente quer saber – Depois de Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá, Sergio Machado vai complicar mais alguém?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 25 de maio de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

Uma decisão que significa retrocesso 

Todo o meio político pernambucano foi pego de surpresa na última segunda-feira com uma multa para a deputada estadual Priscila Krause por ter impulsionado no Facebook um vídeo de inserção partidária que discute os temas da política e consequentemente enaltece o seu partido, o Democratas, e a figura da parlamentar.

Tal medida configura um grande retrocesso, pois considerar propaganda irregular a profusão de ideias numa rede social utilizando de um impulsionamento cujo valor é acessível a quase todos os pré-candidatos a prefeito e a vereador, significa cercear a liberdade de expressão que é permitida a qualquer cidadão.

Para se ter uma ideia, com apenas R$ 10,00 uma empresa ou político consegue atingir cerca de quatro a cinco mil pessoas e que o internauta tem o livre arbítrio para olhar ou não determinada postagem. Afirmar que fere a isonomia econômica dos pré-candidatos, como foi dito na decisão do juiz, Dr. Clicério Bezerra, é de uma falta de sintonia com a realidade absurda.

Por exemplo, o que custa mais caro? Impulsionar uma postagem numa rede social ou espalhar outdoors por toda a cidade com a foto de um pré-candidato e com seu nome para fortalecer seu projeto? Óbvio que a segunda alternativa está completamente distante da maioria dos postulantes à uma cadeira na Câmara Municipal ou ao cargo de prefeito.

A decisão serve para que se discuta a internet nas redes sociais. Quase todas as empresas estão migrando para a divulgação na web por ser mais barato e muito mais eficiente que a propaganda nas mídias tradicionais. Seria diferente com a política? Isso é absolutamente legítimo e faz parte do processo democrático que o candidato possa se aproximar do eleitor, que assim como o cliente de uma empresa precisa ser conquistado através da propaganda, o eleitor poderá “consumir” as ideias dos políticos para fazer o seu juízo de valor e tomar a sua decisão com o máximo de segurança possivel.

A legislação eleitoral para a web ainda é algo muito incipiente e precisa que seja discutida. Não podemos esperar do nosso judiciário que ele seja um inibidor da aproximação eleitor/candidato. Seria muito pertinente que o magistrado revisse sua posição sob pena de inviabilizar a discussão legitima, democrática e saudável da política nas redes sociais. É absolutamente condenável a utilização desses mecanismos para disseminar mentiras, atacar reputações, etc, mas apresentar idéias, tal como fez Priscila e muitos outros políticos é extremamente salutar. Proibir esse tipo de mecanismo na fase pré-eleitoral é engessar a discussão e beneficiar as velhas estruturas de poder que buscam diariamente se perpetuar nele. O mundo mudou e a política precisa seguir essa mudança, toda e qualquer chance de discutir ideias é bem-vinda no intuito de fortalecer cada vez mais a nossa democracia.

Verba – Em reunião com o ministro do Turismo Leonardo Picciani em Brasília, o secretário Felipe Carreras garantiu R$ 4 milhões para a requalificação do Centro Esportivo Santos Dumont em Boa Viagem, cuja reforma está orçada em R$ 20 milhões e tem previsão de quase dois anos para a conclusão da obra.

Hub – O hub da Latam que estava meio moribundo ganhou força com a chegada de Raul Jungmann ao ministério da Defesa, que é responsável pela doação do terreno de propriedade da Força Aérea Brasileira em torno do aeroporto dos Guararapes. Jungmann esteve reunido ontem com o governador Paulo Câmara e parece que as coisas voltarão a clarear. Pernambuco disputa com Ceará e Rio Grande do Norte pela vinda do empreendimento.

CPI – O deputado Alberto Fraga (DEM/DF) estará protocolando o requerimento de criação da CPI da Lei Rouanet, que tem 202 assinaturas. Eram necessárias apenas 171. A Comissão Parlamentar de Inquérito, se instaurada, poderá abrir a caixa preta dos financiamentos de eventos culturais nos governos do PT, que são pra lá de questionáveis.

Fernando Monteiro – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia do Futebol, ouviu ontem o jornalista Jamil Chade, em audiência pública solicitada pelo relator da comissão, deputado Fernando Monteiro (PP). Correspondente na Europa do jornal O Estado de S. Paulo, com 15 anos de cobertura da Fifa, Jamil Chade teve acesso aos documentos da investigação do FIB. Há um ano, dirigentes e empresários ligados a Fifa foram presos na Suíça. Segundo as investigações, cartolas do futebol movimentaram 150 milhões de dólares em propina e suborno.

RÁPIDAS

Medida – O presidente Michel Temer decidiu antecipar a devolução de R$ 100 bilhões pelo BNDES dos empréstimos feitos ao Tesouro em três parcelas. O valor servirá para abater parte da dívida pública do país. Esta medida economizará R$ 7 bilhões por ano ao tesouro.

Fundo e gastos – Além da devolução dos recursos do BNDES, Temer utilizará os R$ 2 bilhões do Fundo Soberano para pagar a dívida pública, e também estabelecerá um teto para os gastos públicos, cujo gasto primário saltos de 14% do PIB em 1997 para 19% em 2015.

Inocente quer saber – Qual será o próximo ministro de Michel Temer a cair?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 24 de maio de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Jucá foi o maior pecado de Temer 

O presidente Michel Temer, como todo e qualquer político, comete equívocos. Em apenas dez dias do seu governo já conseguiu se envolver em algumas confusões, como por exemplo a falta de mulheres no primeiro escalão do seu governo, caracterizando um tom machista a sua equipe, o que não necessariamente foi um equívoco, mas que acabou dando pano pra manga da agora oposição capitaneada pelo PT descer a lenha em seu governo.

Igualmente na formação do ministério, Temer decidiu fundir a Cultura ao Ministério da Educação, o que vale salientar, não era nenhuma novidade, pois até o governo Sarney em 1985 a pasta era uma só. Como foram reduzidas várias pastas – de 32 para 23 – era natural que uma ou outra crítica pudesse surgir, mas igualmente não configuraria um equívoco. A crítica do PT e de segmentos beneficiados pela Lei Rouanet fez com que Temer voltasse atrás e decidisse recriar o MinC, numa clara demonstração de fraqueza do seu governo, pois as críticas petistas jamais cessarão e nada do que Temer venha a fazer será reconhecido pelos opositores, que realizam a oposição pela oposição, sem qualquer compromisso com a verdade e muito menos com o país.

Porém o maior pecado de Temer não foi o fato de não convocar mulheres, fundir e depois recriar o MinC. Um pecado mortal foi entregar o ministério do Planejamento a um político sabidamente encrencado com a Justiça. Romero Jucá é um dos mais influentes senadores do Brasil, porém tem um imenso telhado de vidro. Foi no mínimo ingenuidade acreditar que ele sairia ileso de qualquer denúncia.

O cerne da questão é que Temer não poderia, em hipótese alguma, correr o risco de ter seu governo contaminado por qualquer denúncia, seja de corrupção ou seja de obstrução à Justiça como ocorreu com Jucá. Não vale a pena vender a alma ao Diabo para se manter no poder, porque uma hora a fatura chega e fica difícil de pagar. O áudio de Jucá, que aponta ele tentando sabotar a Lava-Jato, é um tiro no coração de um governo que carece de respaldo social e popular. Convocar Jucá foi o maior pecado de Michel Temer, que deu margem significativa para que sejam colocadas em xeque as suas intenções de fazer um governo de salvação nacional.

Se Temer não se der conta da sua responsabilidade neste momento histórico, corre sério risco de ter um fim igual ao de Dilma Rousseff e de Collor. Afinal de contas, ele vai querer qual lugar na história? Um Itamar Franco melhorado ou um Café Filho piorado?

Meta – O presidente Michel Temer foi pessoalmente ao Congresso Nacional entregar a proposta de revisão da meta fiscal ao presidente do Senado Renan Calheiros. A nova meta prevê um déficit de R$ 170,5 bilhões e deverá ser votada hoje pelo Congresso, sob pena de paralisar serviços essenciais do país por absoluto engessamento do orçamento apresentado por Dilma que previa um superávit de R$ 24 bilhões.

Obstrução – Demonstrando que não há qualquer compromisso com o Brasil e sim com o PT, o senador Humberto Costa decidiu fazer obstrução na sessão de hoje que votará a revisão da meta fiscal. Tal decisão aponta que não há qualquer ressentimento ou culpa do governo anterior pela situação que colocaram o país. Humberto sabe que é um cadáver político, mas poderia ter um fim mais digno se mostrando um senador acima das questiúnculas políticas e em defesa do bem do país.

Desânimo – Ciente do desgaste do PT, o ex-deputado João Paulo não está nem um pouco animado com a hipótese de disputar a prefeitura do Recife pela quarta vez. João Paulo poderá sair infinitamente menor da eleição, pois seria a sua terceira derrota majoritária em apenas quatro anos. João Paulo trabalha com o cenário de ser candidato a vereador, pois passaria a ter uma estrutura de gabinete para tentar voltar ao mandato de deputado federal em 2018.

Anderson Ferreira – Pré-candidato a prefeito de Jaboatão dos Guararapes pelo PR, o deputado federal Anderson Ferreira não estaria nem um pouco interessado no apoio formal do Palácio do Campo das Princesas à sua postulação. Anderson teria avaliado internamente que o apoio do governador Paulo Câmara poderia lhe tirar votos em vez de ajudar.

RÁPIDAS

Sozinho – Um interlocutor de Anderson Ferreira afirmou que os mandatos obtidos pelos Ferreira na política não dependem em hipótese alguma das grandes estruturas de poder. Sendo o quinto federal mais votado e seu irmão André Ferreira o quarto estadual, Anderson não deve nada ao PSB e muito menos ao governador Paulo Câmara.

Secretaria – O deputado federal Eduardo da Fonte não quer apenas o Porto do Recife para o PP. Dudu espera ter uma secretaria no governo Paulo Câmara, pois o seu partido tem dois deputados federais e cinco deputados estaduais, sendo a segunda maior bancada da Alepe, perdendo apenas para o partido do governador, o PSB.

Inocente quer saber – O nível das eleições municipais deste ano já começou a baixar?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 23 de maio de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

O presidenciável José Serra

Aos 74 anos, o economista José Serra já foi deputado federal, ministro do Planejamento e da Saúde, prefeito, governador, senador, duas vezes candidato a presidente da República e atualmente ocupa o cargo de ministro das Relações Exteriores do presidente Michel Temer se licenciando do cargo de senador, obtido nas eleições de 2014.

Workaholic por natureza, José Serra é um dos homens públicos mais preparados do Brasil, e teve a falta de sorte em 2002 quando foi um candidato de continuidade num momento em que o eleitor gostaria de mudança e em 2010 quando era candidato de mudança e o povo procurava continuidade. Nas duas eleições que disputou perdeu para Lula e Dilma Rousseff.

Mesmo diante das derrotas, Serra sonha dia e noite com o cargo de presidente da República. Não pela vaidade dos políticos habituais, mas sim por acreditar que tem um dever com o país. Dentro do PSDB Serra estava isolado, pois era um azarão numa disputa interna entre Aécio Neves e Geraldo Alckmin pela indicação do partido para a disputa de 2018 e até três meses atrás era incogitável que ele pudesse figurar numa disputa presidencial.

Com a confirmação da sua ida para as Relações Exteriores ocupando o cargo de chanceler brasileiro, a situação começou a mudar. Pois ele passou a ter uma oportunidade no executivo de fazer o que mais gosta, que é realizar as coisas, fato que no legislativo há uma maior imobilidade. No cargo, Serra já se mostra o mais ativo auxiliar do presidente Michel Temer, recuperando o prestígio que as Relações Exteriores não tinha há muito tempo.

Ele usará desta vitrine para se tornar mais presidenciável do que nunca, e caso o governo Temer seja exitoso, ele poderá ser um candidato de continuidade num momento em que haja um clamor por continuidade por parte da sociedade. Pode ser que desta vez ele tenha mais sorte de ser o homem certo, na hora certa e no lugar certo para realizar o sonho da sua vida pública: chegar ao Palácio do Planalto.

Mico – Pré-candidato a prefeito do Cabo de Santo Agostinho, o deputado Lula Cabral realizou um evento do seu partido na cidade. Até aí tudo bem. O problema é que choveram denúncias nas redes sociais de que o socialista estava distribuindo cem reais para as pessoas que participassem do evento. Num momento em que vivemos é inadmissível que as velhas práticas sejam mantidas, sobretudo pra quem quer voltar ao cargo de prefeito após indicar um péssimo sucessor.

Araripina – O prefeito Alexandre Arraes (PSB) participou de evento no final de semana ao lado do vereador Tião do Gesso, que poderá ser o candidato a sua sucessão em outubro no distrito de Lagoa do Barro. Alexandre segue buscando fortalecer o seu grupo político, que poderá contar ainda em 2016 com a ida de Roberta Arraes para a Alepe.

Reatando – Arrependido do movimento brusco de solicitar os cargos do PSDB e do DEM no seu governo, o governador Paulo Câmara tem procurado sistematicamente membros dos dois partidos a fim de desfazer o imbróglio que ele próprio criou sem analisar as consequências. Os tucanos e democratas aceitam conversar, mas esperam que o tratamento seja diferente do que foi dispensado a eles recentemente.

Chapa – Uma das principais apostas do Democratas para a Câmara do Recife é Rogério Magalhães, que é sobrinho do ex-governador Roberto Magalhães e defensor do projeto de Priscila Krause a prefeita do Recife. O problema é que o partido não tem chapa proporcional e apesar de poder ter uma boa votação, Rogério corre o risco de repetir Waldemar Borges em 2004 e Edilson Silva em 2012, cujos partidos não atingiram o quociente eleitoral e eles acabaram não se elegendo.

RÁPIDAS

Definição – Não deve passar do dia 31 deste mês a decisão de Elias Gomes sobre quem será o candidato a sua sucessão em outubro. A tropa do prefeito de Jaboatão dos Guararapes está apenas esperando a sua definição para cair em campo e buscar mais quatro anos de gestão.

Recuo – O presidente Michel Temer recuou da decisão de fundir o ministério da Cultura ao da Educação. Com isso o seu governo passa a ter 24 ministérios. A decisão não foi bem recebida pelo meio político porque demonstrou um claro sinal de fraqueza, viabilizando novas críticas dos opositores que não lhe darão sossego.

Inocente quer saber – Quando será o próximo recuo do presidente Michel Temer?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 21 de maio de 2016

Coluna do blog deste sábado

O verdadeiro golpe 

Quando o processo de impeachment de Dilma Rousseff começou a tomar corpo ainda em 2015 os adeptos do petismo afirmavam que a saída de Dilma do cargo não passava de um golpe, qué era uma afronta à democracia, e outras coisas do gênero. Ainda em 2014 Dilma e sua equipe maquiaram a situação do país para garantir mais quatro anos ao PT. Apesar de terem alcançado o objetivo de ganhar a eleição, Dilma e o PT tiveram que arcar com o ônus do estelionato eleitoral que praticaram no país, o que acabou culminando no impeachment.

Para o ano de 2016 a equipe econômica de Dilma Rousseff comandada por Nelson Barbosa apresentou uma meta fiscal de R$ 24 bilhões de superávit primário, que nada mais é do que a reserva do governo para o pagamento de juros. Assim como o programa eleitoral de Dilma de 2014, a meta fiscal de 2016 não passava de uma mera peça de ficção, que ela própria já dava sinais de que seria obrigada a reconhecer um déficit público de R$ 97 bilhões.

Passado o processo de impeachment, e uma semana do governo Michel Temer, a situação do país foi desvendada pela equipe econômica liderada por Henrique Meirelles, ministro da Fazenda. Em vez dos R$ 97 bilhões, na verdade a meta fiscal do país precisará ser revista para R$ 170,5 bilhões. Praticamente o dobro do que preconizava o governo Dilma Rousseff, evidenciando que o buraco era muito mais profundo do que se imaginava.

Dilma deixou um país muito pior do que recebeu, dando mostras que foi de longe o pior governo da história do país, pois desde a redemocratização que o Brasil não repassava ao próximo presidente uma situação pior do que havia recebido. Isso ocorreu de Sarney até Lula, que entregou um país melhor do que o recebido por FHC. Uma herança maldita que precisará de muito esforço não só do governo Temer como de todos os brasileiros para recuperar o país a níveis aceitáveis.

Esse sim foi o verdadeiro golpe. Mais do que um desrespeito com os 54 milhões de brasileiros que confiaram em Dilma nas eleições de 2014, se trata na verdade de um verdadeiro crime de lesa-pátria. Dilma e seus aliados precisam responder judicialmente pelos atos praticados, porque depois da verdade vir à tona, ficou evidente que o impeachment foi pouco para esse pessoal que afundou o Brasil na lama.

Calendário – O governador Paulo Câmara anunciou o calendário de pagamentos dos servidores do estado de janeiro até abril, que foi pago no início de maio. Posteriormente sua equipe disse que não haverá mais essa antecipação quadrimestral e que mês a mês os servidores saberiam da data do pagamento. Ocorre que falta pouco para que maio seja encerrado e até o presente momento o governador ainda não oficializou a data, tal postura tem espalhado medo entre os servidores que temem não receber seus proventos no dia certo como era antes ou até mesmo haver parcelamento.

José Neto – Com a ida de Danilo Cabral para a Câmara dos Deputados a fim de fortalecer a interlocução do governador Paulo Câmara junto à bancada do PSB na Casa, abriu a especulação sobre quem seria o substituto de Danilo na secretaria de Planejamento e Gestão. Foram cogitados Milton Coelho, Thiago Norões e Marcio Stefanni, porém o escolhido deverá ser José Neto, braço-direito do governador que ocupa a chefia da assessoria especial.

PP – Após a saída do PSDB da secretaria de Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação Profissional do governador Paulo Câmara ocupada por Evandro Avelar, a pasta poderá ter novo dono. Trata-se do PP do deputado federal Eduardo da Fonte que tem a segunda maior bancada na Alepe com cinco deputados. O acerto garantiria também a oficialização do apoio do partido à reeleição do prefeito Geraldo Julio no Recife.

Substituição – Com a mudança do cenário político nacional, a candidatura de Silvio Costa Filho a prefeito do Recife perdeu consistência, pois haveria uma expectativa do líder da oposição na Alepe juntar os partidos da base de Dilma no Recife. A tese de uma candidatura do seu pai Silvio Costa a prefeito ganhou força nos últimos dias, pois ele seria uma pedra no sapato de Geraldo Julio como foi de Cadoca em 2004.

RÁPIDAS

Armando Monteiro – Recém saído do ministério do desenvolvimento, indústria e comércio, o senador Armando Monteiro se debruça agora nas questões locais. Uma das suas metas é derrotar o prefeito Geraldo Julio e por isso ele estaria cogitando levar o seu PTB para apoiar a candidatura de Daniel Coelho (PSDB).

Caixa-preta – Não é de hoje que existem indícios de que existem fortes irregularidades na condução do BNDES durante os governos do PT. O presidente Michel Temer prestará um grande serviço ao país abrindo a caixa-preta do banco, que financiou bilhões em investimentos de empresas e países próximos ao PT.

Inocente quer saber – Com um déficit de R$ 171 bilhões, dá pra continuar criticando a junção do MinC ao MEC?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 20 de maio de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

A segurança pública em Pernambuco caminha para o caos 

Nos anos que antecederam o governo Eduardo Campos (2007/2014), os governadores de Pernambuco enfrentaram várias crises no tocante à segurança pública, sobretudo no aumento do número de homicídios e de assaltos e furtos. A sensação de insegurança dos pernambucanos fez com que Eduardo Campos se elegesse governador sob a promessa de diminuir os índices de violência.

Logo que assumiu o governo em janeiro de 2007, Eduardo tratou pessoalmente do tema, conseguindo implementar o Pacto Pela Vida que se tornou medida pioneira e premiada no Brasil inteiro. Os resultados, que reduziram drasticamente o número de homicídios em Pernambuco, tiraram dos pernambucanos a sensação de insegurança constante de outrora.

A redução sistemática dos homicídios foi um dos motivos para que Eduardo Campos atingisse aprovação recorde, porém já no final do seu governo, sob o comando de Alessandro Carvalho a situação começou a desandar. Carvalho foi mantido por João Lyra Neto e por Paulo Câmara, mas os resultados que eram obtidos anteriormente já não são alcançados. A violência segue crescendo a olhos vistos nos quatro cantos de Pernambuco, e o secretário perdeu há muito tempo as condições políticas de se manter no cargo.

O Pacto Pela Vida sob o comando do atual secretário está ficando estrangulado. As críticas a Alessandro Carvalho se repetem diariamente e muita gente ainda não entende o motivo do governador Paulo Câmara ser tão condescendente com o seu secretário de Defesa Social. Não demorará muito e os efeitos do estrangulamento da segurança pública respingarão no governador.

Num momento de forte mudança que o país foi obrigado a enfrentar, seria muito pertinente que o governador Paulo Câmara também fizesse essa mudança no comando da segurança pública. A saída de Carvalho por si só já daria uma nova expectativa para as polícias civil e militar e poderia permitir novas ações que aperfeiçoassem o Pacto Pela Vida. Alessandro Carvalho está com o prazo de validade pra lá de vencido e a sua saída do cargo poderia ajudar a melhorar a imagem do governador junto à sociedade, porque estaria dando um claro sinal de que não está nem um pouco satisfeito com a atual situação da violência em nosso estado.

Petrobras – O presidente Michel Temer anunciou ontem que Pedro Parente, ex-ministro do governo FHC, será o presidente da Petrobras em substituição a Aldemir Bendine. Parente já chegou anunciando que não haverá indicações políticas para a estatal, sendo uma das exigências de Parente para assumir o posto que o presidente Michel Temer prontamente aceitou.

Cultura – Sete dos nove governadores nordestinos estiveram reunidos ontem em Maceió e assinaram um manifesto pedindo a volta do ministério da Cultura, que foi fundido ao da Educação e está sob o comando do pernambucano Mendonça Filho. Além disso os governadores estão pleiteando uma moratória de um ano dos juros das dívidas dos estados com a União.

Auditoria – O ministro das Cidades Bruno Araújo depois de suspender os contratos do Minha Casa Minha Vida na modalidade Entidades, anunciou que realizará uma auditoria nesta modalidade a fim de aumentar a eficiência dos projetos, pois foram contratadas 61 mil unidades desde 2009 e menos de oito mil foram entregues.

Rombo – Ainda são apenas estimativas pois o número real será divulgado apenas na próxima semana, mas a presidente afastada Dilma Rousseff deixou um rombo de pelo menos R$ 200 bilhões e o presidente Michel Temer terá que conseguir aprovar uma nova meta fiscal no Congresso Nacional apresentando o déficit real, pois na meta aprovada pelo Congresso havia superávit de R$ 24 bilhões. Temer tem até o dia 30 para aprovar a revisão da meta sob pena dos serviços ficarem paralisados.

RÁPIDAS

Caruaru – De acordo com uma pesquisa interna do Palácio do Campo das Princesas o deputado Tony Gel (PMDB) lidera a disputa pela prefeitura de Caruaru, seguido da deputada Raquel Lyra (PSDB) que tem três pontos e menos. O vice-prefeito Jorge Gomes (PSB), apoiado pelo prefeito José Queiroz, tem apenas um dígito na sondagem e dificilmente reverterá o jogo.

Sertania – No mesmo levantamento feito pelo Palácio, houve uma sondagem sobre a disputa pela prefeitura de Sertania, e o deputado Angelo Ferreira (PSB) possui mais de trinta pontos de vantagem sobre o atual prefeito Guga Lins.

Inocente quer saber – O senador Fernando Bezerra Coelho e o governador Paulo Câmara fumaram mesmo o cachimbo da paz?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 19 de maio de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

É preciso redesenhar a Cultura no Brasil 

Desde que Michel Temer assumiu a presidência da República no último dia 12, a maior polêmica dentre as criadas se deu pela junção dos ministérios da Educação e da Cultura numa única pasta que é comandada pelo ministro pernambucano Mendonça Filho. A fusão da Educação e Cultura no MEC não é novidade no país, ela existia desde 1930 até 1985 quando o ex-presidente José Sarney, através de uma Medida Provisória, decidiu criar o Ministério da Cultura (MinC). Tal medida durou pouco tempo, sendo modificada pelo ex-presidente Fernando Collor em 1990 transformando-o numa secretaria da Cultura subordinada à presidência da República. No governo Itamar Franco em 1992 a situação mudou e o MinC voltou a ter status de ministério.

Isso foi mantido pelo governo FHC, pelo governo Lula e pelo governo Dilma Rousseff. Até que Michel Temer decidiu voltar a antiga formatação de antes de 1985. O cerne da questão não se dá em ter ministério para determinada área, mas sim a efetividade da política pública voltada para o setor. Ao longo dos governos do PT, o MinC virou uma farra institucionalizada através da Lei Rouanet, cujas empresas ganham incentivos fiscais se patrocinarem determinado projeto, que precisaria ser aprovado por um seleto grupo do governo federal sobretudo se o artista estivesse sintonizado com o que praticava o governo do PT.

Quando havia um cenário de bonança, apesar de uma série de questionamentos que poderiam ser feitos, abdicar de recolher impostos para investir num projeto de terminado artista era aceitável, pois o valor gasto num evento cultural não faria falta a Educação, a Saúde, a Segurança Pública, etc. Porém o cenário mudou. Vivemos num país cujo déficit pode chegar a R$ 200 bilhões e é preciso um corte significativo de custeio da máquina pública a fim de recolocar o país nos eixos.

O Brasil não pode se dar ao luxo de bancar o Bolsa-Artista. Não falo do pequeno artista, que na verdade nem chega a ser beneficiado por estes recursos tamanha a burocracia e a falta de critérios técnicos para a distribuição, mas sim de artistas milionários como Luan Santana, Chico Buarque, Claudia Leitte e muitos outros que tiveram projetos milionários aprovados pelo MinC através da Lei Rouanet.

Chegou o momento do país fazer a roda da Cultura girar para quem mais precisa ou quem não tem sustentabilidade financeira, como é o caso dos museus. R$ 5 milhões gastos com Claudia Leitte por exemplo podem servir para contribuir com uma série de projetos culturais que tenham viés social por todo o país. A máquina assim estaria funcionando para os que mais precisam. Essa grita dos artistas nada mais é do que um choro de uma criança que tem o leite fácil tirado da sua boca. É preciso que os grandes artistas se acostumem a viver do seu talento, pois nenhum dos citados recebem menos de R$ 200 mil por show realizado. Então não precisam nem podem se beneficiar dos recursos da Cultura através da Lei Rouanet.

Pouco importa se o presidente Michel Temer dará status de ministério a Cultura ou se deixará como uma secretaria subordinada ao MEC ou ao seu próprio gabinete. O que está em jogo neste momento é que seja mudada a cultura do patrimonialismo dos grandes artistas e que o dinheiro público seja destinado a quem realmente precisa dele. Se houver essa mudança, Temer estará deixando um grande legado para a cultura do país.

Líder – Pegou muito mal a escolha do deputado André Moura (PSC/SE) para a liderança do governo Michel Temer na Câmara dos Deputados, isso porque além de estar envolvido na Lava-Jato, André também responde a um processo por tentativa de homicídio. Não é uma decisão acertada de quem precisa ganhar urgentemente a simpatia da sociedade brasileira.

Senado – Após a senadora Ana Amélia (PP) declinar da liderança do governo Michel Temer no Senado, o posto ficará entre Simone Tebet (PMDB), Ricardo Ferraço (PSDB) e Fernando Bezerra Coelho (PSB), que ainda é considerado o melhor nome pelo Planalto. O problema é o fato do seu filho ser ministro de Minas e Energia. Caso Temer indique FBC, o espaço dele dentro do governo será muito grande e poderá causar ciumeira na base.

Denunciado – O ex-presidente Lula segue numa maré de azar sem precedentes, ontem a Procuradoria Geral da República o denunciou por obstrução à Justiça por tentar através do ex-senador Delcídio Amaral comprar o silêncio de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras preso pela Operação Lava-Jato.

Visita – O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário Osmar Terra esteve ontem no Recife ao lado do prefeito Geraldo Julio e do governador Paulo Câmara. Na sua vinda afirmou que manterá o reajuste do Bolsa-Família concedido por Dilma Rousseff e fará um recadastramento visando a exclusão de pessoas que recebem o benefício indevidamente.

RÁPIDAS

Omissão – A deputada Luciana Santos usou uma rede social para divulgar a informação de que o MEC estaria cortando o Fies, o Prouni e o Pronatec de nove universidades com os seguintes dizeres: “Tchau, querido acesso à Universidade”, porém esqueceu de explicar que as nove instituições não tinham cumprido exigências estabelecidas pelo MEC e por isso estavam tendo os programas suspensos.

Mudanças – Caso se confirme a ida de Danilo Cabral para a Câmara dos Deputados, há um rumor de que Thiago Norões assumiria a pasta do Planejamento de Paulo Câmara e o Desenvolvimento Econômico seria entregue a um deputado estadual da Frente Popular.

Inocente quer saber – Por quê ainda não foi divulgada nenhuma pesquisa recente sobre a sucessão no Recife?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 18 de maio de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

O freio de arrumação 

O governador Paulo Câmara se elegeu com a mais plural coligação que um governador conseguiu chegar ao Palácio do Campo das Princesas na história de Pernambuco, e até recentemente conseguiu manter a tropa unida sem maiores celeumas. Uma das características que contribuíram para a manutenção da Frente Popular em torno do seu governo foi a de ser uma pessoa de fino trato. Mesmo diante de uma série de desafios, o governador é sereno e muito correto com seus posicionamentos. Isso faz com que a maioria dos políticos possam até ter ressalvas de ordem política com o socialista, mas no âmbito do tratamento pessoal o governador Paulo Câmara supera de longe seus antecessores.

Ainda faltam dois anos e meio de governo, e certamente o socialista objetivará a reeleição em 2018, e pra isso ele precisa manter uma boa relação com prefeitos, deputados, senadores, etc. Porém, o mais importante neste momento é que Paulo Câmara possa desfazer os atritos que foram provocados por sua decisão de solicitar os cargos do PSDB e do DEM. Também cabe ao governador ter a plena consciência que uma coisa não está diretamente ligada outra, como por exemplo a vitória de Geraldo Julio no Recife automaticamente garantir a sua reeleição para o governo em 2018, nem que uma eventual derrota de Geraldo faça com que a sua reeleição seja inviabilizada.

Entender isso é o primeiro passo para reconstruir o diálogo dentro da Frente Popular que ficou significativamente abalado. Além disso, se faz necessário que o governador seja mais presente nas articulações políticas locais e nacionais. No processo que escolheu quatro ministros pernambucanos, cabia a Paulo Câmara, até pela liturgia do cargo, a interlocução do estado com o presidente Michel Temer. Porém, são águas passadas que não movem moinhos.

Chamar os quatro ministros para conversas a sós é um passo para desfazer qualquer ruído de comunicação, bem como tentar imediatamente uma audiência com o presidente Michel Temer a fim de levar os pleitos de Pernambuco diretamente a ele. Exercer a liderança conferida nas urnas em outubro de 2014 é condição sine qua non para que Paulo Câmara circule com desenvoltura nos próximos meses e chegue vivo politica e eleitoralmente em 2018.

Que tenha ficado a lição ao governador que somar é sempre melhor que subtrair. Não é possível que em tantos anos convivendo com Eduardo Campos, talvez o maior político a conseguir a chamada paz política em Pernambuco, não tenham servido de aprendizado ao governador. Além disso, é imprescindivel que o governador escute os aliados mas sua posição seja quase sempre a que venha a prevalecer, pois, como já dizia Agamenon Magalhães: “não se governa governador”.

Santa Cruz – Será nesta quinta-feira, às 18h, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa de Pernambuco a sessão solene em homenagem ao bicampeonato pernambucano e ao título inédito da Copa do Nordeste conquistados pela Santa Cruz neste inicio de ano. A proposta é do deputado tricolor, Aluisio Lessa (PSB). O ato deverá contar com a presença de ilustres torcedores do Santa Cruz.

Danilo Cabral – Ficou acertado com o Palácio do Campo das Princesas que o secretário de Planejamento Danilo Cabral voltará ao mandato de deputado na Câmara Federal. O objetivo é que alguém da cozinha do governador esteja diretamente nas articulações do PSB nacional e possa levar a voz de Pernambuco nas discussões partidárias. Com isso Roberto Teixeira voltará à planície.

Guilherme Coelho – Herdeiro político do ex-deputado Osvaldo Coelho, Guilherme Coelho assumiu ontem o mandato de deputado federal pelo PSDB. Guilherme teve que se licenciar do cargo de vice-prefeito de Petrolina e seu objetivo será encampar as mesmas bandeiras do seu genitor, que exerceu o cargo de deputado federal por nove mandatos defendendo o semiárido nordestino.

Visita – O prefeito do Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes (PSDB) continua mantendo, em Brasília, agenda de visitas aos ministros pernambucanos recém-nomeados pelo presidente Michel Temer (PMDB). Depois de visitar na segunda-feira os ministros Raul Jungmann (Defesa) e Mendonça Filho (Educação), Elias esteve na manhã de ontem com o titular da pasta de Cidades Bruno Araújo. Na pauta do encontro, o prefeito do Jaboatão pediu ao ministro das Cidades agilidade na liberação de recursos conveniados entre o Governo Federal e o município para conclusão de diversas obras de infraestrutura.

RÁPIDAS

Prestígio – A primeira-dama de Araripina Roberta Arraes esteve ontem em Brasília para prestigiar a posse de Creuza Pereira como deputada federal. A ex-prefeita de Salgueiro recebeu o apoio de Roberta, que é suplente de deputada estadual e do prefeito Alexandre Arraes na disputa para deputada federal e agora será uma legítima representante do sertão do Araripe, contribuindo para a captação de políticas públicas para a região.

CPI – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia do Futebol, que investiga denúncias de irregularidades cometidas por dirigentes da Fifa e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ouviu ontem o empresário Neymar da Silva Santos, pai do jogador Neymar. O convite foi solicitado pelo relator da comissão, deputado Fernando Monteiro (PP).

Inocente quer saber – Quando será a primeira vinda de Michel Temer como presidente da República a Pernambuco?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 17 de maio de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Daniel Coelho foi o grande vitorioso do impeachment no Recife 

Mesmo depois de ter perdido a chance de dar o 342º voto que sacramentou a guilhotina de Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados na votação do dia 17 de abril, o deputado Daniel Coelho acabou sendo o grande beneficiário dos desdobramentos do impeachment em Pernambuco. Isso porque o PSB decidiu unilateralmente pedir os cargos do PSDB. Com a atitude, o partido deixou de passar mais dois meses com a incerteza da candidatura de Daniel, o que o imobilizaria na construção de um palanque forte, para transformar a candidatura em fato consumado e deixar de ser um projeto pessoal de Daniel para se tornar um projeto partidário do PSDB.

Há cerca de um mês a candidatura de Daniel Coelho estava mais para não ser do que para ser, e isso inexoravelmente beneficiava o prefeito Geraldo Julio, que tem no tucano o principal adversário. Agora a candidatura de Daniel não só foi consumada pelo próprio Palácio do Campo das Princesas como também três partidos o procuraram oferecendo apoio ao seu projeto.

Os fatos atropelaram o PSB, que após o impeachment não só perdeu o protagonismo como também deixou sequelas insanáveis na Frente Popular. Para as eleições de 2016, se a reeleição de Geraldo Julio era difícil, apesar de o socialista ser o favorito, agora ela ficou bastante comprometida, porque o jogo ficou zerado. O fsvoritismo de Geraldo de outrora foi relegado a um segundo plano. Os próprios partidos que compõem a Frente Popular já reavaliam apoio ao socialista.

O próprio Daniel chegou a afirmar numa rede social que não acreditava que sua candidatura a prefeito fosse o centro das atenções a ponto de influenciar a decisão do PSB de apoiar o impeachment logo após a votação na Câmara dos Deputados. O PSB agiu como se assim fosse, dando uma importância sobrenatural a postulação de Daniel. Como o desfecho acabou se tornando favorável ao tucano e desfavorável ao PSB, Daniel começa o processo eleitoral pós-impeachment completamente fortalecido e caminha para ser um adversário ainda mais duro do que foi pra Geraldo Julio em 2012, que por sua vez não poderá contar com Eduardo Campos, que foi fundamental para o resultado das eleições que levaram Geraldo ao comando da capital pernambucana.

Força – Diferentemente do que alguns analistas quiseram plantar, o fato de assumir o ministério de Minas e Energia aos 32 anos é um feito e tanto de Fernando Filho, que garante um horizonte político acima do normal. Isso sem contar com o fato de comandar estatais importantes como Furnas, Chesf, Petrobras, etc. Fernando é talvez o mais jovem político pernambucano a chegar à Esplanada dos Ministérios, demonstrando força e sobretudo capacidade de articulação.

Em vão – Incentivado sabe lá por quem e pelo quê, o governador Paulo Câmara teria enviado uma carta ao presidente Michel Temer solicitando que o deputado Fernando Filho não fosse nomeado ministro de Minas e Energia. A atitude, que foi em vão, causou profundo desconforto entre o governador e o senador Fernando Bezerra Coelho, numa relação que já não era das melhores.

Conserto – Visando consertar o equívoco, o governador Paulo Câmara convidou o senador Fernando Bezerra Coelho para um ato do governo estadual ontem. O senador aceitou o convite e acompanhou o governador, mas segundo um interlocutor do senador, o estrago já estava feito e sem a menor condição de haver uma reversão.

Posse – A prefeitura de Jaboatão dos Guararapes realiza hoje no auditório da sede do executivo municipal a partir das 10 horas a posse do Conselho Municipal de Comunicação, que visa discutir as diretrizes da comunicação no município. A medida é pioneira no Nordeste e foi idealizada pelo agora secretário de governo Jorge Lemos e pelo prefeito Elias Gomes.

RÁPIDAS

Jaboatão – A decisão do PSB de cobrar os cargos do PSDB ao que parece não trará desdobramentos em Jaboatão dos Guararapes. A ordem do Palácio do Campo das Princesas é manter a aliança com o PSDB que reelegeu Elias Gomes e elegeu Heraldo Selva vice-prefeito do município em 2012.

Nomeações – O presidente Michel Temer anunciou a indicação da economista Maria Silvia Bastos para a presidência do BNDES. A decisão ocorreu após Temer receber críticas por não convocar mulheres para a sua equipe ministerial. Para os Correios o ministro Gilberto Kassab indicou o ex-deputado Guilherme Campos (PSD). Já para o comando da Petrobras está cotado o engenheiro Pedro Parente, que já foi ministro de três pastas no governo FHC.

Inocente quer saber – O gênero da equipe ministerial é mais importante que a sua competência?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Política, Recife

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 16 de maio de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

A reaproximação de PT e PSB 

PT e PSB estiveram juntos em várias eleições presidenciais, em Pernambuco se lançaram em 2006 ao governo de Pernambuco com Humberto Costa e Eduardo Campos, ambos ministros do então presidente Lula. No segundo turno para derrotar o PFL se uniram em torno de Eduardo Campos, que acabou vitorioso. Essa aliança durou mais duas eleições, a de 2008 no Recife e a de 2010 quando Dilma foi eleita, Eduardo reeleito e Humberto e Armando Monteiro se elegeram senadores.

Em 2012 graças a confusão criada pelo próprio PT entre João Paulo, João da Costa, Humberto Costa e Maurício Rands, Eduardo Campos decidiu lançar a candidatura de Geraldo Julio a prefeito do Recife, que acabou vitoriosa, mas para isso precisou retomar uma aliança interrompida durante quase vinte anos com Jarbas Vasconcelos. E se iniciava ali um afastamento significativo entre PT e PSB.

Nas eleições de 2014, após o PSB entregar os cargos no governo Dilma, dentre eles o ministério da Integração Nacional ocupado por Fernando Bezerra Coelho ainda em 2013, a relação azedou de vez. O PT que detinha cargos no governo estadual também foi obrigado a entregar os cargos, e o afastamento se consumou. Após a morte de Eduardo Campos e as vitórias de Paulo Câmara no estado e Dilma Rousseff no país, o afastamento entre as duas siglas continuou e seguiu até o presente momento.

Porém, a decisão do governador Paulo Câmara de pedir os cargos do PSDB e do DEM, cujo desdobramento pode ser a reaglutinação da União por Pernambuco, pode reaproximar o PSB do PT. Isso porque o PT a partir de agora não terá mais os cargos que detinha no governo federal, enquanto o governador Paulo Câmara passará a ter PSDB e DEM como oposição, que posteriormente deverá garantir também o PMDB e o PPS neste grupo, bem como outras siglas.

É difícil imaginar que essa composição ocorra ainda para as eleições de 2016. O caminho mais natural será uma reconstrução de forças a partir de janeiro de 2017, sobretudo se o prefeito Geraldo Julio perder a prefeitura para algum partido da finada União por Pernambuco, que graças ao movimento do governador Paulo Câmara de pedir os cargos voltou a se reaglutinar. O rearranjo de forças pode recolocar o PSB nas hostes de esquerda junto ao PT, que precisa mais do que nunca colocar seus filiados em governos já que perdeu a mina de ouro do governo federal.

Líder – O senador Fernando Bezerra Coelho ganhou força na última sexta-feira para ser o líder do governo Michel Temer no Senado, mas com a crítica de que não havia mulheres no governo, o Planalto passou a considerar a hipótese das senadoras Ana Amélia e Simone Tebet assumirem o posto. O grande problema é que para enfrentar os senadores do PT e PCdoB que são bastante aguerridos, o líder do governo precisa ser extremamente preparado para o embate, sob pena de sair desmoralizado e prejudicar o Planalto. Diante disso, o nome de FBC cai como uma luva para o posto.

Demissão – O presidente Michel Temer afirmou em entrevista ao Fantástico da Rede Globo que se algum ministro do seu governo não corresponder às expectativas ou se envolver em alguma irregularidade será demitido. Temer inclusive disse que já tinha avisado a todos os seus auxiliares desta decisão.

Apoio – O deputado federal Betinho Gomes, pré-candidato do PSDB a prefeito do Cabo de Santo Agostinho recebeu o apoio do PSD do secretário das Cidades André de Paula para a disputa em outubro. Betinho já contava com o apoio do PMDB do vice-governador Raul Henry cujo anúncio foi realizado num evento com a presença do deputado Jarbas Vasconcelos e do prefeito de Jaboatão dos Guararapes Elias Gomes.

Comemoração – Derrotado nas eleições de 2014 pelo governador Paulo Câmara, o senador Armando Monteiro comemorou o fato de PSDB e DEM terem se afastado da base de sustentação do governador. Armando sempre acreditou que a Frente Popular iria ruir por conta, na ótica dele, da falta de liderança do governador socialista.

RÁPIDAS

Vice – Já há uma tese defendida dentro do PMDB de declinar da indicação do candidato a vice-prefeito na chapa de reeleição de Geraldo Julio. Além disso, tem quem defenda o rompimento imediato com o socialista para que o PMDB integre a coligação encabeçada por Daniel Coelho.

Marco Aurélio – Líder do Movimento Avança Recife, o vereador Marco Aurélio (PRTB), que é ligado ao senador Fernando Bezerra Coelho, se negou a acompanhar o prefeito Geraldo Julio num evento. O MAR já não está mais tão entusiasmado com a reeleição de Geraldo como estava há alguns meses.

Inocente quer saber – Caso haja uma reaproximação entre PT e PSB, como ficará a situação de Marília Arraes?

Arquivado em: Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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