Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 19:28 pm do dia 13 de abril de 2016

CPI da Máfia do Futebol aprova requerimentos

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Máfia do Futebol aprovou nesta quarta-feira requerimentos solicitando informações e documentos a diferentes órgãos no Brasil e no exterior para auxiliar os trabalhos.

O grupo investiga denúncias de irregularidades cometidas por dirigentes da Federação Internacional de Futebol (Fifa) e pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Investigação feita pela Justiça dos Estados Unidos aponta para um esquema mundial de propinas e subornos na comercialização de jogos e direitos de marketing de competições de futebol.

O relator deputado Fernando Monteiro (PP/PE) destacou que os requerimentos apresentados pelos membros da CPI estão de acordo com o Plano de Trabalho. “Essa sintonia é muito importante por contribuir para elaboração do relatório e para o rumo que a CPI vai tomar”.

Fernando Monteiro apresentou requerimento solicitando o envio de informações pela Justiça norte-americana sobre a Fifa. Segundo ele, sua solicitação, mesmo envolvendo ações realizadas no exterior, se justifica por envolver brasileiros e instituições brasileiras na investigação. Ele disse que essa interação com a Justiça americana é de extrema importância para a investigação da CPI.

A CPI da Máfia do Futebol foi instalada em março na Câmara dos Deputados, com previsão de encerrar em agosto.

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Postado por Edmar Lyra às 17:12 pm do dia 13 de abril de 2016

Clima entre os petistas agora é de pessimismo

Estadão Conteúdo – A decisão do PP de deixar o governo levou pessimismo ao Palácio do Planalto e fez crescer a importância para a presidente Dilma Rousseff em preservar aliados em outros dois partidos do chamado centrão: PR e PSD.

A tática será dar prioridade a negociações individuais de cargos com os próprios deputados dessas legendas, a fim de evitar que a oposição consiga apoio de 342 parlamentares na votação em plenário deste Domingo.

O pessimismo no Planalto tem explicação. Nem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu segurar o PP, que hoje comanda o Ministério da Integração Nacional. Em almoço, ontem, com os ministros Jaques Wagner (Gabinete Pessoal da Presidência) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), Lula disse que é preciso reforçar a ofensiva sobre os indecisos e atender com urgência as reivindicações dos outros partidos aliados.

Daí a estratégia de apostar tudo no varejo individual com deputados, em vez de buscar adesão das cúpulas dessas siglas. Interlocutores do governo no Congresso dizem que o governo intensificou a “marcação homem a homem” em detrimento dos contatos com líderes partidários, estratégia que não surtiu o efeito desejado.

A avaliação do governo é que a decisão final vai ocorrer por uma grande diferença de votos para um lado ou para o outro.

Racha

A maior preocupação do Planalto agora passa a ser com o PSD, que tem 40 deputados e controla o Ministério das Cidades, e o PR, com 36 e a pasta dos Transportes. O PSD, que já havia liberado a bancada para votar como bem entendessem, se reunirá no final da tarde para discutir a situação.

Cálculos do próprio partido criado pelo ministro Gilberto Kassab apontam que entre 60% e 70% dos deputados são favoráveis ao impeachment. Na segunda-feira, dois dos três parlamentares que votaram na Comissão Especial foram favoráveis ao parecer pró-impedimento de Dilma, inclusive o líder da sigla, Rogério Rosso (DF), que presidiu o colegiado.

A bancada do PR na Câmara ainda está rachada. De um lado, o grupo do ex-deputado Valdemar Costa Neto, cacique da legenda e condenado no escândalo do mensalão, quer a permanência na base aliada e o apoio à presidente no cargo. Do outro, oposicionistas defendem o impeachment.

O impasse levou o deputado Maurício Quintella Lessa (AL), contrário ao governo, a renunciar à liderança da sigla. Com a saída, a ala oposicionista tentou garantir que o vice-líder Wellington Roberto (PB), assumisse o comando da bancada provisoriamente. A sugestão foi negada por Valdemar, que indicou o governista Aelton Freitas (MG), eleito ontem por aclamação. Nos bastidores, Valdemar negocia com o Planalto o Ministério da Agricultura. O partido tem Antonio Carlos Rodrigues nos Transportes.

Na última semana, Quintella reuniu-se com o vice-presidente Michel Temer para dar continuidade às negociações que haviam sido iniciadas no final de março para uma eventual gestão Temer. Valdemar, no entanto, não aceitou dar sequência às conversas. Oposicionistas dizem que é ele “quem manda” no partido, mas querem convencê-lo de que, neste caso, está equivocado. Para eles, o governo já acabou.

Nas contas dos oposicionistas, ao menos 24 parlamentares são favoráveis ao impedimento de Dilma, 12 são contrários e quatro estão indecisos por pressão do Diretório Nacional. Já nas contas dos governistas, a estimativa é de que metade dos 40 membros votará contra o impeachment. Colaboraram Tania Monteiro e Daniel Carvalho. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 13 de abril de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

As credenciais de Michel Temer 

Já faz muito tempo que falamos nesta coluna sobre a hipótese de Michel Temer ser o caminho natural para a situação política do país. Sabíamos que a tese defendida pelo PSDB na época de convocar novas eleições era estapafúrdia e praticamente inexequível por uma questão básica, a falta de viabilidade, ora pela situação política do país que não comportaria uma nova eleição sem deixar sequelas insanáveis dado o acirramento que existe entre os dois lados da moeda, ora pela questão prática da demora da justiça, que é comum no país. A ação que tramita no TSE que pede a cassação da chapa por abuso de poder econômico deve demorar significativamente, podendo causar uma eleição indireta se perdurar até dezembro de 2016.

A saída Michel Temer é o mesmo caminho que foi percorrido na ocasião do impeachment de Fernando Collor quando Itamar Franco assumiu o governo, com aspectos favoráveis a Temer porque a hiperinflação que Itamar herdou de Collor foi controlada pelo Plano Real, a desvalorização da nossa moeda que hoje é significativa, dá sinais que apenas com a saída de Dilma Rousseff o quadro pode se inverter e o real voltar a ganhar força em relação ao dólar.

Hoje o maior problema que enseja o governo federal é a falta de credibilidade da figura da presidente. Ela é incapaz de falar aos brasileiros e falar ao mercado. Ultimamente ela adotou o samba de uma nota só de que “não vai ter golpe”, e perdeu toda e qualquer condição de conquistar uma governabilidade mínima, uma vez que em mais de cinco anos apenas nos dois primeiros vivenciou uma pseudogovernabilidade, que posteriormente caiu por terra com as manifestações de junho de 2013.

A mudança de presidente não será como um passe de mágica para solucionar o problema da economia, que vivencia uma estagnação, com forte incidência de inflação e que tem como resultados imediatos o aumento do desemprego, a escassez de crédito, o endividamento das pessoas e o fechamento das empresas. Porém, a saída de Dilma e entrada de Temer quebra o ciclo negativo de falta de credibilidade do governo federal e dá uma margem de três a quatro meses para que as ações do novo governo, sobretudo na economia, possam apresentar um novo sentido para o país.

As credenciais de Temer são majoritariamente do fato de ter sido um exímio congressista. Deputado federal por 24 anos e presidente da Câmara dos Deputados por três oportunidades, o vice-presidente, diferentemente de Dilma Rousseff, conhece o Congresso Nacional como a palma da sua mão. A retomada do diálogo do Planalto com o Senado e a Câmara será peça-chave na recuperação do país. Hoje o que temos é um executivo que não tem outro argumento senão a distribuição de emendas, de cargos e de ministérios. Governo fraco é sinal de congresso chantagista, presidente forte é sinal de legislativo parceiro capaz de contribuir com a retomada dos pilares macroeconômicos e sobretudo os pilares políticos que norteiam um governo.

Michel Temer, num paralelo com Itamar Franco, tem credenciais ainda melhores para assumir o cargo, pois além de ter sido Congressista e presidente da Câmara por três oportunidades, ele foi também por diversas vezes escolhido como um dos parlamentares mais influentes do país. Se tem uma coisa que Temer entende é de Congresso Nacional, e entre uma presidente que não dialoga com deputado e senador, e um presidente que não só fala como também ouve os parlamentares, é óbvio que deputados e senadores ficarão com o segundo.

Debandada – Com a saída de partidos importantes como PR, PP, PRB e provavelmente PSD da base de Dilma Rousseff, já há em Brasília uma conta que atinge 380 votos favoráveis ao impedimento da presidente. Se já havia um forte indicativo de que o impeachment seria aprovado, os acontecimentos desta semana e sobretudo a postura arrogante e prepotente do Planalto contribuíram para que o governo perdesse qualquer condição de recuperação.

Toalha – Setores ligados a Dilma Rousseff já admitem reservadamente que não tem mais condição nenhuma do impeachment ser revertido domingo. O Planalto não dirá publicamente mas já está havendo uma jogada de toalha. A tentativa agora é fazer com que a saída de Dilma não seja de forma tão acachapante. Os fatos atropelaram o governo como um rolo compressor.

Enfraquecimento – Com a situação do PT se agravando de forma abrupta, nomes que apoiam Dilma Rousseff no plano nacional e pretendem disputar a prefeitura do Recife em outubro como Silvio Costa Filho (PRB) e João Paulo (PT) já admitem que terão sérias dificuldades de carregar o fardo do apoio à presidente, e isso pode trazer desdobramentos negativos para as suas respectivas campanhas a prefeito.

Ministeriável – Com a provável aprovação do impeachment no próximo domingo, a partir de segunda-feira começarão as articulações visando a composição do novo governo Michel Temer. De Pernambuco há quem aposte fortemente que o deputado Mendonça Filho (DEM) figura numa lista de ministeriáveis. Caso se confirme, Temer seguiria uma lógica dos últimos presidentes de terem ao menos um político pernambucano na esplanada dos ministérios.

RÁPIDAS

Armando Monteiro – Aliado inseparável de Dilma Rousseff, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Armando Monteiro confidenciou a interlocutores que descerá a rampa do Planalto ao lado de Dilma. Com isso Armando voltará ao Senado para cumprir os dois anos e meio de mandato que ainda lhe restam.

José Serra – Um dos maiores interlocutores do vice-presidente Michel Temer é o senador José Serra (PSDB/SP), que já foi duas vezes candidato a presidente da República e ministro do Planejamento e da Saúde no governo Fernando Henrique Cardoso. Serra está cotado para assumir uma pasta importante no governo Temer que pode ser Planejamento, Fazenda ou Desenvolvimento, Indústria e Comércio.

Inocente quer saber – Jarbas Vasconcelos voltou a ganhar força para presidir a Câmara dos Deputados no provável governo Temer?

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Postado por Edmar Lyra às 18:01 pm do dia 12 de abril de 2016

Justiça federal suspende nomeação do ministro Eugenio Aragão

A juíza Luciana Raquel Tolentino de Moura, da 7ª Vara Federal do Tribunal Regiona Federal 1ª Região, determinou a suspensão da nomeção do ministro da Justiça Eugênio Aragão. Cabe recurso à decisão da juíza.

A decisão tem validade imediata, mas pode ser revertida através de um recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), com sede em Brasília.

A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça informou que Aragão ainda não foi notificado e que a Advocacia-Geral da União vai tratar do caso.

No despacho, a juíza cita trecho da Constituição que proíbe membros do Ministério Público de assumir cargos no Executivo. Aragão se licenciou do posto de subprocurador-geral da República para assumir o cargo no governo.

A vedação levou o Supremo Tribunal Federal (STF) a dar um prazo para que o antecessor de Aragão, Wellington César Lima e Silva, deixasse o cargo, no mês passado.

Ainda no mês passado, o Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF), instância administrativa da instituição, autorizou o afastamento Aragão para assumir o cargo de ministro da Justiça.

Embora também seja procurador, Aragão poderia assumir cargo no Executivo porque entrou no Ministério Público Federal antes de 1988, quando ainda não havia a proibição determinada pela atual Constituição do acúmulo dos cargos.

Em sua decisão, porém, a juíza Luciana de Moura considerou que a proibição vale também para quem entrou antes de 1988. Para ela, a nomeação só poderia ocorrer se Aragão se desvinculasse definitivamente do MP, com exoneração ou aposentadoria, “a fim de se preservar a independência da instituição Ministério Público”.

“Certamente surgiriam situações de choque de interesses com as demais instituições republicanas, no que seus colegas procuradores se sentiriam constrangidos, para dizer o mínimo, em atuar contra pessoa que ao depois retornará para o MP. Tal situação não se adéqua à lógica de pesos e contrapesos posta na Carta Política de 88″, diz a decisão.

G1

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 12 de abril de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Impeachment, eu já escuto os teus sinais 

A semana começou com um viés de crescimento do impeachment da presidente Dilma Rousseff, e se agravou após a confirmação dos votos da comissão que analisava a admissibilidade do impedimento da presidente. Após debates acalorados, o resultado final confirmou o que o próprio Planalto já considerava: a derrota. Foram 38 votos a favor do relatório do deputado Jovair Arantes e 27 contra.

No meio da discussão da admissibilidade do impeachment surgiu um áudio do vice-presidente Michel Temer falando como se o impedimento já tivesse sido aprovado no plenário da Câmara. Em que pese o timing da fala do vice, que poderia ser divulgada apenas na segunda-feira caso o impeachment fosse aprovado, o seu conteúdo pareceu uma sinalização para o mercado, para o congresso e principalmente para a sociedade.

A questão é estratégica. De acordo com o Datafolha, o vice é rejeitado por 58% dos entrevistados, que dizem ser favoráveis a sua saída, apenas 3% a menos que os que querem a saída de Dilma. Portanto, o vice, e eventual futuro presidente, precisa estabelecer um canal de diálogo com os mais variados setores da sociedade. Quando Temer afirma que manterá os programas sociais, fala para os beneficiários do Bolsa-Familia que temem a saída do PT. O mesmo se diz para o Congresso quando Temer considera a importância do diálogo com o Poder Legislativo, bem como para o empresariado, quando diz que precisa fazer a retomada da economia.

Apesar das falas um pouco genéricas, Temer tem ao seu favor o benefício da dúvida e uma trégua que Dilma é incapaz de conseguir caso reverta o impeachment no Congresso. A sua fala é uma sinalização sintética do que seria o seu governo. O momento agora para Temer é descolar sua imagem de Dilma e apontar as suas diferenças em relação a atual presidente com o objetivo de diminuir a rejeição que existe ao seu eventual governo. O Planalto avaliou como tiro no pé do vice, mas fazendo um exercício de raciocínio, ficou evidente que a fala de Temer sendo divulgada acabou sendo benéfica para o próprio vice, uma vez que naturalmente, de forma legítima, ele está se preparando para assumir o cargo, e cada vez mais está em vias disto ocorrer. Qualquer um no lugar dele já estaria esboçando como seria a estratégia do seu governo.

No âmbito do plenário da Câmara dos Deputados, fontes fidedignas apontam que nem a oposição tem os 342 votos necessários para aprovar, nem o governo tem para rejeitar. Porém a conta que circula em Brasília é que temos 334 deputados favoráveis ao impedimento de Dilma e 140 contrários. 39 estão indecisos a essa altura do campeonato. O efeito manada fará com que esses indecisos sejam fundamentais para o desfecho. É provável que esses indecisos nem estejam mais na expectativa de ganhar emendas do Planalto, mas sim seguir a tendência e acompanhar o lado vitorioso.

Como faltariam nessas contas apenas oito votos num universo de 39, após a aprovação do relatório na comissão por uma folga de 11 votos, é muito provável que o impedimento de Dilma seja aprovado com mais votos que os 342 necessários. O impeachment está chegando, já podemos escutar os seus sinais.

Rogério Rosso – Presidente da Comissão do Impeachment, o deputado Rogério Rosso (PSD/DF) conseguiu agradar a gregos e troianos. Com uma semelhança física incrivel com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, Rosso também aparentou saber exercer o cargo com maestria. Se já  tem um vitorioso neste processo, esse alguém é o deputado Rosso.

Eduardo Cunha – Não entrando no mérito dos seus problemas com a justiça, que são muitos, o presidente da Câmara deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) mais uma vez mostrou ser um profundo conhecedor da Câmara dos Deputados, quando cravou o placar da Comissão do Impeachment. Se não fosse a sua conduta moral que é absolutamente questionável, Cunha seria o presidente ideal para a Câmara dos Deputados, pois conhece a Casa como a palma da sua mão.

Ney Maranhão – A política pernambucana perdeu ontem aos 88 anos de idade o ex-senador Ney Maranhão, que foi prefeito de Moreno e deputado federal por quatro mandatos. Ney foi um dos membros da tropa de choque do presidente Fernando Collor de Mello, ao lado de Renan Calheiros e Roberto Jefferson. Ney desceu a rampa do Planalto ao lado de Collor após o seu impeachment.

Homenagem – O prefeito Geraldo Julio anunciou ontem duas homenagens que serão prestadas pela Prefeitura do Recife ao ex-vereador Liberato Costa Júnior. O “Velho Liba”, como era carinhosamente conhecido o parlamentar, completaria 98 anos ontem. O Conjunto Habitacional H08, que está em fase final de conclusão no bairro de Campo Grande receberá o nome do vereador. A Praça do Hipódromo, bairro em que residiu por parte de sua vida, receberá um busto do ex-vereador.

RÁPIDAS

Arena – Antes defensor do rompimento do contrato da Arena Pernambuco, o líder da oposição deputado Sílvio Costa Filho (PRB), após o governo do estado optar pelo rompimento, afirma que a recisão unilateral do contrato trará prejuízos aos cofres públicos estaduais.

Palestra – Realizei ontem na Faculdade Joaquim Nabuco uma palestra sobre o impeachment de Dilma Rousseff. A conversa durou duas horas e pudemos discutir o contexto histórico da política brasileira, as semelhanças e diferenças entre o impeachment de Dilma e o de Collor, o pós-impeachment em qualquer que seja o seu desfecho e a expectativa para o cenário eleitoral de 2018. Foi uma ótima oportunidade de discutir política.

Inocente quer saber – O PT sobreviverá ao impeachment de Dilma Rousseff?

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Postado por Edmar Lyra às 15:27 pm do dia 11 de abril de 2016

Senador tucano entra com representação criminal contra Dilma na PGR

Estadão Conteúdo – O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), entrou nesta segunda-feira, 11, com uma representação criminal na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a presidente Dilma Rousseff.

O senador alega que Dilma praticou crime de corrupção passiva privilegiada ao tentar nomear o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro-chefe da Casa Civil.

Cunha Lima quer ainda que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, faça uma investigação policial com o objetivo de apurar a materialidade e a autoria dos fatos.

“O ato de nomeação praticado pela presidente Dilma demonstra a nítida intenção de beneficiar o ex-presidente Lula. Ela comete infração de seu dever funcional ao não observar e zelar pelos princípios constitucionais da Moralidade, Impessoalidade e de atentar contra o livre exercício do Poder Judiciário”, afirmou o senador.

Na semana passada, Janot mudou o seu entendimento em relação à nomeação de Lula e pediu para que o Supremo Tribunal Federal (STF) anulasse a posse do ex-presidente. O procurador-geral da República argumentou que houve desvio de finalidade na nomeação de Lula, e, se a posse for aceita pelo plenário do Supremo, poderia embasar uma futura investigação de tentativa de obstrução da Justiça por parte de Dilma.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 11 de abril de 2016

Coluna do blog desta segunda-feira

PT prova do próprio veneno

Desde que foi fundado que o PT sempre se declarou mais honesto do que os demais partidos e que Lula era a solução que o país necessitava. Foi contra Tancredo Neves, a favor do impeachment de Collor mas contra o governo Itamar Franco, contra o Plano Real, contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, contra a reeleição, contra o PROER, contra os programas sociais do governo FHC, etc.

Todos os partidos eram corruptos e apenas o PT tinha o direito de ser o legítimo representante do povo na ótica de Lula e se seus seguidores. Mas bastou ganhar o poder em 2002 e assumir em 2003 que não durou muito tempo para estourar o primeiro escândalo do seu governo. Começou com o flagra de um funcionário dos Correios pedindo propina, que chegou em Roberto Jefferson e que posteriormente expôs as vísceras do até então maior escândalo de corrupção da história do Brasil.

Lula escapou de sofrer imprachment por causa de um erro de cálculo da oposição, que apostou naquela época que o então presidente sangraria. Lula afirmou que nada sabia e era vítima dos seus próprios companheiros. Aquela conversa fiada de vitimização permitiu a Lula mais quatro anos na presidência da República, mas ocorreu num momento muito bom da economia brasileira. O governo Lula passou praticamente incólume das crises econômicas, inclusive a de 2008 que Lula disse que seria uma marolinha e que não atingiria o Brasil.

A retórica de Lula permitiu que o Brasil continuasse com o PT, dessa vez com Dilma Rousseff, a candidata que restou após os nomes mais fortes do PT como José Dirceu e Antônio Palocci, então presidenciáveis da vontade de Lula, se envolverem em escândalos de corrupção. Dilma era a última alternativa de Lula, pois quase toda a cúpula do Planalto estava mais suja que pau de galinheiro.

Uma vez candidata, a mãe do PAC foi vendida como uma gestora capaz de comandar os rumos do país. O povo mais uma vez caiu na lorota de Lula, e escolheu uma presidente que sequer tinha sido vereadora. Dilma no início de 2011 já deu mostras que seu governo seria um desastre, quando vários de seus ministros foram se envolvendo em escândalos de corrupção. Era mais do mesmo, mas Dilma passou praticamente ilesa em 2011 e 2012, quando o povo brasileiro achava que o país estava às mil maravilhas.

Bastaram manifestações na Copa das Confederações em 2013 para a popularidade de Dilma despencar. Naquele momento o governo ficou completamente exposto, com sérias dificuldades de recuperação. Na prática Dilma nunca mais se recuperou, e conseguiu se manter exclusivamente por força da máquina do governo federal e dos tentáculos que o PT conseguiu construir ao longo dos anos na sociedade. A sua reeleição foi uma das coisas mais bizarras que ocorreram no país, pois já havia um sinal claro de esgotamento do PT, mas graças a uma das campanhas mais agressivas da história, Dilma conseguiu, por uma margem pequena vencer a disputa.

Em vez de declarar a paz, apontando um caminho para os 51 milhões que votaram em Aécio Neves e aos demais que optaram por não comparecer a votação ou anularam o voto ou votaram em branco, que juntos foram maioria, o Planalto sempre quis pregar para convertido. Ou seja, para quem era beneficiário do PT. O desastre era anunciado. A crise tomou forma, com a inflação galopante, o desemprego em viés de alta, desvalorização do Real, e uma quebradeira geral de empresas, fizeram com que seu sexto ano de mandato começasse da pior maneira possível. Hoje Dilma é uma presidente que não governa, que não tem a menor estatura para exercer o cargo que ocupa. A petista ficou isolada no Planalto e nos atos do governo, que precisam de forte esquema de segurança e plateia comprada com dinheiro público para ovacionar a presidente.

Não havia outro caminho, senão o impeachment, que além de previsto na Constituição, e ser um instrumento político para tirar governos corruptos e incompetentes, foi o mesmo mecanismo que tirou Collor em 1992, cujo apoio do PT foi irrestrito. Dilma está em vias de ser impichada por vários motivos, dentre eles a corrupção, o estelionato eleitoral, o desarranjo econômico e sobretudo pela sua falta de capacidade de ser presidente, fato que já era visto desde a sua primeira eleição, quando se elegeu única e exclusivamente graças ao prestígio de Lula.

O PT prova do próprio veneno. Se domingo o impeachment for aprovado pela Câmara dos Deputados, este governo estará pagando não só pelos crimes que cometeu, mas também por todos os pecados do PT, que posava de salvador da pátria e fez pior do que qualquer outro partido, institucionalizando a corrupção, fazendo dela um meio de vida e de manutenção do poder.

Desembarque – O Partido Progressista, que tem 49 deputados federais, dentre eles Eduardo da Fonte e Fernando Monteiro, está realizando o desembarque do governo Dilma Rousseff. Apesar do senador Ciro Nogueira ter orientado o partido a votar contra o impeachment, vários diretórios estaduais estão preferindo apoiar o impeachment, dentre eles o Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná.

Indecisos – Da bancada pernambucana ainda seguem indecisos quanto ao impeachment os senadores Fernando Bezerra Coelho e Douglas Cintra e os deputados Adalberto Cavalcanti, Cadoca, Fernando Monteiro, Jorge Côrte Real, Kaio Maniçoba e Zeca Cavalcanti. Os políticos em todo o Brasil estão sendo questionados pela população para dar um posicionamento em relação ao impedimento de Dilma.

Recursos – De acordo com a deputada Mariana Carvalho (PSDB/RR) os recursos que seriam destinados às vacinas contra o Zikavírus e a Gripe H1N1 estão sendo desviados para subornar parlamentares contra o impeachment. Os valores estão variando entre R$ 400 mil e R$ 1 milhão para cada deputado que se ausentar ou votar contra o impeachment, respectivamente.

Movimento – O Movimento Vem Pra Rua Recife, liderado por Gustavo Gesteira, colocará um telão no segundo jardim da Av. Boa Viagem no próximo domingo para acompanhar a votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O ato começará a partir das 14 horas e deve contar com um grande público.

RÁPIDAS

Daniel Coelho – Pré-candidato a prefeito do Recife pelo PSDB, o deputado federal Daniel Coelho acredita que seu partido poderá atingir 15 mil votos de legenda em outubro e eleger uma expressiva bancada na Casa José Mariano. Em 2012 o PSDB obteve apenas oito mil votos de legenda, o que impossibilitou a chapa encabeçada pelo partido eleger quatro vereadores.

Posicionamento – Com três deputados federais e um senador indecisos, o PTB do ministro Armando Monteiro precisará descer do muro no próximo domingo. O deputado Adalberto Cavalcanti chegou a cogitar não estar presente na votação do impeachment. A bancada petebista está entre a cruz e a espada. Se vota pelo impeachment, fica com a população, se vota contra, fica com Armando, que deve o ministério a Dilma.

Inocente quer saber – Com quantos votos o impeachment será aprovado na Câmara dos Deputados?

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Postado por Edmar Lyra às 18:24 pm do dia 8 de abril de 2016

“Se impeachment chegar no Senado, Dilma vai arrumar suas gavetas”, diz Jarbas

Favorável ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) disse, em entrevista à Rádio Jornal na manhã desta sexta-feira (8), que, se o processo for aprovado na Câmara dos Deputados, deve chegar com muita força no Senado.

“O impeachment é uma carreta de ladeira a baixo. Se passar na Câmara, o Senado não consegue barrar. Se chegar no Senado, Dilma vai arrumar suas gavetas”, disse o deputado pernambucano. O deputado também criticou a presidente. “Como governante, Dilma é um zero à esquerda de zero. O País está desmoralizado”, ressaltou.

Para Jarbas, houve um erro por parte do ex-presidente Lula ao escolher Dilma Rousseff como sucessora. “Ele [Lula] ascendeu e trouxe avanços para a sociedade e conquistas sociais. Mas o Lula sabia que Dilma era medíocre. Ele não deixa de ter papel importante, mas está desgastado”, disse.

Blog de Jamildo

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Postado por Edmar Lyra às 22:19 pm do dia 7 de abril de 2016

Oposição defende fim de semana de trabalho para discussão do relatório do impeachment

O líder da Oposição no Congresso, deputado Mendonça Filho (PE), defendeu que sejam realizadas sessões neste fim de semana para garantir a discussão do parecer apresentado ontem pelo relator, o deputado Jovair Arantes (PTB-GO).

“Não é uma defesa apenas dos trabalhos no fim de semana, é a necessidade dos trabalhos. Se não encerrarmos a discussão nesta sexta ou ao longo do fim de semana não haverá tempo hábil para o cumprimento daquilo que determina o regimento e a votação do relatório na próxima segunda”, alega Mendonça Filho.

Líderes partidários e o presidente da Comissão Especial do Impeachment, deputado Rogério Rosso (PSD-DF), se reuniram nesta quinta-feira (7) para definir o rito de discussão e votação do texto. Há um impasse entre governo e oposição em torno da continuidade dos trabalhos para garantir que o debate seja esgotado e o texto possa ser votado a partir das 17h de segunda-feira (11).

O líder ressalta ainda que a prioridade da comissão deve ser garantir a legalidade e o cumprimento do regimento interno da Câmara. Mendonça alertou para a possibilidade de judicialização do processo, caso algum parlamentar recorra à Justiça alegando que teve seu direito de falar cerceado, o que poderia paralisar o processo.

“O governo trabalha no caminho sempre da judicialização, querem se pegar em qualquer detalhe para recorrer ao STF. E o nosso interesse é que o rito seja constitucionalmente adequado e respeitando as regras do jogo que foram ratificadas pelo pleno do STF”, completou.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 7 de abril de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

Jarbas ameaça romper com o PSB para ser candidato a prefeito

O Palácio do Planalto tem realizado uma ofensiva no intuito de angariar votos para sepultar o impeachment e nos últimos dias tentou convencer o PSB a apoiar Dilma Rousseff na votação do impeachment. O PSB é um partido que possui a sua maior expressão em Pernambuco, quando tem o governador, o prefeito do Recife, vários deputados estaduais, vários federais e um senador. Além de ser o reduto político dos ex-presidentes da sigla Miguel Arraes e Eduardo Campos.

Defensor do impeachment e ferrenho opositor do PT, o deputado Jarbas Vasconcelos se aliou a Eduardo Campos em 2012 para derrotar o PT na disputa pela prefeitura do Recife, e acabou logrando êxito na tentativa, com a vitória de Geraldo Julio no primeiro turno. Em 2014, no afastamento definitivo do PSB do PT, Jarbas Vasconcelos foi igualmente importante, quando abdicou de buscar a reeleição ao Senado para facilitar a escolha de Eduardo Campos na composição da majoritária da Frente Popular, e mais importante ainda após a morte de Eduardo, quando “deu um murro na mesa” e refutou a hipótese de trocar Paulo Câmara da cabeça de chapa, fazendo prevalecer a vontade do líder socialista, que posteriormente foi corroborada nas urnas pelo povo pernambucano.

Jarbas quer que o PSB fique no mesmo lugar que Eduardo decidiu ficar quando candidatou-se a presidente, ou seja, na oposição. Um eventual apoio a Dilma Rousseff por parte do PSB será um desserviço à memória de Eduardo Campos e ao eleitor que colocou o partido na oposição ao PT e a Dilma Rousseff. O movimento de apoio ao Planalto contra o impeachment, ensaiado por setores do PSB, pode trazer desdobramentos diretos nas eleições municipais. No Recife, por exemplo, o PT poderia apoiar a reeleição de Geraldo Julio retribuindo o eventual apoio a Dilma por parte dos socialistas.

Jarbas, por não concordar com esse aceno do PSB, ensaia um rompimento caso seja confirmado o apoio do partido a Dilma. Podendo reeditar a União por Pernambuco com PMDB, DEM, PPS e PSDB em torno do próprio Jarbas Vasconcelos numa candidatura a prefeito do Recife, o que poderia ser letal para as pretensões de Geraldo Julio em buscar mais um mandato. Afinal de contas, o que vale mais? Apoiar um governo moribundo e arriscar o comando da capital pernambucana ou apoiar o impeachment e manter a tropa unida em torno de Geraldo Julio? O tempo vai dizer.

Eduardo da Fonte – Insatisfeito com o deputado Lula Cabral por acordos não cumpridos, o presidente estadual do PP deputado Eduardo da Fonte, que havia sinalizado o apoio do partido à candidatura de Lula a prefeito do Cabo, já tem dito a aliados que pode não marchar com o socialista em outubro. O presidente do PP cogita inclusive apoiar algum adversário de Lula caso a situação não seja resolvida urgentemente.

Paudalho – Bem posicionado nas pesquisas para prefeito de Paudalho, o médico Maicon Nunes, pré-candidato da Rede Sustentabilidade, foi chamado para conversar com o Palácio do Campo das Princesas. Dr. Maicon pode ser a grande surpresa na disputa de outubro. O atual prefeito José Pereira (PSB) segue mal-avaliado.

Lei – O deputado estadual Beto Accioly (PSL) comemorou, nesta quarta-feira (6), a sanção da lei que proíbe a concessão de homenagem às pessoas que tenham sido condenadas, em decisão transitada em julgado ou proferida por órgão judicial colegiado, por atos de improbidade administrativa ou corrupção. A proibição ainda se estende aos casos de lesa-humanidade, tortura, exploração do trabalho escravo ou infantil, violação dos direitos humanos ou maus tratos aos animais.

Relatório – Em seu parecer sobre o processo de impeachment, o relator, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), considerou infração às leis orçamentárias a prática das chamadas “pedaladas” fiscais, ou seja, o uso de recursos de bancos públicos (Caixa Econômica, BNDES, Banco do Brasil) para quitar compromissos de programas sociais do governo. O relatório do petebista deverá ser votado pela comissão do impeacjment na próxima segunda-feira.

RÁPIDAS

Ato falho – Ao fazer um pronunciamento na comissão do impeachment, o deputado Paulo Pimenta (PT) citou na sua fala o ex-presidente Lula e ao se referir a Dilma Rousseff, soltou um “ex-presidente” que prontamente fez a comissão ir às gargalhadas.

Rolando Lero – O senador Waldemir Moka (PSDB/MS) apelidou o Advogado-Geral da União José Eduardo Cardozo de Rolando Lero, personagem da Escolinha do Professor Raimundo, interpretado pelo ator Rogério Cardoso, que tinha a característica de embromar nas respostas. Para Moka, o Advogado-Geral da União repetiu as mesmas lorotas ao fazer a defesa de Dilma com argumentos vazios e inconsistentes.

Inocente quer saber – O PT vai continuar dizendo que não houve crime de responsabilidade após o relatório do deputado Jovair Arantes?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Pernambuco, Política, Recife

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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