Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 22:13 pm do dia 22 de abril de 2016

Atividade econômica tem queda de 0,29% em fevereiro, na 14ª retração consecutiva

Da ABr – A atividade econômica está em queda há 14 meses consecutivos. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) apresentou queda de 0,29%, em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior, de acordo com os dados dessazonalizados (ajustado para o período). Os dados foram divulgados hoje (22) pelo Banco Central (BC).

Em relação ao mesmo mês do ano passado, houve queda de 4,54%, nos dados sem ajustes porque a comparação é feita entre períodos iguais. Nos dois meses do ano, contra o mesmo período de 2015, houve queda de 6,14%. Em 12 meses encerrados em fevereiro, a retração chegou a 4,63% (dados sem ajuste).

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira, além de ajudar o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio e serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No final do mês passado, o BC informou que mudou a metodologia de cálculo do IBC-Br, divulgado desde março de 2010, com o objetivo de “refletir a evolução contemporânea da atividade econômica do país e contribuir para a elaboração de estratégia de política monetária”.

Foram incorporados alguns indicadores, como a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) em substituição à Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e a ampliação do uso da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), além do aperfeiçoamento metodológico do Sistema de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 22 de abril de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

O antagonismo da mediocridade 

Não é de hoje que os deputados Jean Wyllys e Jair Bolsonaro, ambos do Rio de Janeiro, protagonizam polêmicas vazias sobre seus respectivos posicionamentos políticos. Primeiro Bolsonaro, que exerce o sétimo mandato na Câmara dos Deputados, sempre foi um político as margens das grandes discussões do Congresso Nacional, sendo um deputado inexpressivo e com pouca ou quase nenhuma contribuição ao país, senão a pregação do ódio e a sua defesa pelo regime militar.

Já Jean Wyllys, cujo maior feito foi ter participado de um Big Brother Brasil, exerce o segundo mandato de deputado federal pelo PSOL, que de combativa oposição, passou a ser linha auxiliar do PT. Jean já chegou a defender a pedofilia e coisas do gênero, sendo igualmente condenável por seus posicionamentos.

O fato é que um precisa do outro pra sobreviver politicamente. Ambos não são influentes no Congresso e realizam proposições pouco relevantes para a sociedade. Juntando os dois deputados não há sequer dez projetos importantes que viraram Lei em benefício dos brasileiros. Bolsonaro obteve quase 500 mil votos em 2014, enquanto Jean obteve menos de 150 mil.

Um defendeu Che Guevara, o outro Brilhante Ustra, ambos assassinos que apenas representavam o lado negativo tanto da esquerda quanto da direita. Ou seja, Bolsonaro e Jean fizeram no último domingo apologia a praticantes de crimes, responsáveis por inúmeras mortes. Então não há nenhum santo nessa história.

Não dá para achar que Jean é a melhor pessoa do mundo e que Bolsonaro é a pior, e vice-versa. Ambos são meros mamadores das tetas públicas, pois recebem R$ 30 mil de salário por mês, isso sem contar com as verbas de gabinete e indenizatórias que transformam-os em seres absolutamente custosos ao país. Jean Wyllys e Jair Bolsonaro estão muito distantes de representar a boa política, na verdade são praticantes do que há de pior no país: o extremismo. Ambos são medíocres e irresponsáveis que não merecem outra coisa senão o limbo da política brasileira.

Justíça – O vice-presidente Michel Temer, que deve assumir a presidência da República em meados de maio, pretende convocar para o ministério da Justiça o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Carlos Ayres Britto. De reputação ilibada, Ayres Britto refutaria os rumores de que a operação Lava-Jato seria abafada no governo Temer.

Ausência – Causou estranheza no ato de lançamento da pré-candidatura de Daniel Coelho a prefeito do Recife pelo PSDB, que também significou o anúncio de Sérgio Bivar (PSL) como candidato a vice, a ausência dos principais líderes do PSDB pernambucano. Há quem considere que Daniel tentou forçar a barra para transformar sua candidatura em irreversível, quando ainda não tem a garantia do PSDB que será candidato.

Elias Gomes – O prefeito Elias Gomes divulgou nota apontando que existem três pré-candidaturas a sua sucessão em Jaboatão dos Guararapes, são elas: Evandro Avelar e Conceição Nascimento (PSDB) e Mirtes Cordeiro (PPS). Porém há quem afirme que o prego está batido e a ponta virada de que o nome será mesmo o de Evandro Avelar.

Ministeriáveis – Além do deputado Mendonça Filho, que estaria cotado para o ministério da Integração Nacional, o senador Ronaldo Caiado, também do Democratas, pode assumir o ministério da Agricultura. Provavelmente o Democratas ficará com apenas uma vaga na Esplanada. O senador José Agripino Maia e o deputado Pauderney Avelino foram descartados para serem ministros do governo Temer.

RÁPIDAS

Joel da Harpa – Ciente das dificuldades em construir uma candidatura majoritária em Jaboatão dos Guararapes, o deputado Joel da Harpa (PTN) estuda fazer uma composição com o candidato apresentado por Elias Gomes. Joel espera poder alinhavar acordos que garantam a sua reeleição para a Alepe em 2018.

Segurança – Setores ligados à Segurança Pública de Pernambuco cobram do governador Paulo Câmara a exoneração do secretário de Defesa Social Alessandro Carvalho. Para um delegado da Polícia Civil, Carvalho não tem mais nada a oferecer ao estado, e sua saída é o melhor caminho a ser tomado para preservar o Pacto Pela Vida.

Inocente quer saber – Qual é o problema em Marcela Temer, esposa do vice-presidente, ser bela, recatada e do lar?

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Postado por Edmar Lyra às 14:17 pm do dia 20 de abril de 2016

STF decide nesta quarta-feira se Lula pode ir para ministério

Estadão Conteúdo – O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria assumir a Casa Civil, se a posse for autorizada pelo Supremo Tribunal Federal na sessão desta quarta-feira, 20. A perspectiva é de que o debate gere uma divisão na Corte.

“Se for um julgamento que não seja extravagante, não há nenhuma razão para que a presidente não possa exercer a prerrogativa de nomear um ministro. Houve uma tentativa de enfraquecer o governo impedindo a posse do presidente Lula como ministro da Casa Civil”, disse Falcão.

No Instituto Lula, no entanto, a posse é tratada como um assunto menor. A interlocutores, o ex-presidente tem dito que não vê necessidade de assumir o cargo para ajudar na articulação da resistência ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.

No Supremo, o caso está sob relatoria do ministro Gilmar Mendes, tido como maior crítico ao governo na Corte. Há mais de um mês a posse de Lula na Casa Civil foi suspensa por liminar dada em mandados de segurança propostos pelo PSDB e pelo PPS.

Na ocasião, Gilmar Mendes entendeu que o petista aceitou o cargo para ser detentor de foro privilegiado e, assim, escapar de uma investigação sob jurisdição do juiz federal Sérgio Moro, condutor da Operação Lava Jato na primeira instância. Para o ministro, seria uma “obstrução ao progresso das medidas judiciais”.

Até agora, parte dos ministros admite seguir o posicionamento de Gilmar Mendes. Há uma corrente no Tribunal, no entanto, que levanta questionamentos sobre a possibilidade de intervenção do STF no ato político de nomeação de ministro por parte da Presidência da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 20 de abril de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

Os primeiros passos do governo Temer 

Todo processo de impeachment deixa sequelas e cria arestas significativas entre os principais atores do país. Em 1992 com Fernando Collor e Itamar Franco não foi diferente do que estamos observando entre Dilma Rousseff e Michel Temer. É mais do que provável que até o dia 15 de maio a presidente Dilma Rousseff perca o seu mandato dando lugar a Michel Temer, que terá a missão de quebrar um ciclo negativo que se instaurou no país no governo Dilma.

O primeiro passo é fazer diferente do que Dilma fez, primeiro na construção do seu ministério, permitindo entre 20 e 25 pastas, cujos ocupantes sejam representativos politicamente mas sobretudo tenham respeito da sociedade. Temer não pode incorrer no erro de Dilma de lotear ministérios dando lugar a políticos sem a menor estatura para o cargo. Esse é um primeiro passo, mas não o único.

Um governante precisa se impor em relação aos seus governados, já dizia Maquiavel que é preferível ser temido do que amado, na política isso cai como uma luva. Se Temer quiser mesmo ser um bom presidente precisará respeitar o Congresso mas exercendo o cargo de forma que venha a se impor como o presidente. Os congressistas estarão ao lado de Temer por osmose se ele fizer um governo digno de respeito dos parlamentares. Caso Temer aceite fazer concessões aos políticos por medo de perder apoio ou querer a todo custo ter uma maioria expressiva que na hora H precisará distribuir cargos como Dilma fazia, é evidente que o seu governo terá o mesmo destino da sua antecessora.

No âmbito da Câmara dos Deputados, é fundamental que tenha na presidência um político que do ponto de vista da competência no que diz respeito ao regimento e à condução da Câmara seja muito parecido com Eduardo Cunha, mas que no âmbito da ética e da probidade seja diametralmente oposto ao atual presidente. Um nome que é palatável aos deputados federais pode ser o deputado Rogério Rosso (PSD/DF), que conduziu com maestria a comissão do impeachment, e seria um presidente à altura da Câmara dos Deputados. Isso faria com que a agenda negativa de Cunha não contaminasse o início do governo Temer.

No que diz respeito às reformas, é imprescindível que Temer aproveite o momento para apresentar as reformas política, previdenciária e tributária, dando ênfase no pacto federativo. Isso fará com o Planalto emita uma sinalização aos prefeitos e governadores de que está disposto a encontrar uma saída para a quebradeira geral dos municípios e dos estados que foi patrocinada por Dilma Rousseff. Essas ações terão peso significativo para que os primeiros seis meses do seu governo possam ser geridos com a garantia necessária de que não haveria atropelos.

Passado esse período, se Michel Temer conseguir lograr êxito em parte significativa destes pontos, ele inicia 2017 com uma perspectiva mais positiva, onde terá condições de implementar ações mais efetivas que possam retomar o crescimento da economia e a credibilidade do país. Experiência ele tem de sobra para mudar o atual panorama de quebradeira e instabilidade que o governo Dilma deixou como legado.

Bolsonaro – O deputado Jair Bolsonaro (PSC/RJ) cometeu o seu maior equívoco desde que se tornou presidenciável no último domingo ao enaltecer o torturador Brilhante Ustra, responsável por torturar Dilma Rousseff no período do regime militar. Bolsonaro deu mostras de que é um ser vazio e sem qualquer proposta para se tornar alternativa para o país. Na hora de bater o pênalti e fazer um belo gol, preferiu chutar a bola pra fora do estádio.

Economia – O vice-presidente Michel Temer pode formar a sua equipe econômica da seguinte maneira: José Serra (Planejamento), Henrique Meirelles (Fazenda), Paulo Skaf (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Murilo Portugal (Banco Central). Armínio Fraga declinou do cargo de ministro da Fazenda, mas se comprometeu a contribuir informalmente com a equipe econômica do governo Temer.

Vice – O deputado federal Daniel Coelho anunciou ontem o empresário Sérgio Bivar como companheiro de chapa na sua pré-candidatura a prefeito do Recife pelo PSDB. Setores da política avaliam que o anúncio foi precipitado e poderá dificultar a prospecção de legendas para formar uma aliança em torno de uma candidatura competitiva. Sergio é filho de Luciano Bivar, presidente nacional do PSL.

Cassação – Diferentemente de Jair Bolsonaro que emitiu uma opinião condenável, porém amparada pelo direito inviolável civil e penalmente por opiniões, palavras e votos dos parlamentares, o deputado Jean Wyllys (PSOL) ao cuspir em Bolsonaro dentro do plenário pode ser processado por quebra de decoro parlamentar e consequentemente ter cassado o seu mandato de deputado federal.

RÁPIDAS

Aline Mariano – Recém filiada ao PMDB, a vereadora Aline Mariano volta e meia tem seu nome ventilado para compor a vice na chapa encabeçada pelo prefeito Geraldo Julio, que tentará a reeleição em outubro. Porém, caso o posto seja mesmo destinado ao PMDB, existem dois nomes na fila: o vereador Jayme Asfora e o empresário Fernando Dueire, amigo pessoal do deputado Jarbas Vasconcelos.

Pedaladas – O deputado Edilson Silva (PSOL) afirmou que o governador Paulo Câmara havia praticado pedaladas como Dilma Rousseff, porém diferentemente de Dilma que é controladora dos bancos públicos e por isso configurou-se num empréstimo para pagamento dos programas sociais, o que é vedado por Lei, o governador Paulo Câmara não é controlador de nenhum banco público, pois o Bandepe foi vendido há muitos anos. Portanto, não houve pedalada de Paulo Câmara.

Inocente quer saber – O Planalto já reconheceu que não tem mais jeito?

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Postado por Edmar Lyra às 17:07 pm do dia 19 de abril de 2016

Comissão do impeachment será instalada na próxima terça, diz Renan

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou nesta terça-feira (19) que a comissão especial do impeachment que vai analisar na Casa o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff será instalada na próxima terça-feira (26).

Senadores da oposição pressionaram para que a instalação da comissão ocorresse já nesta terça-feira (19), mas governistas se recusaram a indicar seus integrantes para o colegiado. Diante do impasse, o presidente do Senado decidiu dar um prazo de 48 horas para que os blocos partidários indiquem seus nomes.

O regimento não estabelece um prazo para que os blocos partidários indiquem os nomes dos senadores que irão representá-los na comissão. O único prazo, nessa etapa, é o de 48 horas para que a comissão se reúna após a leitura em plenário do resultado da votação para eleger o presidente e relator do colegiado.

Nesta terça-feira, a mesa diretora do Senado vai ler o resultado da votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara e determinar a criação da comissão especial na Casa.

A sessão será antes da abertura da ordem do dia e, a partir da leitura, os líderes partidários poderão indicar representantes para a comissão especial do impeachment do Senado, que terá 21 membros titulares e 21 suplentes.

G1

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Postado por Edmar Lyra às 16:08 pm do dia 19 de abril de 2016

FBC diz que Senado terá entre 46 e 54 votos a favor do impeachment

O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) afirmou, em entrevista à Rádio Jornal nesta terça-feira (19), que o processo de impeachment deve ser admitido pelo Senado. De acordo com ele, a expectativa é de que sejam entre 46 e 54 votos a favor do afastamento da presidente.

“Acredito que a votação aqui, pelas conversas e informações que tive junto aos colegas senadores, é que entre 46 e 54 deverão votar pela confirmação da admissibilidade”, ressaltou o senador.

FBC disse que, segundo o presidente da casa, Renan Calheiros, a votação em plenário deve ocorrer no dia 11 de maio, mas já existe um grupo de líderes partidários pressionando para o prazo ser encurtado. “Existe pressão de diversas lideranças para que essa votação se dê no dia 4 de maio. Renan tem dito que não vai atropelar os prazos para garantir o amplo direito da defesa e evitar qualquer processo de judicialização da matéria”, disse.

Blog de Jamildo

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Postado por Edmar Lyra às 15:36 pm do dia 19 de abril de 2016

Alidos de Temer querem destituir Picciani da liderança do PMDB

Aliados do vice-presidente Michel Temer cobram a destituição do líder da bancada do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), que afrontou a decisão da bancada para votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Os parlamentares sustentam que o Picciani “não é confiável”. Ele foi reconduzido à liderança do partido em fevereiro, com apoio do Planalto, derrotando Hugo Motta (PB).

Logo após a aprovação do impeachment, Leonardo Quintão (PMDB-MG), rival de Picciani, fez questão de visitar Michel Temer no Jaburu. Leonardo Picciani virou líder do PMDB pelas mãos do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com quem rompeu para se aliar a Dilma. Temer pediu cautela aos deputados do PMDB: o momento é de “ciscar para dentro” e evitar disputas internas desnecessárias no PMDB. As informações são da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

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Postado por Edmar Lyra às 15:14 pm do dia 19 de abril de 2016

Collor diz que situação de Dilma é pior que a dele

Estadão Conteúdo – Presidente afastado por impeachment do Congresso em 1992, o senador Fernando Collor (PTC-AL) apresentou nesta segunda, 18, em plenário uma espécie de plano de governo e afirmou que a gestão da presidente Dilma Rousseff passa por uma situação pior a que ele atravessou às vésperas de perder o cargo. Em pronunciamento, o ex-presidente disse que o momento do País é gravíssimo e que é preciso um desenlace da crise.

“Tenho plena convicção (…) de que, em meu governo, o Brasil não retrocedeu em nenhum setor, em nenhuma avaliação relevante. Apesar da abrupta interrupção de meu mandato, creio: o legado foi positivo”, disse Collor, da tribuna do Senado.

Embora tenha tecido uma série de críticas ao governo Dilma, o ex-presidente ressalvou ser “imprudente” adiantar seu voto quanto à eventual punição da petista. O senador afirmou que qualquer palavra que dê no momento poderão se criar “celeumas”, o que não seria sua intenção. Ele disse que desde 2012 vinha chamando a atenção para o “esfacelamento institucional” do País”.

“O tempo e o presente quadro de degradação do País me deram razão. Porém, o que perdurou foi a postura de sempre: me ouviram, mas não me escutaram”, criticou.

Em nome do novo bloco partidário formado por 10 senadores, intitulado Moderador, o ex-presidente um conjunto de propostas para a gestão governamental intitulado “Brasil: Diretrizes para um Plano de Reconstrução”. Entre as medidas, ele defendeu um enxugamento da máquina do Estado, a modernização da economia tendo a iniciativa privada como principal motor, ações na área de direitos humanos e até uma sugestão de se fazer uma reforma política para alterar o regime de governo para parlamentarista.

Em aparte, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ex-ministro da Educação do governo Lula, elogiou a atuação de Collor na área, a quem disse ter “autoridade especial” para falar do assunto. Ele destacou que no mandato do então presidente foi se feito o “único verdadeiro esforço” de federalizar a educação no Brasil, com a construção de cerca de 550 centros integrados de atendimento à criança.

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 19 de abril de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

O maior derrotado do impeachment

Lula tentou, sem sucesso chegar à presidência da República em três ocasiões, em 1989 perdeu para Fernando Collor no segundo turno e em 1994 e 1998 para Fernando Henrique Cardoso, ambas no primeiro turno. Até que em 2002 conseguiu se lançar a presidente. Foi beneficiário de um processo que fulminou a candidatura de Roseana Sarney, então líder nas pesquisas pelo PFL, que foi um escândalo de corrupção envolvendo o marido de Roseana.

Naquele momento Lula acabou beneficiado, chegando a um segundo turno e derrotando José Serra. A vitória de Lula ocorreu num contexto de crises internacionais que estavam prejudicando a popularidade de Fernando Henrique, que respingou em José Serra, candidato tucano à sucessão de FHC. Uma vez no governo, Lula foi obrigado a manter a política econômica de FHC, dando continuidade ao tripé macroeconômico do câmbio flutuante, das metas de inflação e do superávit primário. Com a sinalização ao mercado, Lula foi ao governo, que pouco a pouco foi ganhando a confiança do empresariado e da sociedade.

Lula recebeu um governo estabilizado, que dependia apenas de uma conjuntura econômica internacional favorável. E ela existiu de 2003 até 2008, mas o próprio Lula foi capaz de liderar o país para fugir da crise de 2008, de um limão ele fez uma limonada. Isso possibilitou a Lula fazer o sucessor, ou melhor, a sucessora. Dilma Rousseff foi apresentada como sua sucessora após vários nomes do PT se envolverem em escândalos de corrupção. Dilma venceu a disputa graças ao forte desejo de continuidade do governo Lula por parte da população.

Uma vez no governo, Dilma já se mostrava muito diferente do seu antecessor e padrinho político. Pouco afeita às palavras e às articulações políticas, Dilma que foi vendida como a gerentona, conseguiu se manter bem até junho de 2013, quando vieram as manifestações durante a Copa das Confederações, que implodiram a elevada popularidade de Dilma. O caos se instaurou a partir dali, pois os brasileiros se deram conta de que o bom governo de Dilma nada mais era do que uma peça de ficção criada pelo marqueteiro João Santana.

Vieram as eleições de 2014 e mais uma vez a disputa foi vencida por João Santana, que quando o cerco apertou, soube utilizar como ninguém a fragilidade dos adversários de Dilma no programa eleitoral. Um país dividido saiu das urnas em outubro, quando pouco mais de 51% dos votos válidos permitiram a Dilma mais quatro anos. Já no segundo governo, depois de aplicar um tarifaço que dava indícios do estelionato eleitoral, Dilma continuou a enfrentar problemas de ordem política. Primeiro na eleição da mesa diretora da Câmara dos Deputados, quando no início do seu segundo governo viu Eduardo Cunha, então líder do PMDB, ascender politicamente ao mandato de presidente da Câmara com 267 votos contra o indicado do Planalto Arlindo Chinaglia, que obteve 136. Ali foi o primeiro sinal de que as coisas iam mal no Congresso.

O tempo passou e a situação da economia foi se agravando, com aumento da inflação e do desemprego, desvalorização da moeda, queda da bolsa de valores, aumento da taxa de juros, dentre outras coisas. A sociedade começou a perceber que a economia ia muito mal. Aliado a isso a operação Lava-Jato desnudou o maior esquema de corrupção da história do país, envolvendo próceres petistas e governistas, trazendo luz a um dos maiores problemas da nossa política, que é o financiamento de campanhas eleitorais.

Como se não bastasse, além de mentir aos eleitores na campanha, o governo mentiu aos brasileiros quando não divulgou a verdadeira situação das contas públicas, infringindo a Lei e desrespeitando a relação Executivo/Legislativo através dos créditos suplementares sem autorização do Congresso. As pedaladas fiscais, quando o governo utilizou recursos dos bancos públicos para pagar programas sociais e custear empréstimos a empresários através do BNDES, também colocaram Dilma na berlinda.

No último domingo ficou evidente no plenário da Câmara dos Deputados o que já se esperava há muito tempo. O impeachment de Dilma Rousseff foi aprovado por 367 votos, 25 a mais que os necessários. O governo, que através de Lula, tentou barrar o impeachment com oferta de cargos, ministérios, emendas e até dinheiro vivo, não conseguiu lograr êxito. Dos 137 votos obtidos por Dilma Rousseff, menos de 100 foram dados por PT, PCdoB, PSOL e PDT, os demais votos foram conquistados junto a deputados de siglas menores e que tinham algum tipo de alinhamento com o governo.

Um governo que tem apenas 137 votos num contigente de 513 mostra que perdeu toda e qualquer condição de continuar a existir. A derrota de Dilma é reflexo da sua total falta de capacidade de exercer o cargo que ocupou por pouco mais de cinco anos. Porém, o maior derrotado neste processo é o seu criador Lula, que viu seu prestígio ruir graças a uma escolha péssima para lhe suceder que acabou induzindo os brasileiros a um erro colossal. O legado de Lula depois deste processo virou pó, a prova foi tanta que não conseguiu sensibilizar nem 150 deputados, mesmo montando um QG num hotel de luxo na capital federal para oferecer mundos e fundos aos parlamentares. Ele foi o grande perdedor, o maior derrotado.

Comando – Ninguém entendeu muito bem a decisão de Sebastião Oliveira em se abster do voto pelo impeachment após sair da secretaria dos Transportes para participar da votação. Na verdade estava em jogo ali o comando do PR, que estava nas mãos de Anderson Ferreira em Pernambuco. Waldemar Costa Neto, o dono do PR nacional, havia prometido ao Planalto 15 votos contra o impeachment, entre ausências, abstenções e votos contrários. Como Anderson Ferreira decidiu votar pelo impeachment, Sebastião Oliveira acabou herdando o comando estadual da sigla.

Consequência – A principal consequência da mudança de comando no PR estadual será a disputa pela prefeitura de Jaboatão dos Guararapes. Anderson, que era pré-candidato a prefeito, não terá a legenda para a disputa. O PR deverá marchar com a candidatura de Evandro Avelar, secretário do governador Paulo Câmara. Como findou o prazo de filiação partidária, Anderson está fora da disputa pela prefeitura de Jaboatão.

Destino – O gesto do secretário de Turismo Felipe Carreras de não votar no processo de impeachment dando vez ao suplente Augusto Coutinho, acabou beneficiando o prefeito Geraldo Julio. É que pela ordem alfabética, caso Felipe votasse o 342º voto seria de Daniel Coelho e não de Bruno Araújo. Como Daniel é pré-candidato a prefeito do Recife iria capitalizar politicamente com o voto que guilhotinou Dilma Rousseff.

Retribuição – Os deputados Luciana Santos (PCDoB) e Silvio Costa  (PTdoB) foram muito leais ao Planalto e a Dilma Rousseff com posicionamentos bastante contundentes contra o impeachment de Dilma, que eles sempre se referiram como um “golpe”. Como contrapartida o PT deverá retirar a pré-candidatura de Teresa Leitão em prol de Luciana em Olinda e de João Paulo em prol de Silvio Costa Filho no Recife.

RÁPIDAS

Presidência – Estão cotados para a presidência da Câmara dos Deputados em substituição a Eduardo Cunha, que a partir de agora é a bola da vez para perder o cargo, os deputados Rogério Rosso (PSD/DF), que conduziu com maestria a comissão do impeachment e ganhou um novo patamar na Câmara dos Deputados e Jarbas Vasconcelos (PMDB).

Confiança – Por falar em Jarbas, o deputado pernambucano que já foi prefeito e governador, virou o “homem de Michel Temer” na Câmara dos Deputados. Jarbas foi correto com o vice-presidente no processo que antecedeu o impeachment e caso seja confirmada a ida de Temer para a presidência, Jarbas terá papel importante no governo, seja presidindo a Câmara, liderando o governo ou até mesmo ocupando algum ministério.

Inocente quer saber – Com quantos votos o impeachment de Dilma Rousseff passa no Senado?

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Postado por Edmar Lyra às 15:40 pm do dia 18 de abril de 2016

Michel Temer se preparou para o poder

Estadão Conteúdo

Com paciência – e sobretudo – senso de oportunidade, o paulista Michel Miguel Elias Temer Lulia está próximo de se tornar o homem mais poderoso do País. Presidente do PMDB há 15 anos, ele usou todo o peso do partido para ascender politicamente. Contudo, ainda terá de se entender com o correligionário Renan Calheiros (AL), presidente do Senado. Cabe à Câmara Alta a decisão sobre o afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. É a última etapa a separar esse filho de comerciantes libaneses, atualmente com 75 anos, de se sentar na cadeira de presidente do Brasil como titular – por ora, ainda é o vice.

Pode-se dizer que Temer sabe esperar sua vez. É o oitavo e último filho de Miguel e March Lulia, casal que imigrou do Líbano, em 1925, e fixou residência em Tietê, município localizado a 102 km da capital paulista. Foi na pequena cidade, hoje com cerca de 40 mil habitantes, que Temer morou até a adolescência. Mudou-se para capital no fim dos anos 50 para concluir o ensino médio. Depois, seguiu o exemplo de quatro dos seus irmãos e ingressou na Faculdade de Direito do Largo São Francisco.

Durante o curso, Temer participou do movimento estudantil e fez amizade com professores e dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que tinham forte atuação política na época. Formado em1963, conseguiu um emprego como oficial de gabinete na Secretaria de Educação do governo Ademar de Barros, o paulista que deu origem ao “rouba, mas faz” depois associado a outros políticos. O secretário era o jurista Ataliba Nogueira.

Após o golpe militar em 1964, Temer concentrou-se nos estudos. Doutorou-se em direito pela PUC de São Paulo, onde passou a dar aulas ao lado do também professor André Franco Montoro, que já era um político experiente com dois mandatos de deputado federal pelo Partido Democrata Cristão (PDC) e havia sido um dos fundadores da universidade católica.

Com a adoção do bipartidarismo, Montoro ingressou no Movimento Democrático

Brasileiro (MDB), única agremiação autorizada pela ditadura a atuar como oposição. Temer foi junto e nunca mais deixou a sigla, que ganhou o “P” de partido em 1981.

Quase tucano

A ligação com Montoro foi decisiva para a carreira de Temer. Em 1982, o colega de PUC elegeu-se governador de São Paulo e nomeou o professor de Direito como procurador-geral do Estado, primeiro, e depois secretário de Segurança Pública. Foi durante o governo Montoro (1983- 1987) que o peemedebista ficou mais próximo de José Serra, então secretário de Planejamento, e dos senadores Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso. Covas havia recuperado os direitos políticos cassados pela ditadura e, ao lado do futuro presidente da República, faziam parte da cúpula do PMDB dos anos 1980.

Na sucessão de Montoro, porém, nenhum deles teve chance de evitar o lançamento do vice-governador Orestes Quércia, ex-prefeito de Campinas e ex-senador que também fazia parte do PMDB e mantinha forte liderança no interior do Estado. Era o prenúncio de uma racha que se consumaria em 1988, com a criação do PSDB.

Temer concorreu a deputado federal em 1986, mas conseguiu apenas uma vaga de suplente. Porém, contou com a sorte. Em março de 1987, assumiu uma vaga de deputado da Assembleia Constituinte que promulgaria, no ano seguinte, a Carta conhecida como “Constituição Cidadã”.

Pouco antes da promulgação, em outubro de 1988, Covas, Serra, FHC e Montoro saíram do PMDB para fundar o PSDB. Nessa oportunidade, Temer viveu outro momento-chave. Em vez de seguir os colegas, ficou no PMDB, aceitando um conselho do próprio ex-governador e colega de PUC: “No PSDB, a fila vai ser grande para você”. Em1990, Temer concorreu à reeleição para a Câmara, mas novamente só teve votos para uma vaga de suplente.

Em 1992, ele voltou ao comando da Secretaria de Segurança seis dias após o “massacre do Carandiru”, quando ao menos 111 presos foram assassinados por ordem do comando da Polícia Militar durante uma rebelião dentro da antiga Casa de Detenção, na zona norte da capital paulista, às vésperas de uma eleição municipal. Temer ajudou a conter a crise e voltou para a Câmara um ano depois, ainda como suplente.

Em 1994, concorreu de novo e, finalmente, ganhou uma cadeira de titular.

O articulador

Naquele ano, o PMDB elegeu a maior bancada da Câmara (107 deputados), o que daria ao partido o direito à Presidência da Casa. A antiga ligação com a cúpula tucana fez de Temer o principal interlocutor da sigla com o recém-eleito presidente Fernando Henrique. Contudo, em vez de exigir a cadeira de presidente da Câmara, Temer propôs um acordo com o PFL (atual DEM), partido que ajudou o PSDB a conquistar a Presidência: o deputado baiano Luís Eduardo Magalhães (PFL) – filho do então senador Antônio Carlos Magalhães, que apelidou o peemedebista de “mordomo de filme de terror” – seria o presidente no biênio 1995-1997 e Temer lhe sucederia no cargo pelos dois anos seguintes. O acordo foi aceito e cumprido.

Reeleito em 1998, Temer ganhou mais uma vez o comando da Casa e ficou no posto até 2001. Naquele ano, aproveitou-se do escândalo político envolvendo o então senador Jader Barbalho (PMDB-PA) – acusado de desviar recursos do Banco do Estado do Pará – para ficar com o lugar dele na presidência do PMDB.

Em 2002, Temer articulou o apoio do partido à candidatura de Serra ao Planalto, obtendo a vaga de vice na chapa no lugar do PFL. Apesar da derrota do tucano, o peemedebista se manteve como presidente da sigla e deu início ao seu relacionamento com o PT.

Em 2005, tentou voltar à presidência da Câmara após a renúncia de Severino Cavalcanti (PP-PE), envolvido num esquema de cobrança de propina no restaurante da Câmara. Temer, que na oportunidade integrava a ala oposicionista do PMDB, pediu para o governista Renan Calheiros convencer a Lula a apoiá-lo na empreitada. Quando o alagoano enfrentou a acusação de ter a pensão de uma filha fora do casamento paga pela empreiteira Mendes Júnior e teve de deixar o comando do Senado, o deputado paulista o ajudou a pelo menos conservar o mandato parlamentar. A aliados, Temer diz que Renan prometeu ajudá-lo, mas, ao reunir-se com Lula, defendeu o nome de Aldo Rebelo (PC do B-SP), que acabou assumindo a cadeira.

Discórdia

Até hoje o episódio é motivo de discórdia entre os dois. Em 2007, foi a vez de Temer se vingar. De novo com apoio de Renan, Aldo tentou a reeleição, mas acabou surpreendido pela reedição do acordo que o deputado paulista havia feito uma década antes, desta vez com o PT. Temer acertou que o petista Arlindo Chinaglia (SP) seria presidente entre 2007 e 2009 e o peemedebista nos dois anos seguintes, a exemplo do que ocorreu no governo tucano.

A volta ao comando da Câmara foi decisiva para Temer reafirmar seu poder no partido e ser indicado candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff, em 2010. Os dois pouco se conheciam, mas conseguiram formar uma chapa vitoriosa naquela eleição. Mesmo com desentendimentos ao longo do primeiro mandato e menor apoio de peemedebistas, a dupla Dilma-Temer foi mantida em 2014.

O primeiro ano do segundo mandato da dupla não poderia ser mais estremecido. Ao longo de pouco mais de 15 meses, as rusgas ficaram evidentes. O registro das diferenças foi primeiro escrito em carta na qual o vice se queixa de ter sido “decorativo”, divulgada dias após Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na cadeira três vezes ocupada por Temer, aceitar a acusação por crimes de responsabilidade contra Dilma. Depois, gravado em áudio vazado há uma semana.

Já rompidos, Temer não omitiu sua vontade de tomar o lugar da companheira de duas chapas eleitorais: “Se o destino me levar para a função (de presidente), estarei preparado”, afirmou em entrevista à reportagem e à Globo News. Com a aprovação do impeachment na Câmara, resta o Senado referendar a decisão dos deputados e concretizar o plano de Temer. A mudança do Palácio do Jaburu, residência oficial do vice, para o da Alvorada, onde Dilma promete ficar até a conclusão do processo de impeachment, leva mais um tempo. Mas o poder já está em outras mãos.

Arquivado em: Brasil, destaque

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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