Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 6 de maio de 2016

Coluna do blog desta sexta-feira

O reinado de Cunha enfim acabou 

Exercendo o quarto mandato de deputado federal, Eduardo Cunha, que havia sido líder do PMDB na Câmara durante o final do primeiro governo Dilma Rousseff, se elegeu presidente da Câmara dos Deputados em fevereiro de 2015 com 267 votos contra a vontade de Dilma e do Palácio do Planalto. Por algumas vezes vestiu-se de incansável defensor do governo, por outras implacável opositor, sendo responsável pela abertura do processo de impeachment de Dilma Rousseff que culminou com 367 votos no afastamento de Dilma do cargo pela Câmara dos Deputados.

Profundo conhecedor do regimento interno da Câmara e possuidor de grande influência junto aos pares, Eduardo Cunha se destacou pela sua frieza no exercício do cargo de presidente, chegando por muitas vezes a se achar acima da Lei e dos próprios pares. Utilizou do seu conhecimento jurídico e da sua influência para postergar ao máximo o pedido de sua cassação no Conselho de Ética, com manobras regimentais que lhe garantiram por muito tempo no cargo.

A saída de Cunha do cargo era uma mera questão de tempo, pois ele tem seu nome envolvido em inúmeros escândalos de corrupção desde que iniciou a sua vida pública. Responde a oito inquéritos no Supremo Tribunal Federal e não merece continuar num dos cargos mais importantes da República e que poderia se tornar o segundo na linha de sucessão da presidência caso Dilma seja impichada pelo Senado.

A decisão do ministro Teori Zavascki, corroborada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal, era mais do que esperada, pois não havia mais a menor condição da continuidade de Cunha no cargo, e tem um desdobramento extremamente favorável ao futuro presidente Michel Temer, que assumirá o cargo sem a sombria presença de Cunha no protagonismo político brasileiro. Essa, inclusive, era uma grande preocupação do núcleo do futuro presidente, que temia ser associado a alguém que estava mais do que complicado na Lava-Jato.

O reinado de Cunha está no fim, assim como o de Dilma Rousseff. Os brasileiros esperam que a partir de agora, com um novo presidente da República e um novo presidente da Câmara, o Brasil possa definitivamente virar a página e encontrar o caminho da saída da crise política e econômica em que está afundado.

Jarbas Vasconcelos – Apesar de não estar procurando cargos, o deputado Jarbas Vasconcelos  (PMDB) não hesitaria de assumir um ministério caso fosse convidado por Michel Temer. Jarbas, por sinal, afirmou a Temer que não seria uma boa escolha a nomeação de Romero Jucá, Henrique Alves e Geddel Vieira Lima para a sua equipe ministerial.

Mendonça Filho – O deputado Mendonça Filho (DEM) está muito cotado para o ministério da Educação. Inicialmente ele estava próximo de ser ministro das Comunicações, porém o seu perfil mais ligado ao setor, já que quando vice-governador foi responsável pela implementação das escolas em tempo integral em Pernambuco, deve levá-lo a ficar mesmo na Educação de Temer.

Nulidade – A ação rápida do ministro Teori Zavscki foi uma resposta a ADPF da Rede Sustentabilidade, que poderia ensejar, em caso de procedente, na nulidade dos atos praticados por Eduardo Cunha no cargo de presidente, que atingiria diretamente o processo de impeachment de Dilma na Câmara que já tramita no Senado e está em vias de ser aprovado.

Rogério Rosso – Com o afastamento de Eduardo Cunha do mandato e da presidência da Câmara, cresce um movimento para que a Casa escolha um novo presidente, que seria o deputado Rogério Rosso (PSD/DF), presidente da Comissão do Impeachment, e que tem a simpatia do Palácio do Jaburu e de parte significativa dos membros da Câmara dos Deputados.

RÁPIDAS

Aproveitando – Num evento em sua Fazenda em Paudalho, que contou com a presença do governador Paulo Câmara, o deputado Romário Dias (PSD) afirmou ao presidente da Alepe deputado Guilherme Uchoa (PDT) que ele aproveitasse os oito meses que lhe restam na presidência da Casa Joaquim Nabuco, pois a partir de 2017 a presidência seria de Romário.

Blairo Maggi – O senador Blairo Maggi, um dos maiores produtores agrícolas do país, deverá se filiar ao PP para assumir o ministério da Agricultura no eventual governo Michel Temer. O partido pretende ficar com a Caixa, o ministério da Saúde e o ministério da Agricultura.

Inocente quer saber – O que fazia o ex-deputado João Paulo perto da comissão do impeachment no Senado ontem em Brasília?

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Postado por Edmar Lyra às 11:29 am do dia 5 de maio de 2016

Teori determina afastamento de Cunha do mandato

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato determinou o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Casa. A decisão de Teori é liminar (provisória).

Um oficial de Justiça foi à residência oficial do presidente da Câmara logo no início da manhã para entregar a notificação para Cunha.

O ministro Teori concedeu a liminar em ação pedida pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que argumentou que Cunha estava atrapalhando as investigações da Lava Jato, na qual o deputado é réu em uma ação e investigado em vários procedimentos.

Segundo o ministro, a medida visa neutralizar os riscos apontados por Janot no pedido de afastamento de Cunha.

Procurado pelo G1, Eduardo Cunha ainda não havia se manifestado até a última atualização desta reportagem. A assessoria de imprensa da Presidência da Câmara informou que não tinha tido conhecimento da liminar.

Ao pedir o afastamento de Cunha, em dezembro, o procurador-geral apontou ” motivos para afirmar que o deputado usou o cargo para “destruir provas, pressionar testemunhas, intimidar vítimas ou obstruir as investigações de qualquer modo”.

Veja quais foram os pontos listados por Janot para afastamento de Cunha:

1- Eduardo Cunha fez uso de requerimentos para pressionar pagamento de propina do empresário Júlio Camargo e o grupo Mitsui. Já havia casos de requerimento para pressionar dirigentes de empresas de petróleo

2 – Eduardo Cunha estava por trás de requerimentos e convocações feitas a fim de pressionar donos do grupo Schahin com apoio do doleiro Lúcio Funaro. Depoimentos de Salim Schahin confirmam isso. Lúcio Funaro pagou parte de carros em nome da empresa C3 Produções Artísticas, que pertence à família de Cunha

3 – Eduardo Cunha atuou para convocar a advogada Beatriz Catta Preta na CPI da Petrobras para “intimidar quem ousou contrariar seus interesses”

4 – Eduardo Cunha atuou para contratação da empresa de espionagem Kroll pela CPI da Petrobras, “empresa de investigação financeira com atuação controvertida no Brasil”

5 – Eduardo Cunha usou a CPI para convocação de parentes de Alberto Youssef, como forma de pressão

6 – Eduardo Cunha abusou do poder com a finalidade de mudar a lei impedir que um delator corrija o depoimento

7 – Eduardo Cunha mostrou que retalia quem o contraria com a demissão do diretor de informática da Câmara, Luiz Eira

8 – Eduardo Cunha usou cargo de deputado para receber vantagens indevidas para aprovar parte de medida provisória de interesse do banco BTG

9 – Eduardo Cunha fez “manobras espúrias” para evitar investigação na Câmara com obstrução da pauta com intuito de se beneficiar

10 – Eduardo Cunha fez ameaças ao deputado Fausto Pinato (PRB-SP), ex-relator do processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara

11 – Eduardo Cunha teria voltado a reiterar ameaças a Fausto Pinato

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 5 de maio de 2016

Coluna do blog desta quinta-feira

Se ceder demais, Temer começará mal seu governo 

Em vias de assumir interinamente por até 180 dias à presidência da República, Michel Temer precisa fazer diferente do que a sua companheira de chapa e antecessora Dilma Rousseff fez. Um dos principais sinais será reduzir a máquina  pública a começar pelo número de ministérios. O número ideal é algo em torno de 25 pastas na Esplanada, que já foi de 39 e atualmente é de 32. Essa diferenciação será um recado claro ao país e igualmente fundamental para que o futuro governo ganhe credibilidade junto ao povo brasileiro.

Na construção de uma falsa maioria, Temer está reticente em reduzir ministérios, querendo agradar a gregos e troianos e poderá incorrer no mesmo erro que levou Dilma Rousseff à guilhotina. Num momento de crise, cortar da própria carne é uma forma de ganhar a sociedade para o seu lado. Tendo a sociedade, o Congresso vem por osmose. Já o inverso raramente se consegue alcançar. Apesar de serem necessárias algumas reformas, que exigem maioria qualificada no Congresso, não dá para governar com todo mundo. Os deputados e senadores precisam votar pelos interesses do país e não por conta dos seus próprios interesses.

Outro fator é que Temer não pode ceder aos partidos a ponto de indicar ministros sem estatura política e sobretudo administrativa para o cargo. Isso fará com que o fisiologismo prevaleça nas discussões entre alguém sem capacidade para assumir o cargo e entes que dialogarão com o ministro. Se fosse pra ser mais do mesmo, não haveria motivos para trocar Dilma Rousseff.

A inflação segue elevada, o desemprego idem, e isso só será revertido com provas cabais de que o governo Temer estará no caminho certo. O que neste exato momento ele não tem feito. É importante que Temer também tenha a sensibilidade de não convocar pessoas que estejam envolvidas direta ou indiretamente na operação Lava-Jato, e que naturalmente poderão trazer instabilidade ao governo com o avanço das investigações.

Temer precisa se impor como presidente da República, porque é isso que ele será a partir do dia 12 de maio, se ceder demais correrá sérios riscos de terminar como Dilma Rousseff.

Luciano Siqueira – Existe uma tese defendida pela Frente Popular de que o vice-prefeito Luciano Siqueira (PCdoB) precisa ser mantido na chapa de reeleição do prefeito Geraldo Julio, primeiro pra não gerar disputa entre nomes e partidos pelo posto, segundo pelo histórico de que quando Roberto Magalhães trocou o vice Raul Henry por Sérgio Guerra acabou perdendo a reeleição para João Paulo em 2000.

Capitalizar – Mesmo tendo recebido a Via Mangue com apenas 40% e entregou a obra recentemente ao povo recifense, o prefeito Geraldo Julio pouco tem capitalizado politicamente esse feito. Afinal, é a maior obra de mobilidade dos últimos anos, e após caminhar a passos de tartaruga nas gestões do PT, enfim foi entregue aos recifenses, contribuindo para melhorar consideravelmente o tráfego na Zona Sul.

Bruno Araújo – Ficou a cargo do deputado Bruno Araújo informar oficialmente a Daniel Coelho que sua candidatura foi rifada. O PSDB estadual e o nacional defendem o alinhamento com a reeleição do prefeito Geraldo Julio, prezando pela aliança com o governador Paulo Câmara no estado e retribuindo o apoio dado pelo PSB a Aécio Neves no segundo turno de 2014.

Ministros – Dificilmente Pernambuco emplacará Bruno Araújo, Mendonça Filho, Fernando Filho, Augusto Coutinho e Raul Jungmann no ministério de Michel Temer. Pelo menos dois ficarão de fora da Esplanada. Fernando Filho está praticamente certo na Integração Nacional, pasta ocupada pelo pai, o senador Fernando Bezerra Coelho.

RÁPIDAS

Armando Monteiro – De volta ao Senado, Armando Monteiro se dedicará a reorganizar a tropa do PTB no estado, visando as eleições de 2016 mas sobretudo as de 2018, quando Armando deverá buscar uma cadeira na Câmara dos Deputados.

Virou pó – Pesquisas qualitativas apontam que a popularidade do ex-prefeito João Paulo no Recife virou pó. Por isso ele praticamente desistiu de disputar a prefeitura do Recife em outubro, e está examinando a hipótese de tentar uma cadeira na Câmara Municipal para não ficar sem cargo público até 2018.

Inocente quer saber – O ex-governador Joaquim Francisco assumirá o comando da Sudene no governo Michel Temer?

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Postado por Edmar Lyra às 21:59 pm do dia 4 de maio de 2016

Temer recebe Jarbas Vasconcelos e diz que não pedir cargos ‘é exceção’

De O Globo

BRASÍLIA — O vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) recebeu, na manhã desta quarta-feira, no Palácio do Jaburu, o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). O peemedebista se colocou à disposição do vice para ajudar num eventual novo governo. Ele contou que deixou claro que não foi ao encontro pedir cargos, e Temer respondeu “que ele era uma exceção”.

— Disse que eu chegava lá como uma pessoa com experiência para dizer que eu não estou atrás de cargos. Ele disse que o que eu estava fazendo ali era uma exceção — contou o deputado.

Inicialmente, o plano de Temer era enxugar o número de ministérios, mas, diante do apetite dos partidos por cargos e a necessidade de acomodar todos os aliados, o vice admitiu, em entrevista ao GLOBO, que cogita cortar “no máximo” três pastas. A ideia era reduzir as atuais 31 para cerca de 26. Na noite de terça-feira, ao fim de uma jornada que começara às sete da manhã, Temer admitia, resignado:

— Não sei se terei condições de diminuir. Veja o Ministério da Cultura. Minha ideia era fundi-lo com a Educação, mas o pessoal do setor reclamou muito. Acho que cortarei no máximo uns três ministérios.

Jarbas Vasconcelos reafirmou que, durante a conversa com Temer, ele reafirmou que não fará a redução dos ministérios:

— Entendi que ele não faria essa redução agora, para não cometer equívoco e fazer uma coisa só para tentar atender à expectativa da sociedade — disse o deputado, que criticou a situação do país e os últimos anúncios feitos pelo governo:

— O país está no fundo do poço, desmoralizado, o país está quebrado, não vai ter uma transição e o governo está fazendo aumentos extravagantes. Disse a ele que essa travessia será grande.

TIRAR CUNHA ‘PELA GOLA’

O deputado também confidenciou a Temer o seu desconforto com o fato de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), continuar presidindo a Casa. Ele disse esperar que o Supremo Tribunal Federal (STF) interfira para tirar Cunha do cargo “pela gola”, porque a Câmara “não vai fazer nunca”.

— Disse a ele que vivo na Câmara um desconforto muito grande, o Cunha é uma figura menor, que depõe contra a Câmara. Vamos ver se o Supremo faz o que a Câmara não quer fazer. O Supremo às vezes interfere desnecessariamente na Câmara, como fez em dezembro no processo de impeachment. Na hora de fazer, que tem que tirar ele pela gola, afastá-lo, não faz. Esperar que a Câmara faça? Não vai fazer nunca.

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Postado por Edmar Lyra às 21:42 pm do dia 4 de maio de 2016

Anastasia apresenta relatório a favor do impeachment

Da Folha de São Paulo

O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) apresentou, hoje, à comissão especial do impeachment relatório a favor do afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Relator do caso na comissão do Senado, Anastasia aponta que há elementos suficientes para que o processo seja aberto e a petista julgada por crime de responsabilidade. Dilma é acusada de editar, em 2015, créditos suplementares e de usar dinheiro de bancos federais em programas do Tesouro, as chamadas “pedaladas fiscais”.

“Em face do exposto, consideramos que os fatos criminosos estão devidamente descritos, com indícios suficientes de autoria e materialidade, há plausibilidade na denúncia e atendimento aos pressupostos formais, restando, portanto, atendidos os requisitos exigidos pela lei para que a denunciada responda ao processo de impeachment”, diz Anastasia.

O parecer de Anastasia será lido nesta tarde e votado na comissão na próxima sexta (6). Um dia antes, quinta (5), o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, deve comparecer ao Senado para defender a presidente do documento do senador tucano.

Como já ocorreu em outras sessões, senadores governistas e de oposição bateram boca e a sessão foi suspensa por um minuto.

A bancada do governo reafirmou, por meio dos senadores Gleisi Hoffmman (PT-PR) e Lindbergh Farias (PT-RJ), sua posição contra a atuação de Anastasia pelo fato de ele pertencer ao PSDB, partido interessado no impeachment de Dilma. “Tivemos aqui uma acusação partidarizada. Vamos questionar até o final a presença de um senador do PSDB na relatoria”, disse Lindbergh.

O líder da bancada tucana, Cássio Cunha Lima (PB), e outros senadores de oposição reagiram às críticas. “Esse teatro todo é para aparecer na televisão. Agora vai ouvir quieto e sentadinho aí”, disse Ricardo Ferraço (PSDB-ES) a Lindbergh Farias. “O senador Anastasia tem as condições políticas e institucionais de ser o relator”, ressaltou o tucano.

O PSDB ficou com a relatoria por questão de proporcionalidade de bloco partidário no colegiado.

O clima é de derrota para o governo dentro da comissão. Apenas cinco dos seus 21 titulares são contra a abertura do processo de impeachment. Os trabalhos do colegiado começaram na semana passada – desde então, foram ouvidos os autores da denúncia, a defesa de Dilma e especialistas a favor e contra o impeachment.

Depois da votação na sexta, o caso vai ao plenário do Senado, em sessão prevista para o dia 11, uma quarta-feira. São necessários os votos da maioria simples dos presentes para que o processo seja aceito. No momento, ao menos 51 dos 81 senadores já se manifestaram favoráveis.

Confirmado esse resultado, Dilma será afastada por até 180 dias, período em que será julgada pelos senadores e o vice Michel Teme assumirá interinamente. Nesta etapa, exige-se o mínimo de 54 votos para que ela seja afastada definitivamente. No caso, pelo menos 42 declararam até agora votos neste sentido.

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Postado por Edmar Lyra às 13:07 pm do dia 4 de maio de 2016

Advogados propõem organização de mercado do futebol

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI ) da Máfia do Futebol, que investiga denúncias de irregularidades cometidas por dirigentes da Fifa e da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), ouviu os advogados Rodrigo R. Monteiro de Castro e José Francisco C. Manssur, autores do livro Futebol, Mercado e Estado. A audiência pública foi solicitada pelo relator da comissão, deputado Fernando Monteiro (PP/PE).

Os autores relataram experiências de mercado do futebol em outros países e explicaram porque no Brasil esses modelos ainda não deram certo. Segundo Francisco Manssur o sistema de organização dos clubes e entidades funcionam como instituições sem fins lucrativos. ” Nesse formato não existe, em tese, o objetivo do lucro. Mas hoje em dia o futebol movimenta e gerencia grande volume de recursos”, disse Manssur.

Eles disseram que se trava uma verdadeira batalha para mudar o modelo de gestão do futebol brasileiro. Mas pelo projeto apresentado por eles, “ recuperação, estabilização e desenvolvimento sustentável do futebol brasileiro: estrutura, governo e financiamento” ,existe soluções para ressuscitar o futebol brasileiro.

Para Rodrigo Monteiro de Castro é preciso inserir o futebol brasileiro no mercado para atrair recursos. Ele citou a disparidade entre os clubes europeus e os brasileiros. Segundo ele, as cinco principais ligas europeias faturaram em 2011, cerca de 11 bilhões de euros, enquanto o faturamento da CBF foi em torno de 520 milhões de reais. “No nosso futebol hoje não há incentivos para gerar recursos e atrair capital”, afirma Rodrigo Castro.

Ele propõe, entre outras questões, a abertura do capital da CBF por meio de títulos patrimonias. Ou seja a CBF se tornar uma sociedade anônima. “ O futebol é um produto que gera bilhões na Europa, enquanto o campeonato brasileiro, por exemplo, gera menos da metade desses recursos”. Rodrigo Castro garante que chegou o momento do futebol brasileiro evoluir . “ O caminho para essa evolução é a organização de mercado do futebol”.

Além de apurar as irregularidades no futebol, o deputado Fernando Monteiro quer apresentar em seu relatório sugestões para a melhoria do futebol.” Temos que deixar um legado para as novas gerações e as sugestões apresentadas pelos nossos convidados contribuem para o trabalho da comissão”, disse o relator da CPI.

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Postado por Edmar Lyra às 12:58 pm do dia 4 de maio de 2016

Bruno Araújo pode assumir ministério das Cidades

Estadão Conteúdo – Cortejado pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB) como um dos aliados preferenciais em um eventual governo interino, o PSDB quer ocupar o Ministério das Cidades. Segundo dois aliados próximos a Temer ouvidos pela reportagem, o partido teria “mencionado” um nome para a vaga: o deputado Bruno Araújo (PE), ex-líder da minoria e responsável pelo voto de número 342 na votação da admissibilidade do impedimento de Dilma Rousseff na Câmara.

Mas o discurso oficial dos tucanos é de que o partido não reivindica o comando de nenhuma pasta e não irá condicionar o apoio da legenda no Congresso a eventuais cargos. A assessoria de Temer nega que ele tenha feito qualquer convite.

O problema para Temer é que o Ministério das Cidades, que tem grande capilaridade nacional e é estratégico nas eleições municipais de 2016, é reivindicado também pelo PSD.

Até a votação da admissibilidade do impeachment na Câmara, o titular da pasta era o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, presidente do partido. Uma solução em debate para o impasse seria oferecer a ele o Ministério das Comunicações.

Consultas

A cúpula do PSDB se reuniu nesta terça-feira, 3, com Temer no Palácio do Jaburu logo após ensaiar uma rebelião contra a escolha dos ministros de um eventual governo do peemedebista. “Nós realmente nos preocupamos com as notícias, que já são públicas, sobre a forma pela qual o governo já vem sendo constituído. Temos receio que esse governo (de Michel Temer) se pareça muito com aquele que está terminando os seus dias”, afirmou o senador Aécio Neves.

A declaração foi feita logo depois de uma reunião da Executiva Nacional do PSDB em Brasília. Antes dela, Aécio se reuniu com todos os governadores tucanos. “Confiamos no presidente Michel Temer, na sua capacidade de dar ao Brasil de novo esperança, mas a convergência que conseguimos construir em torno do PSDB, enfatizada pela unanimidade dos governadores que aqui hoje estiveram presentes, é de que o PSDB prefere não participar com cargos no governo. E sim da agenda parlamentar porque é essa que na verdade possibilitará a tirada do Brasil da crise”, disse Aécio.

Segundo relato dos participantes, em nenhum momento do encontro foi tratada a ocupação de espaços, embora todos já contem como certa a participação do senador José Serra (SP). Ele é cotado para assumir o Itamaraty, que ganharia novas atribuições, mas ainda não decidiu se aceita a eventual missão. O presidente do PSDB tem feito nas últimas semanas uma série de consultas a todas as instâncias da legenda para demonstrar unidade do partido.

Na semana seguinte à aprovação do impedimento na Câmara dos Deputados, o discurso do PSDB foi majoritariamente contrário à ocupação de ministérios. Um setor do partido chegou a defender que os tucanos interessados em ter cargos deveriam se licenciar da sigla.

Mas o PSDB mudou de tom depois de conseguir de Michel Temer o compromisso de que qualquer aproximação com os tucanos se daria de forma “institucional”. Ou seja: não seriam feitos convites sem a chancela do comando partidário.

Arquivado em: Brasil, destaque, Pernambuco

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 4 de maio de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

Abertura de inquéritos contra Lula e Dilma é pá de cal no PT 

O procurador-geral da República Rodrigo Janot solicitou ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquéritos contra o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff por obstrução a justiça no caso da nomeação de Lula para o ministério da Casa Civil.

Não obstante, Janot também incluiu o ex-presidente numa denúncia que envolve o senador Delcídio Amaral, o banqueiro André Esteves, e os empresários José Carlos e Mauricio Bumlai. Na denúncia, o procurador afirmou que Lula não só tinha conhecimento do Petrolão como também era um dos seus mentores.

A movimentação acontece na véspera da votação do relatório da comissão do impeachment no Senado, que tem um placar desfavorável para o governo de 16 x 5 pelo prosseguimento do impedimento de Dilma Rousseff. Isso naturalmente garante a consolidação do relatório na comissão especial e ganha contornos mais complexos para Dilma Rousseff no Senado, que já está com os votos suficientes para ter o seu afastamento decretado pelo plenário.

Se havia qualquer chance de o impeachment ser revertido, ainda que remota, isso inexiste mais após a situação dificilima de Lula e Dilma. Como consequência é evidente que a dupla que ocupou a presidência do país por 13 anos terá sérias dificuldades para se resolver com a justiça brasileira. Não há mais chances de Lula, Dilma e o PT se recuperarem politicamente disso tudo pós-impeachment, isso é fruto da falta de limites que quatro eleições presidenciais permitiram ao PT.

Porém nada na vida é para sempre. O PT hoje caminha para o seu sepultamento moral e ético, inviabilizando qualquer perspectiva de poder no curto e médio prazo. Se há um culpado, esse é o próprio PT. Janot colocou a pá de cal que restava.

Injustiça – Caso sejam confirmadas as convocações de pelo menos dois deputados federais para o ministério de Michel Temer, a Frente Popular terá nada menos que seis suplentes em exercício, tendo deputado federal com pouco mais de vinte mil votos. Já entre os suplentes de deputado estadual, Roberta Arraes e Maviael Cavalcanti seguem sem assumir mandatos na Alepe mesmo tendo quase quarenta mil votos cada um.

Responsabilidade – A tese defendida pelo prefeito Geraldo Julio e o governador Paulo Câmara de o PSB não assumir cargos no governo Temer fere a responsabilidade política que o partido precisa ter com o Brasil. Participar do governo Temer é mais do que ocupar um ministério, é contribuir diretamente para tirar o país do atoleiro. Qualquer outra atitude que não seja essa é lavar as mãos para a situação do país.

Espaço – Com 47 deputados federais, dentre eles os pernambucanos Eduardo da Fonte e Fernando Monteiro, e seis senadores, o Partido Progressista ficará com os ministérios da Saúde e da Agricultura e a presidência da Caixa Econômica Federal no governo Michel Temer. O espaço destinado ao partido é infinitamente maior do que o ofertado por Lula e Dilma.

Apelo – O deputado estadual Rodrigo Novaes (PSD) fez um apelo na tribuna da Alepe ontem sobre dois projetos de sua autoria que não foram ao plenário para serem votados. Um deles é o PL 1733/2013 que institui a criação do Códigos de Procedimentos Processuais de Pernambuco e o outro o PL 331/2015 que regulamenta a colocação de placas informativas em todos shows públicos realizados pelo município.

RÁPIDAS

Chances – Caso o ministério do Trabalho fique com o Solidariedade são grandes as chances de Augusto Coutinho assumir o cargo. É que o presidente nacional da sigla deputado Paulinho da Força decidiu indicar apenas o pernambucano para o posto.

Thiago Dias – O empresário Thiago Dias, sobrinho do deputado Romário Dias (PSD) decidiu se lançar candidato a vereador do Recife pelo PSDB. Thiago tem excelente relação com o deputado Daniel Coelho que é pré-candidato a prefeito do Recife e pode ser uma das surpresas na disputa.

Inocente quer saber – Lula conseguirá escapar do juiz Sérgio Moro?

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Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 3 de maio de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

O time de Temer 

O futuro presidente Michel Temer está prestes a consolidar a sua equipe ministerial a fim de apresentá-la tão logo Dilma Rousseff seja afastada pelo Senado, o que está previsto para o próximo dia 12. Muitos nomes estavam sendo especulados, inclusive alguns de Pernambuco, que estão praticamente certos na equipe ministerial como Mendonça Filho e Fernando Filho, que já havíamos abordado na nossa coluna.

A equipe começa com Henrique Meirelles no ministério da Fazenda, que será responsável para ajustar a economia e trazer credibilidade ao Brasil no cenário internacional. Para contribuir com essa tentativa de recuperação internacional, Temer decidiu chamar José Serra para as Relações Exteriores visando utilizar a larga experiência de quem já foi ministro do Planejamento e da Saúde, bem como prefeito e governador de São Paulo e duas vezes candidato a presidente da República.

No ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, que estava em vias de ser extinto, o presidente Michel Temer optou pelo presidente da FIESP Paulo Skaf, o que poderá contribuir com a relação do governo com o PIB brasileiro. Skaf representa as indústrias e será um importante interlocutor na retomada da economia durante o governo Temer.

O presidente nacional do PSD Gilberto Kassab ficará novamente com o ministério das Cidades, pasta que ocupou durante o segundo governo Dilma Rousseff e há poucos dias optou por entregar o cargo para fazer o alinhamento com a posição do seu partido que foi de votar majoritariamente pelo impeachment da petista. Kassab é um dos maiores articuladores políticos do país, e poderá contribuir bastante na relação do Planalto com o Congresso Nacional.

De Pernabuco, como já haviamos falado, o deputado Mendonça Filho assume o ministério das Comunicações e o DEM poderá indicar aliados para os Correios e a Postalis, estatais que ficam subordinadas à pasta. Outro pernambucano a integrar a Esplanada é o deputado Fernando Filho, líder do PSB na Câmara, que estava cotado para a Integração Nacional, acabou ficando com o ministério dos Portos. Por fim Bruno Araújo, do PSDB, responsável pelo voto que guilhotinou Dilma Rousseff na Câmara, deverá assumir uma pasta que ainda não está definida.

O nome de Raul Jungmann para o ministério da Defesa acabou perdendo força para a indicação de Nelson Jobim, que já ocupou a pasta durante o governo Lula e que possui excelente relação com Michel Temer. Enquanto a situação de Augusto Coutinho para o ministério do Trabalho segue indefinida. Temer escolhe um time de políticos testados nas urnas e na política em si, que responderão pela pasta de tal maneira que possam ser reconhecidos pelo nome, coisa que não vinha acontecendo no governo Dilma, já que ela decidia nomear ilustres desconhecidos para os postos.

No geral Temer começa bem na sua equipe. Não tinha muito pra onde correr, muito menos querer inventar a roda. Se esse time conseguir recolocar o Brasil nos trilhos, dele poderá sair o nome para a sucessão em 2018 com chances de vitória tal como ocorreu com Fernando Henrique Cardoso durante o governo Itamar.

Banco Central – Ainda não há nada definido, porém as chances são grandes de o economista-chefe do Itaú Unibanco Ilan Goldfajn assumir a presidência do Banco Central. Ilan já foi diretor de política econômico do Banco Central até o início do governo Lula em 2003 quando acabou saindo do cargo. A escolha é mais uma sinalização ao mercado financeiro por parte de Michel Temer.

Caixa Econômica Federal – Já para a presidência da Cabaixa, Michel Temer decidiu pela escolha de Gilberto Occhi, que é funcionário de carreira da instituição e foi ministro da Integração Nacional e das Cidades durante o governo Dilma Rousseff. Occhi é uma indicação da bancada do PP no Senado e substitui Miriam Belchior.

Mantidos – Por enquanto, Michel Temer decidiu pela manutenção de Aldemir Bendine na presidência da Petrobras e de Alexandre de Abreu na presidência do Banco do Brasil. A medida serve para demais vice-presidências do Banco do Brasil e demais diretorias da Petrobras, que serão mantidas até segunda ordem.

Problema – Nomes praticamente certos são Henrique Eduardo Alves no Turismo e Romero Jucá no Planejamento, porém ambos estão encrencados com a operação Lava-Jato e poderão trazer dores de cabeça a Michel Temer durante o seu governo. Na avaliação de gente graúda em Brasília, é um equívoco nomeá-los.

RÁPIDAS

Rifado – Antes pule de dez para a secretaria de governo, o ex-ministro Geddel Vieira Lima poderá perder lugar para o ex-deputado Sandro Mabel (GO). A indicação de Mabel é uma reivindicação do centrão da Câmara dos Deputados, composto por PTB, PR, PSD, etc. Temer estaria inclinado a aceitar o pedido dos parlamentares.

Complicações – Alguns integrantes da mesa diretora da Câmara Municipal de Jaboatão dos Guararapes, que recentemente anunciaram apoio a pré-candidatura de Anderson Ferreira a prefeito de Jaboatão, poderão ter seus nomes envolvidos em escândalos de corrupção, é o que garante um funcionário da Câmara que se coloca como pré-candidato a vereador pelo PRTB.

Inocente quer saber – O que falta para Augusto Coutinho assumir o ministério do Trabalho?

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Postado por Edmar Lyra às 19:07 pm do dia 2 de maio de 2016

Juiz decide bloquear Whatsapp por 72 horas

A Justiça mandou as operadoras de telefonia fixa e móvel bloquearem o serviço de mensagens instantâneas WhatsApp em todo o país por 72 horas. A medida começará a valer a partir das 14h desta segunda-feira (2). A decisão, de 26 de abril, é do juiz Marcel Montalvão, da comarca de Lagarto (SE).
As cinco operadoras —TIM, Oi, Vivo, Claro e Nextel— já receberam a determinação e informaram que vão cumprir. Em caso de descumprimento, estarão sujeitas a multa diária de R$ 500 mil.

É a segunda vez que o aplicativo é bloqueado no Brasil. Em dezembro de 2015, a Justiça determinou o bloqueio por 48 horas devido a uma investigação criminal.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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