Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

  • Início
  • Sobre
  • Pernambuco
  • Brasil
  • Contato

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 11 de maio de 2016

Coluna do blog desta quarta-feira

O fim de um ciclo 

O Senado vota hoje o impeachment de Dilma Rousseff, que foi aprovado pela Câmara dos Deputados com 367 votos no último dia 17 de abril. A expectativa é que os senadores deem mais de cinquenta votos pelo afastamento de Dilma por um período de até 180 dias. Isso significará mais do que o afastamento de uma presidente eleita co 54 milhões de votos, na verdade o fim melancólico de um projeto de poder que venceu quatro eleições presidenciais consecutivas que acreditou que pela outorga das urnas se achou acima da Constituição e do próprio país.

Esse projeto foi inicialmente liderado por Lula, que chegou em 2003 como o mais honesto dos políticos, e que iria fazer tudo diferente do que já havia sido feito até 31 de dezembro de 2002. Posteriormente, por conta dos escândalos de corrupção que derrubaram José Dirceu, Antonio Palocci e uma série de petistas graúdos, Dilma Rousseff por exclusão acabou sendo a indicada por Lula para suceder-lhe na presidência, e o povo brasileiro lhe conferiu dois mandatos presidenciais.

O primeiro governo de Dilma foi um completo desastre, pois a cada mês que passava a presidente desmanchava tudo que vinha sendo feito pelos seus antecessores Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso e o próprio Lula. O governo Dilma de 2011 a 2014 entregou em 2015 um país muito pior do que havia recebido de Lula. E por um período de um ano e 4 meses, Dilma entrega um país a Michel Temer em frangalhos.

Dilma comprometeu a estabilidade econômica com uma crise sem precedentes, e comprometeu o país com suas práticas visando se manter no poder a todo custo, primeiro para se reeleger, segundo para fugir do impeachment. Desrespeitou o jogo político quando foi beneficiária direta dos escândalos de corrupção da Petrobras desequilibrando a disputa, mentiu aos brasileiros quando não relatou a real situação do país, possibilitando o maior estelionato eleitoral da história do país, e já no seu segundo governo se mostrou o pior chefe de estado que passou pelo cargo de presidente da República desde a redemocratização.

Esse ciclo danoso ao país termina hoje a noite no Senado, possibilitando a partir de amanhã que o futuro governo venha a criar melhores condições para recuperar o Brasil. Não se espera que seja a salvação da lavoura, porém qualquer indício de governo por parte de Michel Temer já será infinitamente superior aos quase seis anos de desgoverno Dilma Rousseff. Demorou muito, mas a era Dilma Rousseff e consequentemente a era petista, chegou ao fim.

Ministro – Conforme antecipamos nesta coluna no dia 14 de abril, o deputado Mendonça Filho (DEM) será mesmo ministro de Michel Temer. Cotado para várias pastas, Mendonça acabou ficando com o ministério da Educação que voltará a ter a Cultura integrada na pasta. É um dos maiores orçamentos da Esplanada e com certeza dará um upgrade na carreira política do pernambucano.

PSB – A executiva nacional do PSB deliberou ontem que não irá participar formalmente do governo Michel Temer indicando filiados para ministérios e demais cargos. Porém, decidiu que não proibirá seus filiados de assumirem cargos caso sejam convidados por Temer. Com isso o caminho fica livre para o deputado Fernando Filho assumir o ministério da Integração Nacional.

Suplente – Com a cassação do senador Delcídio Amaral confirmada ontem pelo plenário do Senado por 74 votos, o empresário Pedro Chaves (PSC) assume o mandato até fevereiro de 2019. Chaves declarou patrimônio de R$ 70 milhões e será um dos políticos com mandato mais ricos do país. Delcídio ficará sem poder disputar mandatos eletivos até 2027.

Rombo – O governo Dilma Rousseff termina hoje deixando um rombo de R$ 250 bilhões. Com esse valor daria pra construir 170 mil creches, 125 mil quilômetros em rodovias e 2,8 milhões de casas populares. Uma legítima herança maldita Michel Temer estará recebendo da sua antecessora, com enormes dificuldades de ser administrada.

RÁPIDAS

Disputa – Michel Temer nem assumiu ainda a presidência e já existe uma disputa silenciosa entre Jarbas Vasconcelos, Mendonça Filho e Bruno Araújo pela indicação do comando e dos cargos da CBTU em Pernambuco que estavam nas mãos do vice-líder do governo Dilma Rousseff na Câmara deputado Sílvio Costa (PTdoB).

Jaboatão – Nos últimos dias o nome de Conceição Nascimento voltou a ganhar força para ser a candidata à sucessão do prefeito Elias Gomes em Jaboatão dos Guararapes. Apesar do quadro ainda estar indefinido, o que caminhava para a indicação de Evandro Avelar acabou arrefecendo um pouco, consequentemente beneficiando a postulação de Conceição.

Inocente quer saber – O governador Paulo Câmara conseguirá recursos do governo federal após incentivar o PSB a não assumir cargos no governo Temer?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 22:55 pm do dia 10 de maio de 2016

Senado cassa mandato de Delcídio

BRASÍLIA — O plenário do Senado cassou, nesta terça-feira, o mandato de Delcídio Amaral (sem partido-MS) com 74 votos a favor, nenhum contra e uma abstenção. Com a decisão, Delcídio passa a ser o terceiro senador a ser cassado pelos colegas na história da Casa, depois de Luiz Estevão e Demóstenes Torres.

Delcídio, que já foi líder do governo no Senado e é um dos principais delatores da Operação Lava-Jato, perde o mandato e o foro privilegiado junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). Pelo menos um dos inquéritos a que responde, juntamente com o ex-presidente Lula, deverá ser remetido à primeira instância da Justiça.

O ex-líder do governo foi preso preventivamente, por quase três meses, por tentar obstruir a Operação Lava-Jato. A prisão ocorreu em 25 de novembro. O processo no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado foi aberto no mês seguinte. A confirmação da delação premiada de Delcídio, com acusações a diversos senadores, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Romero Jucá (PMDB-RR) e Aécio Neves (PSDB-MG), acelerou o processo de cassação.

DELCÍDIO AUSENTE

A sessão no plenário do Senado teve início às 18h28m, e votação em plenário foi eletrônica e aberta. Delcídio e seu advogado não compareceram. A estratégia dos advogados é recorrer ao Supremo argumentando que nem o senador nem a defesa foram intimados da decisão da CCJ.

— Delcídio não vai comparecer ao plenário. O presidente do Senado, Renan Calheiros, agiu motivado por vingança e retaliação. Não vamos participar de uma comédia de fantoches — disse o advogado do senador antes da sessão.

Após a fala de cinco senadores, o presidente do Senado concedeu a palavra a Delcídio ou a seu advogado, mas, como nenhum dos dois se apresentou, Renan disse que o senador foi devidamente intimado e suspendeu a sessão por cinco minutos para a nomeação de um defensor dativo de Delcídio. O servidor Danilo Aguiar foi o escolhido.

Em entrevista ao blog Lauro Jardim, do site do GLOBO, Delcídio afirmou, antes da votação, que irá ao Supremo Tribunal Federal para anular o ato do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), de condicionar o agendamento da votação do impeachment de Dilma Rousseff com a aprovação do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que pediu sua cassação. Delcídio ameaçou o presidente do Senado ao dizer que fará um complemento de sua delação na próxima semana.

— Eles que me aguardem. Alguns senadores querem me esquecer, mas eu não me esquecerei de alguns senadores — afirmou Delcídio ao blog Lauro Jardim, em referência a Renan e aos senadores Edison Lobão (PMDB-MA), Romero Jucá (PMDB-RR) e Jader Barbalho (PMDB-PA).

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar aprovou relatório pela cassação, validado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O processo de Delcídio teve início em dezembro do ano passado, no mês seguinte à prisão preventiva dele por tentativa de evitar a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.

Ao ser peguntado sobre a ameaça, Renan foi irônico e chegou a se comparar a São Sebastião.

— O que é que significa mais uma flechada em São Sebastião? — disse Renan.

RELATOR: “IRREGULARIDADE GRAVÍSSIMA”

Relator do processo de cassação de Delcídio, o senador Telmário Mota (PDT-RR) classificou como “irregularidade gravíssima” as tentativas de Delcídio de obstruir o trabalho da Justiça. O relatório de Telmário concluiu pela cassação do mandato do acusado.

— Se isso não é irregularidade gravíssima, o que seria? O julgamento da quebra de decoro é feito por parlamentares que representam segmentos da sociedade brasileira. Eles estão votando pelos interesses de seus eleitores. E o Estado Democrático de Direito deve ser exercido sem qualquer cerceamento — afirmou Mota no começo da sessão que julga o mandato de Delcídio.

O relator afirmou que foi assegurado ao ex-líder do governo no Senado o direito de defesa.

— Tendo em vista a confissão do próprio Delcídio, não houve dúvidas de que o representado participou de reunião para propor medidas de obstrução de Justiça. Os fatos da Lava-Jato configuram claramente quebra de decoro parlamentar, puníveis com cassação de mandato — disse Mota.

O relator do processo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Ricardo Ferraço (PSDB-ES), falou por poucos minutos sobre o processo.

— Não observamos qualquer violação aos trâmites na CCJ — disse Ferraço.

Não há senadores inscritos para falar, o que indica que será rápida a sessão da cassação de Delcídio. Apenas o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) discursa além dos relatores. A defesa de Delcídio disse que ele não comparecerá à votação.

Arquivado em: Brasil, destaque

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 10 de maio de 2016

Coluna do blog desta terça-feira

Decisão de Waldir Maranhão foi último suspiro do governo 

Por volta das 11 horas da manhã de ontem as redes sociais explodiram com a notícia de que o presidente interino da Câmara dos Deputados Waldir Maranhão (PP/MA) havia anulado a sessão que aprovou o impeachment de Dilma Rousseff no plenário com 367 votos a favor no dia 17 de abril. Uma das maiores lambanças já vistas na política brasileira, pois o processo já está em tramitação no Senado, tendo sido aprovado na comissão do impeachment na Câmara Alta, e em vias de ser votado até a quinta-feira com expressivas chances de aprovação no plenário.

Waldir Maranhão, assim como o seu antecessor Eduardo Cunha, está envolvido na operação Lava-Jato, sendo réu em três processos, dentre eles por lavagem de dinheiro, mesmo assim o PT e o Planalto se arvoraram nele como a saída para tentar reverter um jogo que está pra lá de perdido. Não durou muito tempo e a chicana patrocinada pelo deputado, que vale ressaltar, é do baixíssimo clero, foi sendo desmoralizada, e o Planalto igualmente ridicularizado.

O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB/AL) decidiu manter a tramitação do processo na Casa, agindo de acordo com o posicionamento de respeitáveis juristas brasileiros de que a decisão de Waldir Maranhão era imoral, ilegal e estapafúrdia. Só a título de informação, este senhor foi um dos deputados que se reuniram com o ex-presidente Lula num hotel de luxo em Brasília, após a conversa mudou de ideia e decidiu votar contra o impeachment.

Um deputado que não tem qualquer qualificação para exercer o cargo de presidente da Câmara, que nunca figurou a lista dos parlamentares mais importantes do Congresso Nacional. Ele decidiu entrar para a história como um moleque do Palácio do Planalto, infringindo a Lei e desrespeitando a vontade soberana do plenário da Câmara. Cassação é o mínimo que se espera pra ele, e que a Câmara possa urgentemente escolher um novo presidente.

A tentativa foi em vão, o tiro saiu pela culatra, e os aparelhos que ainda mantinham o governo Dilma Roussefr respirando acabaram de ser desligados. A ação desesperada do governo que apresentou um documento para Waldir Maranhão apenas assinar, foi o último suspiro de um governo que não tem mais a menor condição de continuar existindo. Fim pra lá de melancólico.

Bom senso – O vice-presidente Michel Temer chegou à conclusão de que não havia espaço para que o seu governo praticasse o mesmo toma lá dá cá patrocinado por Dilma Rousseff. Temer deu um freio de arrumação e decidiu que só terá em seu governo 23 ministérios. Com isso, Temer já começará com significativo respaldo perante a sociedade. Enfim prevaleceu o bom senso.

CBTU – “Dono” dos cargos da CBTU em Pernambuco, o deputado Sílvio Costa (PTdoB) perderá prestigio no governo Michel Temer. A partir da entrada de Temer os apadrinhados de Silvio serão sumariamente exonerados. Resta saber qual será o político pernambucano alinhado com Michel Temer que fará essas indicações.

João Paulo – De malas prontas para deixar o comando da Sudene, o ex-deputado João Paulo segue fustigado por aliados a disputar a prefeitura do Recife pelo PT. O grande problema é a rejeição do PT e a falta de recursos sem o governo federal para viabilizar uma majoritária. Por isso, João segue analisando a hipótese de ser candidato a vereador para tentar ser puxador de votos do partido.

Sudene – Por falar em Sudene, muita gente tem apostado fortemente na hipótese do ex-governador Joaquim Francisco (PSDB) assumir o comando da autarquia durante o governo Temer. Caso se confirme, Joaquim terá uma máquina política expressiva para se movimentar visando a volta para a Câmara dos Deputados, que há uma década está distante desde que perdeu a reeleição em 2006.

RÁPIDAS

Mérito – O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, disse ontem que o tribunal pode a vir julgar o mérito do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, e que por enquanto o rito do impeachment está transcorrendo em absoluta sintonia com o que decidiu o STF.

Conclusão – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que pretende concluir na noite de amanhã a votação sobre o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Segundo Renan, seu plano é começar a sessão às 9h de quarta e seguir o seguinte cronograma: suspensão às 12h, retorno às 13h, interrupção novamente, desta vez às 18h, e então a votação às 19h, de maneira eletrônica.

Inocente quer saber – Os ministeriáveis pernambucanos perderam força nos últimos dias?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 21:47 pm do dia 9 de maio de 2016

Renan mantém sequência ao rito de impeachment

UOL

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou, há pouco, que está mantida para a próxima quarta-feira (11) a votação no plenário do Senado sobre o pedido de abertura do processo de impeachment contra Dilma Rousseff.

O processo de impeachment foi aprovado em votação realizada pela Câmara dos Deputados no dia 17 de abril. Entretanto, o presidente em exercício da casa, Waldir Maranhão (PP-MA), anunciou ainda nesta segunda-feira a anulação da votação dos deputados, alegando – entre outras coisas – que os líderes dos partidos não poderiam orientar cada deputado como votar. Caso a determinação de Maranhão prevalecesse, o pedido seria novamente apreciado pelos deputados.

“Essa decisão agora do presidente em exercício da Câmara é absolutamente intempestiva”, criticou Renan.

“Não poderia a formalidade tornar nulo o ato prévio”, disse Renan Calheiros. “O Senado já está com este assunto há várias semanas. Já houve leitura da autorização no plenário, indicação pelos líderes, eleição dos membros aqui no Senado, instalação da Comissão Especial, que fez nove reuniões presididas pelo senador Raimundo Lira, apresentação, defesa, acusação e votação de seu parecer”, completou.

Em seu pronunciamento, o presidente do Senado relembrou o processo de impeachment de Fernando Collor (1992), quando o Senado também foi comunicado a respeito de uma possível anulação. Na ocasião, a casa não acatou a anulação.

Renan, porém, fez duras críticas à lei de impeachment, que abre margem a “todos os presidentes eleitos” no Brasil. “Independente do desfecho deste processo atual, caberá uma revisão urgente da lei”, declarou. “É importante ressaltar que a Lei de Impeachment de 1950 é, por si só, é um fator de desestabilização política. Da edição da lei para cá, todos os presidentes eleitos sofreram esse tipo de assédio. Todos, sem exceção”, completou.

Em entrevista à BandNews antes do pronunciamento, a senadora Ana Amélia (PP-RS) classificou a anulação como “inaceitável”. “A decisão (na Câmara) foi por 367 votos favoráveis à admissibilidade do processo”, disse ela, criticando a decisão de seu colega de sigla. “Este cargo (vice-presidência da Câmara) é do partido, não é dele”, completou.

O presidente da Comissão Especial no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB) já havia afirmado que a votação da admissibilidade do pedido de impeachment de Dilma Rousseff no plenário da casa seria mantida. Para Lira, a decisão de Maranhão após a votação na Câmara não tem efeito prático.

Arquivado em: Brasil, destaque

Postado por Edmar Lyra às 21:29 pm do dia 9 de maio de 2016

Seis partidos pedirão cassação de Maranhão no Conselho de Ética, diz deputado

Do Estadão Conteúdo

O deputado federal Arthur Maia (PPS-BA) anunciou nesta segunda-feira (9) que PPS, Solidariedade, PMDB, PSDB, DEM e PSC vão protocolar ainda hoje representação no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação do mandato do presidente interino da Casa, deputado Waldir Maranhão (PP-MA).

Na interpretação dos partidos, o parlamentar maranhense quebrou o decoro parlamentar ao cometer “abuso de autoridade” com a decisão que anulou a sessão da Câmara que aprovou a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. A decisão foi tomada nesta segunda-feira.

“A decisão dele foi ilegal e ilegítima, pois confronta a posição de 367 deputados (que votaram a favor do impeachment)”, afirmou Maia. Para o deputado baiano, o ato de Maranhão é “algo muito grave”. “Ele não pode, buscando motivos pessoal e político, tomar uma decisão dessas”, criticou.

O parlamentar afirmou que os presidentes dos seis partidos mencionados já foram contatados e se comprometeram em assinar a representação contra Maranhão. Ele não descarta, porém, que mais legendas possam aderir à representação antes de ela ser protocolada.

Arquivado em: Brasil, destaque

Postado por Edmar Lyra às 18:52 pm do dia 9 de maio de 2016

Somente plenário da Câmara pode interromper impeachment, diz professor da PUC-SP

Do Estadão Conteúdo

A decisão do presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão em que o impeachment de Dilma Rousseff foi aprovado se caracteriza como “ato inexistente” e não tem valor legal, na opinião do professor de Direito Constitucional da PUC-SP Marcelo Figueiredo. No entendimento dele, a tramitação do processo somente poderia ser interrompida pelo plenário da Câmara.

“Maranhão não poderia ter tomado esta decisão, porque ele não pode se sobrepor ao plenário da Câmara. Este é um ato inexistente, e atos inexistentes são inconstitucionais”, afirmou Figueiredo.

De acordo com o professor, o Senado poderia prosseguir com o processo de impeachment. “Se eu fosse Renan Calheiros, presidente do Senado, simplesmente ignoraria a decisão e prosseguiria com o impedimento”, disse.

Outra possibilidade de reverter o ato do presidente interino da Câmara seria a convocação de uma plenária pelos deputados, na qual seria necessária a maioria simples para derrubar a paralisação do impeachment. Além disso, um mandado de segurança pode ser encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

“É possível que nas próximas horas a decisão de interrupção do processo de impeachment já seja revertida”, afirmou.

Arquivado em: Brasil, destaque

Postado por Edmar Lyra às 18:37 pm do dia 9 de maio de 2016

Nova fase da Zelotes que levou Mantega para depor investiga multas de R$ 57 mi

Do Estadão Conteúdo

A Polícia Federal deflagrou, nesta segunda-feira (9), em cinco estados, ações contra um dos grupos empresariais investigados pela Operação Zelotes. As empresas investigadas nesta fase tiveram multas julgadas no Conselho de Recursos Administrativos (Carf) que somam R$ 57 milhões.

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi levado para depor à Polícia Federal e deve ser liberado em seguida. Ele é amigo de Victor Sandri, dono da Cimento Penha, que teria sido favorecida em decisões do Carf.

Estão sendo cumpridos 12 mandados de buscas e apreensões e 15 mandados de conduções coercitivas em Brasília (DF), Recife (PE), Olinda (PE), Paulista (PE), João Pessoa (PB), São Paulo (SP), Juazeiro do Norte (CE), Florianópolis (SC) e 1 oitiva autorizada judicialmente no Complexo da Papuda, em Brasília. Todas as medidas judiciais foram determinadas pela 10ª Vara da Justiça Federal no DF.

Segundo a PF, durante a investigação, foi constatada “a existência de associação criminosa voltada a manipular e influenciar decisões do Carf, por meio de corrupção de Conselheiros, em prol de empresas desfavorecidas em decisões administrativas condenatórias de instâncias inferiores”.

Alvo desta fase de ações da Polícia Federal, uma empresa produtora de material de construção celebrou contratos com escritórios de advocacia e de consultoria que, por meio de seus sócios, “agiram de maneira ilícita, manipulando o andamento, a distribuição e decisões do Carf, visando obter provimento de seus recursos e cancelamento da cobrança de tributos em seus processos”.

Desde a deflagração da Operação Zelotes, em 26 de março de 2015, a Polícia Federal recolhe evidências das práticas de crimes de tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro por parte de uma estrutura criminosa complexa e composta por conselheiros e ex-conselheiros do Carf, advogados e as empresas alvos das ações.

MANTEGA – Em novembro do ano passado, o juiz titular da 10ª Vara da Justiça Federal, Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela Zelotes, autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Guido Mantega. O objetivo era apurar se ele tinha envolvimento no suposto favorecimento de empresas que obtiveram decisões favoráveis no Carf.

Na época, os investigadores também quiseram levantar mais informações sobre a relação do então ministro com o dono da Cimentos Penha, grupo empresarial que conseguiu abater débito de R$ 106 milhões no “tribunal da Receita”. Os dois seriam amigos e já fizeram negócios imobiliários.

Nesta segunda-feira, a defesa do ex-ministro disse que “não há o que recear” sobre a condução coercitiva de Mantega para depor. “Ele não tem nada a esconder”, afirmou o criminalista José Roberto Batochio.

DEFESA – A defesa de Mantega disse que “não há o que recear”, sobre o petista ter sido alvo na manhã desta segunda-feira (9) de mandado de condução coercitiva a pedido da Operação Zelotes. “Ele não tem nada a esconder”, afirmou o criminalista José Roberto Batochio.

Mantega indicou dois conselheiros para turmas do Carf, conselho que julga multas aplicadas a grandes contribuintes, que beneficiaram em votação o grupo Cimento Penha, do empresário Victor Sandri, de quem o ex-ministro é amigo pessoal.

Arquivado em: Brasil, destaque

Postado por Edmar Lyra às 3:00 am do dia 7 de maio de 2016

Coluna do blog deste sábado

Não dá pra juntar todo mundo 

O futuro presidente Michel Temer está incorrendo no mesmo erro que culminou na queda de Dilma Rousseff, quando está negociando cargos a torto e a direito, praticando o mesmo toma lá dá cá que ocorreu nos últimos governos do PT. Temer ainda não se deu conta de que esse presidencialismo de coalizão perdeu sentido, pois foi exatamente por conta dele que a política brasileira degringolou. Repetir os mesmos erros do PT é assinar o atestado de óbito de um governo que sequer começou.

Temer quer governar com os quase todos os partidos, excetuando o PT, o PSOL, o PDT e o PCdoB. Essa estratégia custa caro ao país, e pode custar o seu mandato, pois há um nível de insatisfação generalizada com a classe política. Querer formar maioria superficial através da distribuição de cargos é ser mais do mesmo. Não foi pra isso que milhares de brasileiros foram às ruas pedir a saída de Dilma Rousseff.

Do ponto de vista econômico o país retrocedeu no governo Dilma de tal maneira que ainda que haja uma melhora econômica no governo Temer, podemos considerar que a década estará perdida. Porém, se os próximos dois anos e meio forem de um governo como o de Dilma, haja vista que Temer está cometendo os mesmos pecados políticos, entraremos na próxima década com grandes chances de ser novamente perdida.

Temer ainda não entendeu do contexto histórico que pode ser o seu governo, e pra isso ele precisa fazer diferente. Maioria se constrói principalmente com boas práticas. Construir uma maioria sedimentada no clientelismo e no toma lá dá cá é o mesmo que construir um prédio sem fortalecer a fundação, naturalmente o governo irá implodir.

Juntar todo mundo no governo é sinal de confusão, e uma certeza absoluta de que tudo dará errado, pois no primeiro sinal de problema, os ratos pularão do barco e o comandante vai terminar afundando e morrendo afogado.

Cidades – O deputado Bruno Araújo caminha fortemente para assumir o poderoso ministério das Cidades. A cúpula estadual do PSDB já dá como certa a sua nomeação para o posto. Responsável pelo 342º voto pelo impeachment, Bruno sempre foi um ferrenho opositor do PT, e terá agora o grande salto da sua vida pública.

PEN – Como o blog havia antecipado, a relação interna no PEN está esfacelada. O racha se dá entre Romero Cavalcanti, presidente estadual da sigla e o vereador da capital, Davi Muniz. A executiva estadual interviu na comissão municipal e nomeou o empresário José Pinteiro como novo presidente municipal. Isto caiu como uma bomba no partido, que montou uma boa chapa de candidatos a vereador e agora está neste clima de insegurança e indefinição.

Thiago Dias – O empresário Thiago Dias, pré-candidato a vereador do Recife pelo PSDB, reuniu ontem no Barchef uma série de empresários do ramo de eventos que apoiarão a sua candidatura. Além deles, o deputado federal Daniel Coelho, pré-candidato a prefeito do Recife, compareceu ao evento e afirmou que considera a candidatura de Thiago como essencial para o partido emplacar representantes na Casa José Mariano.

Tasso Jereissati – O senador cearense Tasso Jereissati (PSDB) ganhou força para assumir o ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio no governo Michel Temer. A pasta atualmente é ocupada pelo senador pernambucano Armando Monteiro, que estará voltando para o Senado na próxima semana para votar contra o impeachment de Dilma Rousseff.

RÁPIDAS

Recusa – O deputado federal Roberto Freire, que apesar de pernambucano exerce o mandato por São Paulo foi convidado para assumir o ministério da Cultura de Temer. Freire decidiu declinar do convite, mas disse a Temer que se fosse convidado para a Ciência e Tecnologia aceitaria a indicação. O problema é que a pasta foi oferecida ao PRB que pretende indicar um pastor evangélico para o posto.

Claucione Lemos – Em grande ato político realizado ontem em Ponte dos Carvalhos com a presença do vice-governador Raul Henry, dos deputados Betinho Gomes e Jarbas Vasconcelos e do prefeito Elias Gomes, a pré-candidata a vereadora Claucione Lemos reafirmou a importância do protagonismo feminino na nova política do país.

Inocente quer saber – Pernambuco emplacará quatro ministros no governo Michel Temer?

Arquivado em: Brasil, Coluna diária, destaque, Política

Postado por Edmar Lyra às 19:41 pm do dia 6 de maio de 2016

Votação do processo de impeachment no plenário do Senado pode durar dois dias

Da ABr – Ao final da reunião de hoje (6), o presidente da comissão especial que aprovou a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma Rousseff, Raimundo Lira (PMDB-PB), disse que o próximo passo do processo – votação do relatório de Antonio Anastasia (PSDB-MG) em plenário – pode levar dois dias.

Com isso, a expectativa é que a conclusão dessa etapa só ocorra na quinta-feira (12). A demora deve-se ao fato de que, na próxima votação, cada um dos 81 senadores terá 15 minutos para se manifestar, o que pode resultar em pelo menos 20 horas de debates.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que vai presidir a sessão no plenário, ainda não decidiu se a defesa de Dilma terá mais uma oportunidade de se manifestar antes da votação que pode afastar a presidente do cargo por 180 dias.

Resultado

O relatório de Anastasia foi aprovado por 15 votos favoráveis e cinco contrários. O placar na comissão especial já era esperado por governistas e oposicionistas. O líder do governo na Casa, Humberto Costa (PT-PE), reafirmou que a base aliada agora vai se dedicar a estratégia de ampliar o apoio no plenário. Costa, por mais de uma vez, criticou a composição do colegiado e disse que os nomes foram escolhidos a dedo.

“Acredito que vamos conseguir um bom resultado na votação do plenário”, afirmou. Fátima Bezerra (PT-RN) reforçou as críticas. “O processo está contaminado. É um dia de luto”, avaliou.

Do outro lado, a oposição comemorou o placar, e senadores do DEM e PSDB, entre eles, Ronaldo Caiado (DEM-GO), voltaram a tecer críticas ao que chamaram de “maquiagem de contas” e “contabilidade criativa” por parte do governo e declararam estar ainda mais otimistas com o resultado no plenário da Casa.

Em defesa do processo, Antonio Anastasia afirmou que esperava um debate acalorado. O relator disse que os impasses são naturais, mas avaliou que a base aliada extrapolou. O mineiro classificou como “mau caratismo” os ataques que sofreu de governistas nos últimos dias de reuniões da comissão, que concluiu o processo em duas semanas de trabalho.

Arquivado em: Brasil, destaque

Postado por Edmar Lyra às 19:36 pm do dia 6 de maio de 2016

‘Tropa de choque’ de Cunha já trabalha para escolher sucessor

Estadão Conteúdo – Parlamentares próximos ao deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) elaboram estratégias para tirar do cargo o sucessor, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), e desse modo eleger um deputado alinhado ao peemedebista na presidência da Câmara.

Após a decisão do Supremo, a residência oficial do presidente da Câmara virou local de peregrinação de aliados. Passaram pelo local o líder do PP na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), e os deputados Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), Beto Mansur (PRB-SP), Rodrigo Maia (DEM-RJ), Wellington Roberto (PR-PB), entre outros. A reunião se estendeu até depois das 22h30.

Aliados de Cunha chegaram a sugerir que o peemedebista renunciasse à presidência, negociando em troca a manutenção de seu mandato. Como o Supremo também o afastou do seu mandato, líderes consideram “muito difícil” ele renunciar. Com isso, o cargo de presidente da Câmara não estará vago, o que torna impossível a realização de nova eleição.

Pela interpretação do regimento interno feita pela Secretaria-Geral da Mesa Diretora, só seria possível eleger um presidente da Casa em caso de morte, renúncia ou perda de mandato, o que não é o caso de Cunha. Com isso, pela interpretação da Mesa, Waldir Maranhão tem o direito de permanecer presidindo interinamente a Câmara enquanto Cunha estiver afastado.

Diante desse cenário, aliados pretendem pressionar Maranhão a renunciar ao cargo e, assim, forçar uma nova eleição. Para o núcleo próximo a Cunha, formado por integrantes do chamado “centrão” (PTB, PSC, PSD e PSB) e da oposição (PSDB, PPS, DEM e SD), Maranhão não tem condições de presidir a Casa. Isso porque, segundo deputados desse grupo, ele não resistiria às pressões do cargo.

Se Maranhão renunciar, o segundo vice da Câmara assume interinamente o comando da Casa e, em até cinco sessões, deve convocar novas eleições para o posto de primeiro vice-presidente, que, depois de eleito, viraria presidente interino. Nesse caso, outros partidos também poderiam concorrer ao posto. Cunha, então, poderia atuar para manter um deputado de sua confiança no comando da Casa. Entretanto, por meio de assessores, Maranhão afirmou nesta quinta que não há chances de renunciar ao cargo.

Questionamentos

Assim, outras estratégias estão sendo avaliadas para tirá-lo do cargo. O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), não descarta, inclusive, questionar na Justiça a permanência interina de Maranhão na presidência, por, assim como Cunha, ser investigado pela Lava Jato. Outra saída para tirar Maranhão do cargo é articular sua expulsão do PP por ter descumprido decisão da sigla ao votar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff O PP tinham fechado questão pró-impeachment.

Segundo a Secretaria-Geral da Mesa, a vaga de vice-presidente é da legenda, pois sua eleição se deu por acordo da proporcionalidade partidária. Caso isso aconteça, o partido deve escolher internamente um deputado da sigla e indicá-lo ao cargo de vice-presidente. Técnicos jurídicos da Câmara apontam ainda outra saída, como acelerar o processo de cassação no Conselho de Ética do qual Cunha é alvo.

Apesar de a Secretaria-Geral da Câmara entender o contrário, líderes do PSDB, DEM, PPS e PSB interpretaram que o cargo de presidente da Câmara está vago, pois a decisão do STF não fixou prazo para o afastamento de Cunha ou para o julgamento da ação penal. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Arquivado em: Brasil, destaque

  • « Página anterior
  • 1
  • …
  • 74
  • 75
  • 76
  • 77
  • 78
  • …
  • 132
  • Próxima página »

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

 

Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

Saiba mais

Siga-me nas redes sociais

  • Facebook
  • Instagram
  • LinkedIn
  • Twitter

Lista de Links

  • Celebridades
  • Minha Saúde
  • Nocaute
  • Radar dos Concursos
  • Torcida

Copyright © 2025 · Atlas Escolar On Genesis Framework · WordPress · Login