Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 19:29 pm do dia 28 de janeiro de 2017

Renan sugere a Temer mudanças no crédito consignado

Estadão Conteúdo – O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu nessa sexta-feira (27), na presença do presidente Michel Temer (PMDB), mudanças no crédito consignado, com desconto em folha de pagamento, como forma de estimular a economia do País.

No encontro, Renan sugeriu, por exemplo, reduzir o IOF cobrado nas operações – hoje em cerca de 3% para 1% – e duplicar o prazo máximo para o pagamento do crédito contraído, cujo limite atual é de 96 meses.

O presidente do Senado disse que era preciso ter um “aceno concreto” para o consumo. Segundo ele, a medida poderá injetar bilhões de reais na economia. Na ocasião, Temer disse ter achado a ideia interessante e pediu ao Ministério da Fazenda uma avaliação de sua viabilidade. Segundo dados do Banco Central, a carteira de crédito consignado fechou 2016 em R$ 389,3 bilhões, aumento de 2,5% em comparação com 2015.

A expectativa de Renan é que o governo formate uma proposta nesses moldes e anuncie mudanças em breve. O próprio senador usa como dado a favor da adoção da medida o fato de que o nível de endividamento das famílias registrou queda em novembro, segundo o BC.

Esse tipo de medida, aliás, já está em estudo pela equipe econômica do governo. O fato é que, ao patrocinar conversas como essa com Temer, o PMDB do Senado tem mantido sua preocupação em tomar atitudes de forma a garantir a retomada da atividade econômica, o que poderá melhorar a baixa popularidade do governo do presidente.

O Planalto também crê que antes do fim de 2017 o País já terá superado a recessão com medidas de estímulo econômico, partindo do pressuposto de que tenham sido aprovadas as reformas estruturantes, como a reforma da Previdência.

A avaliação dos peemedebistas é que Temer não pode repetir o discurso único de ajuste fiscal, que acreditam ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff, sem mostrar à população melhoras no dia a dia.

Outra medida é a utilização de parte do FGTS como garantia para os empréstimos consignados. Proposta ainda por Dilma, a Caixa tem até março para regulamentá-la. Os trabalhadores da iniciativa privada poderão usar até 10% dos saldos das contas e a totalidade da multa de 40% em caso de demissão sem justa causa como garantia de operações de crédito consignado. O governo Dilma estimou que se apenas 10% do total do FGTS mais as multas por demissão sem justa causa fossem usados, entrariam R$ 17 bilhões na economia.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 27 de janeiro de 2017

Coluna do blog desta sexta-feira

Cenário tem beneficiado Alckmin para ser o nome do PSDB em 2018 

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin já disputou a presidência da República uma vez, em 2006, quando enfrentou Lula que buscava a reeleição. Passados 12 anos após aquela disputa, Geraldo Alckmin reúne condições ainda melhores do que naquele ano para ser candidato à presidência da República pelo PSDB.

Apesar de ter seu nome envolvido em alguns escândalos, como parte significativa da classe política, Geraldo Alckmin está hoje dentro do PSDB extremamente mais credenciado política e eleitoralmente para ser o presidenciável tucano. Seu principal adversário dentro da sigla, o senador Aécio Neves, sofreu derrotas acachapantes em seu estado e foi tragado pelas denúncias da Lava-Jato, cujo dano à sua imagem parece ser irreversível.

O ministro das Relações Exteriores José Serra, também tucano, não tem conseguido ocupar espaços positivos na mídia, muito pelo contrário, a cada dia que passa fica mais distante do que seria a sua terceira tentativa de chegar ao Palácio do Planalto ao menos pelo PSDB, hoje o nome de Serra é visto como alguém que pode unificar o partido em São Paulo na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes, mas não muito mais do que isso.

Apesar do PSDB ser fiador do governo Temer, sendo co-responsável pelo que acontecer de bom e de ruim, é a única sigla no país que ainda goza de alguma aceitação da sociedade. O PT, seu principal adversário, entrou numa crise sem precedentes que dificilmente permitirá ao partido uma volta ao comando da república no curto prazo. Já o PMDB segue na mesma situação do PT, pois o desgaste do governo Temer e a falta de quadros do partido não ajudam a nenhuma postulação em 2018.

Se não houver fato novo e o PSDB tiver mesmo juízo, manda Serra pra disputar o governo de São Paulo e Aécio disputar o governo de Minas Gerais e aposta naquele que é o único político do partido efetivamente capaz de ser presidente da República: Geraldo Alckmin.

Farra – O Ministério Público Federal  entrou com um recurso especial no Tribunal Superior Eleitoral  contra o prefeito de Itapissuma Zé de Irmã Teca por um show do ex-vocalista do Chiclete com Banana Bell Marques em maio de 2016 que custou aos cofres públicos R$ 250 mil. No evento, o cantor fez várias menções ao então pré-candidato e chegou a falar que o número 55 era o número da sorte, num claro uso da máquina pública. Zé de Irmã Teca poderá ter ser registro cassado.

Líder – A vereadora Aline Mariano (PMDB) poderá ser oficializada a qualquer momento como a nova líder do governo Geraldo Julio (PSB) na Câmara Municipal do Recife. No exercício do terceiro mandato na Casa José Mariano, Aline foi secretária do prefeito na primeira gestão e vem em plena ascensão na política. Ela disputa, com melhores chances, a indicação com Wanderson Florêncio (PSC).

Duelo – Caso se confirme a indicação de Aline para a liderança do governo, a Câmara do Recife terá pela primeira vez duas mulheres duelando na tribuna, pois Marília Arraes (PT) será a líder da oposição. Curiosamente em 2013 quando se iniciou a gestão Geraldo Julio, Marília era secretária e Aline ocupava o posto de líder da oposição.

Defesa – O deputado federal Danilo Cabral (PSB) saiu em defesa do Pacto Pela Vida, afirmando que o programa é a política de segurança pública mais estruturada do país. Apesar dos elogios do socialista, o Pacto começou a degringolar ainda em 2014 durante o fim do governo Eduardo Campos e os nove meses de João Lyra Neto e se agravou nos últimos dois anos.

RÁPIDAS

Nas ruas – O prefeito do Cabo de Santo Agostinho Lula Cabral (PSB) tem demonstrado como se faz uma gestão a muitos prefeitos pois desde que assumiu no dia 1 não sai das ruas. Tem vistoriado obras e passando cerca de 14 horas por dia pegando no batente. O ritmo tem surpreendido muita gente, inclusive alguns aliados.

Sem custo – Vitrine da gestão do ex-prefeito Júlio Lóssio, o programa Nova Semente recebia várias críticas por cobrar mensalidade dos alunos, ainda que fosse uma quantia irrisória. O prefeito Miguel Coelho determinou que não haverá mais nenhuma cobrança aos beneficiários do programa a partir de agora em Petrolina.

Inocente quer saber – Teremos novidades dos desdobramentos de operações da Polícia Federal em Pernambuco?

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Postado por Edmar Lyra às 13:28 pm do dia 25 de janeiro de 2017

Gilmar Mendes defende solução “mais institucional possível” para Lava Jato

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu hoje (25) a solução “mais institucional possível” para a relatoria da Operação Lava Jato na Corte, mas evitou dar sua opinião pessoal sobre a questão.

Ele afirmou que a ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, está em contato constante com os demais ministros da Corte sobre o assunto. Questionado sobre qual seria sua avaliação sobre a melhor saída para a relatoria, Mendes respondeu: “Não vou dar opinião agora, vamos aguardar a condução que a presidente dará”.

Mendes indicou ainda haver divergências internas a respeito de como proceder com relação à redistribuição da relatoria da Lava Jato, que era de responsabilidade de Teori Zavascki, ministro que morreu na última quinta-feira (19) na queda de um avião no litoral do Rio de Janeiro.

“Essa questão vai ser analisada com a presidente, ela está conversando com os colegas para ter o encaminhamento mais institucional possível. Acho que esse será o encaminhamento que terá o apoio se não da unanimidade dos colegas, pelo menos da ampla maioria, e isso que a presidente deve estar costurando e fazendo os encaminhamentos”, disse Gilmar Mendes.

Ele deu as declarações ao chegar na manhã desta quarta-feira (25) para um encontro não agendado com Cármen Lúcia no gabinete da presidência do STF, onde permaneceu por cerca de meia hora.
A respeito de seu encontro com o presidente Michel Temer, no domingo, no Palácio do Jaburu, Gilmar Mendes disse ter trataado de assuntos “gerais”, em conversas que faz “há muito tempo”.

Ele classificou a decisão de Temer, de aguardar a definição sobre a relatoria da Lava Jato no Supremo, como uma “deferência à própria Corte para que não haja tumultos políticos. Manifestação de respeito à harmonia dos poderes”.

Mendes elogiou a decisão de Cármen Lúcia de autorizar os juízes auxiliares de Teori Zavascki a continuarem os procedimentos formais para homologar – isto é, tornar juridicamente válidas – as delações de executivos da empreiteira Odebrecht.

Agência Brasil

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Postado por Edmar Lyra às 13:20 pm do dia 25 de janeiro de 2017

Meirelles: 2016 deve ser lembrado pela volta da perspectiva de crescimento

Para o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o ano de 2016 deve ser lembrado “pela volta da perspectiva de crescimento” da economia. De acordo com Meirelles, no segundo semestre do ano passado houve uma recuperação dos indicadores de confiança empresarial e dos consumidores, redução do risco Brasil e valorização do real em relação ao dólar.

As afirmações do ministro estão em mensagem anexada ao relatório anual da dívida pública federal, divulgado hoje (25). O documento mostra que, em 2016, o estoque da dívida chegou a R$ 3,113 trilhões, superando em 11,45% o acumulado em dezembro de 2015.

“O melhor desempenho da economia é refletido nos indicadores da dívida pública federal e, em especial, na queda dos juros verificada ao longo do ano, que favorece diretamente o custo de financiamento desta dívida. A dívida pública federal hoje é marcada por composição saudável, reduzida a exposição cambial e a baixa concentração de vencimentos no curto prazo, além de base diversificada de investidores”, afirmou.

Segundo Meirelles, “a celeridade e a abrangência do ajuste fiscal estrutural em curso” foram decisivos para melhorar a confiança em relação à economia. “Pela primeira vez, foi aprovada mudança na Constituição Federal para limitar o crescimento real do gasto público nos próximos 20 anos, mas preservando os pisos das despesas com educação e saúde”, destacou, referindo-se à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55. Meirelles citou ainda a reforma da Previdência, que será discutida este ano, no Congresso Nacional.

O ministro disse também que a antecipação de pagamentos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), no valor de R$ 100 bilhões, à Secretaria do Tesouro “impactou a dívida bruta do governo na mesma magnitude do valor da operação”. Segundo Meirelles, isso reduziu subsídios pagos ao BNDES.

Inflação

De acordo com ele, os impactos da política monetária já se fazem sentir na desaceleração da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que encerrou 2016 em 6,29%, abaixo do teto da meta. A meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Meirelles disse que no setor externo há continuação do ajuste do déficit em conta corrente. “A solidez do ingresso de investimentos diretos no país continuou a fortalecer a conta de capitais, ajudando a dar sólido apoio à moeda nacional. A baixa necessidade de financiamento externo e o volume significativo de reservas internacionais – US$ 372,2 bilhões – atestam a estabilidade das contas externas.”

O ministro da Fazenda disse esperar que o país continue avançando nas reformas para alcançar o equilíbrio fiscal, a sustentabilidade da dívida pública e a recuperação da economia.

Agência Brasil

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Postado por Edmar Lyra às 13:10 pm do dia 25 de janeiro de 2017

Temer quer ampliar ‘Minha Casa’ para renda de até R$ 9 mil

Estadão Conteúdo – O presidente Michel Temer estuda ampliar para R$ 9 mil o limite de renda mensal de famílias que podem ter um imóvel com os juros mais baixos do programa Minha Casa Minha Vida. Atualmente, o teto da faixa 3 do programa de habitação popular é de R$ 6,5 mil.

O governo deve também ampliar os preços dos imóveis enquadrados no programa em torno de R$ 25 mil. Dessa forma, o preço máximo dos imóveis do MCMV, que vale para as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, deve passar de R$ 225 mil para R$ 250 mil.

Essas duas mudanças fazem parte de um “upgrade” no programa de habitação popular, que está sendo estudado pelo governo Temer. Os detalhes devem ser fechados até o final da semana que vem. Segundo uma fonte a par das negociações, a ideia é revigorar o programa para enfrentar a nova realidade econômica.

As últimas alterações desses valores tinham sido feitas em 2015, quando a ex-presidente Dilma Rousseff anunciou a terceira etapa do programa de habitação popular. As novas regras devem ser anunciadas em fevereiro para que o programa esteja rodando a todo vapor a partir de abril.

“Vamos abrir uma nova faixa de brasileiros possam ter acesso ao programa”, disse um integrante do governo. “Vamos dar mais subsídios nas faixas de juros para dar um empurrão maior no acesso aos imóveis e estimular mesmo a produção”, completou, mas com “absoluta responsabilidade”, ressaltou.

Preocupado com a retomada da economia, Temer aposta em um pacote de medidas para a construção civil para impulsionar a atividade, como antecipou o jornal O Estado de S. Paulo. A indústria da construção apresentou ao Ministério do Planejamento um conjunto de ações que pode aumentar as contratações das faixas 2 e 3 do MCMV de 250 mil unidades para 400 mil unidades em 2017.

O governo vai cobrar o setor o cumprimento dessas metas. A meta de construção da faixa 1 é de 170 mil unidades e da faixa 1,5 é de 40 ml unidades.

Pela proposta – que está sendo costurada pelos ministérios das Cidades e do Planejamento e Caixa – haverá um aumento nas rendas de todas as faixas do programa, exceto a faixa 1 (destinada a famílias com renda mensal de até R$ 1,8 mil). Para esse público, o governo chega a bancar até 90% do valor do imóvel, com subsídios.

Na nova faixa 1,5, por exemplo, a renda deve subir para R$ 2,6 mil – atualmente, apenas famílias com renda de até R$ 2.350 podem ter direito ao subsídio de até R$ 45 mil na aquisição de imóvel, de acordo com a localidade e a renda.

Ao mesmo tempo, os juros cobrados nos financiamentos do Minha Casa também devem subir. Para as famílias com renda de R$ 9 mil, os juros devem ser de 9% ao ano. Atualmente, os juros cobrados para a faixa 3 são de 8,16% ao ano.

Mesmo assim, eles continuarão mais baixos do que as taxas cobradas nos empréstimos à casa própria enquadrados no Sistema Financeiro Habitacional (SFH), que variam entre 11% e 13% ao ano No SFH, o limite do valor do imóvel é de R$ 750 mil nas regiões metropolitanas de SP, RJ, MG e DF.

O vice-presidente de Habitação do Sinduscon-SP, Ronaldo Cury de Caputa, disse que as alterações devem impulsionar o setor, caso a economia continue se recuperando. “O déficit habitacional no País ainda é muito grande. A demanda por casa só depende de boas condições”, afirma. Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, o mercado está “ávido” por essas mudanças.

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Postado por Edmar Lyra às 15:50 pm do dia 24 de janeiro de 2017

Dono de jato de Eduardo Campos fecha delação premiada

Estadão Conteúdo – Apontado pela Polícia Federal como responsável por entregar propina de empreiteiras ao ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) – morto em um acidente de avião, em agosto de 2014 -, o empresário João Carlos Lyra Pessoa de Melo Filho, conhecido como João Lyra, assinou acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF) no âmbito da Operação Turbulência. Lyra se apresentou formalmente como o único comprador do avião que caiu em Santos (SP).

O acordo ainda precisa ser homologado pela Justiça e João Lyra deve prestar depoimento nas próximas semanas. Além dele, também optaram pela delação Eduardo Freire Bezerra Leite e Apolo Santana Vieira. Os três empresários pernambucanos foram alvo da Turbulência, responsável por investigar o arrendamento da aeronave Cessna Citation PR-AFA que caiu em Santos (SP) e vitimou o então candidato Eduardo Campos.

A reportagem apurou que além dos fatos envolvendo o avião, João Lyra negociou com os investigadores o detalhamento de todas as transações financeiras realizadas por seu grupo cujos valores são oriundos de superfaturamento de obras públicas e de esquemas envolvendo empreiteiras e o governo de Pernambuco.

Para chegar aos verdadeiros proprietários do jatinho, os investigadores identificaram empresas de fachada supostamente utilizadas para lavar e escoar dinheiro oriundo de obras públicas para campanhas políticas. Foram investigados repasses da Camargo Corrêa e da OAS que teriam origem em desvios praticados em obras da Petrobras em Pernambuco e na transposição do Rio de São Francisco. Parte das informações foi compartilhada com a força-tarefa da Operação Lava Jato.

Na denúncia oferecida pelo MPF contra 18 pessoas envolvidas no caso, o MPF apontou que os três empresários lideravam o grupo criminoso que lucrava com “a prática de agiotagem”, lavagem de dinheiro proveniente de superfaturamento de obras públicas e pagamento de propina para agentes públicos. Apesar de a primeira denúncia ter sido arquivada, a investigação continua e deve dar origem a novas denúncias.

À época da deflagração da Turbulência, o PSB, do qual Campos era presidente, reiterou a sua confiança na “conduta sempre íntegra do ex-governador” e “o apoio incondicional ao trabalho de investigação da Polícia Federal e do Ministério Público, esperando que resulte no pleno esclarecimento dos fatos”. A Camargo Corrêa afirmou que a empresa foi a primeira a colaborar e que segue à disposição da Justiça. Procurada, a OAS não respondeu até a conclusão desta edição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Postado por Edmar Lyra às 14:18 pm do dia 24 de janeiro de 2017

Saída dos Estados Unidos do TPP pode beneficiar o Brasil, avalia Armando

A decisão do presidente americano Donald Trump de retirar os Estados Unidos do Tratado de Associação Transpacífico (TPP, sigla em inglês) pode beneficiar o Brasil em curto prazo, sobretudo a industrial nacional. Essa é a avaliação do senador e ex-ministro do Desenvolvimento, Armando Monteiro (PTB). Para o petebista, a saída dos americanos do acordo preferencial com 11 países abre a possibilidade de o Brasil ampliar a comercialização de produtos para outros importantes mercados internacionais. Entretanto, numa visão globalizada, Armando lamenta a iniciativa do governo dos EUA e considera um retrocesso para o comércio internacional a iniciativa dos americanos.

“Para um país como o Brasil, que se atrasou nesse processo de integração à rede de acordos internacionais, o fato de esses países ficarem fora de um acordo preferencial com os Estados Unidos coloca o País numa posição de menor defasagem. Ou seja, o Brasil volta a ficar numa posição, no mínimo, equivalente”, destaca Armando Monteiro. “O Brasil tende a ganhar em curto prazo com essa posição dos EUA, mas é lamentável que haja esse retrocesso”, completa. O senador destaca que os EUA, atualmente, são o segundo maior parceiro comercial do Brasil. “E é um comércio de muita qualidade porque o Brasil exporta muitos manufaturados para o mercado americano”.

Armando frisa que com a saída dos EUA do TPP, alguns segmentos da indústria nacional passam a ter maiores chances de inserção no mercado internacional, como a indústria de transformação. Ele destaca que os setores de cerâmica, têxtil, de bens de capital e automotivo ganham com esse movimento americano. “A indústria brasileira tende a ganhar, considerando os acordos que já temos com o México e a perspectiva de ampliar as exportações com os países da aliança TPP”, pontua o ex-ministro, citando o Vietnã e a Malásia.

SURTO PROTECIONISTA
Armando Monteiro destaca que medidas protecionistas como a tomada pelos EUA são ruins para o mercado internacional numa visão globalizada e, sobretudo, consumidores. O senador acredita que a nova posição do governo americano poderá acarretar em perdas para o próprio país.

“Uma posição mais aberta ao comércio internacional sempre se traduz em redução de custos e benefícios para o consumidor. Essa posição protecionista dos Estados Unidos pode impor ao próprio consumidor americano custos mais altos. Acho que logo logo a administração do presidente Donald Trump se dará conta de que talvez os Estados Unidos, ao final, não tenham ganhos líquidos com essa estratégia. Você pode ajudar alguns setores a curto prazo, mas globalmente os EUA perdem”, analisa.

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Postado por Edmar Lyra às 19:02 pm do dia 22 de janeiro de 2017

Crise econômica leva indústria do aço a adiar investimentos de U$$ 3,2 bilhões

Os impactos da crise econômica que o país atravessa levaram a indústria do aço a adiar, entre janeiro de 2014 e junho de 2016, investimentos da ordem de US$ 3,2 bilhões, período em que foram paralisadas ou desativadas 83 unidades produtivas e mais de 40 mil postos de trabalho foram fechados.

As informações são do Instituto Aço Brasil, que enfrentou em 2016 a pior crise de sua história, com queda de 9,2% na produção de aço bruto e de 7,7% na de laminados.

Dados divulgados esta semana revelaram que a produção acumulada de aço bruto no país em 2016 totalizou 30,2 milhões de toneladas, uma queda de 9,2% em comparação a 2015; enquanto a produção de laminados totalizou 20,9 milhões de toneladas no ano passado, que representa queda em ralação a 2015 de 7,7%.

Em entrevista à Agência Brasil, o presidente-executivo do instituto, Marco Polo de Mello, disse que em 2016 a crise atingiu a economia como um todo, mas em especial o setor de produção de aço em razão da sobre-oferta do produto no mercado mundial. Hoje, a produção mundial de aço totaliza cerca de 780 milhões de toneladas, das quais mais de 400 milhões na China.

Na avaliação do executivo do Instituto Aço Brasil, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país começou a piorar já em 2014, apresentando que expressiva tanto em 2015 quanto em 2016.

“Quando se olha especificamente para o setor de aço, observa-se que os principais setores demandadores da matéria-prima (automotivo, máquinas e equipamentos e construção civil) e que juntos representam 80% do consumo do produto, todos sem exceção tiveram redução drástica em suas atividades”.
Juntos, estes setores fecharam em queda de 11,8%, em média, nos onze meses de 2016, queda esta que chega a 32% quando comparada ao mesmo período de 2013.

Mello ressalta o fato de que a crise por que passa o setor se refletiu diretamente no valor das ações na Bolsa de Valores. “A posição das empresas do setor com ações em bolsa despencou. Você pega aí uma Gerdau, uma Usiminas, ou uma CSN e você vê que essas empresas – que valiam em 2008 cerca de R$ 110 bilhões cada – tiveram seu valor despencando para algo em torno dos R$ 12 bilhões a R$ 8 bilhões”.

Crise política

O presidente-executivo do Instituto Aço Brasil atribuiu, em parte, a estagnação da economia e seus reflexos sobre o setor do aço à crise política vivida no país durante boa parte do ano passado: “E eu não estou dizendo que este ou aquele governo é melhor ou pior. Mas o fato é que a crise política vivida até o impeachment levou a uma paralisia do país – até porque a prioridade passou a ser a política”.

“Se você olhar bem, verá que todos os segmentos da economia praticamente estão trabalhando com um grau de ociosidade elevadíssimo. Isso acontece porque o mercado interno desapareceu por conta dos fatores conjunturais, principalmente, mas também em decorrência de fatores estruturais”.

Perspectivas

Para Mello, as perspectivas para o setor, ao menos no curto prazo, não são boas. “As medidas que foram tomadas pelo governo são insuficientes. Tá, os juros caíram e essa é uma tendência fundamentalmente importante, mas no patamar atual em que eles estão, na melhor das hipóteses – com quedas de 0,75%, 0,50% [na taxa selic] –, você precisaria aí de no mínimo seis, sete meses para se chegar a um patamar razoável para fazer a economia voltar a crescer”.

Na avaliação do executivo, os programas que poderiam levar ao reaquecimento do mercado interno, principalmente os de infraestruturas, ligados à pasta do ministro Moreira Franco, secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, precisam de pelo menos dois a três anos para se estruturarem e apresentarem resultados.

“Então no momento, segmentos como o do aço e, por extensão, o automotivo, o químico continuam vivendo uma situação em que a sua capacidade instalada não está sendo utilizada adequadamente”.

Exportação

Na avaliação do presidente do Instituto Aço Brasil, a saída para a crise econômica, agravada pela retração do mercado consumidor interno, passa necessariamente pela decisão do governo de incentivar as exportações e dar-lhes competitividade para brigar no mercado externo.

Para isso, no entanto, ele entende que são necessárias decisões que desonerem o setor, dando-lhe competitividade, e que eliminem assimetrias que atrapalham atualmente o setor.

“A saída que nós estamos enxergando são as exportações. Mas cada segmento tem um grau de dificuldade maior, e o do aço é o mais drástico de todos, porque nós temos no mundo um excedente de capacidade de oferta da ordem 780 milhões de toneladas – e a capacidade brasileira é de 50 milhões. Então, a dificuldade na exportação do aço é maior do que em outras setores”, disse Mello.

“É por isso que nós precisamos no mínimo eliminar as assimetrias competitivas – e a principal delas é o resíduo tributário que se tem hoje na exportação por conta do nosso sistema tributário”.

Agência Brasil

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 21 de janeiro de 2017

Coluna do blog deste sábado

O Supremo Tribunal Federal precisa de Sergio Moro 

A Suprema Côrte brasileira é composta por onze ministros, que são os guardiões da Constituição, anteontem um lamentável episódio ceifou a vida de Teori Zavascki, que estava há quatro anos no cargo por indicação da ex-presidente Dilma Rousseff, o fato de Teori ser o responsável pela operação Lava-Jato abriu precedente para uma série de especulações de que não havia sido apenas um acidente mas sim um atentado que vitimou não só Teori como mais quatro pessoas que estavam na aeronave. É preciso que as autoridades competentes façam uma varredura para descobrir efetivamente a causa do acidente, pois é inaceitável que num período de menos de três anos tenha havido uma série de acidentes aéreos e com pessoas influentes da nossa república como o do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, então candidato a presidente da República, cujo vôo poderia ter também a presença da ex-senadora Marina Silva, que até hoje não foi completamente elucidado.

A morte de Teori ocorreu num momento crucial para a operação Lava-Jato, que estava em vias de homologar a delação da Odebrecht e que naturalmente implicaria políticos das mais variadas siglas partidárias e que detêm poder sobrenatural na nossa república. Ainda que tenha sido um mero acidente, as circunstâncias de que as decisões de Teori poderiam culminar dão margem para muitas interpretações que só serão dissipadas com investigações sérias e uma atitude pertinente com o momento em que vivemos, que seria a nomeação do juiz responsável pela Lava-Jato Sergio Moro para o Supremo Tribunal Federal.

Muitos questionarão que uma vez ministro do STF ele não poderia relatar o caso nem proferir qualquer decisão, uma vez que ele já atuou no caso na primeira instância, outros afirmarão que as investigações que tramitam em Curitiba podem ficar paralisadas caso haja mudança de juiz responsável, porém a chance de Sergio Moro ser alçado ao posto é extremamente pertinente, pois dos dez ministros que restaram, o mais próximo de sair compulsoriamente é Celso de Mello, que completa 75 anos em 2020, até lá ninguém sabe quais serão os rumos da Lava-Jato e qual será o papel de Sergio Moro para se tornar um novo ministro do Supremo Tribunal Federal.

Outro fator é que não existe nenhum jurista de lastro nacional para o posto, o ministro da Justiça Alexandre de Morais, cotado para o posto por alguns, é visto com ressalvas por muita gente, sobretudo pela sua forte ligação com os políticos, ele iria receber as mesmas críticas que Dias Toffoli e Gilmar Mendes receberam e continuam recebendo, por terem ligações com Lula e FHC, respectivamente. O trabalho impecável de Moro na Lava-Jato não retrocederá na primeira instância caso venha a ser substituído por outro magistrado, já no Supremo Tribunal Federal ele terá maiores condições de conduzir novas investigações sobre outros esquemas de corrupção, já que a especialidade dele é esta, sendo que desta vez ele poderá imprimir os rigores da Lei a políticos com foro privilegiado, fato que ele não tem acesso como juiz de primeira instância.

A entrada de Sergio Moro no Supremo Tribunal Federal neste conturbado momento em que vivemos poderá ser uma luz no fim do túnel para que o povo brasileiro possa voltar a se orgulhar das suas instituições, sobretudo da nossa Suprema Côrte.

Substituto – Há um forte indicativo que o ministro Celso de Mello assuirá a relatoria da Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal em substituição ao ministro Teori Zavascki, mais antigo na Côrte e sempre muito discreto, Celso de Mello é o ministro com mais perfil para o posto neste momento de consternação nacional.

Presidente – O vereador Benjamim da Saúde poderá assumir nos próximos dias a presidência do Partido Ecológico Nacional (PEN) no Recife. Ele tem o apoio do colega vereador Davi Muniz, que foi uma das gratas surpresas da eleição passada, pois triplicou sua votação em relação a 2012 e poderá ser candidato a deputado federal em 2018.

Diálogo – Durante a visita de Levy Fidelix a Pernambuco, integrantes do PRTB, PHS e PRP discutiram os rumos das siglas para as eleições proporcionais em 2018. Nas eleições de 2014 as siglas menores se uniram e elegeram um deputado federal com menos de 30 mil votos que foi Kaio Maniçoba, eleito pelo PHS. As siglas esperam repetir a façanha em 2018.

Abastecimento – Em visita ao Agreste Setentrional ontem, o governador Paulo Câmara autorizou o início de duas obras estruturadoras para o setor hídrico do município de Limoeiro. A primeira é a expansão do sistema de abastecimento de água local, iniciando a 2ª etapa do Programa para o Fim do Racionamento e Redução de Perdas da Compesa (PRORED). O segundo investimento é a ampliação da captação de água a partir da Barragem Capina, na Mata Norte. Juntas, as obras vão custar R$ 1,6 milhão, beneficiando cerca de 45 mil habitantes.

RÁPIDAS

Imip – O deputado federal Fernando Monteiro (PP) reuniu-se com o presidente do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), Gilliatt Falbo. No encontro, na sede da entidade, o parlamentar pernambucano se comprometeu em buscar recursos no Ministério da Saúde para que a instituição viabilize a construção de um Centro de Oncologia, entre outras ações.

Favorito – Após a morte de Eduardo Campos, o deputado federal Jarbas Vasconcelos (PMDB) se tornou a principal referência da política pernambucana e por isso ele é considerado por muitos como pule de dez para se eleger senador em 2018. Não há nenhum adversário a altura de Jarbas para desbancá-lo na disputa por uma das duas vagas no Senado no ano que vem.

Inocente quer saber – Falta mais algum acontecimento para abalar a nossa república?

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Postado por Edmar Lyra às 16:50 pm do dia 19 de janeiro de 2017

Ministro do STF Teori Zavascki morre em acidente aéreo no RJ

Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu há pouco a informação de que o nome do ministro Teori Zavascki estava na lista de passageiros de um jatinho que caiu na tarde de hoje (19) em Paraty (RJ) com quatro pessoas a bordo. Ainda não há informações sobre sobreviventes. A aeronave ia de São Paulo para Paraty (RJ).

De acordo com assessores da Corte, o presidente Michel Temer e a presidente do STF, Cármen Lúcia, já foram avisados e acompanham os trabalhos das equipes de resgate, mas não vão se pronunciar até a confirmação oficial sobre o acidente. Teori é o ministro relator das ações da Operação Lava Jato no Supremo.

Agência Brasil

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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