As pesquisas do DataTrends realizadas em estados do Nordeste têm algo em comum: nos levantamentos o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas, performa melhor que Jair Bolsonaro, como nos números divulgados na Paraíba. Bolsonaro tem 24% das intenções de voto enquanto Tarcísio tem 26%. Evidentemente que os números estão dentro da margem de erro, mas evidenciam que no Nordeste, um reduto hostil ao Bolsonarismo, foi assim em 2022, senão Jair Bolsonaro teria sido reeleito, venceu nas outras quatro regiões, há espaço para crescimento da postulação de Tarcísio, que se tiver um desempenho melhor na região em 2026, poderá ser eleito presidente.

A pesquisa DataTrends divulgada neste sábado mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém ampla liderança na corrida presidencial entre os eleitores da Paraíba. No primeiro cenário testado, Lula aparece com 59% das intenções de voto, seguido por Jair Bolsonaro, que soma 24%. Em seguida vêm Ronaldo Caiado (3%), Ratinho Júnior (1%) e Romeu Zema (1%), enquanto 4% declararam voto branco ou nulo e 8% não souberam responder.

No segundo cenário, em que Bolsonaro é substituído pelo governador paulista Tarcísio de Freitas, o petista mantém a dianteira com 60%, contra 26% do aliado de Bolsonaro. Caiado aparece novamente com 3%, Zema com 2% e Ratinho Júnior com 1%. Brancos e nulos somam 3%, e 5% dos entrevistados não souberam ou não responderam. Em uma disputa direta entre Lula e Bolsonaro, o presidente atinge 61%, enquanto o ex-presidente fica com 31%, mantendo uma diferença de 30 pontos percentuais.

A pesquisa também avaliou o desempenho do governo federal na Paraíba. Lula tem 61% de aprovação, contra 35% de desaprovação e 4% que não souberam opinar. Os números confirmam a força do presidente no estado e no Nordeste, onde o petista conserva um eleitorado fiel e ampla vantagem sobre seus adversários, mesmo diante de nomes emergentes da direita, como Tarcísio, Caiado e Zema, que ainda enfrentam dificuldades para romper o domínio lulista na região.

Uma vaga encaminhada e outra em aberto na disputa pelo Senado na Paraíba

A nova pesquisa DataTrends, divulgada nesta sexta-feira (7), confirma o favoritismo do governador João Azevêdo na corrida pelo Senado Federal e desenha um cenário de forte disputa pela segunda vaga. Com 36% dos votos válidos, João aparece consolidado na liderança e, a pouco menos de um ano da eleição, entra na disputa em posição de franco favoritismo. O desempenho reflete não apenas a força da máquina estadual, mas também o reconhecimento à sua gestão e o fato de ele ser, hoje, o principal nome de consenso do campo governista.

A segunda vaga, no entanto, promete uma batalha intensa entre Veneziano Vital do Rêgo, que soma 27% dos votos válidos, e Marcelo Queiroga, do PL, que aparece com 17%. O senador Veneziano mantém uma base sólida e consolidada, especialmente no interior, fruto de sua trajetória política e de sua presença constante em temas de interesse local. Já Queiroga, ex-ministro da Saúde, ainda busca transformar a visibilidade nacional conquistada no governo Bolsonaro em capital político real na Paraíba — mas tem potencial para crescer à medida que o voto de direita e bolsonarista se mobiliza no estado.

Esse é o ponto de atenção do levantamento: a direita paraibana ainda carece de um nome unificador, mas Queiroga tende a se firmar como o principal representante desse segmento. Caso o ex-ministro consiga canalizar o eleitorado conservador, poderá ultrapassar Veneziano na reta final, tornando a disputa pela segunda vaga uma das mais acirradas do pleito de 2026.

Por outro lado, João Azevêdo caminha com segurança. Sua liderança entre os votos válidos, somada ao controle político do governo e à sua imagem de gestor equilibrado, o coloca em uma posição quase garantida na futura composição do Senado. Mesmo sem anunciar oficialmente a candidatura, o governador é o único nome que combina estrutura, aprovação e recall suficientes para atravessar a campanha com folga.

Com 36%, João consolida o favoritismo; com 27%, Veneziano mostra resiliência; e com 17%, Queiroga surge como o fator de imprevisibilidade que pode embaralhar o jogo. A pesquisa confirma que a Paraíba tem três nomes realmente competitivos, mas apenas uma vaga parece encaminhada. A outra promete uma disputa emocionante entre o senador que busca a reeleição e o ex-ministro que tenta se afirmar como a principal voz da direita no estado.

O levantamento DataTrends foi realizado entre os dias 28 e 30 de outubro, com 1.200 entrevistas em todas as regiões da Paraíba, e tem margem de erro de 2,74 pontos percentuais e 95% de nível de confiança.

Em resumo, o cenário para o Senado em 2026 começa a ganhar contornos mais nítidos: João Azevêdo larga na frente, Veneziano luta para manter espaço e Marcelo Queiroga aposta no crescimento do bolsonarismo para transformar a disputa em um duelo voto a voto pela segunda cadeira da Paraíba em Brasília.

Pai de Hugo – Apesar do prestígio nacional de ser presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta não está conseguindo transformar isso em força eleitoral. O seu pai, Nabor Wanderley, atualmente prefeito de Patos, tem apenas 9% das intenções de votos totais e 12% dos válidos, figurando apenas na quarta colocação.

Efeito Efraim – O senador Efraim Filho (União Brasil) foi uma das surpresas na disputa pelo Senado Federal na Paraíba em 2022. Com uma vaga apenas em disputa, ele suplantou nomes da esquerda. A expectativa é que a direita possa novamente eleger um senador em 2026, e Marcelo Queiroga surge como a opção mais competitiva.

Noronha – A governadora Raquel Lyra cumpriu agenda em Fernando de Noronha nesta sexta-feira (7), onde anunciou a abertura de licitação para construção de 25 unidades habitacionais e assinou ordem de serviço para requalificação do cemitério da ilha, obras aguardadas há anos pelos moradores. Durante a visita, a gestora também vistoriou intervenções na Escola de Referência em Ensino Médio Arquipélago Fernando de Noronha e nos Fortes de Santo Antônio e São Pedro do Boldró, que estão sendo restaurados com recursos do Novo PAC, reforçando o pacote de investimentos estaduais e federais no arquipélago.

Conquista – Em um dia histórico para a educação de Santa Cruz do Capibaribe, o ministro da Educação, Camilo Santana, o prefeito Helinho Aragão, o vice-prefeito Flávio Pontes, o deputado federal Felipe Carreras e o reitor do IFPE, José Carlos de Sá Júnior, assinaram nesta sexta-feira (7) a ordem de serviço para construção do campus do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) no município. A obra, aguardada há anos, marca um avanço decisivo para o Agreste, ampliando o acesso à educação pública, gratuita e de qualidade, com ensino técnico e superior voltado à qualificação profissional e ao fortalecimento do Polo de Confecções da região.

Inocente quer saber – Marcelo Queiroga poderá desbancar Veneziano e emplacar o Senado pelo PL?

Um colega da bancada federal fez a seguinte avaliação de Eduardo da Fonte com vistas a 2026. Para ele, Eduardo tornou-se sócio de todos os governos porque tem sido competente na montagem das suas chapas proporcionais. Esse valor se intensificará a partir de agora porque ele comandará a federação União Progressista, que hoje tem seis deputados federais e treze deputados estaduais. Se conseguir igualar o desempenho, permanecerá importante para quem quiser ser governador. Ele prossegue avaliando de que tanto o PSD de Raquel Lyra quanto o PSB de João Campos, elegerão no máximo dez deputados estaduais. Então o vencedor precisará da União Progressista para garantir a governabilidade, ainda que a federação eleja apenas dez deputados estaduais.

A outra avaliação é que Eduardo mira mesmo o Senado, é um sonho antigo que foi adiado por várias eleições. Para ele, se houver garantias de vitória, Eduardo não titubeará no apoio, mas a preço de hoje, ele só sai de Raquel com o Senado garantido na chapa de João Campos e as pesquisas apontando para uma vitória segura do socialista. “Para ser soldado raso na Frente Popular, ele vai continuar com Raquel, porque ela até 31 de dezembro de 2026 tem uma caneta cheia de tinta”, finalizou.

O prefeito de Araripina, Evilásio Mateus (PDT), oficializou apoio à pré-candidatura do prefeito do Recife, João Campos ao governo de Pernambuco. O apoio tem um componente estratégico, uma vez que ele lidera uma das principais cidades do Araripe. Além do mais, diante da proximidade da deputada estadual Socorro Pimentel com a governadora Raquel Lyra, sendo a sua líder na Alepe, não restou outro caminho a não ser o apoio ao adversário de Raquel.

Divulgada nesta sexta-feira (7), a pesquisa DataTrends mostra o governador João Azevêdo na liderança da corrida pelo Senado Federal na Paraíba, com 27% das intenções de voto. Em segundo lugar aparece o senador Veneziano Vital do Rêgo, com 20%, seguido pelo ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga, que tem 12%. O deputado Nabor Wanderley aparece com 9%, e o ex-deputado Major Fábio, com 6%. Brancos e nulos somam 12%, e 14% dos entrevistados se disseram indecisos.

Nos votos válidos — quando são desconsiderados brancos, nulos e indecisos —, João Azevêdo tem 36%, Veneziano Vital do Rêgo aparece com 27%, Marcelo Queiroga com 17%, Nabor Wanderley com 12% e Major Fábio com 8%. Nesse cenário, o atual governador e o atual senador seriam os eleitos para as duas vagas da Paraíba no Senado.

O levantamento foi realizado entre os dias 28 e 30 de outubro de 2025, com 1.200 entrevistas em todas as regiões do estado. A margem de erro é de 2,74 pontos percentuais, e o nível de confiança é de 95%.

Um deputado federal de Pernambuco, ao avaliar o quadro de possíveis composições no estado, lembra que essas alianças são extremamente voláteis e adaptáveis às circunstâncias do momento. O exemplo mais emblemático foi Jarbas Vasconcelos e Eduardo Campos, mas teve Silvio Costa Filho que foi o líder da oposição ao PSB e hoje é um dos maiores defensores do projeto de João Campos. Miguel Coelho passou a eleição de 2022 esculhambando o PSB, bastou não ser convocado por Raquel para o secretariado que se abraçou com João Campos como se nada tivesse acontecido. O caso mais intenso foi Marília Arraes que rompeu com o PSB, enfrentou João Campos em 2020, sendo derrotada pelo primo, dois anos depois recebeu o apoio dele no segundo turno para o governo, e en 2024 retribuiu o gesto a quem lhe derrotou nas urnas.

Ele finaliza dizendo que Eduardo Campos banalizou as alianças em Pernambuco ao juntar quase todo mundo em seu palanque. E desde então, ninguém tem direito de apontar o dedo pra quem quer que seja. “Em síntese, se Marília Arraes quiser se juntar com Raquel ou Eduardo da Fonte quiser se juntar com João, ninguém terá condições de criticar as alianças porque todo mundo já se juntou pra ganhar uma eleição”, finalizou.

Cícero Lucena e o desafio de unificar a oposição na Paraíba

A mais recente pesquisa DataTrends confirmou o que o cenário político paraibano já vinha apontando: o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, é hoje o nome mais competitivo para a sucessão estadual de 2026. Com ampla vantagem sobre os adversários, o gestor da capital desponta como a principal aposta de um campo oposicionista ainda fragmentado, mas que busca um projeto consistente para enfrentar a tentativa de continuidade do grupo liderado pelo governador João Azevêdo, que será representado pelo vice Lucas Ribeiro.

Os números falam por si. Cícero lidera todos os cenários testados: 31% das intenções de voto, seguido por Lucas Ribeiro (16%), Efraim Filho (11%), Pedro Cunha Lima (10%) e Adriano Galdino (4%). Em um quadro mais enxuto, o prefeito mantém a dianteira com 33%, à frente de Lucas (19%) e Efraim (16%). Nos confrontos diretos, amplia ainda mais sua vantagem — 43% a 22% sobre Efraim e 44% a 26% diante de Lucas. Esses resultados reforçam sua solidez eleitoral e o colocam como o principal nome de oposição na corrida sucessória.

Lucas Ribeiro, por sua vez, mostra um desempenho expressivo para quem ainda não está oficialmente em campanha. Vice-governador e herdeiro político natural de João Azevêdo, ele tende a ganhar ainda mais visibilidade a partir de abril de 2026, quando assumirá o comando do Estado com a saída do governador para disputar o Senado. Lucas herda não apenas a estrutura administrativa, mas também o apoio de uma gestão aprovada por 66% dos paraibanos — um trunfo considerável para consolidar sua candidatura e defender a continuidade do atual projeto político. [Ler mais …]

Diferentemente do que avaliou um ex-deputado, Marília Arraes afirmou que não há conversas com Raquel, e que o apoio segue a João Campos, mesmo que não tenha a vaga de senadora pela Frente Popular. Veja a declaração durante visita a Petrolina:

“Não houve nenhum contato de minha parte com Raquel Lyra. Meu apoio a João Campos e a Lula continua firme, independentemente da forma em que se dê uma futura candidatura nossa em 2026. O povo de Pernambuco me conhece bem e sabe que tenho firmeza nos posicionamentos e convicções políticas“, declarou.

Um ex-deputado federal apoiador do prefeito João Campos achou no mínimo estranha a atitude de Marília Arraes silenciar sobre as especulações de que poderia ser senadora na chapa de reeleição da governadora Raquel Lyra. Para ele, Marília deveria ter dado uma nota descartando qualquer possibilidade de não apoiar João Campos.

“Ela está bastante aquinhoada com João Campos, não há uma vírgula que possa se queixar do tratamento dispensado pelo primo, o que ela não tem garantida é a vaga de senadora, e por isso quer valorizar o passe, pois se não quisesse já teria negado”, criticou.