Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 21:06 pm do dia 8 de abril de 2022

Marília Arraes participa de primeira agenda pública como pré-candidata ao Governo de Pernambuco em Timbaúba, Zona da Mata Norte

Foto: PH Reinaux

Duas semanas após anunciar sua filiação ao Solidariedade, Marília Arraes participou de sua primeira agenda pública como pré-candidata ao Governo de Pernambuco, na noite desta sexta-feira (08), em Timbaúba, na Zona da Mata Norte do Estado. Ao lado de Marinaldo Rosendo, prefeito da cidade, do secretariado do município e de seus vereadores, Marília participou da comemoração dos 143 anos de Timbaúba. O evento também marcou a declaração oficial do apoio de Marinaldo à Marília.

“Estou muito feliz em participar do aniversário de Timbaúba e de ter o prefeito Marinaldo junto com nosso grupo nesta caminhada”, afirma Marília.

Alianças políticas

Com um grande poder de articulação política, Marília conseguiu quadruplicar o número de deputados estaduais do Solidariedade na Assembleia Legislativa de Pernambuco. Embarcaram no partido a deputada Fabíola Cabral e os deputados Fabrízio Ferraz, Gustavo Gouveia e Wanderson Florêncio.

Dois dos principais prefeitos de Pernambuco também declararam apoio à pré-candidatura de Marília Arraes: o prefeito reeleito de Paudalho, Marcelo Gouveia, e o prefeito de Timbaúba, Marinaldo Rosendo, que também já foi deputado federal.

A articulação de Marília também foi responsável pela entrada de três nomes robustos da política pernambucana ao Solidariedade: Lula Cabral (ex-prefeito do Cabo de Santo Agostinho e ex-deputado estadual); Luciano Duque (ex-prefeito de Serra Talhada); e Jorge Carreiro (ex-prefeito do Paulista).

O Solidariedade também contará em seus quadros com a presença de outros ex-prefeitos de Pernambuco: Doutor Marcone (Bezerros); Breno Borba (Bezerros); Eudson Catão (Palmeirina); Rossine Blesmany (Lajedo); José Augusto Maia (Santa Cruz do Capibaribe); Luís Carlos (Custódia).

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Postado por Edmar Lyra às 21:05 pm do dia 8 de abril de 2022

Lessa participa do I Encontro Regional dos Direitos da Criança e do Adolescente

Foto: Viliane Gomes

Aproximando o Legislativo estadual do sistema de proteção à criança e ao adolescente, o deputado Erick Lessa participou, nesta sexta-feira (08), do I Encontro Regional dos Direitos da Criança e do Adolescente, edição Agreste. O evento ocorreu em Bezerros, com organização do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente de Bezerros (Comdica).

Na ocasião, o deputado defendeu a união dos conselheiros para fortalecimento da categoria. “O trabalho desempenhado pelos conselheiros é muito importante. É preciso que a sociedade reconheça e valorize ainda mais os conselheiros. Neste contexto, os órgãos responsáveis devem intensificar a fiscalização para garantir que as prefeituras disponibilizem a estrutura necessária para a atuação dos profissionais”, declarou.

Estiveram presentes no evento conselheiros tutelares e de direito de vários municípios do interior do estado, a exemplo de Bezerros, Caruaru, Garanhuns, Santa Cruz do Capibaribe, Glória do Goitá, Lagoa dos Gatos, Catende, Cabrobó, Panelas, Poção, Sanharó e Correntes, além de profissionais de vários setores da rede de proteção à criança e ao adolescente.

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Postado por Edmar Lyra às 20:42 pm do dia 8 de abril de 2022

Zé da Luz é mais um a debandar do palanque de Raquel Lyra para apoiar Marília Arraes

Foto: Divulgação

A pré-candidata a governadora pelo PSDB, Raquel Lyra, sofrerá nova baixa em seus apoios para a sua concorrente Marília Arraes, do Solidariedade. Pré-candidato a deputado federal, o ex-prefeito de Caetés, Zé da Luz, decidiu deixar o palanque de Raquel para apoiar Marília. Zé sempre teve uma ligação com Eduardo Campos e Miguel Arraes e tinha se filiado ao PSDB para dobrar com Débora Almeida.

 

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Postado por Edmar Lyra às 18:00 pm do dia 8 de abril de 2022

Miguel Coelho pretende criar programa de renda para famílias pobres de Pernambuco

Foto: Jonas Santos

O pré-candidato ao governo do estado, Miguel Coelho, afirmou nesta sexta-feira (08) que pretende criar um programa social para transferência de renda para a população mais pobre. Segundo dados do IBGE, as famílias da Região Metropolitana do Recife possuem a pior renda de todo o Brasil entre os que ganham menos. Diante desse cenário, Miguel tem a ideia de criar um programa que funcione como “guarda-chuva”, abarcando outras políticas sociais, e que tenha duração inicial de 12 meses, permitindo que as famílias saiam da condição de pobreza extrema.

“A Região Metropolitana do Recife tem uma das piores médias de renda do Brasil. A nossa proposta é ter um programa social, além dos que já existem, mas um programa guarda-chuva, perene, de 12 meses, e o ponto de entrada será a renda das famílias. Até porque, hoje, de acordo com o IBGE, você tem uma média no Recife de pouco mais de R$ 100,00 nas classes mais vulneráveis e mais pobres do nosso estado. Com R$ 100,00, a pessoa não consegue sequer garantir a comida, o mínimo”, disse o pré-candidato em sabatina na rádio CBN Recife.

Ex-prefeito de Petrolina, Miguel explicou que o município do Sertão do São Francisco está na contramão do quadro observado na Região Metropolitana. A cidade sertaneja é a que mais gera emprego em Pernambuco (8ª no Brasil) e com melhor qualidade de vida no Nordeste.

“Tenho muito orgulho de tudo que a gente conseguiu construir em Petrolina. Conseguimos fazer da nossa cidade referência na educação, na saúde e no social. Petrolina tem a maior nota da política social de Pernambuco, que é o índice de desenvolvimento social, ou seja, tem a melhor política de acolhimento, de poder olhar pelos mais simples e vulneráveis, e isso nos traz uma experiência. Claro que o estado é muito maior, uma dimensão ainda mais complexa, mas com humildade e somando esforços a gente poderá trazer o que foi feito de bom em Petrolina, mas também de outros estados de referência”, afirmou.

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Postado por Edmar Lyra às 13:57 pm do dia 8 de abril de 2022

Até aliados estão preocupados com a saúde e a imprudência de Lula

Foto: Ricardo Stuckert

O PT nega com todas as forças, mas até entre aliados petistas são bem reais as dúvidas sobre a saúde de Lula. Além de não demonstrar o vigor de outros tempos, o ex-presidente, na visão de aliados, tem sido imprudente nas negociações políticas, impondo pontos de vista sem aceitar visões contrárias, o que acaba favorecendo adversários como Jair Bolsonaro.

Lula está tão certo de que vencerá as eleições, que não calcula seus movimentos com prudência. Numa semana, defendeu o aborto, contrariando um eleitorado de 60 milhões de evangélicos, classificou empresários de “elite escravista” e ainda revelou-se incomodado com a sofrida classe média que, em sua visão, apesar de todos os tormentos do país, “ostenta um padrão de vida acima do necessário”.

“Nós temos uma classe média que ostenta um padrão de que não tem na Europa, que não tem muitos lugares. As pessoas são mais humildes. Aqui na América Latina chamada classe média ostenta muito um padrão de vida acima do necessário. É uma pena que a gente não nasce e a gente não tem uma aula. O que é necessário para sobreviver. Tem um elemento tem um limite que pode me contentar como ser humano. Eu quero uma casa, eu quero casar, eu quero ter um carro, eu quero ter uma televisão, não precisa ter uma de cada. Uma televisão já está boa”, disse o petista.

Veja

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Postado por Edmar Lyra às 13:09 pm do dia 8 de abril de 2022

Lula assegura a Danilo apoio exclusivo à Frente Popular de Pernambuco

Foto: Helder Tavares

O ex-presidente Lula assegurou ao deputado federal Danilo Cabral, pré-candidato a governador, seu apoio exclusivo à Frente Popular de Pernambuco na corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. Os dois pré-candidatos estiveram lado a lado, em São Paulo, no ato de apresentação do ex-governador Geraldo Alckmin como vice na futura chapa nacional PT/PSB. Com o gesto, mais uma vez Lula deixa claro que apoia apenas um palanque no estado, o de Danilo.

“Tivemos, hoje, mais uma vez a manifestação de apoio do presidente Lula à nossa pré-candidatura, juntando Pernambuco em uma ampla frente democrática, a exemplo do que estamos fazendo no Brasil. O presidente manifestou seu apoio incondicional e único à nossa caminhada. E me disse que em breve estará manifestando isso de forma direta a todos os pernambucanos”, pontuou Danilo, que estava acompanhado do governador Paulo Câmara e do prefeito do Recife, João Campos.

Danilo reforçou que a Frente Popular de Pernambuco representa no estado o movimento em prol da democracia liderado por Lula e Alckmin no plano nacional. “O ato de hoje é muito mais do que a apresentação do nome do ex-governador Geraldo Alckmin como pré-candidato a vice representando o PSB. Na chapa junto com o presidente Lula, ele representa o primeiro movimento estruturado e objetivo de construção da frente ampla em defesa da democracia, da soberania, dos direitos dos mais vulneráveis. E um enfrentamento mais objetivo que precisamos fazer contra o Bolsonaro”, argumentou.

Vice-presidente nacional do PSB, Danilo também enalteceu as credenciais de Alckmin para representar o PSB na chapa presidencial. “A figura do governador Alckmin, pela sua trajetória de vida pessoal, pela sua trajetória de vida política, traz um conjunto de valores que são fundamentais nesse momento que o Brasil passa. A decência, honestidade; a capacidade de diálogo que ele consegue ter com amplos setores. A defesa que ele fez da liberdade e da democracia são atributos que conferem a ele a melhor alternativa que nós podemos ter para construção dessa frente ampla”, finalizou.

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Postado por Edmar Lyra às 12:17 pm do dia 8 de abril de 2022

PSB indica Alckmin para ser vice na chapa com Lula

Foto: Aloísio Maurício/Estadão

O PSB oficializou, na manhã desta sexta-feira (8), a indicação do nome do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmincomo vice-presidente na chapa de Lula(PT) nas eleições presidenciais de 2022. O evento ocorre em um hotel na Zona Sul de São Paulo.

“Não temos qualquer dúvida de que é o companheiro Lula quem reúne as melhores condições para articular forças políticas amplas, capazes de dar à resistência democrática a envergadura que permitirá enfrentar e vencer o bolsonarismo”, diz trecho da carta entregue pelo PSB ao PT.

Alckmin falou durante o evento. “Aqui foi bem explicitado o momento grave que nós estamos vivendo, na realidade não é hora de terrorismo, é hora de generosidade, grandeza politica, desprendimento e união. Política não é uma área de solitária, a força da política é centrípeta, nós vamos somar esforços aí pra reconstrução do nosso país”, disse.

Logo depois, Lula confirmou que o PSBparticipará do processo para formular o plano de governo. “Importante saber que essa chapa, se ela for formalizada, não é só para disputar as eleições. Talvez ganhar as eleições seja mais fácil do que a tarefa de que teremos pela frente de recuperar esse país”, afirmou o pré-candidato petista.

O PT começa a discutir a aliança formal entre Lula e Alckmin na próxima reunião virtual do Diretório Nacional, marcada para 14 de abril.

Porém, a formalização da aliança para efeitos estatutário e de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve ocorrer apenas em 4 e 5 de junho, quando está marcado o Encontro Nacional da sigla.

Nessa data, o PT também vai ratificar as alianças do partido nos Estados, segundo a assessoria da legenda.

PSB oficializa indicação de Alckmin como vice-presidente na chapa de Lula (PT)

O encontro marca a pré-campanha de Lula.

Além do ex-presidente Lula e de Geraldo Alckmin, participam do evento o presidente do PSB, Carlos Siqueira, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-prefeito de SP, Fernando Haddad (PT), além do ex-governador de SP, Márcio França (PSB).

No contexto de negociação para a disputa presidencial deste ano, Alckmin e Lulaapareceram juntos pela primeira vez no final de 2021, em jantar organizado por grupo de advogados em São Paulo.

Em 2006, os dois se enfrentaram no segundo turno da eleição presidencial. Lulafoi reeleito para o segundo mandato.

G1

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Postado por Edmar Lyra às 9:18 am do dia 8 de abril de 2022

Entenda o impacto nos eleitores de baixa renda das declarações de Lula sobre aborto

Foto: Ricardo Stuckert

Após reação de lideranças evangélicas e preocupação no PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recuou na defesa do aborto, afirmando ser pessoalmente contra.

O tema tem influenciado, principalmente, no voto de eleitores fora da esquerda e nos das classe C e D, que têm apresentado maior adesão à pré-candidatura petista. Para a socióloga Esther Solano, que faz pesquisas qualitativas com enfoque em eleitores das classes C e D, a pauta de costumes estará “lado a lado” com a agenda econômica nesta eleição.

Para ela, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tende a “turbinar a pauta moral” na campanha, na tentativa de alcançar um eleitorado de baixa renda que, hoje, está próximo de Lula. Na pesquisa Datafolha divulgada em março, o petista tinha 51% das intenções de voto na faixa mais pobre, contra 19% para Bolsonaro.

Em suas pesquisas de campo, Esther observou que, entre os eleitores mais pobres, a abordagem do aborto aparece mais frequentemente ligada a um ponto de vista religioso:

— É na igreja onde esse eleitor de menor renda encontra sociabilidade, uma rede afetiva e material. E há um discurso, em relação ao aborto, que tem mais a ver com princípios e valores morais e cristãos do que com uma questão de saúde pública. Com relação à fala de Lula, além de não agregar muitos votos, pode fazer com que ele perca, nesse campo moral, o eleitor que havia ganhado pela memória do que foi seu governo em termos econômicos.

Em dezembro de 2018, na pesquisa mais recente a abordar o comportamento do eleitorado nesse tema, o Datafolha apontou que 41% diziam que o aborto deveria ser “totalmente proibido”. O percentual superava o dos que diziam concordar com a legislação atual (34%), que permite o aborto em três hipóteses: nos casos de gravidez causada por estupro, quando há risco de vida para a mulher ou nos casos de fetos anencéfalos. Apenas 6% opinaram que o aborto deveria ser permitido em qualquer situação, de acordo com a decisão da mãe.

A opinião de que o aborto deveria ser proibido em qualquer hipótese foi mais forte no eleitorado mais pobre, com renda familiar de até dois salários mínimos: 51% defenderam a proibição “total”, segundo o Datafolha. Essa faixa corresponde a cerca de 100 milhões de pessoas, quase metade da população, segundo estimativas a partir da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do IBGE, que levantou o rendimento médio da população, e da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) de 2019, que registrou o tamanho médio das famílias.

Nesta semana, Lula defendeu que toda mulher deveria ter direito ao aborto no país e que a questão fosse tratada como saúde pública. O tema, considerado espinhoso e que costuma ser evitado por candidatos, preocupou aliados de Lula em um momento em que o PT tenta conquistar um eleitorado de centro.

— A única coisa que eu deixei de falar na fala que eu disse é que eu sou contra o aborto. Tenho cinco filhos, oito netos e uma bisneta. Eu sou contra o aborto. O que eu disse é que é preciso transformar essa questão do aborto em saúde pública. Que as pessoas pobres que forem vítimas de um aborto têm que ter condições de se tratar na rede pública de saúde — afirmou ontem Lula à rádio “Jangadeiro BandNews”.

Já o eleitorado de classe média, alvo de críticas de Lula, é dividido pelo Datafolha em dois recortes de renda. Em ambos, o petista perdeu terreno para Bolsonaro nos últimos meses. Na faixa de renda familiar de dois a cinco salários mínimos, que compreende cerca de 60 milhões de brasileiros, com base na última Pnad, Lula aparece tecnicamente empatado com Bolsonaro no Datafolha de março, com 36%, contra 33% do presidente. Na pesquisa anterior, Lula tinha 14 pontos de vantagem.

Em outro recorte de renda, de cinco a dez salários mínimos, Bolsonaro hoje aparece à frente de Lula, com 38%, contra 27% do petista. Em dezembro, ambos estavam tecnicamente empatados, com ligeira vantagem para Bolsonaro. Este estrato corresponde a cerca de 15% da população.

Na terça-feira, Lula disse que a classe média “ostenta muito um padrão de vida acima do necessário”, referindo-se à América Latina. Nesse segmento, segundo o Datafolha, o aumento do preço dos combustíveis e a educação são alguns dos temas mais citados como principal problema do país. Entre os mais pobre, por sua vez, o desemprego aparece à frente desses assuntos.

Agência O Globo

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Postado por Edmar Lyra às 9:07 am do dia 8 de abril de 2022

Deltan Dallagnol isenta Bolsonaro e centra ataques em Lula e STF

Foto: André Borges/Metrópoles

Deltan Dallagnol, pré-candidato do Podemos à Câmara dos Deputados, tem se esquivado de criticar Jair Bolsonaro nas redes sociais. Por outro lado, o ex-procurador faz ataques frequentes a Lula e ao STF.

Neste ano, Deltan não mencionou Bolsonaro em seu Twitter, onde em alguns dias faz cinco publicações. O ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba não citou que a operação foi desmontada durante o governo Bolsonaro. Em outubro de 2020, o presidente afirmou publicamente no Planalto: “Eu acabei com a Lava Jato porque não tem mais corrupção no governo”.

No último dia 28, o ministro da Educação de Bolsonaro, pastor Milton Ribeiro, pediu demissão depois de ser acusado mais de uma vez de participar de um esquema com outros pastores por propina em ouro e Bíblias. O senador Flávio Bolsonaro segue sendo investigado por crimes da suposta prática de rachadinha. Nenhum dos dois casos foi destacado por Deltan, que se filiou ao Podemos em dezembro citando um trecho da Bíblia atacando políticos que “amam o suborno”.

Também em março, Deltan publicou no dia 25 uma montagem de Lula próximo a um saco de dinheiro, ao lado da legenda: “É só isso que Lula sabe fazer com os brasileiros: tirar”. No dia 4, Deltan lembrou o sexto aniversário da operação em que Lula foi levado pela PF para prestar depoimento, sob condução coercitiva. Já no dia 24, o ex-procurador acusou o STF de “sabotar o combate à corrupção no Brasil”.

Metrópoles

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Postado por Edmar Lyra às 8:03 am do dia 8 de abril de 2022

Bolsonaro recupera popularidade e encurta a vantagem em relação a Lula

Foto: Clauber Cléber Caetano/PR

Em 1985, Fernando Henrique Cardoso se sentou na cadeira de prefeito de São Paulo antes da eleição, na qual acabou derrotado por Jânio Quadros. Desde então, reza a sabedoria política que não se ganha — nem se perde — uma votação de véspera. Com candidatos em todas as corridas presidenciais desde a redemocratização, o PT conhece bem essa lição, até porque perdeu páreos em que começou como franco favorito. Mesmo assim, na virada do último ano, alguns quadros do partido passaram a apostar na possibilidade de vitória do ex-presidente Lula no primeiro turno, como se Jair Bolsonaro (PL) não tivesse chances de recuperação. O tempo passou, o mandatário está reconquistando popularidade e, agora, são os aliados dele que cantam vitória. Ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira diz que logo as pessoas farão cálculos sobre a chance de Bolsonaro liquidar a fatura no primeiro turno. Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira segue a mesma linha e afirma que só o imponderável pode impedir o ex-capitão de conquistar um novo mandato. Impulsionado pela polarização, o pêndulo balança ao sabor da conjuntura — e esta, neste momento, traz sinais positivos para Bolsonaro e derrapadas perigosas de Lula.

Duas pesquisas recentes ilustram bem a situação ao mostrar o encurtamento da distância entre os favoritos (veja o quadro). De janeiro a abril, a vantagem de Lula sobre Bolsonaro nas simulações de primeiro turno caiu 6 pontos porcentuais, segundo o levantamento do Ipespe. Na sondagem da Quaest, a redução foi de 8 pontos no mesmo período. Em ambos os casos, o ex-capitão ganhou terreno, e Lula se manteve estável. Uma combinação de fatores explica esse movimento. Um deles foi a saída de Sergio Moro da disputa, numa decisão que não é definitiva, conforme a versão do ex-juiz da Lava-Jato, mas que setores de seu novo partido, o União Brasil, consideram irreversível. Na divisão do espólio de Moro, Bolsonaro foi o grande beneficiado, conquistando a maior parte dos eleitores de seu ex-ministro da Justiça. “A saída de Moro foi o maior presente, até o momento, à pré-campanha de Bolsonaro. Há muito não se via nas intenções de voto do primeiro turno um movimento tão vigoroso em intervalo tão curto”, disse o cientista político Antonio Lavareda, diretor do Ipespe. Nas duas últimas semanas, o presidente ganhou 2 pontos na pesquisa espontânea e 4 na estimulada. Nelas, ele marca agora 27% e 30%, respectivamente, ante 36% e 44% de Lula.

Apesar do reajuste do preço dos combustíveis, da polêmica em torno da escolha do novo presidente da Petrobras e da persistência da inflação acima da casa dos 10%, Bolsonaro também se beneficiou do aumento do número de eleitores que consideram que a economia está no rumo certo e avaliam o governo como bom ou ótimo. Como queriam os coordenadores de sua campanha à reeleição, o presidente tem se dedicado mais a ações capazes de carrear votos, como o Auxílio Brasil, a redução de tributos de produtos da cesta básica e a antecipação do pagamento do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS. Ao mesmo tempo, ele está gastando menos energia com desatinos retóricos, provocações institucionais e guerras imaginárias, que ajudaram a manter seu núcleo de apoio mais fiel arregimentado, mas afastaram parte de seu eleitorado de 2018. Políticos e especialistas alegam que, com essa nova estratégia mais propositiva, Bolsonaro está conseguindo reconquistar parte daqueles que, em determinado momento de seu mandato, deixaram de apoiá-lo. A rejeição ao PT e os escorregões de Lula ajudam a completar o serviço (veja o quadro).

Quando petistas subiram no salto alto e começaram a falar em vitória no primeiro turno, Lula estava jogando parado. Ele atuava basicamente nos bastidores e deixava Bolsonaro se desgastar sozinho, em razão das múltiplas dificuldades que o governo enfrenta, como a pandemia de Covid-19, a inflação e a carestia dos alimentos. Com a recuperação do adversário nas pesquisas, petistas têm exortado o ex-­presidente a colocar a campanha nas ruas e participar de atos que reúnam não apenas seus apoiadores tradicionais, como tem acontecido até aqui. A ideia é que ele dialogue com eleitores de centro numa tentativa de atenuar a rejeição ao PT e de afastar as suspeitas — devidamente alimentadas pelos rivais — de que fará uma gestão radical, e não moderada. Por enquanto, Lula se recusa a abandonar o seu cercadinho, mas, mesmo ao falar a plateias domesticadas, ele tem dado munição aos oponentes. Na terça-feira 5, o ex-presidente criticou a classe média brasileira durante um evento promovido pela Fundação Perseu Abramo, ligada ao PT. “Nós temos uma classe média que ostenta um padrão de vida que nenhum lugar do mundo a classe média ostenta”, declarou.

O diagnóstico pode até ser correto, o que depende da avaliação de cada um, mas ao divulgá-lo Lula fez um movimento no mínimo temerário em termos eleitorais, por encomendar um desgaste sem ser provocado. Segundo as pesquisas, o petista tem ampla vantagem sobre Bolsonaro entre quem tem renda mensal de até dois salários mínimos: 56% a 24%, de acordo com a Quaest. Na faixa de dois a cinco salários mínimos, a diferença é bem menor, de 43% a 33%, e no topo da pirâmide há empate entre os dois candidatos. Diante de tais números, seria mais recomendável a Lula usar as mãos para afagar, e não para manusear a palmatória contra a classe média. O ex-­presidente deu outras duas declarações que, de acordo com seus próprios aliados, representaram um erro do ponto de vista eleitoral. Num evento da Central Única dos Trabalhadores (CUT), ele sugeriu à militância sindical que procure parlamentares e seus familiares, inclusive em suas casas, para pressioná-los a apoiar projetos de interesse da classe trabalhadora. “Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem cinquenta pessoas na casa, não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília”, afirmou. Lula, que vive acusando Bolsonaro de ameaçar a democracia e intimidar os outros poderes, pareceu estimular uma ação orquestrada para coagir o Congresso.

A fala foi logo compartilhada pelas milícias bolsonaristas nas redes sociais, assim como outra do ex-presidente, ainda mais explosiva, sobre o aborto. O PT considera o aborto uma questão de saúde pública e, por isso, simpatiza com a ampliação das previsões legais que permitem a prática. “No Brasil, as mulheres pobres morrem tentando fazer um aborto porque é proibido, é ilegal, quando na verdade deveria ser transformado numa questão de saúde pública, e todo mundo ter direito e não ter vergonha”, disse o ex-­presidente. Neste caso, o diagnóstico está correto, mas embute um risco de desgaste desnecessário em época de pré-campanha. Petistas admitem que essa pregação — apesar de coerente com a história partidária e de servir para demarcar mais uma diferença entre Lula e Bolsonaro (o progressista contra o retrógrado, na versão do PT) — atrapalha os esforços do partido para estreitar laços com o eleitorado religioso. Eles alegam que a defesa do aborto até poderia ser feita, mas não agora, enquanto os evangélicos, por exemplo, parecem mais próximos de Bolsonaro do que do ex-presidente.

Mensurada pelas pesquisas, a recuperação do ex-capitão ocorre num momento em que estão no ar as inserções da propaganda partidária do PT, muitas delas estreladas por Lula. Enquanto o rival avança, o ex-presidente está estável e vê sua vantagem diminuir. Numa tentativa de reação, o partido divulgou nos últimos dias encontros de seus quadros com representantes do empresariado e dos bancos, segmentos que apoiaram Bolsonaro em 2018. Como em 2002, Lula quer vender a imagem de paz e amor. A dificuldade, como ocorre com seu principal adversário, é resistir à tentação de falar publicamente o que está em sua cabeça.

Veja

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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