Com o falecimento do deputado Sérgio Guerra ainda ontem duas frentes foram deflagradas. A primeira foi sobre quem comandará o PSDB em Pernambuco pelos próximos anos. Terezinha Nunes, Elias Gomes e Bruno Araújo estariam propensos a buscar o comando partidário.

Como Bruno Araújo é deputado federal e possui uma maior interlocução com a cúpula da sigla, já está praticamente sacramentado que ele comandará a sigla a partir de então. A decisão de Sergio Guerra de apoiar a candidatura de Paulo Câmara ao governo está preservada.

A outra frente diz respeito ao “espólio eleitoral” deixado pelo líder tucano. Com quase 170 mil votos nas eleições de 2010, Guerra deixa uma romaria de prefeitos e lideranças políticas que o apoiariam órfãos.

Apesar de parecer cruel, já tem gente de olho nas bases dele. E se o PSDB não agir rápido esse “patrimônio” será deteriorado.

Já corre nos bastidores a possibilidade de Helena Guerra, sua filha, disputar um mandato de deputada federal no lugar do pai. Na pior das hipóteses ela garantiria mais um mandato, mesmo com uma votação bem menor que o pai teria.

“No último Governo Arraes pude testemunhar a capacidade política e de gestão de Sérgio Guerra. Como secretário de Indústria e Comércio, ele viabilizou o maior aporte de investimentos federais feitos no Porto de Suape até então. Anos depois, como presidente do PSDB, soube exercer sua forte liderança sem nunca fechar as portas para o diálogo com os demais partidos”.

Geraldo Julio
Prefeito do Recife

Foi com muita tristeza que recebemos a notícia da morte de Sérgio Guerra. Sérgio foi um dos nomes mais expressivos da política pernambucana. Deputado estadual, federal e Senador da República, teve um extenso currículo e sempre foi reconhecido por sua inteligência e capacidade de articulação. A política brasileira perde muito com falecimento de Sérgio Guerra.

Fernando Bezerra Coelho
Ex-ministro da Integração Nacional

“A perda de Sergio Guerra nos entristece profundamente. Convivo com ele há mais de trinta anos, desde que, muito jovem, comecei a trabalhar com Dr Arraes, que tinha nele um amigo e um aliado de todas as horas. Formos colegas de secretariado duas vezes e colegas de Parlamento em três mandatos, compartilhando momentos importantes da vida brasileira, mais próximos em determinadas situações, mais afastados em outras, mas sempre mantendo a capacidade do diálogo e o desejo do entendimento que constrói dias melhores para o país e para o nosso povo. Em meu nome pessoal, da minha família e do povo pernambucano, expresso minhas condolências aos familiares e amigos deste pernambucano que lutou todos esses anos para a construção de um Pernambuco melhor e de um Brasil mais justo.”

Eduardo Campos
Governador de Pernambuco

Nascido no Recife em 1947, Severino Sergio Estelita Guerra foi economista, deputado estadual, secretário, deputado federal, senador e presidente nacional do PSDB.

Era tido por muitos um dos mais brilhantes articuladores políticos de Pernambuco. Ganhou uma maior dimensão em 2002 quando foi eleito senador na chapa que reelegeu Jarbas Vasconcelos para o governo e elegeu Marco Maciel para o Senado.

Foi presidente do PSDB nacional sendo um dos mais notáveis a ocupar o cargo. Conseguindo conciliar os interesses de São Paulo e Minas Gerais, grupos antagônicos dentro do partido.

Sem dúvidas Pernambuco perde muito. O PSDB nem se fala.

Pernambuco perde um político de dimensão nacional. Sérgio Guerra sempre revelou atributos de liderança e grande capacidade de articulação. Quero neste momento apresentar a toda a sua família a expressão de meu pesar e solidariedade.

Armando Monteiro

Senador

Salvador, 4 de março de 2014, um dia que para muitos será inesquecível pois findará um ciclo vitorioso de 35 anos do Chiclete com Banana para começar um outro com um novo Chiclete com Banana e Bell Marques seguindo carreira solo. O local não poderia ser outro, o Campo Grande, circuito mais tradicional do carnaval soteropolitano, onde possui a Casa D’Itália, a Avenida Sete, o Relógio de São Pedro, a Rua Carlos Gomes e a Praça Castro Alves, ah, a Praça Castro Alves. Palco de inesquecíveis carnavais, que rendeu ao Chiclete com Banana um status não de banda, mais sim de uma lenda da música brasileira. O bloco não poderia ser outro, o Camaleão, que para quem não conhece é mais um bicho, para os chicleteiros tem formato de alegria, energia e tradição.

Foram 23 discos, com dois DVDs gravados em Salvador, no áudio uma inovação, o CD É Festa foi gravado em 1997 no carnaval da Bahia em cima de um trio elétrico. No vídeo outra inovação, o DVD Chiclete na caixa, Banana no cacho em 2003 foi gravado igualmente em cima de um trio elétrico. Isso configura a confiança no seu público e a inesquecível característica de fazer sucesso na base do improviso.

O Chiclete com Banana fez história. Além disso teve sempre a característica de atrair a multidão por onde passava nos quatro cantos do Brasil. Todo mundo queria ouvir aquelas músicas animadas e pular atrás daquele trio elétrico que arrastava todo mundo sem distinção de classes, de raças ou de credos.

História parecida pode haver, mas dificilmente será mais bonita que as páginas que Bell, Wadinho, Missinho, Rey, Jonny, Lelo, Denny, Waltinho, Wilson e Walmar ajudaram a escrever. Eles construíram amores, realizaram casamentos em cima do trio elétrico, encurtaram distâncias, criaram amizades que em condições normais dificilmente existiriam entre um pernambucano e uma gaúcha por exemplo.

As músicas são um capítulo a parte. Alguns exalam alegria quando escutam os primeiros acordes. Falam de amor, de alegria, de praias, de cidades, dos carnavais pelo Brasil afora, de energia, de fé, de paixão. Quem nunca se emocionou ouvindo Fé brasileira? Quem nunca se apaixonou ao som de Preciso dormir princesa, Amar você não dói ou Foi por esse amor? Quem nunca pulou ao som de Rumba de santa clara, Vumbora amar, Dê um grito aí ou Mistério das estrelas?

O Chiclete com Banana é isso. Alegria eterna. Fez parte da minha vida e da de milhares de brasileiros. Hoje o mundo estará menos alegre porque a magia do Chiclete que a gente pensava que fosse eterna sofreu uma fissura que culminou na separação de dois grupos com laços sanguíneos.

Não estamos aqui pra pedir que vocês mudem a decisão. Porque ela está cristalina na nossa mente. Só queremos dizer que vocês fizeram a vida de muita gente muito melhor.

Muito obrigado Chiclete com Banana. Vocês foram incríveis. Foi eterno enquanto durou mas chegou ao fim. É pena que esse amor não vai poder se eternizar. Que a magia do Chiclete possa ultrapassar novas gerações nesse novo jeito de caminhar e também nessa nova vida que segue.

Já dizia Wado Marques: “Chicleteiros do Brasil, bem-vindos ao mundo mágico do Chiclete com Banana onde toda alegria será permitida. Vamos fazer desse dia mais um dia inesquecível com a alegria de vocês, com a energia de vocês e o som do Chiclete com Banana.”

Um novo ciclo se começa a partir desta terça-feira. Os corações estarão divididos, alguns optarão por um único caminho, outros optarão por levantar duas bandeiras e vestir duas camisas, já os demais optarão por não seguir mais ninguém. Já que a vida é feita de escolhas.

Tocando e puxando a corda… Vai Camaleão!

O leitor Gerson José Mendonça, morador da Vila Popular em Olinda, denuncia a empresa PETRONOR, situada na Rua Dr. Sergio Loreto de estar refinando e remanufaturando óleo automotivo.

O procedimento está sendo feito em feriados e fins de semana quando não há uma efetiva fiscalização no intuito de coibir o ato.

De acordo com o morador, o procedimento da empresa traz um insuportável mau cheiro de querosene e óleo queimado, prejudicando a vizinhança.

Ele pede que os órgãos de fiscalização intervenham na empresa, que estaria desativada de mentirinha, para que as pessoas não continuem sendo prejudicadas.

Por Terezinha Nunes, deputada estadual pelo PSDB

Margaret Thatcher, na Inglaterra, Indira Gandhi, na índia, Michelle Bachelet, no Chile e Angela Merkel, na Alemanha, são mulheres que ganharam destaque a nível internacional pela excelência das administrações que comandaram – no caso das duas primeiras – ou comandam, todas exaltadas e respeitadas por orgulharem as nações que representam.

Depois que Indira Gandhi inscreveu seu nome na história da Índia, conduzindo com desenvoltura um país patriarcal, e que Margaret Tratcher recuperou a economia inglesa não ficando atrás dos homens que a antecederam , o mundo passou a respeitar mais as mulheres como gestoras e estadistas, independente da corrente ideológica que viessem a abraçar.

Foi, portanto, com arguto senso de oportunidade que o ex-presidente Lula apresentou ao Brasil há quatro anos uma mulher, a atual presidente Dilma, como candidata à sua sucessão. Favorecida pela ousadia num país em que as mulheres só tinham conseguido até então comandar estados pequenos, Dilma se beneficiou da popularidade do padrinho e da boa performance econômica da época para chegar ao topo da administração pública nacional.

Se desse certo, garantiria às mulheres lugar cativo nos maiores postos da administração pública nacional. Se desse errado, poderia, ao invés de abrir, fechar as portas para o mundo feminino.

Com a administração de quatro anos já caminhando para o seu final, Dilma suscita de norte a sul do país um clamor inexorável por mudanças. Sua popularidade está no limiar dos 40%, segundo as últimas pesquisas, e as notícias ruins só fazem crescer, mostrando que 60% dos brasileiros hoje desejam mudar a condução do país, caminhando para a oposição.

A saúde, a educação, a segurança e a mobilidade urbana do Governo foram amplamente reprovadas nos protestos de junho quando o povo foi às ruas exigir o padrão Fifa dos estádios da Copa para os serviços públicos nacionais.

E, nos últimos tempos, começou a despencar o último setor que ainda sustentava a popularidade da atual presidente e que garantiu sua eleição: a economia.

O país enfrenta déficit histórico nas contas públicas, a inflação voltou a crescer – já alcança os dois dígitos se considerados os preços dos alimentos- o endividamento das famílias registra índices históricos e o PIB cresceu apenas 2,3% em 2013, abaixo da média mundial e dos demais países emergentes.

Esta semana a Economist Intelligence Unit, consultoria ligada ao respeitado jornal britânico The Economist, previu que o Brasil que em 2012 passou a ocupar o lugar de 7ª economia do mundo, pode cair para 9ª posição, sendo ultrapassado pela índia e pela Rússia, nos próximos anos.

Além disso, o Brasil já enfrentou 10 apagões na administração da atual presidente, a Eletrobrás está sem recursos e a Petrobrás transformou-se em um vexame esta semana quando foi obrigada a fazer manobras contábeis para dar lucro. Resultado: as ações da empresa despencassem nas Bolsas de Valores.

Onde está agora o presidente Lula que vendeu a imagem de Dilma ao país em 2010? Há poucos dias quando a presidente foi a São Paulo para o aniversário do PT e esperava sua presença ele preferiu a companhia do ex-presidente Bill Clinton, viajando aos Estados Unidos.

Como se não bastasse, protagonizou um dos mais lamentáveis episódios na vida de uma mulher que precisa se firmar como gestora, afirmando a amigos que o que Dilma precisa é “arranjar um marido” para melhorar o humor.

com a presidente e com todas as mulheres ao fazer esta afirmação até agora não desmentida. Em outros países estaria sendo alvo de protestos nas ruas mas, infelizmente, no que se refere às mulheres, o Brasil ainda está muito longe da perfeição. O próprio Lula é a maior prova disso.

Curtas

PDT na mira – Aliados do senador Armando Monteiro juram de pés juntos que muitos partidos da base do Governo Federal vão apoiar a candidatura do senador a governador. E já apontam como favas contadas a adesão do PDT ao palanque estadual do PTB e PT.

Mudando de posição – Rompido com o PT o deputado estadual Isaltino Nascimento (PSB) tem atacado a presidente Dilma sem dó nem piedade. Esta semana disse na Alepe que os previdenciários foram “assaltados e roubados” ao perderem, no Governo da atual presidente, direitos que haviam conquistados anteriormente. Voltou a ser líder sindical.

Olinda perdida – Deputados do PSB reconhecem na Alepe que o governador Eduardo Campos e o seu candidato Paulo Câmara podem perder terreno em Olinda por conta da má imagem do atual prefeito Renildo Calheiros. Eduardo foi aconselhado a não caminhar ao lado de Renildo pelas ruas neste carnaval.

O prefeito Geraldo Julio fará a abertura oficial do Carnaval do Recife 2014 na noite desta sexta-feira (28), no Marco Zero da cidade, a partir das 19h. Ao som de 500 batuqueiros regidos pelo percussionista Naná Vasconcelos, o gestor entregará ao Rei Momo e à Rainha do Carnaval as chaves da cidade, simbolizando o reinado do Frevo durante os quatro dias de folia. Na ocasião, o multiartista e homenageado da folia, Antônio Carlos Nóbrega, receberá uma placa comemorativa da Prefeitura do Recife.

Ao lado de Naná, Marcelo D2 e Zé Brown farão parte do show de abertura. Outros 26 artistas entoarão canções do nosso Carnaval, passando por Capiba, Carlos Fernando e José Menezes, além de homenagens a Dominguinhos e a Reginaldo Rossi. A noite contará com direção musical dos maestros Spok e Marco César. Após a cerimônia, passarão pelo palco ainda artistas como Elba Ramalho, Lenine e Claudionor Germano, entre outros. A concentração para o tradicional cortejo dos maracatus, que marca o início da abertura do Carnaval, começa às 16h, na Rua da Moeda e tem previsão de chegada no Marco Zero às 18h30.