Governo teme Eduardo Cunha

O deputado Eduardo Cunha exerce o terceiro mandato na Câmara dos Deputados, tendo sido reeleito para o quarto em outubro. Economista, radialista e evangélico, Cunha é um dos mais influentes deputados do Congresso Nacional.

Como líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha impôs derrotas ao governo Dilma Rousseff e é visto pelo Planalto como uma verdadeira ameaça a hegemonia do governo na Casa.

Por este motivo, Dilma Rousseff e a sua tropa de choque está disposta a jogar duro para tirar Eduardo Cunha do páreo ou pelo menos conseguir um nome consensual que imponha uma derrota ao líder do PMDB na Câmara.

Com um 2015 regado a uma crise econômica será letal para o governo ter como presidente da Câmara e terceiro na linha sucessória um deputado incendiário como Eduardo Cunha. O jogo será bruto.

Apoio – O governador Paulo Câmara mesmo tendo apoiado Aécio Neves no segundo turno já deu sinais que não fará oposição a presidente Dilma Rousseff. Ele tem ao seu lado o senador Fernando Bezerra Coelho e uma bancada governista forte que pode fazer a ponte na Câmara com o governo federal.

Oposição – A bancada de oposição na Alepe composta por pelo menos dez deputados deverá ser uma das mais barulhentas da história da Casa Joaquim Nabuco. O governador Paulo Câmara que se cuide.

Laura Gomes – Mal-sucedida nas urnas, a deputada Laura Gomes pode integrar o primeiro-escalão do governador Paulo Câmara. Isso se dará pela sua fidelidade ao PSB, sua competência e pelo peso político de Caruaru, sua cidade.

João Paulo – O deputado João Paulo foi candidato a senador com a garantia de que em caso de derrota seria aproveitado no governo Dilma Rousseff. Ministério não há nenhuma chance, já uma diretoria numa das empresas públicas pode ocorrer, mas está demorando.

RÁPIDAS

Daniel Coelho – O deputado Daniel Coelho chega em Brasília com o respaldo de 138 mil votos, tendo sido o sexto mais votado das eleições. Para se destacar em Brasília precisará ter uma bandeira. Talvez a defesa do meio ambiente possa dar uma dimensão ao tucano.

André Campos – Apesar de não confirmar, André Campos deverá mesmo integrar o secretariado do prefeito Geraldo Julio. Uma pasta que ele pode assumir é a secretaria de turismo e lazer, que ele ocupou na gestão de João da Costa.

Inocente quer saber – Renan Calheiros conseguirá ser novamente presidente do Senado?

O senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) visitou as cidades de Barreiros e Sirinhaém, na Mata Sul, neste sábado (08/11) pela manhã. Ele participou de reuniões com prefeitos e lideranças políticas locais para identificar as demandas da região.
Fernando conversou com os prefeitos de Sirinhaém, France Hacker (PSD), de Barreiros, Carlinhos da Pedreira (PSB), de Tamandaré, Hildo Hacker (PSD) e o deputado estadual Pedro Neto (PDT), além de vereadores e secretários municipais.

O futuro senador reafirmou o compromisso assumido durante a campanha de lutar por um novo pacto federativo, distribuindo melhor os recursos no país. ‘De cada 100 reais arrecadados mais de 65 ficam concentrados na União. O restante é repassado a estados e municípios. Esta divisão é perversa e desigual, vamos para reverter este quadro’, disse Fernando.

O senador eleito aproveitou para agradecer às lideranças e à população da Mata Sul pela expressiva votação. ‘Tivemos uma bela vitória e quero retribuir com dedicação e trabalho, trazendo recursos para o Estado’. Para Fernando, o momento é de desarmar palanques, pois 2015 será um ano de grandes dificuldades. ‘O povo já se manifestou, as eleições acabaram. O que o povo espera é que possamos fazer as entregas, realizar os projetos. É neste sentido que vou atuar’.

A presidente Dilma Rousseff incumbiu o ministro Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) de dar dois recados ao PMDB. O primeiro: o governo está disposto a apoiar qualquer deputado da base aliada para a presidência da Câmara, desde que o nome não seja o do líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ). O segundo é o apoio total e irrestrito à reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AL) no Senado, num gesto para obter ajuda da cúpula do partido para desarmar a bomba da Câmara. A informação é de Vera Magalhães, na Folha de S.Paulo deste domingo.

‘Berzoini dirá aos peemedebistas que, se houver um nome de consenso na Câmara, o Planalto dissuadirá o PT de lançar candidato. Ele e Aloizio Mercadante (Casa Civil) se reúnem na quinta com a bancada petista para tratar do tema.’

Do portal Minas 247

Ao comentar a entrevista da presidente Dilma Rousseff a jornalistas da mídia impressa no Palácio do Planalto no final da semana, o candidato derrotado do PSDB à presidência, Aécio Neves, diz que ‘a candidata Dilma estaria envergonhada da presidente Dilma’. Isso por ter aumentado os juros – depois de ter dito na campanha que isso era ‘tirar comida da mesa dos pobres’ – admitido inflação e se preparar para revisar a meta do superávit fiscal, além do resultado ruim nas contas públicas.

‘Estamos assistindo ao maior estelionato eleitoral da História’, afirma, em entrevista concedida ao jornal O Globo. O próximo mandato, segundo ele, ‘já começa envelhecido’. ‘A presidente não se acha no dever de sequer sinalizar como será a política econômica’. O senador tucano conta colocar a cabeça no travesseiro e dormir com a ‘consciência tranquila’, depois de ter feito uma campanha ‘falando a verdade’. ‘Não sei se a candidata eleita pode fazer o mesmo’, acrescentou.

Segundo ele, ‘a oposição sai extremamente revigorada da eleição’ e, pela primeira vez, está ‘conectada com a sociedade’, afirma. Aécio anuncia a criação de dez grupos, de dez áreas específicas, ‘para acompanhar as ações do governo. Comparar compromissos da campanha com o que acontece em cada área’. Sobre a CPI da Petrobras, garante que irá ‘às últimas consequências nessas investigações’ e afirma que, ‘se alguém pensou em algum acordo, e no caso do deputado Carlos Sampaio ele foi ingenuamente levado a isso, será corrigido’.

Questionado sobre as eleições de 2018, ressalta não ter ‘obsessão’ em ser candidato. Após a derrota de Aécio, o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, começou a ser cotado no partido como futuro presidenciável. ‘Antecipar uma divisão no PSDB hoje é uma bobagem. Não tenho obsessão em ser candidato a presidente (…). Lá na frente, o candidato será aquele que tiver melhores condições de vencer’, diz.

Leandro Mazzini – Coluna Esplanada
Lula e a presidente Dilma estão rompidos.

Uma pequena mostra foi a breve aparição do ex-presidente no palanque da vitória no domingo da eleição. Depois, ele se foi e Dilma discursou sozinha.

A razão da pendenga é a que todos pensam: ele capitaliza as duas vitórias dela e quer opinar mais; e Dilma quer independência – pelo menos no segundo governo. Dilma soltou um ‘Desta vez será do meu jeito’, para ministros palacianos. Há poucos dias, ela e Lula tiveram uma conversa numa tentativa de afinação.

STRESS

Dilma foi internada sigilosamente por uma noite em SP um mês antes da eleição. A presença do médico Roberto Kalil no Alvorada na noite da vitória não foi só convite.

Chamou a atenção de interlocutores da presidente Dilma Rousseff o artigo do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles na edição deste domingo da “Folha de S.Paulo”, no qual ele diz que não há vento para empurrar o barco, mas também não há tempestade.

Ao fazer um balanço dos desafios para a economia no mundo e a situação difícil na Europa e na China, Meirelles ressalta que os emergentes “terão de resolver os seus problemas domésticos”. Mas, num tom otimista, diz que isso é viável.

Esses interlocutores de Dilma interpretaram o artigo como uma sinalização de que o ex-presidente do BC deseja virar ministro da Fazenda.

Entre os nomes colocados para a Fazenda, Dilma tem resistência em relação a Meirelles, o preferido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Gerson Camarotti

Embora o PDT tenha eleito apenas 15 deputados em outubro, o seu presidente, Carlos Lupi, sonha – quer um outro ministério. E sonha alto: nessa nova Pasta ele seria o ministro.

O MTE já não interessaria tanto ao dirigente porque os grandes convênios que administra estão integrados ao Pronatec.

O argumento de Lupi para avançar no primeiro escalão federal é que o partido cresceu no Congresso e se não for atendido pode dar trabalho ao governo. Resta saber se os senadores do PDT têm a mesma opinião. (ISTOÉ – Ricardo Boechat)

Para o público externo, Edison Lobão espalha que seu tempo como ministro acabou e que voltará ao Senado. Mas José Sarney e o seu grupo trabalham para manter Lobão no ministério Dilma. Em qualquer pasta.

Enquanto isso, Walfrido Mares Guia será talvez o homem mais poderoso de Minas Gerais a partir de 2015 – depois de Fernando Pimentel, claro.

Ex-ministro de Lula e réu no mensalão mineiro, foi peça fundamental na eleição de Pimentel. Articulou incansavelmente nos bastidores – e essa atuação é reconhecida por Lula e Pimentel. A partir de 2015, terá muito poder em Minas, mas permanecerá preferencialmente à sombra. (Lauro Jardim – Veja Online)

Os nomes majoritários do PSB

O PSB governa Pernambuco há oito anos e conseguiu em outubro ficar por mais quatro anos no comando do Palácio do Campo das Princesas. O raio de influência aumentou quando havia conquistado a prefeitura do Recife com Geraldo Julio, quebrando um ciclo de doze anos do PT à frente da capital pernambucana.

Para as eleições de 2016, além da reeleição de Geraldo Julio no Recife, serão prioritários para o partido as seguintes cidades: Petrolina, Caruaru, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho. Além disso, é preciso já pensar num sucessor para Geraldo Julio caso ele seja reeleito.

Para a cidade de Petrolina o PSB amargou duas derrotas para o prefeito Julio Lóssio. Em 2008 com Odacy Amorim e em 2012 com Fernando Filho. Para 2016 Fernando Filho é o candidato natural, mas precisará passar pelo teste do executivo se quiser conquistar a capital do São Francisco.

No caso de Caruaru o nome natural do PSB é o da deputada Raquel Lyra, que já exerceu o cargo de secretária de Juventude no governo Eduardo Campos e como foi reeleita como a terceira mais votada do estado, deve querer se viabilizar para comandar a capital do agreste nas próximas eleições.

No caso de Jaboatão dos Guararapes o nome natural do PSB é o do deputado federal eleito João Fernando Coutinho. Ele ensaiou uma candidatura a prefeito nas eleições de 2012 mas acabou sendo rifado para o partido se aliar a Elias Gomes indicando Heraldo Selva pra vice.

Já no Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral se torna um nome natural do partido após a desastrosa gestão de Vado da Farmácia. O nó da questão é que Lula precisará se justificar o tempo todo pelo aborto Vado da Farmácia que ele criou.

Por fim, o PSB precisa já pensar em um nome que tenha inserção na capital para suceder Geraldo Julio. Este nome trata-se do deputado federal Felipe Carreras, que foi o mais votado da capital depois de exercer um brilhante trabalho na secretaria de turismo e lazer da prefeitura.

O que esses nomes têm em comum? A necessidade de ganhar visibilidade para se tornarem nomes competitivos para disputas majoritárias. Isso só será possível, em alguns casos, entrando no executivo através de secretarias. Felipe Carreras e Fernando Filho surgem como nomes extremamente fortes para ocuparem secretarias no governo Paulo Câmara a partir de janeiro.

Transição – O governador João Lyra Neto escolheu Luciano Vasquez, José Francisco Neto e Fred Amâncio para comandar a transição, já o governador eleito Paulo Câmara indicou o vice-governador Raul Henry e Renato Thièbaut. A coordenação do processo será de Luciano Vasquez.

Inocêncio Oliveira – Ultrapassado, o deputado Inocêncio Oliveira não foi sequer candidato a reeleição. Agora pode perder definitivamente o comando do PR estadual para o deputado Anderson Ferreira.

Anchieta Patriota – O bom desempenho nas urnas do ex-prefeito de Carnaíba na disputa para deputado estadual pode garantir a ele um cargo no segundo escalão do governo do estado. Depois que saiu da prefeitura em 2013 Anchieta ficou na secretaria das Cidades com Danilo Cabral.

João Fernando Coutinho – Eleito deputado federal, o primeiro-secretário da Alepe João Fernando Coutinho está com uma grande dor de cabeça. Enquanto na Alepe era todo poderoso, na Câmara Federal será apenas mais um entre os 513. A estrutura que terá em Brasília é infinitamente menor que a que ele tinha na Casa Joaquim Nabuco.

RÁPIDAS

Vicente André Gomes – O presidente da Câmara Vicente André Gomes faz um mandato extremamente apagado. Isso faz com que suas chances de continuar comandando a Casa José Mariano no ano que vem sejam diminuídas consideravelmente.

Lula Cabral – O deputado Lula Cabral está correndo por fora pela primeira-secretaria da Alepe. Apesar de suas chances serem remotas ele se considera no páreo.

Inocente quer saber – Por quê todo mundo está de olho na primeira-secretaria da Alepe?

Caruaru recebeu o Seminário sobre “O arranjo produtivo local de
confecção e o turismo como vetores de desenvolvimento da região Agreste”. O encontro, que aconteceu na tarde de ontem, 7, no auditório da Acic, foi
proposto pelo senador Douglas Cintra e aprovado por unanimidade pela Comissão de Desenvolvimento Regional. Empresários, comerciantes e a sociedade discutiram sobre a importância do crescimento da região e suas principais dificuldades nos temas abordados.

Ao discursar, o prefeito de Caruaru, José Queiroz, falou sobre a
importância do evento. “Foi uma brilhante iniciativa do senador Douglas
Cintra realizar este seminário para debater temas relevantes ao Brasil e a
nossa região”, afirmou. Douglas enfatizou o trabalho realizado na área do
desenvolvimento. “Estamos trabalhando para que esta região torne-se um polo de moda, e temos qualidade e criatividade para isto, pois esta terra é
formada por um povo empreendedor”.

O principal objetivo do seminário foi discutir medidas para tornar
o polo de confecção do agreste mais competitivo, fazendo com que o
desenvolvimento do interior alavanque ainda mais.