Blog Edmar Lyra

O blog da política de Pernambuco

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Postado por Edmar Lyra às 15:25 pm do dia 16 de setembro de 2025

Eduardo Bolsonaro pode assumir liderança da minoria com indicação de Sóstenes Cavalcante

Foto: Divulgação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pode ser indicado para a liderança da minoria na Câmara dos Deputados. A escolha depende do líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), responsável por formalizar o nome do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. Caso seja confirmado, o cargo garantiria a Eduardo a prerrogativa regimental de não ter faltas registradas, mesmo residindo nos Estados Unidos, afastando o risco de perda do mandato por ausência em sessões plenárias.

A movimentação é considerada estratégica pelo PL, que busca manter um aliado próximo da família Bolsonaro em posição de destaque no Legislativo. A liderança da minoria daria a Eduardo Bolsonaro papel central na coordenação da oposição ao governo, permitindo que ele influenciasse pautas e negociações mesmo à distância. Para o partido, a medida representa também uma forma de preservar o capital político da família Bolsonaro dentro da Câmara.

Críticos, no entanto, apontam que a indicação pode fragilizar a representatividade parlamentar, uma vez que Eduardo Bolsonaro se manteria afastado do debate cotidiano em Brasília. Eles argumentam que o uso de cargos de liderança como blindagem contra sanções disciplinares distorce a função institucional e reacende a discussão sobre mudanças nas regras da Câmara para evitar que prerrogativas regimentais sejam utilizadas como instrumento de proteção política.

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Postado por Edmar Lyra às 11:53 am do dia 16 de setembro de 2025

Amazon Serviços de Varejo do Brasil

Amazon Serviços de Varejo do Brasil LTDA, CNPJ 15.436.940/0017-62, torna público que recebeu da Secretaria Executiva de Meio Ambiente Do Cabo de Santo Agostinho – SEMA a Renovação de Licença de Operação, nº 025, para as atividades de comércio varejista de livros, validade 05/09/2026, para o endereço Rodovia BR 101 SUL, nº 2608, Cabo de Santo Agostinho – PE.

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 16 de setembro de 2025

Coluna desta terça-feira

Foto: Ítalo Antônio/PMCg

Camaragibe conquista selo A+ do Tesouro Nacional e entra no mapa da boa gestão fiscal

A política municipal, tantas vezes marcada por denúncias de desorganização e falta de transparência, ganha um contraponto positivo em Pernambuco. Com apenas oito meses da nova gestão, Camaragibe alcançou uma vitória rara no cenário das finanças públicas: a conquista do selo A+ na Capacidade de Pagamento (Capag), certificação concedida pelo Tesouro Nacional no âmbito do Prêmio Qualidade da Informação 2025. A cidade da Região Metropolitana do Recife é uma das três únicas do estado a obter o reconhecimento, que premia a consistência das informações contábeis enviadas ao Siconfi e aponta equilíbrio nas contas.

O resultado não é trivial. No ranking do Tesouro, mais de 180 verificações são aplicadas para medir precisão, integridade e consistência das informações fiscais e contábeis enviadas pelos entes federativos. A nota A+ significa que o município está não apenas em dia com suas obrigações, mas também possui condições sólidas para obter empréstimos com garantia da União. No caso de Camaragibe, isso abre a possibilidade de acessar financiamentos vultosos, como o acordo de R$ 300 milhões junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF). [Ler mais …]

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 15 de setembro de 2025

Coluna desta segunda-feira

Foto: Divulgação

João Campos transforma Missa do Vaqueiro em movimentação política

A 23ª Missa do Vaqueiro de Canhotinho, realizada neste domingo (14), ganhou contornos políticos com a presença do prefeito do Recife, João Campos (PSB), apontado como pré-candidato ao governo de Pernambuco em 2026. O evento, tradicionalmente religioso e cultural, reuniu cerca de 5 mil inscritos na cavalgada que antecede a cerimônia, além de lideranças políticas de diferentes partidos, reforçando a importância da mobilização do gestor em áreas estratégicas do Estado.

Anfitrião do evento e cicerone de João Campos, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Álvaro Porto (PSDB), ressaltou o carisma e a capacidade de articulação do prefeito. “É impressionante como João consegue chamar atenção. Onde ele chega, é sempre assediado por pessoas que querem conversar, cumprimentar, tirar fotos, abraçar. Ele está só começando a percorrer Pernambuco como pré-candidato e a movimentação em torno dele já é muito grande. Os pernambucanos veem nele esperança”, afirmou Porto, em referência à projeção política de Campos. [Ler mais …]

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 13 de setembro de 2025

Coluna deste sábado

Foto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco

Canhotinho vira palco para 2026

A 23ª edição da Missa do Vaqueiro de Canhotinho, que acontece neste fim de semana, extrapola a dimensão cultural e religiosa que marca o Agreste Meridional. O evento, organizado pela prefeitura em parceria com o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PSDB), ganha contornos de encontro estratégico para a eleição de 2026.

A presença do prefeito do Recife, João Campos (PSB), principal nome da Frente Popular para a sucessão estadual, não é casual. Sua ida ao Agreste, em plena agenda de interiorização, reforça o movimento de pavimentação da pré-candidatura ao governo. E estar ao lado de Álvaro Porto, que além de anfitrião é hoje uma das figuras mais influentes da política pernambucana, tem peso especial. O gesto sinaliza não apenas uma aliança momentânea, mas a possibilidade de um arranjo que pode desembocar na própria formação da chapa majoritária. [Ler mais …]

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 12 de setembro de 2025

Coluna desta sexta-feira

Senado em Pernambuco: muitas candidaturas e indefinições marcam a disputa de 2026

A eleição para o Senado em Pernambuco em 2026 está cercada de expectativas, indefinições e disputas internas que movimentam os bastidores da política estadual. Até agora, a única candidatura consolidada é a do senador Humberto Costa (PT), que buscará a reeleição com o apoio incondicional do partido e, sobretudo, do presidente Lula. A grande questão que o petista terá de enfrentar é a escolha de qual palanque estadual irá se vincular: o da governadora Raquel Lyra (PSD) ou o do prefeito do Recife, João Campos (PSB). Pesquisas recentes indicam que Humberto teria desempenho mais favorável se associado ao palanque de Raquel, o que torna essa decisão ainda mais estratégica.

Outro nome em evidência é o senador Fernando Dueire (MDB), que assumiu o mandato após a saída de Jarbas Vasconcelos e trabalha para viabilizar sua permanência na Casa. Dueire conta hoje com o apoio de mais de 30 prefeitos, mas enfrenta dificuldades dentro do próprio MDB. O presidente estadual da sigla, Raul Henry, defende que o partido siga coligado à Frente Popular, apoiando João Campos, enquanto Dueire busca aproximar o MDB da governadora Raquel Lyra. O embate pelo comando da legenda em Pernambuco, que envolve também Jarbas Filho e o próprio Jarbas Vasconcelos, é um dos pontos que podem definir o futuro da candidatura de Dueire, que tem a prerrogativa de mudar de partido a qualquer momento por ser senador em exercício.

Miguel Coelho (União Brasil) já anunciou sua pré-candidatura e vem conseguindo apoios de prefeitos e deputados estaduais. Seu objetivo é consolidar espaço dentro da federação União Brasil–Progressistas e se viabilizar como nome competitivo ao Senado. Miguel tem declarado preferência por integrar o palanque de João Campos, descartando outros cenários. Mesmo assim, sua candidatura pode enfrentar obstáculos caso precise dividir espaço com Eduardo da Fonte (PP), que também surge como possível postulante. Da Fonte lidera uma federação com peso expressivo em Pernambuco, com 11 deputados estaduais e cinco federais, e poderia despontar como um dos favoritos. Até o momento, no entanto, ele não confirmou publicamente interesse em disputar o Senado nem revelou qual palanque estadual sua federação apoiará.

Outro nome em observação é o do ministro Silvio Costa Filho, que comanda o Republicanos. Apesar de ter o partido sob sua liderança, a legenda vem perdendo prefeitos para outras bases políticas, o que enfraquece a possibilidade de uma indicação sólida ao Senado. Nos bastidores, há quem avalie que essa debandada pode inviabilizar a postulação de Silvinho, que hoje depende diretamente da força partidária e, sobretudo, do apoio do presidente Lula para se viabilizar como candidato competitivo em 2026.

No campo bolsonarista, o PL também enfrenta divisões internas. O ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira, e o ex-ministro Gilson Machado disputam espaço dentro da legenda para tentar viabilizar uma candidatura. A falta de unidade prejudica o partido, que, dividido, terá dificuldade em garantir uma das duas vagas em disputa.

Diante desse cenário, analistas consideram que uma das cadeiras deve permanecer com Humberto Costa, em razão da força eleitoral e partidária do petista. A segunda vaga, no entanto, está aberta e promete ser palco da disputa mais acirrada da eleição de 2026. Nomes como Miguel Coelho, Eduardo da Fonte, Fernando Dueire, Silvio Costa Filho, Anderson Ferreira e Gilson Machado se movimentam em busca de alianças e apoios que podem redefinir o tabuleiro político em Pernambuco nos próximos meses.

Condenado – A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado, por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. A decisão foi tomada por 4 votos a 1: os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votaram pela condenação, enquanto o ministro Luiz Fux votou pela absolvição de Bolsonaro e de outros réus. A pena inclui 124 dias-multa, cada um equivalente a dois salários mínimos. A defesa de Bolsonaro anunciou intenção de recorrer da decisão, inclusive em tribunais internacionais.

Agora vai começar – Após quase três anos de ladainha de golpe, com a condenação de Jair Bolsonaro, o governo Lula poderá enfim começar. Passado o período, Lula ainda não disse a que veio e realiza o pior dos seus três governos. O Brasil espera que Lula possa apontar um rumo para o Brasil, que continua mergulhado em crises econômica, social e política.

Acompanhando – O presidente estadual do União Brasil, Miguel Coelho, acompanhou o prefeito do Recife, João Campos, nesta quinta-feira (11), em vistorias a obras de contenção de barreiras nos bairros de Dois Unidos e Linha do Tiro, orçadas em R$ 15,2 milhões e que vão proteger mais de 1.400 moradores. Miguel destacou a importância das ações para garantir segurança à população, enquanto João Campos reforçou que, desde 2021, a cidade já entregou 143 obras de contenção, beneficiando mais de 20 mil pessoas, e mantém outras 20 em andamento, protegendo mais 4 mil.

Novo requerimento – Aliados da governadora Raquel Lyra avaliam que a CPI perdeu o prazo de instalação, que era de 30 dias e tinha como data base 1 de agosto. Passados quase 45 dias sem a sua instalação, será preciso um novo requerimento com 17 assinaturas para que seja iniciado o pedido de CPI.

Inocente quer saber – Sem o espantalho de Bolsonaro, será que enfim o governo Lula terá alguma coisa para mostrar ao Brasil?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 11 de setembro de 2025

Coluna desta quinta-feira

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O voto de Fux e a encruzilhada do Supremo

O julgamento da chamada “trama golpista” contra Jair Bolsonaro ainda não terminou, mas o voto do ministro Luiz Fux já se tornou o grande marco da sessão. Em meio à previsível condenação defendida por Alexandre de Moraes e Flávio Dino, Fux abriu uma divergência rara e incômoda para a Corte, ao sustentar que o Supremo Tribunal Federal não é competente para julgar o caso. Sua posição, longe de ser mero detalhe, recoloca em pauta um debate central: os limites constitucionais da atuação do STF e o respeito ao princípio do juiz natural.

A crítica de Fux é direta e consistente. Ele lembrou que a ampliação da competência do Supremo para processar ex-autoridades não pode ser aplicada retroativamente, sob pena de violar garantias básicas do Estado de Direito. Para o ministro, os réus deveriam ser julgados em primeira instância, e não pela Suprema Corte em regime de exceção. Ao defender a nulidade de todos os atos processuais, Fux não se prendeu ao clamor político nem à pressão midiática; pautou-se pela legalidade estrita e pela segurança jurídica.

Esse voto expõe um dilema para o tribunal. Caso os ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin confirmem a condenação, o placar final deve ser de 4 a 1. Isso sacramentará o destino de Bolsonaro, mas deixará uma fissura institucional aberta: haverá um ministro da Corte que reconheceu publicamente a incompetência absoluta do Supremo para tocar o processo. Essa divergência será combustível para a defesa em recursos e, mais ainda, para a narrativa política de que o julgamento extrapolou limites constitucionais.

A postura de Fux merece ser enaltecida justamente porque rompe com a tendência de transformar o STF em protagonista político. Sua ênfase de que “não compete ao Supremo realizar juízo político” deveria ecoar entre seus colegas, que parecem cada vez mais inclinados a misturar o papel de guardiões da Constituição com o de atores de combate político. O risco é claro: ao se afastar da técnica e da legalidade, o tribunal reforça a percepção de parcialidade e se expõe a questionamentos sobre sua legitimidade.

Independentemente do resultado final, o voto de Luiz Fux já se inscreve como um contraponto histórico. Ele sinaliza que ainda há espaço no Supremo para quem defenda o devido processo legal e os limites institucionais, mesmo quando o réu é um personagem polarizador como Bolsonaro. O julgamento pode condenar o ex-presidente, mas a divergência de Fux condena o ativismo judicial que ameaça corroer a credibilidade da mais alta corte do país.

Visita – A governadora Raquel Lyra esteve em Brasília nesta semana, onde fez uma visita de cortesia ao senador Fernando Dueire (MDB) para tratar de pautas de interesse de Pernambuco; na reunião, discutiram estratégias para a votação de um novo empréstimo que deve passar pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e pelo plenário do Senado ainda este ano, além do andamento do Orçamento da União de 2026 e da destinação das emendas parlamentares da bancada pernambucana, consideradas essenciais para obras e investimentos no Estado.

Reeleição – A vice-governadora Priscila Krause (PSD) afastou rumores sobre a participação de Raquel Lyra (PSD) como vice na chapa de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2026, garantindo que a governadora será candidata à reeleição em Pernambuco, e destacou que o PSD tem condições e legitimidade para lançar candidatura própria à Presidência da República.

BPC – O projeto de lei do deputado Eduardo da Fonte (PP), que amplia o acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) para pessoas com deficiência e autistas ao elevar o limite de renda familiar per capita de 1/4 para até um salário mínimo, foi aprovado em comissões da Câmara e segue para novas etapas, com o objetivo de garantir mais inclusão, dignidade e qualidade de vida às famílias.

Anistia – A oposição pretende explorar os argumentos do voto divergente do ministro Luiz Fux, que contestou a competência do STF, apontou falhas na ampla defesa e rejeitou o enquadramento por organização criminosa no julgamento de Jair Bolsonaro e aliados, para reforçar a pressão em favor de uma anistia ampla aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado.

Aprovado – A Alepe aprovou nesta quarta-feira (10) projeto do deputado Pastor Júnior Tércio (PP) que garante às gestantes atendidas pelo SUS em Pernambuco o direito de escolher a cesariana como via de parto, receber analgesia quando não houver contraindicação e ter acesso ao DIU no pós-parto; a proposta, que atualiza a lei de proteção contra violência obstétrica, segue agora para sanção do Governo do Estado.

Inocente quer saber – Qual o efeito político da divergência de Fux no julgamento de Bolsonaro?

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 10 de setembro de 2025

Coluna desta quarta-feira

Foto: Antonio Augusto/STF

A provável condenação de Jair Bolsonaro

O cenário político brasileiro se aproxima de um momento histórico: a provável condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro em processos que investigam sua atuação após as eleições de 2022. Até agora, Bolsonaro já teve dois votos favoráveis à condenação: o do ministro Alexandre de Moraes e o do ministro Flávio Dino, indicando uma tendência de alinhamento entre os julgadores. O desfecho desse julgamento pode redefinir não apenas a trajetória política do ex-presidente, mas também o panorama da direita no país.

O caso concentra-se em ações que questionaram a lisura do pleito eleitoral e em atos que desafiaram instituições democráticas. O episódio mais emblemático ocorreu em 8 de janeiro de 2023, quando manifestantes invadiram as sedes dos três Poderes, motivados por narrativas de fraude eleitoral apoiadas por aliados do ex-presidente. Investigações, depoimentos e delações sugerem esforços coordenados para interferir no processo democrático, incluindo pressões sobre tribunais e autoridades eleitorais. Esses elementos constituem a base das acusações que podem levar à condenação de Bolsonaro. [Ler mais …]

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 9 de setembro de 2025

Coluna desta terça-feira

Foto: Sérgio Lima

O governo Lula e a fragilidade da governabilidade

O desembarque da recém-criada União Progressista, federação formada pela aliança entre União Brasil e PP, expõe de maneira contundente a fragilidade do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Embora não seja surpreendente que legendas de centro-direita se alinhem contra o petista em 2026, o gesto revela um problema mais imediato: a governabilidade. Sem uma base sólida e dependente da cooptação de partidos fisiológicos, Lula corre o risco de ver desmoronar o arranjo político que lhe garante maioria no Congresso.

O recado da União Progressista é claro. Os partidos deixam a base, declaram apoio a uma candidatura de oposição no próximo pleito presidencial, mas, ao mesmo tempo, não abrem mão de seus espaços no Executivo. Ministérios, estatais e cargos regionais são tratados como patrimônio próprio, não como instrumentos de políticas públicas. Antonio Rueda, presidente do União Brasil, ao afirmar que o rompimento seria “obrigatório apenas para detentores de mandato”, escancarou a lógica oportunista: manter a imagem de independência sem perder o acesso ao poder. [Ler mais …]

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Postado por Edmar Lyra às 0:00 am do dia 8 de setembro de 2025

Coluna desta segunda-feira

Foto: Sérgio Lima

O curioso caso do presidente sem povo

As manifestações de 7 de setembro de 2025 no Brasil escancaram uma realidade inquietante: o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de seu histórico político e da vitória apertada sobre Jair Bolsonaro em 2022, ainda não conseguiu resgatar uma conexão ampla com a população. Na eleição presidencial de 2022, Lula venceu por uma vantagem ínfima, mas já era evidente que Bolsonaro mobilizava multidões de maneira consistente, enquanto Lula não conseguia traduzir sua base eleitoral em atos de rua. Três anos depois, o quadro permanece praticamente o mesmo, reforçando a percepção de um governo distante das massas.

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi palco de um ato que reuniu cerca de 42 mil pessoas, segundo estimativas da USP. Governadores de oposição e figuras ligadas ao bolsonarismo discursaram contra o governo, cobrando pautas como a anistia para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro. Em Brasília, o presidente participou apenas do desfile cívico-militar, que, embora simbólico, não refletiu a mobilização popular vista em atos de oposição pelo país. A diferença entre a capacidade de mobilização da direita e a distância do governo Lula ficou evidente.

Pesquisas recentes reforçam esse distanciamento. No Distrito Federal, 59,7% dos eleitores desaprovam o governo, enquanto apenas 37,1% o aprovam (CNN Brasil). Nacionalmente, o cenário é semelhante, com índices de desaprovação superiores à aprovação, refletindo uma percepção de que o governo não atendeu às expectativas, especialmente em áreas como economia, segurança pública e políticas sociais.

A ausência de Lula nas manifestações populares reforça sua desconexão com a sociedade. Enquanto isso, setores da oposição, especialmente ligados ao bolsonarismo, demonstram eficácia em engajar multidões, transformando a insatisfação popular em capital político. O contraste com a eleição de 2022, quando Bolsonaro já se mostrava capaz de mobilizar grande público, evidencia que a fragilidade de Lula em gerar entusiasmo popular não é recente, mas persistente mesmo após quase três anos de governo.

O efeito é duplo: Lula enfrenta dificuldades para consolidar sua base política e para implementar medidas estratégicas, e a oposição encontra terreno fértil para se fortalecer e ampliar sua influência. Com as eleições de 2026 se aproximando, o presidente precisa urgentemente restabelecer diálogo direto com a sociedade civil, reconquistar confiança e mostrar capacidade de mobilização popular.

Em resumo, o “presidente sem povo” não é apenas um título provocativo. É a síntese de um governo que venceu por uma margem mínima, mas permanece incapaz de traduzir sua liderança política em presença de massa, deixando claro que, enquanto a oposição mobiliza ruas e corações, Lula ainda depende mais do voto do que do entusiasmo popular para manter-se no poder.

Declarações – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou neste domingo (7) de ato da direita na Avenida Paulista, defendendo uma anistia ampla, geral e irrestrita para os envolvidos nos ataques de 8 de janeiro, criticando o que chamou de “abuso” no processo e comparando a medida ao perdão concedido a políticos de esquerda em 1979. Tarcísio afirmou que, com o ex-presidente Jair Bolsonaro solto, “novos tempos virão” e cobrou da Câmara que paute a anistia, destacando o apoio de partidos como PL, Republicanos e União Brasil/PP, enquanto o PSD resiste e o MDB se divide. As declarações ocorrem às vésperas do julgamento de Bolsonaro, marcado para esta semana.

Sem conluio – Ministros do governo Lula consideraram estratégica a ausência de integrantes do STF na cerimônia de 7 de Setembro em Brasília, já que evita interpretações de conluio entre Executivo e Supremo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo julgamento pelo Supremo ocorre nesta semana. Apesar de tradicionalmente convidados para o desfile, os ministros optaram por não participar, transmitindo uma mensagem de independência institucional, enquanto auxiliares do Palácio do Planalto destacam que a medida preserva a imagem de imparcialidade da Corte em meio às acusações de bolsonaristas.

Esvaziado – O ato organizado por lideranças de esquerda e centrais sindicais na Praça da República, em São Paulo, reuniu cerca de 8,8 mil pessoas neste domingo (7), segundo estimativa do grupo Monitor do debate político, do Cebrap, em parceria com a ONG More in Common. O levantamento, feito com fotos aéreas analisadas por inteligência artificial, aponta um público no pico entre 7.704 e 9.806 pessoas, com margem de erro de 12%, utilizando o método Point to Point Network (P2PNet) para identificar automaticamente os participantes.

Pé-quente – O presidente do Santa Cruz, Bruno Rodrigues, já marcou seu nome na história do clube. Em pouco tempo, tirou o Santa Cruz da Série D e garantiu a SAF. Se em 2026 conseguir levar o clube à Série B, poderá ser um dos nomes fortes para a Câmara dos Deputados pelo PP.

Inocente quer saber – Como Lula conseguiu vencer Jair Bolsonaro em 2022, se não mobiliza mais ninguém na rua?

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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