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Esta semana marcou oficialmente o início das comemorações pelo Abril Laranja, mês que celebra a conscientização e prevenção das amputações em todo o Estado. Uma audiência pública proposta pelo deputado Kaio Maniçoba, no auditório Sergio Guerra da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), teve como objetivo apresentar propostas e orientações para amputados, visando a formação de uma rede de apoio, a retomada normal das atividades diárias e tratamentos para a reabilitação desses pacientes.
O evento contou com a presença do fisioterapeuta protesista Tiago Bessa, especialista em conscientização e prevenção de amputações que está a frente da Ortopedia Boa Viagem, e dos médicos Marcelo Souza, ortopedista oncológico e Tadeu Calheiros, oncologista pediátrico, que falaram sobre a importância do debate e deram suas contribuições a partir do conhecimento e vivência inerentes a quem atua diariamente nos cuidados com essas pessoas.
Na sessão, foram discutidas questões fundamentais para a inclusão social e a saúde dos amputados, ressaltando a importância do Abril Laranja, agora oficialmente reconhecido como parte do calendário de datas especiais de Pernambuco.
Para o deputado Kaio Maniçoba, autor do projeto de Lei que instituiu o Abril Laranja no estado, esta Audiência representa um marco significativo no fortalecimento da iniciativa. “Estamos dando um passo importante na conscientização e prevenção das amputações em Pernambuco. É essencial promover a inclusão e garantir o acesso a serviços de qualidade para todos os amputados do nosso Estado”, afirmou o parlamentar. “Hoje vivemos o marco de uma nova era na reabilitação dos amputados pernambucanos”, ressalta o fisioterapeuta Tiago Bessa.
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A campanha “Abril Laranja – de conscientização da amputação”, promovida nacionalmente pela Associação Brasileira de Ortopedia Técnica (ABOTEC), ganha agora um novo impulso em Pernambuco. A inclusão da data no calendário oficial do estado representa um compromisso renovado com a saúde e o bem-estar dos amputados. O diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos adequados foram ressaltados como pontos-chave na abordagem das amputações.
Amputações – Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) apontam que mais de 282 mil cirurgias de amputação de membros inferiores (pernas ou pés) foram realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS) entre janeiro de 2012 e maio de 2023. Numa rápida análise, percebe-se o aumento no número desses procedimentos por todo o país. A Sociedade Brasileira de Medicina Física e Reabilitação, atesta que o Brasil possui cerca de 500 mil pessoas amputadas.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade dos casos de amputações envolvem pessoas com diabetes, seguida por acidentes de trânsito e trabalhistas. No entanto, as cirurgias em membros inferiores podem também estar relacionadas a causas como o tabagismo, hipertensão arterial, idade avançada, insuficiência renal crônica, histórico familiar e pacientes com câncer ósseo.
De acordo com os médicos, o diagnóstico precoce pode ser um grande aliado no tratamento. O Abril Laranja é fundamental para esclarecer que o processo de amputação não impede o paciente de seguir uma vida plena e feliz. Pessoas com qualquer tipo de deficiência encontram apoio material e de adaptação pelo SUS, o Sistema Único de Saúde. Os interessados em órteses, próteses ou meios auxiliares de locomoção, por exemplo, precisam em primeiro lugar procurar atendimento em uma unidade básica de saúde.
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Em seguida, esse paciente vai ser encaminhado para um centro especializado em reabilitação. O fisioterapeuta Tiago Bessa, especialista em reabilitação à frente da Clínica Ortopedia Boa Viagem, alerta para os cuidados com a pele e feridas no paciente amputado, as funcionalidades pós-amputação, adaptações no lar e atividades de vida diária pós-amputação. “Amputação causada pela diabetes ou decorrente de traumas e infecções são comuns, por isso, é necessário ressaltar a alta reincidência de amputação e os cuidados para evitá-la”, explicou Tiago.
O fisioterapeuta alerta também sobre a necessidade de um apoio psicológico. “O medo da dependência funcional enfrentado por muitos pacientes amputados pode gerar uma série de problemas psicológicos”, comenta Tiago. E o trabalho de reabilitação envolve várias áreas, justamente para trazer o paciente de volta a uma vida mais próxima do normal possível.
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