
A escolha de quadros técnicos com base em currículo adotada pela governadora eleita Raquel Lyra que garantiu mais de 90% dos cargos do primeiro-escalão ocupados por pessoas que não são da política, com exceção de Daniel Coelho, nenhum nome nunca ocupou mandato eletivo, trouxe muita dúvida para o funcionamento do governo que se iniciará no próximo domingo.
Alguns quadros como Simone Benevides (Desenvolvimento Urbano e Habitação), Érika Lacet (Controladoria), Túlio Vilaça (Casa Civil) e Ivaneide Dantas (Educação) tiveram passagens exitosas em funções semelhantes, mas a maioria dos nomes são teóricos com pouca ou nenhuma experiência prática de uma máquina obesa e cheia de gargalos como o governo do estado.
Talvez para uma multinacional, o secretariado da governadora seria muito bem recebido, porém para a política tradicional que demanda situações com vários entraves burocráticos e a lógica habitual, não há garantia de pleno funcionamento do perfil escolhido por Raquel, muito pelo contrário. Os nomes terão que demonstrar capacidade de trabalho e adaptação ao formato do serviço público.
Esses talvez sejam os primeiros desafios da equipe que irá gerir o estado pelos próximos quatro anos. As interrogações são muitas e exigirão mais ainda de Raquel Lyra e de Priscila Krause a necessidade de estabelecer um diálogo franco e direto com a classe política, sob pena de sanções que poderão custar muito caro nos próximos meses do governo que se iniciará.



