Se os índices de violência contra a mulher já eram algo alarmante no Brasil, em tempos de isolamento social, imposto pelo COVID-19 o número de casos cresceu em decorrência da pandemia. Pensando em mudar essa triste realidade, o Grupo Mulheres do Brasil em parceria com o Instituto Xegamiga lança uma campanha nacional que se propõe a realizar um grande abraço nesse momento tão difícil que estamos enfrentando. Nesse canal receberemos denúncias de mulheres em situação de violência. Ele será um veículo para prestar informações necessárias e realizar um amplo acolhimento.
A campanha “XEGAMIGA, EU ESCUTO!” se propõem a prestar nas redes sociais informações úteis, através de postagens e Lives sobre a violência e o que a mulher poderá fazer em situações de agressão, ameaça, dentre tantas outras situações de vulnerabilidade; além de realizar escuta ativa e acompanhar denúncias de vítimas, através dos canais: Whatsapp: (81)99885-4095, Email: cvmrecife@gmail.com e www.xegamiga.com.br .
Hoje, às 17h haverá um webnar com a participação da secretária da Mulher de Pernambuco, Sílvia Cordeiro, a Juíza de Direito Dra. Ana Cristina Freitas Mota, a Delegada Tereza Nogueira e a liderança do Comitê Combate à Violência contra a Mulher do Grupo Mulheres do Brasil, Elizabete Scheibmayr. O encontro será mediado pela liderança do Comitê Combate à Violência contra a Mulher do Núcleo Recife, Daniela Melo.
A organização ONU Mulheres já havia se posicionado sobre o problema do aumento da criminalidade contra as mulheres no atual cenário de isolamento provocado pelo COVID-19, criando um guia sobre os cuidados com essa população durante a pandemia, indicando como propulsoras desse aumento da violência contra a mulher questões relacionadas com a autonomia financeira, saúde psicológica e relações familiares.
Dois fatores contribuem de forma mais significativa para este triste cenário: o primeiro, a insuficiência dos serviços de acolhimento das mulheres vítimas de violência, que tende a piorar no isolamento; e o outro aspecto é que em confinamento o agressor sabe exatamente onde a vítima está ou pior, está com ela em isolamento domiciliar.
Para a liíder do Comitê Combate à Violência contra a Mulher do Núcleo Recife, Daniela Melo, fortalecer a rede de apoio para que as mulheres se sintam encorajadas a não se calar e denunciar os agressores é o caminho para mudança das estatísticas dessa triste realidade que, segundo ela, castra, adoece e mata tantas não somente no Brasil, mas em todo o Mundo.



