
O poder do cofre em 2026
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrará em 2026 com um trunfo que nenhum chefe de Estado recente teve às vésperas de disputar a reeleição: R$ 843,6 bilhões à disposição para executar programas, obras e políticas públicas em todo o país. O dado, extraído do SIOP (Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento), revela um poder orçamentário sem precedentes e coloca o governo federal no centro da disputa política que definirá os rumos do próximo ciclo eleitoral.
Desse montante, R$ 157,9 bilhões virão de emendas parlamentares e investimentos diretos — recursos que se traduzem em obras visíveis e de forte apelo local. As emendas individuais somam R$ 26,6 bilhões; as de bancada, R$ 11,3 bilhões; e as de comissão, R$ 2,9 bilhões. O Novo PAC, carro-chefe da infraestrutura federal, contará com R$ 55 bilhões, enquanto os investimentos diretos do Executivo (GND 4) alcançarão R$ 62,1 bilhões. Trata-se de uma engrenagem orçamentária que permite ao Planalto ampliar presença e influência em todas as regiões, consolidando a imagem de um governo que entrega resultados.
Comparado ao orçamento de 2025, que já previa mais de R$ 476 bilhões em despesas discricionárias e emendas, o salto é expressivo. Em 2026, o governo não apenas terá mais recursos, mas também um arsenal de programas sociais e econômicos com alto potencial de mobilização eleitoral. Serão R$ 331,6 bilhões destinados a ações estratégicas, entre elas o Bolsa Família (R$ 158,6 bilhões), a ampliação da isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil (R$ 31,3 bilhões), o “Desenrola Brasil” (R$ 53,2 bilhões), o Minha Casa, Minha Vida (R$ 33,6 bilhões) e o pagamento de precatórios (R$ 92 bilhões).
Esses números não são apenas contábeis. Eles representam o poder de entrega do Estado em um ano em que Lula buscará renovar seu mandato e reafirmar seu legado político. Em um cenário de reeleição, a capacidade de mostrar obras, ampliar programas e impulsionar o consumo interno se torna um ativo eleitoral de peso — especialmente em um país onde o voto é fortemente influenciado pela presença concreta das ações governamentais no cotidiano das pessoas.
O Novo PAC, com obras em todos os estados, funcionará como vitrine permanente do governo. Já os programas sociais, reforçados em 2026, alimentam a narrativa de um presidente que mantém o foco na inclusão e na redução das desigualdades. Ao mesmo tempo, a execução das emendas e dos investimentos diretos amplia o campo de alianças, atraindo prefeitos e governadores — inclusive de partidos que hoje fazem oposição moderada ao Planalto.
Com R$ 843,6 bilhões prontos para investir, Lula chega ao ano eleitoral com o maior poder financeiro e político de um presidente desde a redemocratização. O orçamento de 2026 não é apenas uma peça contábil — é um instrumento de poder. E, numa eleição em que obras, programas e resultados falarão mais alto que o discurso, o cofre cheio pode ser o maior cabo eleitoral do petista em sua tentativa de permanecer no Planalto até 2030.
Relatório – A Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (8), o relatório do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) ao Projeto de Lei nº 5.312/2016, que reduz a jornada de trabalho dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias de 40 para 30 horas semanais, sem redução salarial. O parlamentar destacou que a proposta é um “pleito histórico” dessas categorias e reforça o compromisso com a valorização dos profissionais do SUS. Na véspera, Eduardo da Fonte também havia votado a favor da PEC 14/2021, que assegura aposentadoria integral e com paridade aos agentes, fortalecendo o reconhecimento e as condições de trabalho na saúde pública.
Derrota – A Câmara dos Deputados impôs uma derrota ao governo Lula nesta quarta-feira (8) ao deixar caducar a medida provisória que aumentava tributos para reforçar a arrecadação. A maioria dos parlamentares, liderados por partidos do Centrão, aprovou a retirada do texto da pauta por 251 votos a 193, impedindo que a MP fosse votada no mérito. Com o impasse, a proposta perde validade nesta quinta-feira (9), frustrando a expectativa do Palácio do Planalto de elevar a receita federal ainda em 2025.
Bruno Marques – Pré-candidato a deputado estadual, Bruno Marques está ganhando forte capilaridade para a disputa do próximo ano. Presente em 40 municípios de todas as regiões do estado, Bruno chegará extremamente fortalecido e dentre os novos postulantes a uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco, é tido como pule de dez para chegar à Casa de Joaquim Nabuco.
Felipe Martins – O pré-candidato a deputado estadual Felipe Martins oficializou seu ingresso no Podemos para disputar uma cadeira na Alepe. Filho do prefeito de João Alfredo, Zé Martins, Felipe foi recebido com tapete vermelho pelo presidente do Podemos, Marcelo Gouveia.
Inocente quer saber – Lula está com a reeleição encaminhada?



