
A difícil equação da popularidade de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta um cenário desafiador no campo da opinião pública. A mais recente pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (17), mostra estabilidade na avaliação de seu governo: 51% desaprovam e 46% aprovam. O dado, embora não represente queda, também não aponta recuperação, revelando que Lula encontra dificuldades em ampliar sua base de apoio junto à população. Em um país de forte polarização política, o resultado indica que o petista ainda não conseguiu transformar a máquina governamental em instrumento eficaz para reconquistar corações e mentes além do seu núcleo tradicional.
A estabilidade nos números pode parecer positiva para o Planalto, uma vez que evita um desgaste maior. Contudo, também expõe um limite preocupante: a aprovação parece cristalizada, sem sinais de crescimento mesmo diante de agendas que, em tese, deveriam impulsionar a imagem presidencial, como programas sociais, investimentos em infraestrutura e políticas de recomposição salarial para o funcionalismo. Essa estagnação sugere que Lula chegou a um teto e não tem conseguido atravessar a barreira de rejeição imposta por parte significativa do eleitorado.
Outro fator que pesa contra o presidente é a conjuntura econômica. Apesar de indicadores como inflação controlada e crescimento moderado do PIB, a percepção popular continua marcada pelo custo de vida elevado e pela dificuldade de acesso a emprego de qualidade. Em política, a economia vivida no dia a dia tem mais impacto do que a economia retratada em relatórios. A sensação de aperto no orçamento doméstico mina qualquer tentativa de narrativa otimista vinda do governo. Assim, mesmo quando os números macroeconômicos parecem razoáveis, o sentimento da população segue negativo, o que se reflete na aprovação presidencial.
Lula também enfrenta resistência em segmentos que, no passado, foram fundamentais para suas vitórias. No eleitorado de classe média, sobretudo nos grandes centros urbanos, o antipetismo continua forte. A disputa simbólica com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ainda mantém influência significativa, mantém o ambiente político tensionado. O petista fala mais para os convertidos do que para os indecisos, e esse isolamento discursivo dificulta o avanço da popularidade.
Há ainda um componente político-institucional. A relação com o Congresso, embora funcional, é marcada por concessões e negociações constantes, que muitas vezes transmitem à sociedade a imagem de um governo refém de interesses fisiológicos. A demora em aprovar projetos estratégicos e a necessidade de acomodar aliados insatisfeitos reforçam a percepção de lentidão e pragmatismo excessivo, em contraste com a expectativa de mudanças mais concretas.
Para reverter esse quadro, Lula precisaria de duas condições simultâneas: melhorar a percepção econômica da população e oferecer uma agenda política que vá além da manutenção da governabilidade. Ou seja, seria necessário mostrar resultados palpáveis no bolso do cidadão e, ao mesmo tempo, retomar o discurso mobilizador que marcou seus primeiros governos. No entanto, a conjuntura atual é muito menos favorável do que a de 2003 ou 2010.
A pesquisa Quaest, portanto, lança um alerta ao governo: sem avanços claros e imediatos, Lula pode se consolidar como um presidente de aprovação mediana, incapaz de romper a barreira da rejeição. Em um ambiente político tão dividido, isso significa governar sempre sob o risco da instabilidade, sem espaço para erros e sem a força popular necessária para impor grandes transformações.
Investimento – O prefeito Mano Medeiros e a governadora Raquel Lyra visitaram, nesta quarta-feira (17), o Ecoparque de Muribeca, em Jaboatão dos Guararapes, onde está em fase final de implantação a primeira planta de biometano de Pernambuco, com capacidade para produzir 110 mil metros cúbicos por dia. Fruto de um investimento de R$ 300 milhões, somados a R$ 500 milhões do governo estadual, o projeto será integrado à rede da Copergás e deve ser inaugurado ainda este ano, consolidando o município como polo estratégico na transição energética, com impactos ambientais, econômicos e sociais relevantes, como a geração de empregos, renda e inclusão de catadores e ex-presidiários no processo produtivo.
Posição contrária – O senador Fernando Dueire (MDB) manifestou-se contrário à chamada PEC da Blindagem, ressaltando que a proposta representa um retrocesso no combate à corrupção e compromete a transparência e a responsabilização de agentes públicos.
Participação – O secretário de Governo de Igarassu, César Ramos, participou na manhã desta quarta-feira (17) do programa Microfone Aberto, na Rádio Clube de Pernambuco, onde destacou o caráter político e social da pasta, agradeceu à prefeita professora Elcione Ramos pela confiança e ressaltou ações voltadas ao turismo e ao desenvolvimento da cidade, além de comentar a programação do IGARAFEST e das celebrações pelos 490 anos de Igarassu e em homenagem a Cosme e Damião, que começam no próximo dia 26.
Projeto – Margareth Gueiros, esposa do vereador Carlos Muniz e filha do ex-vereador Carlos Gueiros, colocou seu nome à disposição como pré-candidata a deputada estadual em 2026; ainda sem definição partidária, ela é vista nos bastidores como uma possível surpresa na disputa por uma cadeira na Assembleia Legislativa de Pernambuco.
Clínica veterinária – O prefeito Simão Durando autorizou, nesta quarta-feira (17), a construção da primeira Clínica Veterinária Pública de Petrolina, que será erguida no bairro Cosme e Damião com investimento de R$ 2,2 milhões; o equipamento terá estrutura moderna com consultórios, laboratório, salas de cirurgia, vacinação, medicação e espaços para recuperação de cães e gatos, reforçando o compromisso da gestão com a causa animal e marcando um avanço histórico na proteção e no bem-estar dos animais da cidade.
Alavancando – A prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado, que vem conduzindo uma gestão bem avaliada no município, deve ter papel decisivo na pré-candidatura de Breno Araújo a deputado estadual, já que sua força política tende a impulsionar o projeto e ampliar o alcance da campanha no Sertão.
Inocente quer saber – Lula tem ainda o que oferecer ao Brasil para ser reeleito em 2026?



