
A recente declaração de Raul Henry, de que teria recusado um convite do então governador Eduardo Campos para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) por lealdade a Jarbas Vasconcelos, não corresponde à realidade dos bastidores políticos da época.
O convite existiu, mas a vaga no TCE dependia da aposentadoria futura de um conselheiro e da consolidação do projeto político liderado por Eduardo. Diante disso, Raul Henry fez sua escolha: optou por ser candidato a vice-governador na chapa de Paulo Câmara, papel que lhe garantiria protagonismo na nova composição de poder em Pernambuco.
Para isso acontecer, era necessário retirar Jarbas Vasconcelos da disputa pela reeleição ao Senado. Ou seja, a decisão de Raul não teve como motivação principal a lealdade a Jarbas, mas sim uma movimentação estratégica voltada para seu próprio avanço político.
Agora, ao tentar manter o controle do MDB estadual, Raul tenta resgatar o discurso de fidelidade ao ex-senador. No entanto, os fatos demonstram que, em momentos decisivos, ele sempre priorizou seus interesses pessoais.


