
Marçal pode ter crescido rápido demais
A ascensão rápida de Pablo Marçal (PRTB) na disputa pela prefeitura de São Paulo, conforme indicam os números da nova pesquisa Datafolha, levanta uma questão importante sobre a sustentabilidade de seu crescimento eleitoral. Com 21% das intenções de voto, Marçal se aproxima perigosamente de Guilherme Boulos (PSOL), que lidera com 23%, e supera o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que aparece com 19%. No entanto, há um risco evidente para Marçal de que esse crescimento tenha ocorrido cedo demais, expondo-o à intensa desconstrução por parte de seus adversários — uma situação semelhante à enfrentada por Delegada Patrícia Domingos nas eleições municipais de 2020 no Recife.
Em 2020, Patrícia surgiu como uma candidata extremamente competitiva, conquistando rapidamente uma parcela significativa do eleitorado. Contudo, ao crescer antes do tempo, ela se tornou alvo de ataques coordenados, o que resultou em sua gradual desconstrução. Ela foi derrotada justamente por não conseguir sustentar sua imagem e narrativa diante das investidas de seus oponentes mais experientes. Marçal corre o mesmo risco ao se posicionar como uma figura de destaque no início da corrida eleitoral, especialmente ao adotar um discurso radical e ataques diretos contra Boulos e Nunes.
Além disso, a força da máquina política de Ricardo Nunes não pode ser subestimada. Como prefeito em exercício, ele tem à sua disposição recursos e apoios institucionais significativos, incluindo o suporte do ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora tenha perdido terreno entre os eleitores bolsonaristas para Marçal, Nunes ainda conta com uma estrutura de campanha robusta e uma base eleitoral consolidada que pode ser decisiva, especialmente em um eventual segundo turno.
Guilherme Boulos, apesar de sua liderança nas pesquisas, enfrenta o desafio de se firmar como uma alternativa viável para o eleitorado mais amplo. Sua candidatura é limitada pelo viés ideológico e pelo histórico de derrotas, o que pode torná-lo vulnerável a ser superado por Nunes ou Marçal em um confronto direto no segundo turno.
Assim, é provável que Ricardo Nunes, com sua postura de centro e apoio institucional, tenha uma vantagem estratégica. Seja enfrentando Marçal, cuja campanha corre o risco de desmoronar sob o peso da própria antecipação, ou Boulos, que pode não conseguir mobilizar apoio suficiente fora de sua base, Nunes se posiciona como o candidato mais equilibrado e com maiores chances de vitória na disputa pela prefeitura de São Paulo.
Sintonia – É clara a sintonia entre a presidente do PL Mulher Recife, a pastora Flávia Santos, e a presidente nacional do PL Mulher , Michelle Bolsonaro. As duas defendem causas sociais semelhantes em defesa dos autistas e pessoas com deficiência. Esta semana estiveram juntas gravando pro guia eleitoral da pastora Flávia Santos, candidata à vereadora do Recife.
Ouvidores – Pernambuco recebeu nesta sexta-feira (23) o IX Colégio de Ouvidores da OAB, reunindo representantes de várias seccionais do país para debater e compartilhar experiências sobre a importância da ouvidoria no fortalecimento da advocacia. O evento, sediado na OAB-PE, contou com a presença do presidente Fernando Ribeiro Lins, da vice-presidente Ingrid Zanella, e do ouvidor do Conselho Federal da OAB, José Noronha, que enfatizaram o papel fundamental da ouvidoria na escuta ativa da advocacia e na melhoria contínua dos serviços prestados.
Liderança – O PL e o União Brasil destacam-se nas disputas eleitorais nas 103 maiores cidades brasileiras, de acordo com um levantamento do Estadão/Broadcast Político baseado nas pesquisas de intenção de voto registradas no TSE. O PL lidera com 21 candidatos à frente, enquanto o União Brasil segue de perto com 20, evidenciando a força política dessas siglas no início da campanha eleitoral municipal. O PL se destaca em cidades como Belo Horizonte, Fortaleza e Maceió, enquanto o União Brasil mantém uma hegemonia significativa em Salvador com Bruno Reis.
Recuperação – Com 15 candidatos competitivos nas 103 maiores cidades do Brasil, o PT tenta recuperar o protagonismo perdido nas últimas eleições municipais, conforme levantamento do Estadão/Broadcast Político. A legenda espera alavancar suas candidaturas com o apoio do presidente Lula e recursos do Orçamento federal, visando retomar espaço nas principais cidades do país. O partido figura em terceiro lugar no ranking de candidaturas que lideram as pesquisas ou estão empatadas dentro da margem de erro.
Inocente quer saber – Quem disputará o segundo turno pela prefeitura de São Paulo?


