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Postado por Edmar Lyra às 12:53 pm do dia 16 de junho de 2023

Metrô do Recife: Soluções e oportunidades

Foto: Divulgação

O consórcio Metrorec foi criado em setembro de 1982 pelo Governo Federal, por meio do Ministério dos Transportes. Ele era composto pela Rede Ferroviária Federal S/A (RFFSA) e pela extinta Empresa Brasileira de Transportes Urbanos. A construção do Metrô teve início em janeiro de 1983. Em fevereiro de 1984, a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) foi criada no Rio de Janeiro, e o Metrorec integrou-se a ela em janeiro de 1985.

Em março de 1985, os primeiros trens com passageiros começaram a circular. Desde então, o Metrorec passou por várias modificações, sendo a mais significativa em janeiro de 1988, quando a CBTU absorveu os trens de subúrbio da RFFSA em Maceió, João Pessoa, Natal e Recife, por meio da Superintendência do Recife.

No ano de 1995, os trens de subúrbio de Maceió, João Pessoa e Natal deixaram de ser subordinados à Superintendência do Recife e passaram a ser diretamente administrados pela Administração Central da CBTU, no Rio de Janeiro.

Em 1998, foram iniciadas as obras de expansão do Metrô do Recife, que incluíram a eletrificação de 14,3 km da Linha Sul, entre as Estações Recife e Cajueiro Seco, e o prolongamento da Linha Centro até Camaragibe, com um trecho inaugurado em dezembro de 2002. Entre 2004 e 2009, foram inaugurados trechos adicionais da Linha Sul, completando sua expansão.

A partir de 2013, a antiga Linha Diesel/Trens Diesel, que ia do Cabo de Santo Agostinho até a estação Cajueiro Seco, passou a operar com Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) após um investimento de cerca de 100 milhões de reais. Isso beneficiou cerca de 35 mil passageiros, e os vagões foram equipados com ar condicionado e GPS. Também foi adicionado um VLT no trecho entre as estações Cajueiro Seco e Curado. Existe um plano de estender o VLT até a estação Rodoviária, onde está localizado o Terminal de ônibus do município do Recife. A partir de março de 2013, novos trens foram adicionados à frota da linha sul, chegando regularmente todos os meses.

Em 8 de junho de 2013, a estação Cosme e Damião, na Linha Centro, foi inaugurada, facilitando o transporte dos torcedores até a Arena Pernambuco. A estação está localizada entre as estações Rodoviária e Camaragibe, no município do Recife, próximo à divisa com São Lourenço da Mata, onde a Arena está situada.

Características do Metrô Recife:

O Metrô do Recife é composto por duas linhas principais: a Linha Centro (Linha Centro 1 e Linha Centro 2) e a Linha Sul. Além disso, ele também administra a antiga Linha Cajueiro Seco–Cabo, que era operada por locomotivas.

Os trens da Linha Centro partem da Estação Recife e têm dois destinos distintos: Camaragibe e Jaboatão. Isso ocorre porque as Linhas Centro 1 (Camaragibe) e Centro 2 (Jaboatão) compartilham a mesma via e estações no trecho entre as estações Recife e Coqueiral, seguindo o traçado da antiga ferrovia onde o metrô foi construído.

Nas linhas do Metrorec, a distância média entre as estações é de 1,2 km, com os trens atingindo uma velocidade média de 40 km/h, podendo chegar a 80 km/h. A bitola é de 1600 mm e a alimentação dos trens é feita por catenárias aéreas. Na Linha Diesel, a distância média entre as estações é de 4 km, a velocidade comercial dos trens é de 31,5 km/h e os trens utilizam tração a diesel.

O sistema possui uma extensão total de 25,2 km, mas após a conclusão da expansão da rede entre fevereiro de 2005 e março de 2009, a extensão atual é de 39,5 km. Além disso, a linha Diesel acrescentou mais 31,5 km, totalizando 71 km de extensão.

Considerando a taxa significativa de analfabetismo na região, as estações foram projetadas de forma a incluir várias formas de identificação. Além do serviço de alto-falantes dentro dos trens anunciando o nome da parada, cada estação possui uma cor diferente nas paredes das plataformas. Além disso, todas as placas indicativas e mapas das linhas possuem o nome de cada estação acompanhado de um símbolo individualizado, chamado pictograma. Essa prática de utilização de pictogramas já era aplicada no Metrô da Cidade do México, iniciado em 1967.

Quanto à acessibilidade, as estações possuem rampas de acesso para cadeirantes e algumas contam com escadas rolantes (como as estações Recife, Joana Bezerra, Camaragibe e todas as estações da Linha Sul) e elevadores. O serviço de alto-falantes dentro dos trens também auxilia os deficientes visuais.

O Metrô está integrado a várias linhas de ônibus por meio de 15 terminais de integração ônibus/metrô do Sistema Estrutural Integrado (SEI). Esses terminais estão localizados nas estações Recife e Joana Bezerra (nas linhas Centro), e nos terminais de Afogados, Santa Luzia, Barro, Cavaleiro, Jaboatão, Rodoviária, Cosme e Damião e Camaragibe (na linha Sul). Além disso, há os terminais do Largo da Paz, Aeroporto, Tancredo Neves, Prazeres e Cajueiro Seco.

É importante ressaltar que o Terminal de Integração de ônibus do Cabo, embora seja citado nos mapas como parte do sistema ferroviário, fica a cerca de 500 metros de distância da estação Cabo, e ainda não foi divulgado como será feita a ligação entre os dois.

Alternativas e soluções 

O sistema do Metrô do Recife tem sido objeto de discussões sobre possibilidades de melhoria e modernização, e uma das opções que têm sido levantadas é a concessão ou privatização do sistema. Essas alternativas poderiam trazer diversos benefícios para os usuários e para a eficiência operacional do metrô.

Uma possível concessão do sistema do Metrô do Recife poderia trazer investimentos significativos por parte da empresa concessionária. Esses recursos poderiam ser direcionados para a expansão da rede, modernização das infraestruturas existentes, aquisição de novos trens e implementação de tecnologias mais avançadas. Com uma gestão mais ágil e flexível, seria possível agilizar a tomada de decisões e implementar melhorias de forma mais eficiente.

Além disso, a entrada de uma empresa privada especializada no setor poderia trazer expertise e know-how para a operação do metrô. Isso poderia resultar em melhorias no planejamento operacional, na manutenção dos equipamentos e na qualidade dos serviços prestados aos passageiros. A adoção de práticas mais eficientes de gestão, aliada a investimentos adequados, poderia contribuir para reduzir atrasos, melhorar a pontualidade e aumentar a capacidade de transporte do sistema.

Outro aspecto importante a ser considerado é a possibilidade de introdução de inovações tecnológicas. Com a privatização ou concessão, poderiam ser implementados sistemas de pagamento eletrônico mais modernos, como bilhetagem integrada com outros modos de transporte, aplicativos para compra de passagens e acompanhamento em tempo real das operações. Isso poderia proporcionar mais comodidade e facilidade aos usuários, além de agilizar o fluxo nas estações.

No entanto, é fundamental que qualquer processo de concessão ou privatização seja conduzido com transparência, com critérios bem definidos e garantias de qualidade e segurança para os usuários. Também é importante considerar mecanismos de regulação e fiscalização adequados para garantir que a empresa concessionária ou privada cumpra com as obrigações contratuais, mantenha padrões de qualidade e atenda às necessidades da população.

Em suma, a concessão ou privatização do sistema do Metrô do Recife apresenta possibilidades interessantes de melhoria e modernização, com potencial para trazer investimentos, expertise e inovação ao sistema. No entanto, é necessário um cuidadoso planejamento e uma abordagem criteriosa para garantir que os interesses dos usuários sejam preservados e que o sistema continue a servir como um meio de transporte confiável e eficiente para a população.

Sugestões para melhorar o metrô do Recife:

1. Expansão da rede: Considerando o crescente fluxo de passageiros e a demanda por transporte público eficiente, é necessário continuar investindo na expansão da rede do metrô do Recife. Novas linhas e estações devem ser planejadas e construídas em áreas estratégicas da cidade, visando atender as necessidades de deslocamento da população.

2. Melhoria da infraestrutura: É fundamental investir na melhoria da infraestrutura existente, garantindo a qualidade das estações, plataformas, vias férreas e sistemas de sinalização. Além disso, é importante considerar a ampliação das plataformas para acomodar trens mais longos, a fim de lidar com o aumento do número de passageiros.

3. Modernização dos trens: Atualizar a frota de trens é essencial para oferecer um serviço de qualidade aos passageiros. A aquisição de trens mais modernos, confortáveis e eficientes pode contribuir para reduzir o tempo de espera e aumentar a capacidade de transporte.

4. Integração com outros modais: Promover a integração eficiente do metrô com outros modais de transporte, como ônibus e bicicletas, é fundamental para incentivar o uso do transporte público. A criação de terminais de integração e a implantação de sistemas de bilhetagem eletrônica unificada facilitariam a transição entre diferentes modos de transporte.

5. Acessibilidade universal: Investir na acessibilidade é primordial para garantir que o metrô seja acessível a todas as pessoas, incluindo idosos, pessoas com deficiência e pessoas com mobilidade reduzida. É importante garantir a presença de rampas, elevadores, escadas rolantes e sinalização adequada em todas as estações.

6. Informação ao usuário: Aprimorar a comunicação com os usuários é essencial para fornecer informações claras e precisas sobre horários, rotas, alterações e eventos especiais. A instalação de painéis informativos, aplicativos móveis e sistemas de áudio dentro dos trens pode melhorar a experiência dos passageiros.

7. Segurança: Investir em medidas de segurança, como câmeras de vigilância, iluminação adequada e presença de agentes de segurança, é fundamental para garantir a segurança dos usuários do metrô.

Essas soluções podem contribuir para a melhoria do metrô do Recife, tornando-o um meio de transporte mais eficiente, seguro, acessível e integrado, atendendo às necessidades da população e incentivando o uso do transporte público.

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Edmar Lyra

Jornalista político, foi colunista do Diário de Pernambuco e da Folha de Pernambuco, palestrante, comentarista de mais de cinquenta emissoras de rádio do Estado de Pernambuco e CEO do instituto DataTrends Pesquisas. DRT 4571-PE.

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