
Jair Bolsonaro está se preparando para sua defesa no julgamento iminente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde enfrenta a ameaça de inelegibilidade. O ex-presidente argumentará que suas críticas ao sistema de urnas eletrônicas, feitas durante uma reunião com embaixadores no ano passado, foram legítimas e não visavam golpear o processo eleitoral.
Bolsonaro afirmará que sua defesa pelo voto impresso, sustentada até pouco antes das eleições, não foi transformada em desrespeito aos resultados proclamados pela Justiça Eleitoral nos dois turnos. Uma denúncia alega que Bolsonaro teria utilizado a estrutura do Estado para fins eleitorais, e uma transmissão ao vivo da mencionada reunião foi removida das redes sociais por determinação do TSE.
Um dos pontos em discussão na equipe de Bolsonaro é se devem mencionar a reunião do ministro Edson Fachin, então presidente do TSE, com embaixadores. Na ocasião, Fachin abordou a segurança das urnas eletrônicas e pediu à comunidade internacional que ficasse alerta para as eleições no Brasil. Bolsonaro criticou as declarações de Fachin como um “estupro à democracia” e posteriormente realizou sua própria reunião com embaixadores.
Considerando a atual composição do TSE, Bolsonaro vê como difícil escapar de uma inelegibilidade de oito anos. Além disso, ele enxerga um toque de crueldade na escolha da data de julgamento pelo presidente atual da Corte, Alexandre de Moraes, por ser o mesmo número utilizado por Bolsonaro nas eleições do ano passado.



