
A CPI dos Atos Golpistas realizará uma reunião nesta terça-feira (13) para votar os primeiros pedidos de convocação e convites para depoimento. Além disso, serão analisados requerimentos para compartilhar informações sobre os ataques ocorridos em Brasília no dia 8 de janeiro. Ao todo, foram pautados 285 pedidos, sendo 62 de autoria da relatora, senadora Eliziane Gama. Não está prevista a votação de pedidos de quebra de sigilo. A aprovação desses requerimentos terá impacto no direcionamento das investigações da CPI e no resultado final do colegiado.
A lista de possíveis convocados para depoimento inclui nomes que atendem aos interesses de aliados do governo Lula, que tendem a explorar as contradições do governo Bolsonaro, e da oposição, que busca reforçar a narrativa de omissão do governo Lula em relação às invasões aos Três Poderes. Além disso, a CPI também pode votar o compartilhamento de provas e informações, abrangendo desde dados de celulares até documentos de instituições como a Abin, o STF e a Justiça Federal de Brasília, bem como informações relacionadas aos atos em redes sociais.
Em outra frente, o presidente da CPI, Arthur Maia, tem uma reunião agendada com o ministro Alexandre de Moraes, do STF, que é relator dos inquéritos sobre a ação de milícias digitais e os ataques do dia 8 de janeiro. A intenção é estabelecer um diálogo e verificar a possibilidade de compartilhamento de informações dos inquéritos. No entanto, uma experiência semelhante ocorrida na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal não obteve resultados, uma vez que, mesmo após três meses, nenhum documento foi enviado à comissão.



